Boa tarde a todos,
DC partilho da tua visão, principalmente em relação aos meios que mencionaste.
Precisamos de meios mais polivalentes, pois também são mais facilmente "vendáveis" ao público.
O Crossover FC 139 pode vir de origem com poucas VLS, mas se calhar pode ser equipado com outro sistemas de armas que não precisam vir de origem, como por exemplos aquele CIWS da Naval Group, e parece também haver espaços para módulos contentorizados, permitindo que as poucas VLS disponíveis dediquem-se a ameaças mais específicas e complexas. Acrescento que este tipos de sistemas poderiam ser também instalados nos NPO's.
Sou grande entusiasta do MPV 120, pelo que parece ser a sua capacidade e polivalência e se calhar também possibilidade de receber, mais uma vez, os sistemas de armamento já mencionados.
A minha opinião final é que seja este modelo que acabei de falar ou adquirir 5 fragatas armadas até aos dentes, mais LPD, mais AOR etc, qualquer um destes cenários parece estar longe, e não apenas por questões financeiras, mas pelo o que acho que é o mais importante, que é vontade política para concretizar, e essa vontade deixou de existir há muito, se é que alguma vez existiu...
Cumprimentos.
Conceitos interessantes não faltam, e podíamos perder horas a apontar diferentes configurações da frota de superfície, as quantidades de cada classe de navio, a configuração dos ditos navios, etc.
O essencial é no fim termos uma Marinha capaz e equilibrada, que não sendo uma megalomania, seja realmente capaz de lidar com ameaças presentes e futuras.
Qualquer que seja o tipo de navio escolhido como combatentes substitutos das VdG, tem que ter no mínimo 16 células VLS, idealmente "strike length" já a contar com munições futuras e novas capacidades.
O FFBNW em Portugal nunca resulta bem, por isso é difícil justificar que se faça para equipamento base. Nós já fazemos isso com a quantidade miseravelmente baixa de munições que costumamos adquirir, logo já é "FFBNW" que chegue para fragatas novas, mais do que isso e o navio vem desarmado.

Os XO 139CF, não sei se terão assim tanto espaço para receber módulos contentorizados, a não ser que seja no convés de voo (o que pode e deve acontecer, se a missão não exigir a utilização de helicóptero). Para o navio receber nódulos contentorizados na parte de cima da superestrutura, a superestrutura tem que ser modificada face aos desenhos apresentados, o que poderá obrigar a um rearranjo do espaço interior do navio para acomodar modificações que permitam a criação de uma área para contentores. Isto poderá afectar algumas das capacidades adicionais que este navio oferece.
À partida, parece-me mais fácil pedir ao fabricante para permitir a instalação de um par de VLS adicionais na superestrutura, nas laterais do hangar, numa versão "self defence" do VLS, sem que isto afecte o espaço interno do navio. Em alternativa, usar o espaço disponível na superfície da superestrutura, e implementar 2 Adaptable Deck Launchers (um apontado para cada lado) para dar ao navio mais capacidade de mísseis, sem perfurar o convés ou superestrutura dos navios.
E sim, os módulos contentorizados, poderiam ser instalados em quase qualquer navio, inclusive futuros USVs. Mas para isso era preciso adquirir os módulos, e as munições para lançar a partir deles.
Mas sempre com a noção que este tipo de soluções, serviria para complementar os navios combatentes primários, não para substituir.
https://www.navaltoday.com/2024/11/29/construction-begins-on-royal-navys-fifth-type-26-frigate/
Cá é mais PowerPoints
e paleio
Parte do problema reside no facto de nada, nadica! se fazer por cá. Desde cartuchos de 5.56mm a veículos, navios e avióes tudo se compra, monta e adquire ao exterior. A indústria nacional já era escassa há 30 anos atrás - reparação e construção naval, produção de armas ligeiras e munições, montagem de algumas viaturas, metalurgia, etc - mas mesmo assim desmantelaram o pouco que existia. O nosso destino era ser uma economia de serviços, disseram (basicamente empregados de hotéis, restaurantes e campos de golf).
Nos países onde há uma indústria de Defesa os governos e as populações apoiam a construção de novos meios, pelo efeito multiplicador que isso tem no emprego, na economia e na segurança do Estado.
Cá não temos nada disso, a par de uma iliteracia chocante da maioria da população e de governos fracos e mal preparados. E eis-nos chegados a este lindo 'estado'...
Por cá a onda é mais má gestão, péssima tomada de decisão, optar por programas que não têm mercado suficiente, subaproveitamento de produtos nacionais com futuro e com bom potencial de mercado, etc. Depois o facto de até para o que produzimos nacionalmente, encomendamos quantidades ridiculamente baixas. Os governos nunca se chegam à frente para financiar projectos com potencial. Tudo isto aliado a uma falta de visão tremenda.
Mas depois importa é os saloios baterem palmas à fantasia sem nexo de montar avionetas COIN, ao invés de se canalizar esforços para fabricar algo que realmente tenha saída e permita manter a unidade de produção aberta por longos anos/décadas.