Revolta no Mundo Árabe

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #360 em: Outubro 04, 2012, 08:34:36 pm »
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #361 em: Outubro 05, 2012, 01:25:38 am »
Resposta da Turquia pode arrastar Nato para o conflito na Síria


A intervenção turca representa uma importante escalada no conflito que, de interno, se poderá tornar explicitamente regional.

A Turquia atacou ontem, com tiros de artilharia, alvos militares no interior da Síria. A acção dos turcos foi em resposta a uma bomba do exército sírio que atingiu uma aldeia fronteiriça matando alguns civis.

Apesar de não haver números concretos, fontes da Síria garantem que na resposta morreram alguns soldados sírios.

A intervenção da Turquia representa uma importante escalada no conflito que, de interno, se poderá tornar explicitamente regional. Sendo Estado-membro da Nato, os restantes parceiros dessa organização poderão ver-se envolvidos na questão.

Os turcos invocaram o tratado da Nato para convocar uma reunião de emergência em Bruxelas. Entretanto a ONU deverá discutir uma condenação do bombardeamento na Turquia, mas a Rússia, aliada da Síria, vai procurar amenizar os termos e a linguagem.

Mediante este cenário ambos os países procuraram desdramatizar a situação. As autoridades sírias dizem que estão a tentar apurar as responsabilidades pelo ataque que matou os civis turcos. Já a Turquia afirmou que não tem interesse em entrar em guerra com a Síria, mas que tem capacidade para proteger as suas fronteiras. O Governo turco já disse que mantém abertos os canais políticos e diplomáticos.

O conflito na Síria tem grandes implicações regionais. A luta interna opõe rebeldes da maioria sunita ao regime de maioria alauita, um ramo do Islão xiita. O Irão, a grande potência xiita do Médio Oriente, apoia o regime de Bashar al-Assad, enquanto a Turquia apoia os rebeldes, permitindo que os grupos armados se organizem e agrupem do seu lado da fronteira. Damasco acusa Ancara de armar e financiar os “terroristas”, mas a Turquia nega qualquer envolvimento.

Certo é que a queda do regime de Assad seria vista com bons olhos por Ancara e por grande parte do mundo árabe sunita, uma vez que isolaria o Irão, cortando, por exemplo, as linhas que permitem aquele país armar e financiar o Hezbollah, o partido xiita que domina actualmente o cenário político e militar no Líbano.

Renascença
 

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scrupulum

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #362 em: Outubro 09, 2012, 10:16:04 am »
« ANTE OS NOSSOS OLHOS »
A caminho de uma retirada ocidental da Síria

por Thierry Meyssan
REDE VOLTAIRE | DAMASCO (SIRIA) | 8 DE OUTUBRO DE 2012

A situação militar na Síria virou em desfavor daqueles que esperavam em Washington e Bruxelas conseguir mudar o regime pela força. As duas tentativas sucessivas de tomada de Damasco falharam e é agora claro que este objectivo não poderá ser atingido.

A 18 de julho, uma explosão decapitava o Conselho de segurança nacional e dava o sinal para uma vasta ofensiva de dezenas de milhares de mercenários convergindo da Jordânia, do Líbano, da Turquia e do Iraque em direção à capital. Depois de alguns dias de batalha encarniçada Damasco foi salva, com a fracção da população hostil ao governo escolhendo por patriotismo ajudar o Exército nacional mais do que apoiar l’ASL.

A 26 setembro, jihadistas da Al-Qaida penetravam no perímetro do ministério da Defesa, disfarçados de soldados sírios e munidos de falsos documentos. Eles queriam fazer rebentar os seus cintos de explosivos no gabinete do Estado-maior, mas não conseguiram atingir uma proximidade suficiente do seu alvo e foram abatidos. Uma segunda equipa devia apoderar-se da televisão nacional e lançar um ultimato ao Presidente, mas não conseguiu aproximar-se do edifício porque o acesso tinha sido bloqueado nos minutos seguintes ao primeiro ataque. Uma terceira equipa dirigiu-se para a sede do governo e uma quarta devia atacar o aeroporto.
m ambos os casos, a OTAN, que coordenava as operações desde a sua base turca d’Incirlink, esperava provocar uma fractura no seio do Exército árabe sírio e apoiar-se em certos generais para derrubar o regime. Mas os generais em questão tinham sido identificados como traidores muito tempo antes e privados de qualquer posto de comando efectivo. Nada se passou pois de significativo e o poder sírio ainda saiu reforçado destes dois golpes falhados. Ele encontrou a legitimidade interior necessária para se permitir passar à ofensiva e esmagar rapidamente o ASL.

Estes fracassos fizeram cair a arrogância aqueles que garganteavam de véspera afirmando que os dias de Bachar el-Assad estavam contados. Assim sendo, em Washington, os partidários da retirada estão em vias de se impor. A questão não é agora saber quanto tempo mais se aguentará o « regime de Bachar », mas se é mais caro para os Estados-Unidos continuar esta guerra ou pará-la. Continuá-la, é provocar o afundamento económico da Jordânia, é sacrificar os seus aliados no Líbano, é arriscar a guerra civil na Turquia, e é ter de proteger Israel deste caos. Pará-la, é deixar os Russos se reinstalar no Próximo-Oriente e é reforçar o Eixo da Resistência em detrimento dos sonhos expansionistas do Likoud.

Ora se a resposta de Washington têm em conta o parâmetro israelita, ela não valoriza mais a opinião do governo Netanyahu. Este acabou por indispor tanto em razão das suas manipulações de bastidores no assassinato do embaixador Chris Stevens, como por causa da sua estonteante ingerência na campanha eleitoral U.S. Em definitivo, se, se encarar a proteção a longo prazo de Israel e não as exigências extravagantes de Benjamin Netanyahu, a presença russa é a melhor solução. Com 1 milhão de Israelitas russófonos, jamais Moscovo deixará perigar a sobrevivência desta comunidade.

Aqui é necessário voltar atrás. A guerra contra a Síria foi decidida pela administração Bush, a 15 setembro 2001 aquando de uma reunião em Camp David, como nomeadamente o atestou o general Wesley Clark. Após ter sido adiada várias vezes, a ação da OTAN teve de ser anulada por motivo dos vetos russo e chinês. Um « plano B » foi então posto em pé : recorrer a mercenários e à ação secreta visto que a movimentação de soldados uniformizado se tinha tornado impossível. Não tendo o ESL, entretanto conseguido uma única vitória contra o Exército árabe sírio, muitos prognosticaram que o conflito seria interminável e minaria progressivamente Estados da região, incluindo-se Israel. Neste contexto, Washington concluiu a 30 junho um acordo com a Rússia em Genebra, sob a batuta de Kofi Annan.

No entanto, os belicistas fizeram descarrilar este acordo organizando fugas de informação na imprensa sobre o engajamento ocidental secreto no conflito ; fugas que forçaram Kofi Annan à demissão súbita. O partido da guerra jogou os seus dois trunfos a 18 de julho e a 26 setembro e perdeu. Desde logo, foi implorado a Lakhdar Brahimi, o sucessor de Annan, para ressuscitar e implementar o Acordo de Genebra.

Durante este tempo, a Rússia não ficou parada. Ela conseguiu obter a criação de um ministério sírio da Reconciliação nacional, ela supervisionou e protegeu a reunião em Damasco dos partidos da oposição nacional, ela organizou contactos entre os estados-maiores U.S. e Sírio, e ela preparou a implementação de uma força de paz. As duas primeiras medidas foram encaradas de forma superficial pela imprensa ocidental e as duas últimas foram ostensivamente ignoradas.

Contudo, como o revelou o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, a Rússia respondeu aos temores do estado-maior U.S. relativos às armas químicas sírias. Ela pode conferir que estas estavam estocadas em lugares suficientemente seguros para não cair nas mãos do ESL, ser desviadas pelos jihadistas e usadas por estes cegamente, salvo mudança de regime. Ela pode assim dar garantias credíveis ao Pentágono que a manutenção no poder de um líder que provou o seu sangue-frio como Bachar el-Assad é uma situação mais manejável, inclusive para Israel, que a extensão do caos à Síria.

Principalmente, Vladimir Putin acelerou os projetos da Organização do Tratado de segurança Colectiva (OTSC), a Aliança defensiva anti-OTAN reunindo a Arménia, a Bielorússia, o Cazaquistão, o Quirguistão, o Tadjiquistão e claro a Rússia. Os ministros dos Negócios Estrangeiros da OTSC adotaram uma posição comum sobre a Síria. A logística foi preparada para um eventual posicionamento de 50 000 homens. Um acordo foi assinado entre a OTSC e o departamento onusino de manutenção da paz para que os « chapkas azuis » possam ser colocadas nas zonas de conflito sob mandato do Conselho de segurança. E manobras comuns ONU/OTSC terão lugar em outubro no Cazaquistão sob o título « Fraternidade inviolável » para finalizar a coordenação entre as duas organizações intergovernamentais.

Nenhuma decisão será oficializada pelos Estados Unidos durante a sua campanha eleitoral presidencial. Assim que esta esteja terminada, a paz será concebível.

Thierry Meyssan
Tradução
Alva
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #363 em: Outubro 09, 2012, 10:49:46 am »
Manifestação contra a guerra em Istambul

A Turquia tem sido palco desde ha varios meses de  manifestações contra a guerra com a Siria. As primeiras realizaram-se sobretudo nas regiões arabe e kurda mas nesta ultima quinta-feira 4 de outubro realizou-se pela primeira vez em Istambul uma enorme manifestação que atravessou a capital turca com o slogan : "esta guerra nao é nossa".

A escolha do governo de Erdogan de entrar em guerra ao lado da OTAN contra a Libia e depois de apoiar esta guerra secreta contra a Siria teve como consequencia uma quebra brutal na economia turca, ja que a Libia e a Siria faziam parte do grupo dos seus principais parceiros comerciais. Para além do aspeto economico que é ressentido pela população turca em geral, temos o facto de varios sectores da sociedade turca como os kurdos, arabes e alaouitas se sentirem solidarios com o governo e a população siria.

extraido do "réseau Voltaire"
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #364 em: Outubro 09, 2012, 05:43:56 pm »
NATO pede a Turquia e Síria que evitem escalada do conflito na fronteira


O secretário-geral da NATO apelou hoje à Turquia e à Síria para «evitarem a escalada» do conflito e para agirem com moderação.
«Esperamos que os dois países ajam com moderação e evitem uma escalada da crise», declarou Anders Fogh Rasmussen aos jornalistas na abertura da reunião, em Bruxelas, dos ministros da Defesa dos 28 países membros da NATO, incluindo a Turquia.

Rasmussen saudou «a moderação» de Ancara, que «tem o direito de se defender no âmbito do direito internacional».

Desde o bombardeamento, na quarta-feira passada, da cidade turca fronteiriça de Akçakale, que causou a morte de cinco civis turcos, as tropas de Ancara estão a responder aos disparos provenientes do território sírio.

O exército regular sírio é considerado o responsável por estes incidentes.

«A Turquia pode contar com a solidariedade da NATO e nós temos planos preparados para defender o país, se for necessário», disse o secretário-geral da organização, acrescentando esperar que estes planos «não venham a ser precisos».

Rasmussen reiterou a posição da NATO a favor de uma «mensagem forte e unida» da comunidade internacional para o regime de Bashar Al-Assad, com o objectivo de encontrar «uma solução política» para a crise.

Na reunião, que termina na quarta-feira, participa o ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #365 em: Outubro 10, 2012, 02:23:10 pm »
Turquia ameaça com "resposta ainda mais forte" a Síria


O Responsável máximo das forças armadas turcas garantiu que estas estão prontas para reagir de forma decisiva, se continuarem os bombardeamentos sírios sobre o território do seu país.

O chefe de estado-maior das forças armadas da Turquia, general Necdet Ozel, deixou claro que será desferida uma "resposta ainda mais forte" sobre as unidades sírias que, regularmente, disparam tiros de artilharia sobre território turco.

O general Ozel proferiu estas declarações na localidade fronteiriça de Akçakale, onde na passada semana morreram cinco civis turcos devido a ataques da artilharia síria. Desde então, o exército turco tem respondido taco a taco a todos os disparos das forças do regime de Damasco. Segundo Ozel, estas sofreram "baixas significativas".

O chefe militar turco realiza neste momento uma inspeção às áreas fronteiriças onde já se produziram incidentes, muitas delas onde se encontram refugiados sírios, cerca de cem mil.

A Turquia tem reforçado os mais de 900 quilómetros de fronteira com a Síria, mobilizando um significativo dispositivo militar, com tanques e baterias de artilharia.

No plano interno, O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal plataforma política da oposição, anunciou que vai instalar a sua direção em território sob controlo do Exército Sírio Livre (ESL) dentro "de poucos dias".

Do lado das forças fiéis ao regime de Bachar al-Assad, estas prosseguem o cerco à cidade de Homs, onde algumas áreas continuam sob controlo de elementos do ESL, prevendo-se para breve uma grande ofensiva. "Homs pode ser recuperada dentro de horas ou dias, verificando-se a progressão do exército em todas as frentes", escreve hoje o diário Al-Watan, ligado ao regime de Damasco, citado pela AFP.

Em Damasco e na segunda cidade da Síria, Alepo, continuam a registar-se combates, segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem e segundo alguns media árabes, que citam testemunhos no terreno.

DN
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #366 em: Outubro 15, 2012, 02:07:24 pm »
Armas enviadas para Síria por Arábia Saudita e Qatar ficam em grupos islamitas


A maioria das armas enviadas em segredo para a Síria, por iniciativa da Arábia Saudita e do Qatar, vai mais para as mãos dos grupos rebeldes islamitas do que para organizações laicas apoiadas pelo Ocidente, avança hoje o jornal The New York Times.
 
 Com base em fontes anónimas, o jornal afirma que esta é a conclusão de vários relatórios confidenciais apresentados ao presidente Barack Obama e a outras autoridades norte-americanas.
 
As fontes lamentam que não exista um sistema centralizado para coordenar a entrega das armas e controlar para que grupos são destinadas, afirma o NYT.
 
Segundo o jornal, o director da CIA, David Petraeus, viajou em sigilo para a Turquia no mês passado para tentar enquadrar o fornecimento.
 
O objectivo de Petraeus, de acordo com o NYT, era supervisionar o processo que «consiste em analisar e, por fim, constituir a oposição (ao regime de Bashar al-Assad) com a qual os americanos pensam poder trabalhar», acrescenta a publicação, que cita uma fonte diplomática do Médio Oriente não identificada.
 
A CIA também enviou agentes para a Turquia para ajudar a orientar a ajuda, mas não tem informações sobre os rebeldes e sobre as várias facções activas na Síria.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #367 em: Outubro 17, 2012, 06:34:56 pm »
« A ARTE DA GUERRA »
Síria : A Otan visa o gasoduto
por Manlio Dinucci

É como geografo que Manlio Dinucci examina a guerra na Síria : a colocação das forças da OTAN e a coalizão ad hoc que a Aliança formou, mas sobretudo o móbil estratégico. O verdadeiro jogo do conflito não é a mudança de regime, mas o fecho da saída mediterrânica para o gás iraniano e o controlo das reservas de gás sírias.

A declaração de guerra, hoje em dia, está fora de moda. Para fazer a guerra é preciso pelo contrário encontrar ainda um casus belli. Como o projétil de morteiro que, partido da Síria, fez 5 vítimas na Turquia. Ancara ripostou a canhonaços, enquanto o parlamento autorizou o governo de Erdogan a efectuar operações militares na Síria. Um cheque em branco para a guerra, que a OTAN está pronta a pagar.

O Conselho Atlântico denunciou « os actos agressivos do regime sírio na fronteira sul-oriental da Otan », pronta a desencadear o artigo 5 que leva à assistência com meios bélicos o país membro atacado. Mas já está em acção o « não-artigo 5 » — introduzido durante a guerra contra a Jugoslávia e aplicado contra o Afeganistão e a Líbia — que autoriza operações não previstas pelo artigo 5, fora do território da Aliança. Eloquentes são as imagens de edifícios de Damasco e Alepo devastados por muito potentes explosivos : obra não de simples rebeldes, mas de profissionais de guerra infiltrados. Cerca de 200 especialistas das forças de elite britânicas SAS e SBS — reporta o Daily Star — operam desde há meses na Síria, com unidades norte-americanas e francesas. A força de choque é constituída por um amontoado armado de grupos islamitas (até ontem qualificados por Washington de « terroristas ») provindo do Afeganistão, Bósnia, Chechénia, Líbia e outros países. No grupo d’Abou Omar al-Chechen — relata o enviado do Guardian em Alepo — as ordens são dadas em árabe, mas têm de ser traduzidas em checheno, tadjique, turco, em dialecto saudita, em urdu, francês e algumas outras línguas.

Munidos de falsos passaportes (especialidade da CIA), os combatentes afluem às províncias turcas de Adana e de Hatay, fronteiriças da Síria, onde a CIA abriu centros de formação militar. As armas chegam sobretudo da Arabia saudita e do Catar que, como na Líbia, fornecem também forças especiais. O comando das operações encontra-se a bordo de navios da OTAN no porto de Alexandrete. Entretanto, no Monte Cassioum, junto à Síria, a OTAN construiu uma nova base de espionagem electrónica, para juntar à estação de radar de Kisecik e à base aérea de Incirlik.

Em Istambul foi aberto um centro de propaganda onde dissidentes sírios, formados pelo Departamento de Estado dos US, confecionam as notícias e os vídeos que são difundidos pelas redes de satélite. A guerra da OTAN contra a Síria está já pois em acção, com a desculpa oficial de ajudar o país a libertar-se do regime de Assad. Como na Líbia, aproveitou-se uma ponta das fracturas internas para provocar o desabamento do Estado, ao instrumentalizar a tragédia na qual as populações são arrasadas.

O objectivo é o mesmo : Síria, Irão e Iraque assinaram em julho de 2011 um acordo para um gasoduto que, do presente até 2016, deveria ligar a jazida iraniana de South Pars, a maior do mundo, à Síria e daí ao Mediterrâneo. A Síria, onde foi descoberta uma outra enorme jazida perto de Homs, pode tornar-se um hub de corredores energéticos alternativos aos que atravessam a Turquia e a outros percursos, controlados pelas companhias norte-americanas e europeias. Por isto se quer atacá-la e ocupá-la .

Isto é claro, na Turquia, para os 129 deputados (um quarto) que se opõem à guerra e para os milhares de pessoas que se manifestaram gritando o slogan « Não à intervenção imperialista na Síria ».

NT.  Manlio Dinucci

Geógrafo e geopolítico. Últimas publicações : Geograficamente. Per la Scuola media (3 vol.), Zanichelli (2008) ; Escalation. Anatomia della guerra infinita, DeriveApprodi (2005).
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #368 em: Outubro 17, 2012, 06:41:14 pm »
Turquia o pretexto da OTAN

A Turquia mentiu para responsabilizar a Síria pela morte de civis
Rede Voltaire | 12 de Outubro de 2012

Damasco nega ter aceitado culpa por ataque. A Turquia mentiu ao dizer que a Síria se desculpou e aceitou a responsabilidade pelo ataque mortal ao povo turco que colocou ambos os países à beira de uma guerra, segundo revela o sítio Infowars.com.

O representante sírio na ONU, Bashar al-Jaafari, afirmou que expressou as condolências, mas não apresentou desculpas, pela morte de cinco civis em solo turco por causa de um projétil procedente de território sírio esta quarta-feira. “Não se tratou de desculpas, mas sim de uma manifestação de solidariedade com os civis”, disse o diplomata aos jornalistas.

Al Jaafari sublinhou que o seu Governo continua a investigação sobre o ataque e que é preciso prestar atenção aos grupos armados de insurgentes sírios que actuam na zona fronteiriça, que com frequência cruzam a fronteira para fugir do avanço das tropas sírias.

O representante sírio desmentiu assim a amplamente difundida declaração do vice-primeiro- ministro turco, Besir Atalay, que disse esta quinta-feira, um dia depois do ataque, que a Síria admitia a sua responsabilidade no bombardeio que deixou cinco civis mortos e que oficialmente tinha pedido desculpas pelo incidente. "Reconheceram-no e prometeram que isto não se voltaria a repetir”, afirmou Atalay à imprensa, momentos depois de ser aprovada a moção do Parlamento que autorizou o Governo a enviar tropas para o estrangeiro.

Segundo o portal Infowars.com, era essencial para a Turquia conseguir a culpabilidade da Síria pelo ataque aos olhos da comunidade internacional, que sonoramente condenou o regime de Bashar al Assad pese a clara falta de provas, considerando o facto de o primeiro-ministro Tayyip Erdogan imediatamente ter exigido aos Estados Unidos a declaração de uma zona de exclusão aérea sobre a Síria.

A página web também se refere a uma gravação que mostra insurgentes sírios presumivelmente na zona do ataque e na posse de morteiros e projeteis iguais aos que tombaram no povoado turco. Após a morte de civis a 3de outubro, a Turquia respondeu com fogo de artilharia contra alvos sírios próximos à fronteira nesta quarta e quinta-feira.

A OTAN e a ONU condenaram o ataque perpetrado a partir do território sírio, mas abstiveram-se de comentar a resposta turca. Além do mais, esta sexta-feira vários media turcos informaram que as Forças Armadas abriram fogo de novo contra a Síria, assim que outro projétil de morteiro, presumivelmente lançado a partir da Síria, caíra em território fronteiriço turco.

Como os outros membros da OTAN, a Turquia apoia os insurgentes que combatem as forças governamentais da Síria no conflito, que se prolonga desde março de 2011.

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #369 em: Outubro 17, 2012, 07:14:57 pm »
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #370 em: Outubro 18, 2012, 12:22:27 pm »
ÁSIA/SÍRIA - O bispo católico-armênio Marayati: a visita da delegação do Sínodo "motivo de esperança para os cristãos e todos os habitantes da Síria"

Aleppo (Agência Fides) - "A notícia de que uma delegação do Sínodo dos Bispos, em andamento em Roma, irá à Síria é um motivo de esperança para os cristãos e para todos os habitantes da Síria. Todos nós esperamos que a visita tenha o perfil de um verdadeira missão de paz, para pedir a reconciliação entre as partes que lutam. "Foi o que disse à Agência Fides o Arcebispo de Aleppo dos católicos armênios, Boutros Marayati. Na cidade mártir há meses no centro de bombardeios e confrontos entre exército governamental e milícias dos insurgentes, a possibilidade de ser visitado por uma delegação de cardeais e bispos provenientes de Roma é um sinal forte: "A visita anunciada faz entender como a Santa Sé e os bispos de todo o mundo têm se preocupado com o destino de todos os povos do Oriente Médio. Seria bom que viesse a Aleppo. Estamos esperando. Se a delegação vir, ficaremos felizes", disse Dom Marayati.
Segundo o chefe da comunidade católica armênia de Aleppo, a missão dos pastores católicos na Síria pode realmente abrir uma janela para a solução do conflito sírio, precisamente devido ao seu perfil sui generis: "Até agora - explica a Fides o Arcebispo Marayati - houve perda terrível para todos. Mortes, destruição, deslocados, vidas em fuga. A história nos ensina que, por vezes, os inimigos podem encontrar acordo e com o tempo se reconciliar. Até mesmo na Europa os povos travaram guerras e agora são amigos e trabalham juntos em paz. Mas isso exige um intermediário que saiba falar ao coração ferido das pessoas, não usando apenas a linguagem do cálculo político. A delegação do Sínodo pode ter essa função diplomática no sentido humano. Testemunhando a paixão pela dignidade humana partilhada por muçulmanos, judeus e cristãos, podemos tentar salvar os homens, mulheres e crianças que sofrem aqui e esperam a salvação, numa situação que parece sem esperança".
Sobre os motivos que alimentam o conflito, Boutros Marayati convida evitar leituras superficiais e enganadoras: "Os bispos - disse à Fides - conhecem bem a situação. Não é apenas uma questão de reformas democráticas pedidas. Nesta terrível situação entrou de tudo. A situação é complicada. Entre outras coisas, o que é preocupante é o aumento do fanatismo religioso. Quando a religião se torna violenta e se combate em nome de Deus, está em risco o acordo com os irmãos de outras religiões, que aqui vivem há muito tempo. Também por isso, espero com anseio a chegada aqui na Síria de cardeais e bispos de Roma: tudo que se move a favor do povo sírio, de qualquer lado venha, será abençoado pelo Senhor". (GV) (Agência Fides 17/10/2012)
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #371 em: Outubro 20, 2012, 03:07:56 pm »
ÁSIA/SÍRIA - "Viver como cristãos no inferno de Aleppo": o testemunho de um sacerdote

Aleppo (Agência Fides) -
Os cristãos em Aleppo são vítimas de morte e destruição pelos combates que há meses afetam a cidade. Os bairros cristãos, nos últimos tempos, têm sido atingidos por forças rebeldes que lutam contra o exército regular e isso tem causado um êxodo de civis. Foi o que disse numa mensagem enviada à Agência Fides um sacerdote greco-católico de Aleppo, cuja Fides prefere garantir o anonimato por razões de segurança.
A mensagem, intitulada "Viver como um cristãos no inferno de Aleppo", explica: "Por muito tempo os cristãos de Aleppo viveram em bairros próximos uns dos outros: Sulaymaniyah, Aziziyah, Villas, Telefon Havaii, Al Jabiriyah, Al Maydan, Al Surian e Al Tilal. Estas áreas estão atualmente sob o controle do exército regular sírio, enquanto que as áreas vizinhas são ocupadas pela oposição armada. Por isso, os nossos bairros são cotidianamente objetos de bombardeios e tiroteios entre os rebeldes. Os bombardeios são às vezes cegos, sem um objetivo, e isso provoca graves danos às casas, ou vítimas inocentes como os passantes".
O sacerdote falou à Fides sobre as últimas vítimas na comunidade: "Os nossos últimos mártires são: Fadi Samir Haddad, Elias Abdel Nour, Nichan Vartanian, Vartan Karbedjian, Maria Fahmeh e o pequeno Joëlle Fahmeh, todas vítimas inocentes". Ele fala também sobre os danos às estruturas: "Foi atingido o arcebispado greco-católico em Tilal, com pesados danos e ferindo Pe. Imad Daher. Ataques com morteiros danificaram a igreja de São Miguel Arcanjo e um mosteiro importante das irmãs em Aziziyya; um edifício pastoral da comunidade greco-católica, chamado "A Esperança" foi atingido, matando três pessoas e causando dezenas de feridos entre os civis". Também o convento dos padres franciscanos em Sulaymaniyah foi atingido e ficou em parte inutilizável.
Enquanto isso, prossegue o texto, "as bombas continuam caindo sobre o bairro Almidan, de maioria armênia, lançadas por grupos da oposição armada, que está localizada em Bustan el-Bacha: eles mataram várias pessoas, feriram muitas outras e destruíram muitas casas". Alguns grupos, da oposição, onde se encontram também grupos jiahadistas, "atiram contra as casas e edifícios cristãos, para forçar os ocupantes a fugirem para depois tomar posse", conclui o texto. (PA) (Agência Fides 19/10/2012)
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #372 em: Outubro 25, 2012, 06:56:34 pm »
ÁSIA/SÍRIA - Um sacerdote ortodoxo sequestrado em Damasco

Damasco (Agência Fides) - O sacerdote greco-ortodoxo Pe. Fadi Jamil Haddad, pároco da Igreja de Santo Elias em Qatana, subúrbio de Damasco, foi sequestrado por um grupo armado não identificado. Segundo informações enviadas à Agência Fides, os sequestradores que três dias atrás levaram outros dois homens, pediram à família do sacerdote e sua igreja um resgate de 50 milhões de libras sírias (mais de 550 mil euros). A comunidade cristã greco-ortodoxa está muito preocupada com o destino do sacerdote e dos outros dois homens sequestrados. Segundo o que foi referido à Fides por membros da comunidade greco-ortodoxa de Damasco esta manhã grupos armados na galáxia da oposição síria perpetraram ataques com morteiros contra o povoado cristão de Kafarbohom, perto de Hama, matando duas pessoas e ferindo outras duas. Um grupo armado entrou no povoado e sequestrou 20 mulheres pedindo aos seus familiares um resgate de 10 milhões de libras sírias (cerca de 150 mil euros) com a ameaça de matá-las. Segundo fontes de Fides, estes episódios confirmam que nesta fase do conflito as comunidades cristãs estão sob pressão, por várias razões: porque estão cada vez menos envolvidas nas fileiras dos rebeldes armados; por vinganças privadas, ou por simples motivos de especulação e busca de dinheiro da parte de grupos armados presentes no território. Dentre as várias comunidades cristãs na Síria, a greco-ortodoxa é a maior (com cerca de 500 mil fiéis) e está concentrada principalmente na parte ocidental do país e em Damasco. (PA) (Agência Fides 24/10/2012)
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #373 em: Outubro 27, 2012, 11:56:56 am »
Mais um feito heroico dos terroristas apoiados pelas "democracias" ocidentais

ÁSIA/SÍRIA - Uma bomba no funeral de Pe. Fadi Haddad, "mártir da reconciliação e da harmonia"

Damasco (Agência Fides) - Uma bomba explodiu na manhã desta sexta-feira durante o funeral de Pe. Fadi Jamil Haddad, sacerdote ortodoxo sequestrado e encontrado morto ontem, em Damasco (veja Fides 25/10/2012). Segundo fontes locais de Fides, a explosão matou dois civis e alguns militares. Na missa fúnebre, celebrada na Igreja de Santo Elias em Qatana pelo Patriarca greco-ortodoxo Ignatius IV Hazim estavam presentes milhares de fiéis cristãos comovidos e desolados pela perda do sacerdote.
Num comunicado do Patriarcado greco-ortodoxo de Antioquia enviado à Agência FIdes, se define Pe. Haddad como um "mártir da reconciliação e da harmonia". De fato, o sacerdote "se empenhou numa nobre missão humanitária para libertar um membro de sua paróquia que tinha sido sequestrado alguns dias atrás". Na mediação, Pe. Fadi foi sequestrado junto como o outro intermediário. Os sequestradores pediram um resgate milionário e depois o mataram. A nota do Patriarcado ortodoxo conta a terrível tragédia: O corpo de Pe. Fadi Haddad foi encontrado na manhã de 25 de outubro na área de Drousha. O seu corpo apresentava sinais de tortura e mutilações. Foi identificado por Pe. Elias el-Baba, sacerdote da cidade de Hina e foi transportado para a clínica da cidade. O Patriarcado foi informado de seu martírio: "o sangue inocente e sem mancha é um sacrifício pela reconciliação e harmonia". A nota enviada à Agência Fides prossegue: "Condenamos com força este ato bárbaro contra os civis, inocentes e homens de Deus, que se esforçam em ser apóstolos da paz". São homens que mantêm unidos os corações, enfaixam as feridas do sofrimento, confortam os doentes, reforçam os fracos nessas circunstâncias difíceis. Expressamos a profundidade de nossa tristeza por estes atos bárbaros que são sem precedentes na longa história de nossa amada nação, construída sobre os alicerces do amor, cooperação, paz e harmonia".
O Patriarcado convida "todos os cidadãos, as organizações humanitárias e os homens de boa vontade a condenarem sequestros, homicídios, destruições, roubos, agressões contra a segurança e bem-estar dos cidadãos".
"Convidamos todos ao diálogo, paz e harmonia" - prossegue - "para por fim ao banho de sangue inocente que se realiza a cada dia".
O texto exorta os cristãos a "permanecerem firmes na fé e na esperança do poder de Deus que quer que tenhamos vida e a tenhamos em abundância" (Jo 10,10) ", e os convida a "permanecer em sua terra e na sua nação, olhando para o futuro com a força de Deus".
"Peçamos a Deus, conclui o Patriarca Ortodoxo, que o martírio de Pe. Fadi Haddas seja um sacrifício oferecido em favor dos filhos desta nação e pela trégua nos acontecimentos dolorosos que vivemos neste tempo".
Pe. Fadi Jamil Haddad nasceu na cidade de Qatana em 2 de fevereiro de 1969. Estudou teologia em Damasco e no Líbano. Casou-se e foi ordenado sacerdote em 1995 por sua Beatitude o Patriarca Ignazio IV Hazim. Era pároco na Igreja greco-ortodoxa de Santo Elias, em Qatana. Uma fonte do Patriarcado frisa que ele "era amado por todos os grupos religiosos e não tinha tomado posição no conflito em curso na Síria, mas era fortemente comprometido pela reconciliação da Síria". (PA) (Agência Fides 26/10/2012)
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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #374 em: Novembro 03, 2012, 11:44:37 am »
ÁSIA/SÍRIA - Morto o último cristão que permaneceu no centro de Homs; atingida a casa dos Jesuítas

Homs (Agência Fides) - Foi morto o último cristão que permaneceu no centro de Homs, depois da evacuação da população civil. Elias Mansour, 84 anos, cristão greco-ortodoxo, não quis abandonar sua casa, na rua Wadi Sayeh, porque tinha que cuidar do seu filho Adnane, portador de deficiência, mesmo consciente de que sua vida estava em perigo. A área de Wadi Sayeh - habitada por cristãos e muçulmanos sunitas - ainda está no centro de combates entre o exército regular e os rebeldes. Os rebeldes se instalaram nos bairros Khalidiyeh, Bab houd, Bustan diwan, Hamidiyeh, até as ruas de Wadi Sayeh e Ouret al shayyah. As forças do exército regular os circundam. Como refere a Fides um sacerdote greco-ortodoxo, Elias Mansour foi morto ontem. Nos dias precedentes, havia dito que não deixaria sua casa por nenhum motivo e que, se encontrasse os rebeldes, "recordaria a eles os Dez Mandamentos e as Sagradas Escrituras". O funeral será hoje numa igreja ortodoxa. Um sacerdote ortodoxo está tentando contatar seu filho, que necessita de cuidados especiais, mas não se conhece seu paradeiro.
No entanto, como informam fontes de Fides, esta manhã a casa dos jesuítas no bairro Hamidiyeh foi atingida durante os combates que se realizam cotidianamente. Os jesuítas e os refugiados que se encontravam ali naquele instante viveram momentos de medo, mas estão bem. (PA) (Agência Fides 31/10/2012)
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