Revolta no Mundo Árabe

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Duarte

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #240 em: Novembro 29, 2011, 03:18:21 am »
Citação de: "GI Jorge"
Citação de: "linergy"
O Problema nos países árabes é o mesmo que na Europa

Demasiados teóricos da conspiração?

 :lol:  :G-beer2:
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
A incompetência russa no campo de batalha é vergonhosa
 

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HSMW

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #241 em: Dezembro 18, 2011, 11:01:31 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #242 em: Dezembro 21, 2011, 04:37:53 pm »
A Turquia e a Arábia Saudita perante a crise síria
Alexandre Reis Rodrigues
 
 
Ninguém arrisca uma previsão sobre quanto tempo pode ainda durar a situação de impasse em que se encontra a Síria; nem o regime do Presidente Bashar Al-Assad consegue fazer regressar a ordem e calma, nem a oposição consegue controlar qualquer área significativa do País, conforme aconteceu, por exemplo, na Líbia.

Mas não é apenas isso que é diferente entre as situações nos dois Países. Não obstante as deserções no Exército tenham ultimamente aumentado na Síria, não atingiram nem a dimensão nem a importância que tiveram na Líbia, aliás logo desde o início do conflito. Na Síria, estão limitadas aos postos médios e mais baixos preenchidos pelos sunitas; os postos mais elevados e as unidades mais importantes estão “nas mãos” da minoria alwita do Presidente.

Também ao contrário do que acontece na Líbia, na Síria as divisões sociais e étnicas não têm claras demarcações geográficas. Torna-se, por isso, impossível que surja uma área, como Benghazi, onde a maioria não alwita se possa concentrar e organizar contra o regime. Diferente da Líbia é ainda o facto de a insurreição não conseguir mostrar uma frente unida. Na Síria, a oposição divide-se entre dois ramos: O Free Syrian Army, que garante ter organizado 22 batalhões formados com desertores, e o Syrian National Council. Este último, ao contrário do primeiro, só agora é que começa a dar alguns passos no abandono da política inicial de rejeição de qualquer forma de violência na luta contra a ditadura.

Este conjunto de situações torna muito difícil a organização de qualquer esforço internacional para forçar o Presidente Assad a pôr cobro à opressão que exerce sobre a oposição e à violência com que as Forças Armadas sírias estão a lidar com os protestos. Acresce ainda, e de novo ao contrário do que se verificou na Líbia, que, por oposição da Rússia e China, não existe qualquer possibilidade de fazer passar uma Resolução no Conselho de Segurança que permitisse uma intervenção. Esta situação impede uma abordagem internacional mais robusta, se é que os Países com capacidade militar para a concretizar estivessem dispostos a seguir esse caminho; parece muito claro que não estão.

Como se tudo isto não fosse mais do que suficiente para deixar o regime sírio quase de mãos livres para continuar a lidar com a situação na mesma linha, começou recentemente a referir-se que, não sendo possível depor Assad e não havendo argumentos para conter o Irão, então o mal menor é deixar prolongar a crise. A expectativa é que o regime se vá progressivamente desgastando. Conforme está amplamente reconhecido, as ambições regionais de Teerão dependem em parte importante de manter o apoio seguro de Damasco. Assim, enquanto a crise durar, Teerão - tendo que se manter ocupado em continuar a apoiar o regime sírio e garantir a segurança interna contra intrusões e sabotagens - estará menos disponível para aproveitar a retirada americana do Iraque dando mais alguns passos como a futura potência regional.

A Turquia e a Arábia Saudita, os mais diretamente interessados no desfecho desta situação, estão obviamente a movimentar-se, mas com algumas limitações importantes. Embora abertamente contra o regime de Assad e em oposição a qualquer movimentação iraniana para se aproximar do objetivo de tornar o Irão na potência regional, vão continuar a ser pragmáticos.

O que isso significa para Ancara é ter presente que a primeira prioridade é evitar instabilidade na fronteira, o que condiciona os apoios dados aos dois movimentos da oposição síria, aliás, ambos com a sua liderança em território turco. Em segundo lugar, é não descartar o apoio de Teerão, de que precisam para combater o movimento separatista curdo, um objetivo comum aos dois Países.

Para Riade, pragmatismo significa não pôr de lado um eventual entendimento com o Irão, se o apoio diplomático/militar de que precisam dos EUA não estiver seguro. Esta hipótese está em aberto desde que não conseguiram convencer a administração Obama a não retirar do Iraque, condição, na perspetiva saudita, de manutenção do equilíbrio regional.

Calcula-se que o recente encontro (13 Dezembro) do ministro da Defesa saudita com o general James Mattis (CENTCOM) poderá ter servido precisamente para dar garantias de que não faltará o apoio americano que possa ser necessário. Fica a dúvida, porém, sobre o teor das conversações que na véspera o ministro do Interior saudita e provável próximo monarca terá tido com o ministro iraniano da Intelligence que visitou Riade. Para a Arábia Saudita, a crise síria é uma prioridade. Porém, a segurança do Reino ainda é mais; será esta, portanto, a ditar as opções.
 
Jornal Defesa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #243 em: Janeiro 02, 2012, 02:45:26 pm »
Síria: Regime de família Assad tem os dias contados


Os dias do regime do presidente sírio Bashar al-Assad estão contados e restam poucas semanas para a sua família no poder, afirmou hoje o ministro israelita da Defesa, Ehud Barak.

"Para a família Assad restam apenas poucas semanas para exercer o poder na Síria", declarou o ministro na Comissão Parlamentar de Relações Exteriores e Defesa. "Na atual situação é impossível prever o que vai acontecer depois da queda de Bashar al-Assad", completou.

O regime sírio enfrenta desde março um movimento de revolta popular sem precedentes, que foi violentamente reprimido. Ehud Barak, ligado ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou recentemente que "a queda de Assad seria uma bênção para o Médio Oriente".

Israel está preocupado com a instabilidade da situação na Síria, especialmente com o futuro da colina estratégica de Golã, ocupada por Israel desde 1967 e anexada em 1981. Quase 20.000 colonos mudaram-se para o local e Damasco exige a restituição integral da área para formalizar a paz com Israel.

Os militantes opositores sírios celebraram neste domingo a chegada de 2012 com novas manifestações para reclamar a saída do poder de Bashar al Assad, cujas forças de ordem continuam reprimindo com violência.

Novo ano arranca com nova vaga de violência


Em Hama (centro), um menino de sete anos foi vítima dos tiros disparados contra o carro onde seguia com o pai, informou ontem o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede na Grã-Bretanha, que apelidou a criança de "primeiro mártir de 2012".

Na região de Homs (centro), três civis morreram nas mãos de milícias favoráveis ao regime. Na província de Damasco, 20 manifestantes que hastearam a bandeira síria da independência foram feridos pelas tropas, precisou o OSDH.

Os "jovens da Revolução" celebraram a chegada de 2012 com fogo de artifício e com pedidos de saída do poder de Assad, que enfrenta, desde meados de março, o movimento de protestos.

Na cidade de Idleb (noroeste), centenas de pessoas cantaram hinos pela "unidade nacional e de fraternidade entre islâmicos e cristãos". Numa das ruas da cidade foram colocadas juntas o símbolo do Crescente Vermelho e da Cruz. Vídeos mostraram imagens de manifestações noutras cidades do país.

Num comunicado, os comités locais de coordenação (LCC), que organizam os protestos, anunciaram a morte de 5.862 civis em 2011 pelas forças de segurança na Síria. Entre as vítimas estão 395 crianças.

Sapo/AFP
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #244 em: Janeiro 11, 2012, 09:35:49 pm »
Navio russo interceptado no Chipre com armas para a Síria


Um navio russo carregado com armas para a Síria foi interceptado pelaa autoridades cipriotas, segundo avança a edição online do jornal The Guardian. O barco, carregado com 60 toneladas de armamento dirigia-se para o porto de Latakia.

Segundo conta o jornal, o cargueiro MV Chariot, que havia zarpado de São Peterburgo no início de Dezembro passado, foi forçado a atracar no porto de Limassol (Chipre) devido a condições metereológicas adversas no mar.

Segundo as autoridades cipriotas de inspecção marítima, o navio ia carregado com quatro contentores, contendo «material perigoso» com manifesto de carga a indicar a `Siria como o destino.

Citando a rádio cipriota, o jornal britânico refere que se tratava de 60 toneladas de armamento (munições). Enretanto, segundo a mesma fonte, o navio foi autorizado a levantar ferro de Limassol mas com o destino alterado.

A Rússia é um dos principais apoiantes do regime de Al Assad.

Lusa
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #245 em: Janeiro 13, 2012, 10:18:15 pm »
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #246 em: Janeiro 15, 2012, 04:22:03 pm »
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #247 em: Janeiro 17, 2012, 07:05:13 pm »
Líder rebelde pede intervenção estrangeira na Síria


Um comandante militar rebelde da Síria pediu hoje ao mundo que proteja os civis do seu país, e criticou os monitores da Liga Árabe por serem incapazes de conter a repressão do governo contra manifestantes.

A ONU diz que mais de 5.000 pessoas, a maioria civis, já foram mortas em 10 meses de repressão de protestos contra o presidente Bashar al Assad.

O governo diz estar a enfrentar «terroristas armados» que, patrocinados pelo exterior, já terião matado mais de 2.000 soldados e polícias.

O líder rebelde Riad al Asaad, que comanda a partir da Turquia o grupo Exército Sírio Livre, defendeu uma intervenção internacional para substituir a missão árabe, que termina nos próximos dias.

«A Liga Árabe e os seus monitores fracassaram na sua missão, e embora respeitemos e apreciemos os nossos irmãos árabes pelos seus esforços, pensamos que eles são incapazes de melhorar as condições na Síria ou de resistir a esse regime», disse.

«Por essa razão, pedimos-lhes que entreguem a questão ao Conselho de Segurança da ONU, e pedimos à comunidade internacional que intervenha, porque ela é mais capaz de proteger os sírios nesta altura do que os nossos irmãos árabes», acrescentou.

A missão árabe monitoriza a implementação de um acordo de paz que prevê a desmilitarização das cidades, a libertação de manifestantes presos e o estabelecimento de diálogo entre governo e oposição.

Assad, no poder desde 2000, promete fazer reformas, mas disse já que irá esmagar os «terroristas» com «mão de ferro».

A rebelião popular começou de forma pacífica, tendo como inspiração a chamada «Primavera Árabe», mas ganha cada vez mais contornos de uma guerra civil, com a participação de militares desertores e de outros rebeldes armados em confronto com as forças do governo.

A agência estatal de notícias Sana disse hoje que foguetes disparados por militantes mataram um oficial militar e cinco subordinados deste num posto de controlo rural nos arredores de Damasco, deixando também sete feridos.

Na véspera, segundo a agência, homens armados mataram um brigadeiro leal a Assad.

Na cidade de Homs, ativistas disseram que um tanque fez disparos contra o bairro de Khalidiya, após uma noite de protestos contra o presidente. Um vídeo no YouTube mostrou uma multidão dançando e agitando a antiga bandeira da Síria, abandonada depois de o partido Baas, de Assad, assumir o poder, em 1963.

Os ativistas também disseram que houve confrontos entre rebeldes e soldados no bairro. Houve relatos também de que um homem foi morto a tiro numa barreira militar em Qatana, subúrbio de Damasco, e que um ativista foi morto por um franco-atirador em Khan Sheikhoun, no noroeste do país.

O mandato da missão da Liga Árabe termina na quinta-feira, e o bloco irá em breve decidir se retira os 165 monitores do país ou prolonga a sua permanência.

A Liga pode remeter o caso da Síria ao Conselho de Segurança, mas a China e a Rússia têm usado o seu poder de veto nessa instância para impedir qualquer ação internacional contra Assad.

Lusa
 

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papatango

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #248 em: Janeiro 18, 2012, 12:09:01 pm »
O russo continua a apoiar o ditador (que grande novidade), mas mesmo ele já foi contactado pelos rebeldes sírios que lhe garantiram a utilização das facilidades militares russas na Síria, que eles usam durante a tradicional viagem de inverno para tirar os navios da esquadra do mar do norte de Murmansk.

Já a China está numa posição muito mais complicada e tenta convencer os árabes de que «no passa nada». Se o Irão der problemas e o golfo ficar fechado, a China fica numa posição periclitante e só os árabes podem salvar a situação.
Neste momento eles estão a trabalhar a todo o vapor em oleodutos para garantir o escoamento do petróleo que passa pelo estreito de Ormuz.
Só deverá haver guerra ou um ataque contra os iranianos, quando a produção dos estados do golfo puder ser transferida para fora do golfo por oleodutos.
A Arábia Saudita já tem um sistema de oleodutos que permite transferir o petróleo para os portos no mar vermelho.

O problema é que os maiores portos estão no golfo e será necessário trabalhar dia e noite para garantir o abastecimento.
Se os sauditas tiverem capacidade para transferir o petróleo para a costa do mar vermelho, então o golfo pode ser fechado e quando for fechado a China fica numa situação complicada se não estiver de boas com os árabes.

Como os russos têm petróleo para eles, não são afetados pelo problema.
Os russos normalmente têm que ser comprados pelos árabes.
Eu contaria com uma qualquer compra de material militar por parte de um país árabe aos russos. Normalmente é assim que eles são convencidos.

Mas de qualquer das formas nenhum país árabe tem ao mesmo tempo dinheiro e capacidade militar para enviar tropas para a Síria. O único país da região que pode intervir, não é árabe e chama-se Turquia.

Está tudo nas mãos dos turcos e são os turcos que podem fazer pender os pratos da balança definitivamente.

Os americanos não têm nada a ganhar na Síria, ainda que Israel lhes peça (O Obama não é das pessoas mais bem vistas em Israel) e os europeus estão todos falidos.
Fartaram-se de gastar armamento na Líbia e os governos têm que por as finanças em ordem. As opiniões públicas, entre gastar dinheiro em armas e em pensões para os reformados, não pensará duas vezes.
Além disso, vêm aí eleições.
Uma intervenção precisa de um «click» que force os governos a fazer alguma coisa.
No caso da Líbia foi o avanço contra Benghazi e a ameaça do Kadafi de chacinar a população, mas se ocorrer algo parecido na Síria, os europeus não podem fazer nada por causa da distância.

A não ser que os britânicos consigam autorização para atuar a partir de Chipre, com o beneplácito dos turcos.
Israel também poderá dar uma mãozinha, arrasando todas as bases aéreas sírias e destruindo a força aérea síria, as pistas e os sistemas de radar.
Têm que o fazer secretamente, pois se a coisa dá para o torto, então os sírios podem unir-se em volta do ditador porque o país está a ser atacado.

É dramático como estes ditadores se agarram ao poder.
O Bashar vai sair de qualquer maneira. Quando as coisas chegam a este ponto deixa de haver o que fazer.
O ódio da população contra os governantes só tende a aumentar.

Estamos a ver na Síria o que queriam que tivesse acontecido na Líbia.

Aqueles que criticam a intervenção na Líbia deveriam ter vergonha na cara, porque está à vista o resultado de não fazer nada.

Um povo não consegue libertar-se dos seus opressores quando eles estão armados.
A estória de os povos resolveres os problemas sozinhos, é um conto do vigário contado pelos apoiantes das ditaduras.

Bashar matará milhões se isso for o necessário para se manter no poder.
É um criminoso, desde os 15 anos, em que participava nas sessões de tortura aos opositores ao regime.

Está habituado a matar. Vive e convive bem com a violência e a morte. Foi ensinado assim, não conhece outro mundo.

Merece ser apanhado num esgoto, como o Kadafi ou o Saddam Hussein.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #249 em: Janeiro 18, 2012, 01:20:29 pm »
Citação de: "papatango"
É um criminoso, desde os 15 anos, em que participava nas sessões de tortura aos opositores ao regime.

Está habituado a matar. Vive e convive bem com a violência e a morte. Foi ensinado assim, não conhece outro mundo.

O homem até é Médico (Oftalmologista)  :mrgreen:  ... só se treinasse arrancar olhos...
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #250 em: Janeiro 18, 2012, 06:52:07 pm »
Oposicionista  sírio teme que rebeldes criem «caos sem fim»


O grupo Exército Sírio Livre, formado principalmente por desertores das forças do regime de Bashar Assad, ameaça arrastar a Síria para um «caos sem fim», disse hoje o influente ativista da oposição Michel Kilo.

Em entrevista ao jornal francês Le Fígaro, expõe as divergências no seio da oposição síria a respeito de usar ou não a força para tentar derrubar o ditador Assad, há 10 meses alvo de uma rebelião popular inicialmente pacífica.

Essas divisões fazem com que potências ocidentais se mostrem relutantes em apoiar explicitamente os rebeldes, que deixam a Síria cada vez mais perto de uma guerra civil.

Kilo, um escritor que passou seis anos preso por desafiar a liderança de Assad, acrescentou que o ditador está «desesperado» e a tentar regionalizar o conflito.

O general Mostafa Ahmad Sheikh, o mais graduado militar a ter abandonado o ditador nos últimos meses, criou um conselho militar para coordenar as ações do Exército Sírio Livre.

«Ele quer atacar 400 mil pessoas com apenas alguns milhares de soldados que não formam um Exército», afirmou Kilo, salientando que Sheikh «vai colocar o país num caos sem fim. É uma loucura».

Kilo, que participa no Comité Nacional pela Mudança Democrática, disse que a situação na Síria chegou a um impasse, pois nem os manifestantes nem o regime querem recuar.

Segundo ele, Assad mostra ser um «homem desesperado»" quando, por um lado, oferece amnistia por crimes eventualmente cometidos durante a rebelião, mas, por outro, promete usar mão de ferro para punir os «terroristas» que atuam contra o seu regime.

Lusa
 

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papatango

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #251 em: Janeiro 21, 2012, 11:46:42 am »
Citar
O homem até é Médico (Oftalmologista) :mrgreen: ... só se treinasse arrancar olhos...

A alegação sobre a participação de Bashar nas torturas é realmente essa. Embora eu tenha que adimitir que pode haver exagero.

Há várias alegações sobre o tema e a primeira vez que a vi, foi há alguns anos no Expresso.
Muitas delas estão relacionadas com a passagem de Bashar pelo hospital militar de Tishrin, onde ele esteve entre 1988 e 1992, entre os 23 e os 27 anos. Nesta altura ele já era maior de idade.
É igualmente importante que depois dos 27 anos e com quatro anos de experiência, ele tenha ido para a Grã Bretanha para aperfeiçoar a sua técnica.

Já quanto à participação dos filhos de Bashar nas torturas foram várias vezes noticiadas.
No entanto, confesso que não estou de posse da informação onde há bastante tempo li as alegações.

Mas para aguentar uma ditadura no poder, o sucessor tem que demonstrar a sua fibra e a sua qualidade de liderança para que todos o possam seguir.
Esta era a norma no Partido Socialista Bahas, que também foi seguida no Iraque, onde os dois filhos do Saddam também se dedicavam a torturar os opositores ao regime.

Bashar esteve à altura.
A elite manteve-o no poder.
E ele está a mostrar que aprendeu bem as lições.
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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #252 em: Fevereiro 10, 2012, 12:32:26 pm »
Síria: Situação «é muito pior» do que aparece nas notícias


Três jornalistas portugueses entraram clandestinamente na Síria, passaram cinco dias no Norte do país, e contam agora que a situação “é muito pior” do que aparece nas notícias.“A situação está terrível”, resume, por telefone, o jornalista Tiago Carrasco, que, juntamente com o fotojornalista João Henriques e o operador de câmara João Fontes, dá corpo ao projeto “A Estrada da Revolução”, que pretende fazer o percurso Istambul-Lisboa, passando pelos países da Primavera Árabe.

O que se está a passar na Síria “é muito pior” do que o que mostram as televisões. Há pessoas a serem “assassinadas por nada”, diz Tiago Carrasco, como o caso, a que assistiu, de "duas miúdas que apanhavam batatas quando foram bombardeadas” por artilharia pesada.

“O sistema de repressão do regime é matar às cegas, sem critério nenhum”, diz. É de tal ordem que “ninguém acredita" que os atiradores do presidente Bashar al-Assad sejam sírios, "porque custa-lhes acreditar que um sírio possa matar assim outros sírios”.

Já de regresso a Antalya, na Turquia, Tiago Carrasco descreve a Síria como um país onde “as pessoas vivem para a revolução" e "estão na rua de manhã à noite, a protestar". Até porque "sentem que vão morrer, que eles serão os próximos”. Há até quem tenha deixado de beber álcool e de ter relações sexuais para ser “um melhor mártir”.

Os três portugueses entraram na Síria no dia 02 à noite e passaram cinco dias na região de Idleb, no Norte, “conhecida por oferecer muita resistência” e que está sob o controlo do Exército Sírio-Livre (ESL) desde agosto.

Entraram clandestinamente pela fronteira com a Turquia, traficados pela associação Syrian High Rescue Office, que está a distribuir ajuda humanitária à população (alimentos, medicamentos) e também armas para o ESL.

Nas montanhas entre Idleb e Allepo, nas cidades de Binnich e Taftanaz, onde a população é totalmente sunita (uma das correntes do islão), os três portugueses encontraram uma região “muito bem controlada” pelo ESL. Mas “é um exército muito precário”, diz. “Não estão minimamente organizados. (…) O armamento que têm é o que roubaram quando desertaram do exército e o que conseguem capturar nos combates”.

“Um professor de matemática, um agricultor… há de tudo [no ESL]. São pessoas que sabem manejar uma arma”, refere.

A elite no poder é alauíta (vertente da corrente islâmica xiita) e neste conflito “há uma divisão religiosa evidente”. Mas “não é um conflito religioso”.

Para já, todos reivindicam “uma Síria de um só povo”, mas Tiago Carrasco antecipa que tudo se prolongue até “uma guerra civil”. O ESL “ainda não tem capacidade de ataque”, mas “todos os dias há militares a desertarem” e “vai fortalecer-se de dia para dia”.

As pessoas estão “pelos cabelos” num país de partido único – em que “as crianças, logo na escola primária, são obrigadas a filiar-se no Baath”, partido de Bashar al-Assad –, num país em que a televisão é controlada.

A Síria já era um dos países eleitos na viagem que os três portugueses estão a fazer de Istambul, na Turquia, a Lisboa. Tentam agora chegar ao Líbano sem passar pela Síria.

“Não podemos voar, que é uma das regras do projeto, nem temos dinheiro para isso”. Vão tentar obter lugar num navio de contentores que parte no domingo. Seguir-se-ão Jordânia, Israel, Egito, Líbia, Tunísia, Argélia, Marrocos.

À semelhança do projeto anterior em que os três estiveram envolvidos – “Road to World Cup”, uma viagem de Lisboa a Joanesburgo, rumo ao Mundial de Futebol que se realizou na África do Sul em 2010 –, também este resultará em livro e documentário, podendo já ser acompanhado via blogue.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #253 em: Fevereiro 12, 2012, 01:52:48 pm »
Líder da Al-Qaeda apoia rebelião na Síria em vídeo na Internet


O líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, manifestou o seu apoio ao movimento de contestação na Síria num vídeo divulgado em fóruns jihadistas, informou hoje o centro americano de monitorização dos sítios islâmicos na Internet (SITE).

No vídeo intitulado "Adiante, leões da Síria" e divulgado no sábado, Ayman al-Zawahiri acusa o regime de Bachar al-Assad de crimes contra os seus cidadãos e elogia os que se revoltam contra o governo sírio, de acordo com o SITE.

No vídeo de mais de oito minutos, Zawahiri surge diante de uma cortina verde e encoraja os sírios a não confiarem mais nos governos ocidentais e árabes, que impõem, segundo alega, um regime subserviente ao oeste.

O líder da Al-Qaeda apela aos muçulmanos da Turquia, Jordânia e do Líbano para apoiarem a rebelião e derrubarem o regime atual que qualifica de anti-islâmico.

A repressão levada a cabo pelo regime sírio no país já causou desde março do ano passado mais de 6.000 mortos, de acordo com as Nações Unidas.

Os representantes dos países membros da Liga Árabe reúnem-se hoje no Cairo para discutir a crise na Síria.

Ayman al-Zawahiri sucedeu a Osama bin Laden na liderança da Al-Qaeda após a morte do fundador da rede terrorista em maio de 2011 pelas forças especiais americanas no Paquistão.

Lusa
 

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Camuflage

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Re: Revolta no Mundo Árabe
« Responder #254 em: Fevereiro 12, 2012, 07:55:42 pm »
No caso da Líbia cagaram para os votos contra da Rússia e China, na Síria não há pitroil, já não interessa... vamos todos fingir que a França e RU andam a repor stocks de armas.