Não é só assim tão simples... Não defendo um mlu completo mas algum investimento vai se ter de fazer é impensável esperar por filas de espera, construção, testes e preparação da tripulação vai demorar uns bons 5/6 anos se o contrato for assinado em 2025. sendo bem otimista
Existe uma diferença entre fazer um MLU reles, e fazer uma manutenção profunda para manter os navios a navegar por mais uma mão cheia de anos. Depois, o dito MLU, não só vai começar tardiamente, como vai demorar bastante tempo a concluir. Nesse prazo de 5/6 anos que mencionaste, as VdG após modernização voltarão ao serviço ao fim de uns 4 anos, com sorte. É preferível esperar 5 anos por 2/3 fragatas (ou Crossover) novas, do que esperar 4 anos para receber 2 com modernização da treta.
A coisa resume-se a incompetência pura e dura. A modernização foi implementada na LPM em 2019 e já se sabia que era tardia nessa altura. Quando atiraram os prazos, com nenhum dos navios a voltar modernizado antes de 2027/28, ficou claro que era uma idiotice ainda maior.
Depois temos a agravante que o MLU em questão é para fingir que sim. Não é suficientemente relevante para justificar ficarmos tanto tempo à espera e gastar dinheiro nos navios, nem é suficientemente barato para se dizer que é apenas uma solução stop-gap, nem é suficientemente inteligente para tentar uniformizar o padrão de certo equipamento (nomeadamente sensores e canhão principal) com as 2 BD, permitindo facilitar a logística/custos de manutenção.
Verdade, mas são bem menos do que seria se tivéssemos comprado um Wave...
"Bem menos" é exagero. Os Wave requerem 80 elementos, o que sendo um navio mais antigo e muito maior, percebe-se. E os Wave têm hangar a sério onde cabe um Merlin. Logo, não me parece boa ideia a medição de pilinhas com AORs muito maiores.
Numa coisa tenho de concordar. Se vamos ser uma guarda costeira não precisamos de re-abastecedores. Mas se os vamos ter, se calhar a ideia não é ser uma guarda costeira... O próximo CEMA já fica com o plano inicial, pois Fragatas sem logística não tinham lá muito alcance.
E é com essas afirmações que se vê que não tens noção do que a casa gasta. Ou isso, ou também estás numa de ser do contra.
As fragatas na perspectiva de defesa nacional, não precisam de um AOR para nada, já que têm raio de acção suficiente. É preciso é que estas fragatas sejam capazes, e não um monte de lixo. Portanto, fragatas sem AOR, só não podem é fazer missões no exterior, sem abastecer em portos amigos, de resto, cumprem as missões.
Depois, olhar para uma aquisição, e tirar a ilação que existe um mega plano por trás, para termos uma Marinha de Guerra a sério... só porque se adquiriram AORs... Relembro que o CEMA actual, diz que temos uma Marinha moderna e capaz de cumprir todas as missões, portanto ele poderá considerar que os AORs são a única coisa que falta, e que o resto já dá conta do recado.
A MGP tem planeado um LPD há mais de 20 anos, e entretanto nada fez para ter uns Fuzos minimamente bem equipados, nem tão pouco investiu em escoltas que viabilizem uma missão anfíbia do dito LPD. A realidade portuguesa é esta, não existem planos lineares, é tudo improvisado em cima do joelho consoante o que é moda e/ou o que o Governo do momento permite adicionar à LPM/não cativar da mesma.
O problema das fragatas, provavelmente permanecerá por resolver até ao mandato não do próximo CEMA, não do CEMA seguinte, mas do outro a seguir a estes.
Agora só falta arranjar guarnições para os navios, segundo se fala dentro da Marinha...
Pois, a falta de pessoal mantém-se. Agora resta saber se, dentro da mesma Marinha, ainda têm a fantasia estúpida do NAVPOL. É que se a compra de 2 navios com guarnições de 50 elementos cada, são um problema devido à falta de pessoal, como será então no futuro com um PNM e ainda um NAVPOL, com este último a operar com qualquer coisa entre 100-150 elementos.
Vamos ver é se não vão arranjar uma daquelas soluções de m*rda, em que cortam novamente no nº de fragatas.