Se vai avançar ou não, só os senhores do poder é que sabem. E como por cá reina a confidencialidade, só se sabe das coisas quando já é tarde demais.
Não reina. E eu que sou um mero analista nas horas vagas, vou recebendo. E não sou só eu (aliás, esse pensamento arcaico que as F.A. são um túmulo e que o poder político não deixa escapar nada, são apenas rumores...
Mas não deixa de ser caricato o timing da conversa do ST, como se viesse na consequência da (expectável) vitória do M-346 para a escola privada.
Dc, PPP's foram uma desgraça para o país. E isto é uma ppp para a defesa em que não faço ideia quanto iriamos pagar. Nada contra o 346 tudo contra as ppp's. E se é certo que os negócios de defesa, são o que são, em termos lesivos para o país os submarinos são uma brincadeira por exemplo, ao pé das ppp's das autoestradas. E toda aquela historia de vir a empresa e bancar os aviões e quiçá as obras de ajuste na base, em Portugal, na minha opinião e face ao passado é lenha para nos queimarmos. Uma coisa era nós adquirirmos, outra é estes meandros com muita gente à mistura. Se, e repito, se os ST forem nossos e adquiridos por nós, prefiro ST.
Depois há outra questão, nas chefias dos ramos e do MDN, ninguém se decide. Uns falam no ST para treino, outros da escola privada, e quem paga estes devaneios é o contribuinte, e no fim, vamos ver que se vai gastar dinheiro na escola privada, mais o dinheiro que se gastou nos ST.
Tendo em conta que o aparelho executa ambas as missões não me parece ser o pior em termos de opção. Até pelas razões que falei anteriormente. Agora, tendo em conta os desentendimentos sobre os helis, e a confusão que reina na marinha, parece-me que existem questões mais complicadas e que não envolvem apenas um ramo. A escola internacional, menos mal, até porque os outros não são como Portugal em questão de contas. Agora, o problema é vir uma empresa privada com os 346, e pagar o contribuinte um preço que se calhar dava para o tal Porta-aviões com ala aérea (mesmo a Skytech, não sei)..
Quanto ao preço dos ST, ontem ou anteontem coloquei aqui uma notícia com o preço pago pelos Afegãos para apenas meia dúzia, de cerca de 174 milhões de dólares. É certo que serão numa versão totalmente de combate, mas não deixa de ser algo caro. Para nós, serão em maior número, logo o valor poderá rondar os 200 milhões de euros. Mas o problema nem é o preço, é que neste último ano, não se arranjou 1/4 desse valor para comprar o Wave, nem se arranjou uns 8 milhõezitos para as duas Marlin...
Não deixo de te dar razão, até porque são questões que aqui debatemos. Agora, neste momento a FAP tem os caracóis nas secretárias, não tem helis entre as 7 e 10 t, como disse o NVF e muito bem, e tem o CEMGFA a afirma na AR que não existem helis para venda. Concluindo, a Leonardo ainda os teria de fabricar e quiçá desenvolver algo ou mesmo a pedido do burgo, ST em se calhar 2 ou menos anos tens na FAP pois está desenvolvido e a Embraer envolvida no país, quer pela OGMA mas também por Évora. As Marlin, e para não ser mauzinho (
), resumindo-me aos factos, já ouvi que foi culpa da Marinha, estes afirmam que foi do fabricante. Wave, tens novamente a ideia peregrina de querer fabricar cá, ou seja temos de projectar, desenvolver e executar. Sim são negócios, mas existem piores (A400, Ec, NAVPOL e LFC, por exemplo)
Não me importava que fossem feitas mais aquisições destas, desde que bem pensadas, sem burocracias à mistura e a preços justos. Mas cheira-me que é uma vez sem exemplo, porque é Embraer, se fosse de outra empresa "não há dinheiro".
Pois, mas estamos em Portugal. Se verificares, no Afeganistão andamos à boleia, na RCA já vamos no terceiro ou quarta veículo diferente, já vamos de SCAR e mesmo sem helis a coisa tem corrido bem a ponto de quererem maior envolvimento tanto no Mali como na própria RCA. Agora Moçambique, e existem aspetos que não podem ser inocentes como escrevia o CJ. Ou seja, temos uma serie de coisas a acontecer ao mesmo tempo, e mesmo defendendo o C130J, os helis, isto já para não falar do tanto que existe para fazer na Marinha. Agora, compreendo a decisão até porque esta "Escola" sempre me trouxe muitas duvidas, outras matérias são mais complexas (porque complicamos é verdade, quando afirmamos em AR que não existem helis para venda) e no geral, os negócios de defesa ao pé das tretas das PPP's e afins, mesmo os que correm mal, com negociatas e luvas, acabam melhor que as Auto-Estradas ou Barragens, salvo os casos em que como o NH90, pagamos e ficamos sem o material. Por isso, não seria a minha primeira opção mas aceito. Aliás, por mim, juntava o útil ao agradável e ia buscar os AMX.
Cumprimentos
P.S. 1 -Ainda à um par de horas perguntava se a tal escola vinha.
P.S. 2 - O que reforça a possível aquisição dos ST é o facto da Skytech tanto operar um como outro. Não me faz é grande sentido só termos a versão de Ataque e não a versão de instrução. Aliás, no inicio tínhamos os Alpha nas duas missões. A parte do negócio vamos ver...
P.S. 3 - A ideia dos Merlin CSAR era sobretudo operar do tal Navpol. Independentemente disso, o estado dos mesmo tem a ver com 3 pontos: Falta de guito, falta de tripulações e crónicos problemas de manutenção. Mesmo que se resolva um, não estou a ver de rajada resolver-se os outros dois.