Olivença

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papatango

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« Responder #1635 em: Junho 04, 2007, 12:09:02 am »
Não está em causa se a marinha da Argentina tinha capacidade para atacar Portugal, ou se os alemães tinham capacidade para atacar Portugal (os submarinos alemães podiam afundar os nossos navios).

O que está em causa, é que um país pode ser neutral, ou assumir uma posição de país não beligerante.

A Espanha, foi um país não beligerante, que lhe permitiu por exemplo enviar tropas para a Rússia. Mas o estatuto de não beligerante tem que ser respeitado como o estatudo de neutralidade.

Em 1801, Portugal não estava em guerra com nenhuma das partes, porque a guerra com a França implicava a guerra dentro do nosso território e uma guerra com a Inglaterra implicava a perda de contacto com o império.

= = =
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P.D.- Se a postura é "oficial" e houbo unha protesta "oficial", existirá algún documento que o probe ¿verdade?
A parte chata de discutir este tipo de assuntos com os espanhóis, fica resumida na questão que colocou.

O desconhecimento sobre Portugal é tão grande, que leva quem pretende discutir o assunto, a colocar uma pergunta destas.
Os protestos formais são conhecidos de qualquer pessoa que agarre num livro de História.

A questão das defesas do Algarve e a posição portuguesa nesse conflito está mais que estudada e dissecada.

Desculpe-me, mas o facto de você colocar a questão de "se existe um documento que comprove o protesto" é infelizmente demonstrativa disto.

Eu sei que as pessoas não podem nascer ensinadas.
Mas você coloca neste tópico uma questão sobre o apoio português aos ingleses e baseia toda a sua argumentação num «facto» que você julga que aconteceu e que está mais que documentado em todos os livros de História que de facto não aconteceu.

Depois ficam irritados, quando em Portugal nós dizemos que na História contada pelos espanhóis há factos que estão distorcidos, para justificar a visão espanhola da História.

É por isso que temos tantas discussões intermináveis.

Nós partilhamos grande parte da História, mas temos visões completamente diferentes dela.

O facto de do lado espanhol haver tanto desconhecimento, acaba por piorar as coisas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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Upham

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« Responder #1636 em: Junho 04, 2007, 01:53:02 pm »
Boa tarde!

O que para aqui vai! Vem um homem de fim de semana e encontra uma "guerra virtual"!

Vamos lá a ver:

 
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Bons días, imos ir por partes:


Upham escreveu:
1º Espanha e França planearam a invasão de Portugal, com o objectivo de anexar e repartir o território deste ultimo entre si. É licito interrogar-me se o primeiro desses dois paises se afoitaria a tal na época (botar as pelotas), sem o "confortavel" apoio do segundo país referido.
Quanto ao aliado Britanico, já o conhecemos bem, é um aliado dúbio, mas o que mal ou bem na época nos apoiou.
(Os actos vis e as cobardias politicas que fiquem com quem as praticou)


A invasión de Portugal terminou por se levar a cabo únicamente por mor das actuacións do goberno portugues ó permitir o uso do territorio portugues para que Inglaterra atacase territorios espanhois. En quanto ó objectivo, ese podería ser o francés pero como o ejército francés non chegou a intervir na guerra e non tinha ocupado nenhum territorio en Portugal, os territorios estaban ocupados por tropas ESPANHOLAS así que ainda que non gostou do tratado firmado por España Napoleón tivo de aceptar que o que estaba feito estaba feito, por isso en 1807 decideu que a invasión a faría un ejército francés e non o español.


Upham escreveu:
2º A essência da questão, actualmente, é que a forma de resolver este assunto só pode ser pela racionalidade (e não das tais pelotas, que não são uma forma muito construtiva de resolver assuntos), e de direito internacional. Ou seja a razão está do nosso lado, embora no nosso Mundo imperfeito esta raramente valha sem a força.
E esta razão diz-nos que Olivença é nossa, foi-nos usurpada por Espanha (para não lhe chamar outra coisa) em desrespeito de acordos firmados na época entre os nossos países e para agravar ainda mais a questão, depois de novos acordos internacionais em que foi assumida por Espanha a devolução deste território, desrespeitaram novamente estes ultimos. Portanto amigo, o vosso governo que nos devolva aquilo que é nosso e não é vosso.


Con isso do "desrespeito a acordos firmados" esta vocé a falar de que Portugal a pesar de se ter comprometido a pechar os seus portos a TODOS os navios británicos decidise, despois de Trafalgar abertamente pero ja o fazía antes as escondidas, voltar a permitir ós navios británicos o uso de portos portugueses, ¿verdade? O tratado só reconhecía como cambios territoriais a anexión a España de Olivenza e unhas quantas zonas máis por tanto Portugal tinha de se retirar dos territorios que ocupou en América, algo que Portugal NUNCA fiz ¿Quem foi o primeiro en desrespeitar os acordos?

Upham escreveu:
3º Os habitantes actuais de Olivença são espanhois!? São aquilo que se assumam como ser. Mas pergunto eu, os habitantes no inicio do séc XIX seriam o que? Pediram para mudar de Reino? Seria interessante a consulta dos registos paroquiais da época para se apurar quais as origens da actual população.  


Pois sim, os habitantes actuais debem ser espanhois ja que aqui non se parou de dizer que assasinamos ou expulsamos a todos os habitantes portugueses e que os acutais habitantes som colonos espanhois, así que ou como ja dissemos nos voces mentem ou son espanhois, escolha o que prefira


1º Penso que a quem quer provocar um conflito, qualquer motivo lhe serve. Pergunto-lhe, dos dois países (Portugal e Espanha) qual deles atacou primeiro o outro?? (e não estou a falar dos Ingleses, que em alto mar fariam o que entendessem, nem o nosso país tinha meios nem motivos de os impedir de fazer fosse o que fosse).

2º Bloqueio Continental? Alguma vez ouviu falar? Sabe o que foi pelo menos? No território Português e nos seus portos quem mandava e manda são os Portugueses (não os Franceses nem os Espanhóis por procuração, no caso).

e 3º Se alguém disse que foram assassinados ou expulsos os habitantes Portugueses neste fórum, não fui eu certamente. A minha questão, à qual V.Exª nem se dignou responder, era, de que nacionalidade seriam os habitantes da vila de Olivença no inicio do séc. XIX? Já nem vou voltar a perguntar se pediram para mudar de Reino, porque Democracia era coisa que não existia na altura. Sabe que há formas de se saber a origem das populações. A consulta de Registos Paroquiais, Censos e outras fontes Históricas. Mas há que reconhecer que é um pouco estranho que numa vila que durante 600 anos foi Portuguesa os habitantes se reconheçam todos como Espanhóis depois de uma ocupação de 200 anos. E digo estranho, porque por exemplo, populações de paises anexados por outros há muito mais tempo, por Ex. da Escócia ou País de Gales, se assumam como Escoceses ou Galeses e não como Ingleses, mesmo depois de uma feroz repressão de séculos que se caracterizava entre outras coisas pela proibição de falar e ensinar a lingua nativa até á utilização dos trajes nacionais (na Escócia no séc XVIII, arriscavam mesmo levar um tiro ou a forca). De qualquer modo essa é uma hipotese, (há muitas formas de se fazer uma limpeza étnica) embora também possam ser de origem Portuguesa mas terem sido "Espanholados" durante 200 anos.

Para finalizar, nesta questão nós (os Portugueses), e se algum compatriota não é da mesma opinião peço desculpa por generalizar, somos teimosos, porque temos a Razão do nosso lado.
Ou seja Olivença e nossa e Espanha reconheceu isso mesmo por tratado internacional ao aceitar devolver o território a Portugal, mas os seus governantes da época voltaram com a palavra atrás (e nisso não são muito diferentes dos politicos de qualquer país nos dias de hoje).
O que me deixa preplexo, é a teimosia de muitos Espanhóis, e por arrasto dos seus Governos (e também revolta pela passividade dos Governos Portugueses) em se recusarem a pura e simplesmente a reconhecer a Razão e se agarrarem a um território pequenissimo que não é deles (dir-se-ia que as mentalidades e a estreiteza de visão acompanham a dimensão do território).
No entanto, sendo o mais honesto possivel, nada me move contra a Espanha nem contra os Espanhóis, que para mim é um país como qualquer outro, e com o qual devemos manter relações de boa vizinhança. Mas, se esta questão fosse resolvida, as relações de boa vizinhança poderiam ainda ser melhores.

Cumprimentos!
« Última modificação: Junho 04, 2007, 06:06:41 pm por Upham »
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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comanche

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« Responder #1637 em: Junho 04, 2007, 02:14:51 pm »
Citação de: "papatango"
Depois ficam irritados, quando em Portugal nós dizemos que na História contada pelos espanhóis há factos que estão distorcidos, para justificar a visão espanhola da História.

É por isso que temos tantas discussões intermináveis.

Nós partilhamos grande parte da História, mas temos visões completamente diferentes dela.

O facto de do lado espanhol haver tanto desconhecimento, acaba por piorar as coisas.



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Jorge Pereira

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« Responder #1638 em: Junho 07, 2007, 06:55:23 pm »
Citar
Grupo dos Amigos de Olivença
www.olivenca.org    

Divulgação-07-07


O Tratado de Viena na TSF


A passagem de mais um aniversário do Tratado de Viena, que reconheceu
plenamente os direitos de Portugal sobre Olivença e determinou a sua
devolução por parte do ocupante, é tema em apreciação no programa da TSF
«Mais Cedo ou Mais Tarde», a emitir no próximo dia 8 de Junho
(sexta-feira), após as 14:00 horas
, com a presença em estúdio do Presidente
da Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença.

Lx., 07-06-07.

CI/GAO
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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ferrol

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« Responder #1639 em: Junho 07, 2007, 07:30:25 pm »
Citação de: "papatango"
O facto de do lado espanhol haver tanto desconhecimento, acaba por piorar as coisas.

¿Debo entender, por tanto, que no "lado" portugués non hai descoñecemento?
Tu régere Imperio fluctus, Hispane memento
"Acuérdate España que tú registe el Imperio de los mares”
 

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rexluso

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« Responder #1640 em: Junho 12, 2007, 02:22:29 pm »
Coloquei un novo tópico: Luz para Olivença. Basicamente proponho que Portugal construa uma Olivenza em Espanha, e que a nossa Olivença nos seja devolvida. A população poderia optar por uma ou outra nacionalidade e vila. Aguardo os vossos comentários. Cumprimentos.
 

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garrulo

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« Responder #1641 em: Junho 12, 2007, 08:22:19 pm »
No muchacho, de hacer caso a tu absurda propuesta, Portugal haria una Olivenza en Portugal y entonces podria la poblacion hacer los cambios que quisiera.
Me temo que España tendria dos Olivenzas.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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rexluso

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« Responder #1642 em: Junho 13, 2007, 10:49:32 am »
Garrulo...
1) Olivença é indiscutivelmente território Português... para mais informações pf leia as 103 páginas anteriores.
2) Não importaria nada que toda a população se decidisse por Olivenza... porque seriam espanhóis a viver em Espanha... e não tenho nada a ver com isso.
3) Está muito seguro de si... mas não se preocupe, nós encontrariamos soluções para voltar a povoar Olivença... mas também não seria um problema seu, seria um problema nosso.
Cumprimentos.
 

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old

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« Responder #1643 em: Junho 16, 2007, 09:41:08 am »
Que mania con Olivenza. Pero si es un tema que no existe, esta cerrado y zanjado. La convivencia en el pueblo Extremeños es de lo mas normal y en España nadie conoce esta obsesion por parte Portuguesa, es una tema que no existe.
 

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Upham

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« Responder #1644 em: Junho 16, 2007, 07:08:44 pm »
Citação de: "old"
Que mania con Olivenza. Pero si es un tema que no existe, esta cerrado y zanjado. La convivencia en el pueblo Extremeños es de lo mas normal y en España nadie conoce esta obsesion por parte Portuguesa, es una tema que no existe.


Olhe que sim! Olhe que sim! Existe pois, (isso queriam vocês que não existisse), está é adormecido!

E aliás só me ocorre chamar a este assunto um ROUBO DESCARADO E SEM VERGONHA (com duzentos anos), e que só se estendeu no tempo, porque a parte que roubou tem a força do seu lado.

Fosse Olivença uma vila Francesa e já há muito que teria sido devolvida.

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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garrulo

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« Responder #1645 em: Junho 16, 2007, 07:56:54 pm »
Seguramente upham, las relaciones internacionales se basan en la fuerza.El dia que asuman eso,problema resuelto.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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Upham

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« Responder #1646 em: Junho 16, 2007, 08:47:25 pm »
Citação de: "garrulo"
Seguramente upham, las relaciones internacionales se basan en la fuerza.El dia que asuman eso,problema resuelto.


Mas está errado, deveriam basear-se na razão e não na força (entre pessoas ou países de bem), senão não seriamos muito diferentes dos primatas inferiores (e infelizmente muitos humanos não o são).

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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garrulo

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« Responder #1647 em: Junho 16, 2007, 09:10:09 pm »
Los españoles Mariana,Suarez y Vitoria crearon el derecho internacional,pero entre el derecho y la realidad hay mucho trecho.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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Upham

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« Responder #1648 em: Junho 16, 2007, 10:31:52 pm »
Boa noite!

Deduzo então que afirme como realidade (especificamente neste caso) algo contrário ao direito internacional?
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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garrulo

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« Responder #1649 em: Junho 17, 2007, 10:19:15 am »
No ,todo lo contrario. Si usted cree que tiene algun derecho, ejerzalo en la instancia internacional adecuada para que le den la razón.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.