Ah y me encanta el pie de tus mensajes:
Olivença ainda que permaneça por idades infinitas sob dominio espanhol é e será portuguesa
Es bueno que empeceis a asumir que Olivenza será siempre española per secula seculorem.
Ese es el camino que debeis tomar, asumir la realidad y mirar al futuro.
o argumento do ladrão usurpador é sempre este: -está em meu poder e não a devolvo.
é claro que mais tarde ou mais cedo a verdade é reposta e o gatuno lá tem de devolver o que não é seu!
Olivença está sob ocupação espanhola desde a traiçoeira invasão de 1801, portanto há pouco mais de 200 anos.
Entretanto Olivença é Portuguesa desde 1297, com foral de D. Diniz passado logo no ano de 1298. São mais de 700 anos de história. Foi Portugal que a tomou aos mouros em 1230, foi Portugal quem construiu o castelo e iniciou o povoamento, em 1488 D. João II constroi a enorme torre de menagem de 40 m de altura e em 1509 D. Manuel manda construir a impressionante ponte fortificad sobre o guadiana, com 450 metros de extensão e 19 arcos. O mesmo rei aproveitou o ensejo para conceder à vila novo foral e erguer uma das mais emblemáticas obras do estilo manuelino: a Igreja da Madalena.
Durante a restauração da coroa Portuguesa, D. João IV manda erguer as fortificações abaluartadas segundo o sistema Vauban que terão levado 100 anos a concluir dada a dimensão das mesmas.
Durante o longo conflicto da restauração, Olivença foi ocupada, em 1657 por S. Germán que espulsou a população sob ameaça de morte.
Após a derrota espanhola e posterior acordo de paz as tropas do Duque abandonaram a vila tendo a população regressado aos seus lares.
Em 1709, durante a guerra da sucessão espanhola, a ponte da ajuda é parcialmente destruida pelos espanhois, isolando a povoação do territorio portugues. facto que será aproveitado mais tarde, quando em 1801, a espanha, cínica e manhosamente concertada com a frança invade Portugal comandadas as suas tropas pelo amante da rainha espanhola, Manuel Godoy. Tomada Olivença as tropas castelhanas não são tão afortunadas no resto do terrtório sendo escorraçadas no norte e no centro e na america do sul, apesar da superioridade numérica.
Contudo e perante a ameaça de forças francesas estacionadas na fronteira, Portugal é forçado a assinar um acordo cedendo Olivença a Espanha. Esse acordo perderia a validade caso qualquer um dos paises signatários quebrasse a paz comum.
Em 1807 a espanha assina o tratado de fontainebleau e invade portugal aliada à frança de novo traiçoeiramente e contra o tratado e a palavra dada, invalidando assim o referido tratado.
Depois da guerra, no congresso de Viena, a espanha assina a acta final, incluindo o seu artigo 105 que estipula a imediata entrega de Olivença a Portugal.
Obrigando-se, sob compromisso de honra, com essa assinatura a entregar o território não deu, porém o estado vizinho, provas do carácter honrado, altivo e nobre que diz ser seu, tendo recusado até oje devolver Olivença.
Em terras oliventinas, sofridos dois séculos de brutal, persistente e insidiosa repressão castelhanizante (hoje, falar-se-ia de genocídio e crimes contra a Humanidade, como no caso dos ocorridos recentemente nos Balcãs), ainda há quem mantenha as tradições Portuguesas apesar de rodeado e oprimido pelos colonos espanhois.
Isolada de Portugal, Olivença seria a aprtir da invasão vítima do longo e tortuoso processo de etnocídio levado a cabo pelos espanhois.
Os invasores começaram por proibir a língua Portuguesa sob ameaça de morte, desde logo terão começado as execuções em massa.
Em 1806, a população revolta-se contra o terror espanhol, as tropas ocupantes fogem, mas o rei espanhol chamando unidades mais ferozes retoma selvaticamente a povoação e executando os cabecilhas da revolta.
Cinco anos depois os espanhois abrem as portas da fortaleza às tropas francesas com vista à traiçoeira invasão e Portugal.
Os franceses são derrotados e tropas Portuguesas tomam a cidade.
Infelizmente os ingleses querem captar o apoio espanhol contra o inimigo comum e sob a promessa de posterior resolução do assunto de Olivença, entregam de momento a vila aos espanhois.
Ao recuperarem a vila os espanhois vingam as suas frustrações na população que é massacrada na sua maioria.
A partir de 1820 espanha incia um novo capítulo na senda de apagar os vestígios da cultura Portuguesa. Confisca as propriedades dos Portugueses e entrega-as a colonos espanhois, quem resiste é morto.
As grandes potências condenam a situação mas nessa altura tinham outros problemas em mãos.
Em 1826 espanha toma partido pelos Miguelistas invadindo o pais a coberto da guerra civil, saqueando e destruindo diversas povoações Portuguesas. Um dos principais esquadrões de "salteadores" espanhois era o esquadrão de cavalaria que guardava Olivença.
Em 1856 espanha constroi uma praça de touros simbolizando o seu dominio sobre Olivença.
Nessa mesma praça de toiros, já no periodo de Franco, seriam assassinados diversos opositores ao regime, a maioria composta por patriotas Oliventinos.
É dificil imaginar, depois da barbárie praticada pela Espanha, que ainda subsistam descendentes de portugueses em Olivença. Custa a crer que ainda sobreviva algo de uma identidade sistematicamente negada.
A existência de uma identidade secretamente guardada pela população, é de todo improvável. Seria o mesmo que pedir a um Inca actual que se identificasse com os seus antepassados. Os sobreviventes que existem devem ser necessariamente esporádicos. O Etnocídio foi aqui, como na América Latina, perfeito. A Espanha tem uma longa experiência neste tipo de crimes contra a humanidade.
É de crer que a actual população de Olivença é maioritariamente descendente de antigos de usurpadores espanhóis (ladrões, assassinos, violadores, etc).
Há todavia alguns estudos surpreendentes que apontam para outras conclusões e que não podem ser descartadas: a existência de descendentes de portugueses. Gente que sobreviveu durante dois séculos a condições inacreditáveis de humilhação, discriminação e barbárie.
Em 2005, uma investigadora da Universidade de Évora (Ana Paula Fitas), apresentou uma tese de doutoramento sobre a identidade cultural do povo de Olivença.
Após dois anos de pesquisas junto da sua população, afirma que na sua maioria esta não se identifica com a Espanha mas com Portugal, embora se sinta magoada com o abandono a que foi votada pelos sucessivos governos portugueses.
Esta conclusão não é nova. Em 1992, Carlos Luna (cfr. Nos Caminhos de Olivença), ao descrever uma incursão que fez por Olivença e as suas principais povoações, chegou às mesmas conclusões, mas com uma nota muito interessante: uma parte significativa das muitas pessoas com quem contactou tinha nomes portugueses.
A Espanha ainda não tinha conseguido exterminar, em 1992, toda a população de origem portuguesa, muitos terão sido aqueles que haviam resistido à barbárie.
Embora seja uma conclusão inacreditável, dada a eficácia histórica que a Espanha revela neste tipo de operações, a verdade é que a mesma não pode ser descartada.
Hoje, apesar da maioria castelhana, ainda sobrevivem os últimos Portugueses de Olivença, os únicos cidadãos nacionais que continuam sob ocupação de uma pérfida nação invasora.