Notícias da Marinha do Brasil

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NVF

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #450 em: Março 31, 2015, 12:58:58 am »
Citação de: "Vitor Santos"
A FAP teve que vender uma dúzia de seus F-16 MLU à Romênia, no qual a maioria de seus aviões estava no chão por problemas de manutenção. Notar que ao mesmo tempo em que ainda operam algumas peças de museu como os Aérospatiale Alouette III, virtuosamente conseguem operar pelo menos 12 AgustaWestland AW101.

Caro Vítor,

A razão da venda da 'dúzia' (se investigar vai concluir que da frota da FAP só saíram 9) de F-16 à Roménia foi obviamente económica, mas não nos modos que está a pensar. Nos últimos 25 anos as Forças Armadas portuguesas, à semelhança das suas congéneres europeias, sofreram uma redução tremenda (só à laia de exemplo, o Exército passou de mais de 100 mil para menos de 20 mil efectivos). Com essa redução veio a profissionalização e os aumentos de salário. Ainda assim, os salários de certas classes militares, com destaque para os pilotos, são muito inferiores (entre 3 a 5 vezes mais baixos) aos da aviação civil. Obviamente, isto provoca grande demanda de pilotos e uma consequente e crónica falta de pilotos militares. No caso da frota de F-16, fala-se que a FAP nunca chegou a ter pilotos suficientes para todos os aparelhos.

A solução da venda de parte da frota faz, à luz destes factos, algum o sentido. E não pense que só o Portugal atrasado padece destes problemas -- a riquíssima Suíça, por exemplo, só consegue manter caças em alerta aos dias de semana e das 8 da manha às 5 da tarde (felizmente não é assim com a FAP). Se se der ao trabalho de consultar forums internacionais de assuntos de defesa vai deparar-se com notícias semelhantes referentes a países muito maiores (como a Alemanha, por exemplo).

No fundo, é mais problema de rico que de pobre. Não que Portugal seja rico, mas ainda assim o nosso PIB per capita é o dobro do Brasil. Agora essa da maioria dos aviões estarem no chão por problemas de manutenção não entendi -- estava a referir-se à Roménia presumo.


Citação de: "Vitor Santos"
Não queria me aferir a respeito de suas FFAA, porém faço um breve comentário superficial. Vocês tem uma boa frota de patrulha de longo alcance, com NaPaCos e Fragatas. Penso que isso seja por causa da Ilha da Madeira. Dois submarinos interessantes de engenharia alemã e pelo menos 5 helicópteros.

Caro Vítor, tal como você não quero parecer indelicado, mas dois submarinos interessantes e operacionais é bem melhor que 5 submarinos não tão interessantes em que só 1 se encontra operacional. A razão de 10 aviões de patrulha marítima e dos navios patrulha (em número insuficiente) não se limita à Madeira. Basta olhar num mapa para perceber o porquê de tal necessidade, ainda mais tendo em conta a potencial expansão da plataforma continental num futuro não muito distante (o Poder Naval tem um artigo sobre este assunto).


Citação de: "Vitor Santos"
Sobre o Exército posso dizer que vocês orgulhosamente operam 37 Leopard 2A6, sendo que o número forma três esquadrões reduzidos. O programa Pandur foi cancelado e não conseguiram levar em diante o plano de instalar um canhão de 105 mm no referido blindado. A aviação de Exército é inexistente e foi cancelada a compra de helicópteros NH-90, o que aumentaria em muito a operacionalidade e a capacidade militar de vosso Exército.

Em linhas gerais, em comparação com a FFAA brasileira, a portuguesa é uma força mais compacta. Percentualmente falando, ligeiramente mais bem equipada muito por conta das obrigações com a OTAN. Todavia, está em forte decadência fazendo companhia à situação de frangalho no qual a economia de seu País se encontra.

Os 37 Leo 2 formam somente dois esquadrões, se não estou em erro. O terceiro esquadrão ainda está equipado com M60A3. Mas orgulhosamente temos mais carros de combate que o país que nos vendeu os Leo 2 -- uma nação mais rica, com mais população e, certamente, com mais necessidade de carros de combate que Portugal. Como vê estas coisas são todas relativas.

O programa Pandur foi cancelado, mas quem faça um interpretação superficial das suas palavras vai ficar com a impressão que da encomenda de 240 unidades não recebemos nenhuma. Se consultar o tópico relativo ao Pandur aqui do forum vai perceber que não foi bem assim e que o Exército recebeu quase 80% da encomenda.

O seu comentário relativo à decadência das FFAA portuguesas revela profundo desconhecimento da realidade e da história recente das mesmas. Claramente, há grandes lacunas, mas até que nem estamos mal de todo para umas FFAA que só há 25 anos tiveram os primeiros navios equipados com mísseis, só há 20 anos tiveram os primeiros caças supersónicos e somente há 10 anos tiveram míssil antiaéreo de longo alcance no seu arsenal.

Cumprimentos
Talent de ne rien faire
 

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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #451 em: Março 31, 2015, 09:40:53 am »
Citação de: "NVF"
mafets -- concordo com quase tudo, mas permite-me só fazer uns reparos. O AIP é sem dúvida uma vantagem tremenda em submarinos convencionais; com uma autonomia de até 14 dias coloca-os quase ao nível de submarino nuclear, no entanto, a vantagem da velocidade continua do lado destes últimos. Quer os SSN americanos quer os ingleses ultrapassam facilmente as 30 nós (ao nível, ou superior, à maioria das escoltas modernas). Obviamente, que a essas velocidades o ruído é mais elevado, se bem que algumas fontes dizem que ainda assim são extremamente silenciosos.

Ainda quanto ao AIP, parece que tem os dias contados -- ao que parece, quer os japoneses quer os australianos estão a considerar equipar os seus novos submarinos convencionais com baterias de iões de lítio (como as dos nossos telefones), que oferecem autonomia semelhante ao AIP mas sendo mais económico de adquirir e operar. Dito isto, não se compreende como a MB decidiu prescindir de AIP, mas quer à viva força manter o SP.

Quanto à ambição da MB em possuir SSN, concordo mas acho que deviam tomar uma abordagem mais prudente como fizeram os indianos, por exemplo. Ainda que a Índia não seja propriamente um grande exemplo em termos de aquisições militares, a sua marinha distingue-se pela positiva no que concerne a planeamento de longo prazo. Um bom exemplo disso foi o leasing de um Akula, para permitir ganhar experiência e criar escola em termos de operação de SSN antes de iniciarem a construção dos seus próprios SSN.
Correcto, mas ao que parece o submarino nuclear Brasileiro tem ou terá preâmbulos de operacionalidade bem mais modestos, como por exemplo uma velocidade máxima que não ultrapassará os 25 nós. E era nestas questões que me baseava, já que não apenas está longe da performance de submarinos britânicos ou americanos, mas inclusive dos próprios submergíveis Russos. Alerto também para os custos do projecto.


Citar
Passam os meses e é cada vez menor, na Marinha, o otimismo acerca da possibilidade de a presidenta Dilma Roussef escolher ainda este ano o grupo empresarial estrangeiro que fornecerá os 11 navios (5 fragatas de 6.000 toneladas, 5 navios-patrulha oceânicos e um navio de apoio logístico) requeridos por meio do Programa de Obtenção de Meios de Superfície (Prosuper).

Oficiais da Força ouvidos pelo Poder Naval sentem que o desânimo já contamina seus colegas do Ministério da Defesa.

Essas fontes relatam que, nas primeiras semanas do ano, havia a expectativa de que, tendo o Palácio do Planalto anunciado o nome da corporação vencedora do Prosuper, os contratos de aquisição dos navios pudessem ser firmados em 2016 – condição indispensável ao início da fabricação das primeiras embarcações.

Mas diante das repetidas manifestações da presidenta acerca da necessidade de “cortar na carne” as despesas dos diferentes ministérios, até mesmo esse vagaroso cronograma parece inviabilizado.
http://www.naval.com.br/blog/2015/03/24/ministerio-da-defesa-menos-otimista-com-as-chances-do-prosuper-em-2015/
Entretanto o Prosuper, parece ter "patinado de vez". Quando o projecto ainda andava e não se remetia à aquisição de fragatas usadas falava-se na entrada dos Chineses, como a maior surpresa do mesmo: http://www.naval.com.br/blog/2014/01/14/plano-de-reaparelhamento-vai-durar-ate-12-anos/  



Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Johnnie

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #452 em: Março 31, 2015, 12:34:35 pm »
Citação de: "Vitor Santos"

Obrigado pelos cumprimentos de boa recepção.

Não acho que quero tapar o sol com a peneira nem mesmo omitir a realidade. Pelo contrário. Se você notar com um olhar mais clínico minhas postagens anteriores certamente vai detectar críticas duras sem nenhuma complacência em relação ao Brasil. Tudo sem mascaramentos.

Mas por que eu ficaria aborrecido? Esta tua constatação é próxima da realidade.  

Contudo, tenho que fazer algumas ressalvas em relação a que você disse.

Nem a economia vai bem, longe disso...Vê os ultimos dados da inflação, consumo, desemprego, taxas de juro, PIB, Cambio, etc.. etc...

A realidade não é bem esta. A economia não vai bem se comparada aos anos de 2008, 2009, e 2010. Houve de fato um desaceleração porém não se trata de uma situação de terra arrasada. O desemprego existe em alguns setores (metal mecânico e construção civil), mas no geral o Brasil vive situação de PLENO EMPREGO. A taxa de desemprego fechou 2014 em apenas 6%. Não é uma situação difícil como a vivida em Portugal e demais países da zona do Euro (em especial aqueles pejorativamente denominados de PIGs). A situação aí dá a impressão de que o desemprego veio para ficar, ou seja, cerca de 13,3% dos portugueses estão desempregados. Já o índice entre os  jovens com menos de 25 anos é de 33,6%. (Pelo menos é o que me informa o Jornal Público em sua plataforma on line)

A inflação neste ano no Brasil deve estourar a meta dos 7% ao ano. Ok, é preocupante mas não assombra como nas épocas da inflação galopante durante a década de 80 e início de 90. Se você realmente tem laços e conhece o Brasil deve saber do que estou dizendo.

Em relação ao consumo, houve uma desacelerada, porém não é um situação aniquiladora. Houve queda na compra de imóveis e veículos. Lembrando que o Brasil é o terceiro país do mundo em comércio de automóveis. A novela da taxa de juros, como eu disse, é uma novela. O PIB brasileiro está muito abaixo se comparado aos países integrantes dos BRICS, mas com os ajustes fiscais a serem executados há expectativa de retomada do crescimento a partir de 2016. O câmbio em relação ao dólar está instável mas nada desesperador. Com os sinais de crescimento da economia americana, a moeda estadunidense ganhou valor. Tanto é que o real desvalorizou somente frente ao dólar, já ao Euro, por exemplo, continua a mesma cotação. Lembrando que o Brasil conta com meio trilhão de dólares de reserva cambial. Tá bom para você :roll:  

Já eu sou 100% brasileiro e me orgulho disso. Não tenho família dos dois lados do Atlântico e não vou regularmente ao seu País (lamentavelmente), portanto sem laços por aí. (Tenho ascendência portuguesa, da mesma forma bugra, africana e libanesa). Mas para eu compreender um pouco do Brasil eu preciso também entender Portugal.

No mais :G-beer2:


Moras em que Estado/Cidade do Brasil Vitor?

Admiro o teu optimismo, é algo que por vezes falta aos portugueses, o que se passa é que pelo menos desde o tempo minha mãe morou no Brasil no tempo do JK que o Brasil é o "país do futuro"  :lol:   É sempre a velha história dos amanhãs que cantam...
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #453 em: Março 31, 2015, 12:51:20 pm »
É mais rápido que um submarino convencional, pode navegar mais tempo mas faz mais barulho, os misseis anti-navio e os torpedos também se esgotam e é mais facilmente detectável. Não falando nos custos de aquisição e operação, qualquer escolta acaba por ser mais rápido que mesmo um submarino Nuclear. E sendo apenas um, seria (será) obviamente um alvo primordial.

Pelo amos de Deus, não diga bobagem. Você quer me convencer que o submarino convencional seja ele dotado de AIP é superior a um submergível nuclear??? Faça-me rir...

Ou seja, uma frota de submarinos convencional com AIP, levando as mesmas armas e mesmo com a limitação de ter menos alcance e ser menos rápido, na prática leva o mesmo armamento que o submarino nuclear brasileiro, é mais silencioso, mas barato de operar e racionaliza recursos já que é toda igual, seja o suporte técnico, componentes e a própria logística.

Essa sua constatação é absurda. Noutras palavras você comparou um Peugeot 307 com um Ford Shelby Cobra GT500 e ainda no final disse que o carro francês tem a mesma potência do que um muscle car americano. Cristo!

Portanto submarino Nuclear é bom existindo em quantidade significativa, quer para submergiveis de ataque mas sobretudo levando misseis de cruzeiro ou misseis balísticos intercontinentais.

Mísseis balísticos o SN-BR Álvaro Alberto não portará, nisso você está coberto de razão. Mas mísseis de cruzeiro ele certamente vai disparar. Inclusive há estudos para que o míssil de cruzeiro brasileiro desenvolvido pela Avibrás, o AV MT-300 Matador, sofra modificações e seja desenvolvida uma versão naval. Ele será encapsulado até emergir a superfície para depois sobrevoar e atingir o alvo.
 


Além disso, como na classe Riachuelo (Scorpene), o SN-BR Álvaro Alberto vai utilizar o torpedo pesado F-21, o míssil anti-navio SM 39 Mod Block 2 (Exocet MM40 encapsulados) e minas.

O reator do SN-BR vai gerar 50 MW (megawatts) térmico, o suficiente para que o submarino tenha o desempenho desejado. A MB estuda trocar as pastilhas de urânio por placa. A troca de pastilha por placa pode melhorar a superfície de troca de calor em até 50%, o que permite um acréscimo na potência do reator de 50 MW térmico para 75 MW térmico.

Em relação ao motor elétrico, o SN-BR Álvaro Alberto será equipado com um motor desenvolvido entre a MB e uma empresa brasileira à ser definida após licitação. Serão dois motores elétricos instalados em série e acoplados ao mesmo eixo, cada um gerando 3.500 KW perfazendo um total de 7.000 KW.
O sistema de comando tático escolhido para equipar o submarino foi o da DCNS.

Em linhas gerais o SN-BR Álvaro Alberto vai deslocar 6000 toneladas, terá capacidade de mergulhar 350 metros ou mais e desenvolverá uma velocidade máxima em torno de 24 nós, podendo chegar a 26 nós. Sua autonomia deverá ser de 3 meses a cada patrulha, limitada apenas pelo fator humano. As vantagens em comparação aos submarinos convencionais são imensas, não há contestação.
« Última modificação: Março 31, 2015, 01:36:39 pm por Vitor Santos »
 

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #454 em: Março 31, 2015, 12:55:30 pm »
O seu comentário relativo à decadência das FFAA portuguesas revela profundo desconhecimento da realidade e da história recente das mesmas. Claramente, há grandes lacunas, mas até que nem estamos mal de todo para umas FFAA que só há 25 anos tiveram os primeiros navios equipados com mísseis, só há 20 anos tiveram os primeiros caças supersónicos e somente há 10 anos tiveram míssil antiaéreo de longo alcance no seu arsenal.

Ok, sua FFAA é compacta, tem um certo padrão de modernidade de seus meios e os efetivos são compatíveis à população e ao tamanho do País. Tá legal.  :|
 

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Vitor Santos

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #455 em: Março 31, 2015, 01:16:51 pm »
Citação de: "Johnnie"
Citação de: "Vitor Santos"

Obrigado pelos cumprimentos de boa recepção.

Não acho que quero tapar o sol com a peneira nem mesmo omitir a realidade. Pelo contrário. Se você notar com um olhar mais clínico minhas postagens anteriores certamente vai detectar críticas duras sem nenhuma complacência em relação ao Brasil. Tudo sem mascaramentos.

Mas por que eu ficaria aborrecido? Esta tua constatação é próxima da realidade.  

Contudo, tenho que fazer algumas ressalvas em relação a que você disse.

Nem a economia vai bem, longe disso...Vê os ultimos dados da inflação, consumo, desemprego, taxas de juro, PIB, Cambio, etc.. etc...

A realidade não é bem esta. A economia não vai bem se comparada aos anos de 2008, 2009, e 2010. Houve de fato um desaceleração porém não se trata de uma situação de terra arrasada. O desemprego existe em alguns setores (metal mecânico e construção civil), mas no geral o Brasil vive situação de PLENO EMPREGO. A taxa de desemprego fechou 2014 em apenas 6%. Não é uma situação difícil como a vivida em Portugal e demais países da zona do Euro (em especial aqueles pejorativamente denominados de PIGs). A situação aí dá a impressão de que o desemprego veio para ficar, ou seja, cerca de 13,3% dos portugueses estão desempregados. Já o índice entre os  jovens com menos de 25 anos é de 33,6%. (Pelo menos é o que me informa o Jornal Público em sua plataforma on line)

A inflação neste ano no Brasil deve estourar a meta dos 7% ao ano. Ok, é preocupante mas não assombra como nas épocas da inflação galopante durante a década de 80 e início de 90. Se você realmente tem laços e conhece o Brasil deve saber do que estou dizendo.

Em relação ao consumo, houve uma desacelerada, porém não é um situação aniquiladora. Houve queda na compra de imóveis e veículos. Lembrando que o Brasil é o terceiro país do mundo em comércio de automóveis. A novela da taxa de juros, como eu disse, é uma novela. O PIB brasileiro está muito abaixo se comparado aos países integrantes dos BRICS, mas com os ajustes fiscais a serem executados há expectativa de retomada do crescimento a partir de 2016. O câmbio em relação ao dólar está instável mas nada desesperador. Com os sinais de crescimento da economia americana, a moeda estadunidense ganhou valor. Tanto é que o real desvalorizou somente frente ao dólar, já ao Euro, por exemplo, continua a mesma cotação. Lembrando que o Brasil conta com meio trilhão de dólares de reserva cambial. Tá bom para você :roll:  

Já eu sou 100% brasileiro e me orgulho disso. Não tenho família dos dois lados do Atlântico e não vou regularmente ao seu País (lamentavelmente), portanto sem laços por aí. (Tenho ascendência portuguesa, da mesma forma bugra, africana e libanesa). Mas para eu compreender um pouco do Brasil eu preciso também entender Portugal.

No mais :G-beer2:


Moras em que Estado/Cidade do Brasil Vitor?

Admiro o teu optimismo, é algo que por vezes falta aos portugueses, o que se passa é que pelo menos desde o tempo minha mãe morou no Brasil no tempo do JK que o Brasil é o "país do futuro"  :lol:  :lol:  Um futuro que nunca chega :roll:
 
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #456 em: Março 31, 2015, 02:14:16 pm »
Em relação ao AIP, não se esqueçam que há um factor muito limitativo, a velocidade, neste caso apenas 5 nós. Um Submarino nuclear terá sempre vantagem nesse aspecto, sempre. Os nossos SSK não podem substituir os submarinos nucleares, são muito mais limitados na velocidade, alcance, profundidade, etc.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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dc

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #457 em: Março 31, 2015, 03:00:42 pm »
Em primeiro lugar, ninguém está a tentar convencer ninguém que um submarino convencional é melhor que um de propulsão nuclear, o que está a ser feita é a comparação entre 1 submarino nuclear que, relativamente aos custos, será equivalente a pelo menos 3 submarinos convencionais como os U214. E com esta comparação pode-se dizer que, uma frota de dois ou três submarinos convencionais leva tanto ou mais armamento que um único submarino nuclear, e enquanto que um submarino nuclear só pode estar num sitio, os 3 convencionais poderiam estar em três locais em simultâneo, ou caso um estivesse em manutenção, ainda existiriam dois em operação, já com o SN-BR, quando este estiver em doca para manutenção, não há outro.

Citação de: "Vitor Santos"
Essa sua constatação é absurda. Noutras palavras você comparou um Peugeot 307 com um Ford Shelby Cobra GT500 e ainda no final disse que o carro francês tem a mesma potência do que um muscle car americano. Cristo!

Essa sua comparação é que é absurda! Ou não tem a noção da diferença entre esses dois carros e das respectivas classes, ou simplesmente atirou ao ar... Para já, é uma falta de respeito relativamente à qualidade dos submarinos convencionais modernos essa comparação como sendo um mero Peugeot 307, e considerar um submarino nuclear algo numa classe à parte (Shelby GT500). Porque não então comparar um shelby gt500 com o mustang boss 302? Ambos mustangs (tal como estamos a falar de dois submarinos), mas um tem mais potencia (tal como o submarino nuclear) e é mais rápido em linha recta (shelby gt500), no entanto, o outro é mais barato, menos potente, mas curva melhor (tal como um submarino convencional é mais ágil devido à sua dimensão). Pronto, uma comparação mais realista entre carros.

A potência do submarino não é só o que dita a velocidade do mesmo... há que ter em conta outros factores, como até que ponto a furtividade do mesmo será afectada, ou simplesmente a hidrodinâmica do casco.
 
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mafets

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #458 em: Março 31, 2015, 03:20:32 pm »
Citação de: "Vitor Santos"
É mais rápido que um submarino convencional, pode navegar mais tempo mas faz mais barulho, os misseis anti-navio e os torpedos também se esgotam e é mais facilmente detectável. Não falando nos custos de aquisição e operação, qualquer escolta acaba por ser mais rápido que mesmo um submarino Nuclear. E sendo apenas um, seria (será) obviamente um alvo primordial.

Pelo amos de Deus, não diga bobagem. Você quer me convencer que o submarino convencional seja ele dotado de AIP é superior a um submergível nuclear??? Faça-me rir...

Ou seja, uma frota de submarinos convencional com AIP, levando as mesmas armas e mesmo com a limitação de ter menos alcance e ser menos rápido, na prática leva o mesmo armamento que o submarino nuclear brasileiro, é mais silencioso, mas barato de operar e racionaliza recursos já que é toda igual, seja o suporte técnico, componentes e a própria logística.

Essa sua constatação é absurda. Noutras palavras você comparou um Peugeot 307 com um Ford Shelby Cobra GT500 e ainda no final disse que o carro francês tem a mesma potência do que um muscle car americano. Cristo!

Portanto submarino Nuclear é bom existindo em quantidade significativa, quer para submergiveis de ataque mas sobretudo levando misseis de cruzeiro ou misseis balísticos intercontinentais.

Mísseis balísticos o SN-BR Álvaro Alberto não portará, nisso você está coberto de razão. Mas mísseis de cruzeiro ele certamente vai disparar. Inclusive há estudos para que o míssil de cruzeiro brasileiro desenvolvido pela Avibrás, o AV MT-300 Matador, sofra modificações e seja desenvolvida uma versão naval. Ele será encapsulado até emergir a superfície para depois sobrevoar e atingir o alvo.
 


Além disso, como na classe Riachuelo (Scorpene), o SN-BR Álvaro Alberto vai utilizar o torpedo pesado F-21, o míssil anti-navio SM 39 Mod Block 2 (Exocet MM40 encapsulados) e minas.

O reator do SN-BR vai gerar 50 MW (megawatts) térmico, o suficiente para que o submarino tenha o desempenho desejado. A MB estuda trocar as pastilhas de urânio por placa. A troca de pastilha por placa pode melhorar a superfície de troca de calor em até 50%, o que permite um acréscimo na potência do reator de 50 MW térmico para 75 MW térmico.

Em relação ao motor elétrico, o SN-BR Álvaro Alberto será equipado com um motor desenvolvido entre a MB e uma empresa brasileira à ser definida após licitação. Serão dois motores elétricos instalados em série e acoplados ao mesmo eixo, cada um gerando 3.500 KW perfazendo um total de 7.000 KW.
O sistema de comando tático escolhido para equipar o submarino foi o da DCNS.

Em linhas gerais o SN-BR Álvaro Alberto vai deslocar 6000 toneladas, terá capacidade de mergulhar 350 metros ou mais e desenvolverá uma velocidade máxima em torno de 24 nós, podendo chegar a 26 nós. Sua autonomia deverá ser de 3 meses a cada patrulha, limitada apenas pelo fator humano. As vantagens em comparação aos submarinos convencionais são imensas, não há contestação.
Desculpe, mas o Vítor tem dificuldades em entender Português? Inglês? É que se não tem parece, já que a maior "bobagem" é você tirar as conclusões mais absurdas e estapafúrdias do que eu  escrevo, sem ter sequer o cuidado de perguntar se têm dúvidas como é óbvio que as tem. Além disso, é o proprio que diz "entender mais a realidade do exercito" mas depois quando nos referimos à realidade da MB, dispara em todas as direcções apesar de ter um entendimento do que retira apenas das muitas paginas de glorificação do submarino nuclear brasileiro. Mas vamos aos factos:
1 -  Em primeiro lugar eu não o estou a convencer de nada, já que é livre de acreditar que o Brasil é uma Potência Naval e que o submarino nuclear brasileiro é uma arma fundamental à defesa do pais, que o seu governo decide bem e que a frota brasileira está operacional a 100%. Agora, analisando os tais factos, a escolha pelo submarino nuclear tem pontos positivos (a velocidade constante, o alcance, tempo de patrulha, etc) como tem diversos pontos negativos (o barulho, o armamento limitado face ao de outros paises, a performance modesta comparando a outros submarinos nucleares, etc ), mas algo lhe garanto assim como se você analisar cuidadosamente as informações chega a essa conclusão, ou seja que não é nenhuma arma inalcançavel seja pelos torpedos, escoltas e afins como vêm para aqui apregoar. Além disso as prestações do submarino nuclear brasileiro não apenas são muito modestas como vê pelas imagens publicadas pelo seu próprio pais quando comparadas por exemplo com os russos, e é um submarino que é muito mais caro de fabricar, operar e manter.  Para juntar à festa os submarinos convencionais brasileiros não têm AIP e os que vão ser construídos idem (falha grave). E esta é a realidade seja mais ou menos patriótico, goste ou não, numa marinha a que falta muita coisa, que está com carência de meios e precisa poupar dinheiro. http://www.naval.com.br/blog/2015/03/31/dgmm-reune-almirantes-para-discutir-orcamento-e-planos-de-contingencia/

2-  Se existem aqui constatações absurdas desculpe ser franco, mas são as suas (essa então de os torpedos não atingirem o submarino nuclear pois este foge-lhes com a "sua  velocidade superior" :mrgreen: ). Veja o ruído e compare entre um submarino nuclear e um diesel- eléctrico, compare o preço de operação, os recursos necessários, o armamento transportado, a velocidade, capacidade de mergulho versus o custo e realidade da MB, e depois venha então debater (e não limitar-se a dizer o que as autoridades brasileiras dizem) sem acusar os outros foristas de serem "bobos" e "absurdos" (Mas se tem dúvidas sobre o nuclear versus AIP leia o artigo postado em baixo e tire as suas próprias conclusões, se não percebe inglês use o google converter e se mesmo  assim não entender pergunte). Chama-se isso raciocínio critico, algo que muitas vezes falta ao português mas sobretudo ao brasileiro em matérias de defesa (ora aprovam tudo ora tudo criticam), ainda mais quando você sendo brasileiro é oriundo de um pais que tem a frota praticamente parada por motivos vários. E não sou eu que o digo, são vocês no Brasil.  http://www.naval.com.br/blog/2015/03/28/precisamos-para-ja-de-4-bons-navios-usados/  

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TACTICAL COMPARISION

Main advantage of modern submarine is stealth. While nuclear submarines have measures to reduce sound and magnetic signatures, nature of nuclear propulsion (steam turbine) makes them far more noisy than AIP submarine of same size. They also tend to be larger on a whole, making them even more detectable through either acoustic, infrared or magnetic sensors. Further weakness of nuclear submarine is that it has to cool down nuclear reactor, with hot water being dumped into ocean, leaving long trail behind the submarine; as such, it is even more detectable by IR sensors than just size difference suggests. https://defenseissues.wordpress.com/2013/03/03/aip-vs-nuclear-submarines/
3- Voltamos ao vai transportar? Também posso vir para aqui dizer que vamos ter o LPD Siroco, que vamos substituir as Vasco da Gama por FREEM, que vamos  ter patrulhas xpto, mas tal não é realidade actual. Assim como não existe para já nenhum submarino nuclear brasileiro, nem nenhum míssil de cruzeiro. Portanto não há nada agora para comparar e só no futuro poderá existir (e cá estaremos para fazer essa comparação se for caso disso). Mas quer comparações segundo o seu ponto de vista mais "lógicas"? Compare a performance do futuro submarino nuclear brasileiro com os submarinos nucleares de outros países como a Rússia, que não têm apenas uma unidade têm várias, e questione-se se vale a pena e quantos submarinos convencionais, escoltas e até NAE construiria o Brasil com o preço de apenas 1 submarino nuclear (se tiver dificuldade nas contas, posso ajuda-lo).


4 - Não está feito nem planificado nenhum Scorpene com AIP . Actualmente por exemplo um Trident, já está no activo, tem AIP de raiz e transporta misseis harpoon com capacidade para destruir até alvos em terra, além dos torpedos. Mas novamente compare você os dois tipos para não dizer que lhes estão "a atirar areia para os olhos" ou que o estão a tentar convencer de algo irreal, e tire as sua próprias conclusões. Aproveite e analise o testemunho do "fiasco" que é o S80 espanhol ou o Scorpene Malaio, e porque a maioria não vem com AIP de raiz. http://www.naval.com.br/blog/destaque/submarinos/25-scorpene-marlin-versus-u214-o-duelo-tecnico/


5 - Se existe algo que não entendo é as pessoas pensarem que ser patrióticas é concordam com tudo o que os seus governos fazem em matéria de defesa (não me interessa a ideologia, nem se Dilma é porreira, etc, está-se aqui a analisar DEFESA e não POLITICA). Isso é ser conformado, seja em Portugal ou no Brasil. Existiram, existem e existirão sempre decisões sem lógica que devem ser contestadas. E a do submarino nuclear brasileiro é apenas uma como a dos Scorpene sem AIP são outra. Aliás, como o colega NVF já referiu melhor fez a Índia que alugou um submarino nuclear aos Russos para aprender a operar e futuramente, se fizer sentido, é que fará uma classe própria. Numa MB que falta tudo era no mínimo o que o Brasil deveria ter feito. Isto concorde ou discorde o Vítor, é a minha opinião e da maioria dos forista que aqui escrevem. Temos pena se não gosta, se discorda mas a vida é mesmo assim.


Saudações
« Última modificação: Março 31, 2015, 04:25:02 pm por mafets »
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #459 em: Março 31, 2015, 03:38:39 pm »
A questão do ruido produzido pelo futuro submarino nuclear Brasileiro é deveras relevante. Todos sabemos que os Soviéticos andaram décadas a serem apanhados pela OTAN graças ao ruído excessivo que os submarinos nucleares faziam. Será que o SNB terá o mesmo problema? Afinal é o primeiro submarino deste tipo fabricado nesse país.
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #460 em: Março 31, 2015, 04:03:24 pm »
Prezados, estou com o tempo limitado hoje para respondê-los, mas vou postar esses vídeos que pode esclarecer e muito. Estão dizendo aí que três convencionais da classe Trindente da Marinha de vocês equivaleria a um submarino nuclear. O submergível de vocês é de muita valia e produz muita respeitabilidade, porém ele não pode operar por 3 meses seguidos num vasto mar territorial como é o do Brasil. É simples assim. Na realidade nenhum submarino convencional, nem mesmo o Scorpene ( que vocês muito subestimam) pode isso. E digo mais, o SN-BR Álvaro Alberto vai portar muito mais armamento do que se imagina.

Como eu disse anteriormente, originalmente o SN-BR não foi concebível para portar e disparar o AV-MT 300 da Avibrás. Porém, a instalação de pelo menos dois novos tubos lançadores de maiores diâmetros, haja visto que o sistema AV-MT 300 ou MTC-300 possui um diâmetro superior aos 533mm padrão dos instalados no referido SN-BR, já comportaria tal artefato. O ganho que a MB terá com o submergível nuclear será enorme. A MB está certa, deve sim investir no domínio da projeção, construção e operação de submarinos nucleares e convencionais. Com choro ou sem choro.  :evil:

Disseram aí que eu aceito o que o governo brasileiro dirige à pasta de Defesa. Claro que não, raios! Não sou idiota, mas em algumas questões o governo está certo, como por exemplo, a construção de frota de submarinos nucleares e convencionais (seja este último com o tão brandado AIP ou não).


 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #461 em: Março 31, 2015, 04:07:23 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
A questão do ruido produzido pelo futuro submarino nuclear Brasileiro é deveras relevante. Todos sabemos que os Soviéticos andaram décadas a serem apanhados pela OTAN graças ao ruído excessivo que os submarinos nucleares faziam. Será que o SNB terá o mesmo problema? Afinal é o primeiro submarino deste tipo fabricado nesse país.

Neste link deve ter a resposta para seu questionamento:

http://www.defesaaereanaval.com.br/subm ... rto-sn-10/
 

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #462 em: Março 31, 2015, 04:33:56 pm »
Se, se, se, no futuro, quando tivermos... Nós por cá já nos deixamos dessas "futurisses" há muito pelos motivos que sabemos, por isso que apenas falamos (falo) relativamente ao que efectivamente possuímos e nas nossas reais capacidades e actuais. Não me levem a mal, mas é sempre um pouco mais do mesmo...

Saudações cordiais
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Re: Marinha do Brasil
« Responder #463 em: Março 31, 2015, 04:57:49 pm »
Citação de: "Vitor Santos"
Prezados, estou com o tempo limitado hoje para respondê-los, mas vou postar esses vídeos que pode esclarecer e muito. Estão dizendo aí que três convencionais da classe Trindente da Marinha de vocês equivaleria a um submarino nuclear. O submergível de vocês é de muita valia e produz muita respeitabilidade, porém ele não pode operar por 3 meses seguidos num vasto mar territorial como é o do Brasil. É simples assim. Na realidade nenhum submarino convencional, nem mesmo o Scorpene ( que vocês muito subestimam) pode isso. E digo mais, o SN-BR Álvaro Alberto vai portar muito mais armamento do que se imagina.

Como eu disse anteriormente, originalmente o SN-BR não foi concebível para portar e disparar o AV-MT 300 da Avibrás. Porém, a instalação de pelo menos dois novos tubos lançadores de maiores diâmetros, haja visto que o sistema AV-MT 300 ou MTC-300 possui um diâmetro superior aos 533mm padrão dos instalados no referido SN-BR, já comportaria tal artefato. O ganho que a MB terá com o submergível nuclear será enorme. A MB está certa, deve sim investir no domínio da projeção, construção e operação de submarinos nucleares e convencionais. Com choro ou sem choro.  :roll:

Novamente não percebeu sobre o submarino nuclear versus 3 convencionais.  O que foi dito é que 1 pode estar num sitio apenas e 3 em vários sítios. E quando o 1 nuclear estiver no estaleiro apenas lá pode estar e nada está a fazer uma patrulha de 3 meses.  :wink:

A questão não está em escolher o Scorpene ou outro qualquer. Está na minha opinião no facto de este não ter AIP de raiz, mesmo sendo contra a tal doutrina apregoada pela MB. Está no preço de cada unidade quanto comparada com a 214 com AIP. E está no facto da MB ter deitado fora uma estrutura que produziu os  últimos submarinos brasileiros.http://www.naval.com.br/blog/destaque/submarinos/11-os-submarinos-brasileiros-de-1914-ate-hoje/
Citar
UMA REALIZAÇÃO NACIONAL – ANOS 90
A década de 90 marcou uma realização nacional: a construção e incorporação do primeiro submarino totalmente construído no Brasil, pelo AMRJ, o Submarino “TAMOIO” (S31).
O Submarino “TAMOIO”, tendo como primeiro Comandante o Capitão-de-Fragata FLÁVIO DE MORAIS LEME, foi incorporado em 12 de dezembro de 1994.

Foi nessa década que se consolidou a capacitação brasileira na construção de submarinos. Seguindo-se ao TAMOIO, em 16 de dezembro de 1996, o segundo submarino construído no País, o “TIMBIRA” (S32), foi incorporado sob o comando do Capitão-de-Fragata JOSÉ CARLOS JUAÇABA TEIXEIRA. O terceiro submarino da mesma classe, o “TAPAJÓ” (S33), também totalmente construído pelo AMRJ, foi entregue à Esquadra brasileira em 21 de dezembro de 1999, tendo como primeiro Comandante o Capitão-de-Fragata JÚLIO CÉSAR DA COSTA FONSECA.

O FUTURO E A REALIZAÇÃO DE UM SONHO – O SÉCULO XXI
Consolidados os conhecimentos e a capacidade para a construção de submarinos, a Marinha decidiu incrementar o seu Programa de Reaparelhamento com a construção de um quinto submarino. A Força de Submarinos, neste início do século XXI, viu nascer o Submarino “TIKUNA” (S34).


Cumprimentos
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Johnnie

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Re: Marinha do Brasil
« Responder #464 em: Março 31, 2015, 05:43:07 pm »
Prezado Vitor :

Em vez de falarmos de projectos que só existem no papel vamos falar do presente:

População de Portugal :10 milhoes
População do Brasil : 200 milhoes

Para colocarmos as coisas na perspectiva correcta devemos aplicar uma regra de 3 simples, assim sendo e nem sequer entrando na questão tecnologica sempre teremos:

As FA´s do Brasil para serem proporcionalmente iguais em tamanho ás FA´s portuguesas teriam que ser por alto 20 vezes maiores que as nossas: assim obteriamos algo como 40 submarinos, 100 fragatas, 740 MBT´s, 800 caças e por ai vai ou seja tudo que nós temos multiplicado por 20...

Ora não é isso que acontece...

Só fazendo os calculos assim é que temos a real medida de como são insignificantes as FA´s brasileiras face ao tamanho do pais e população que servem e como por outro lado é grande o nosso esforço...embora em numeros absolutos assim não pareça...Portugal inteiro cabe dentro de S. Paulo não te esqueças disso,não somos nem ambicionamos ser uma potencia global.. LoL quem nos dera estar sossegados no nosso canto...


Abraço   :G-beer2:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 
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