Apetece-me gritar bem alto, FO...

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1290 em: Fevereiro 13, 2013, 10:24:17 am »
Citação de: "Luso"
Este Portas é um completo embuste.


Descobriste a pólvora, camarada  :mrgreen:

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Citar
As coisas que não entram na cabeça do senhor Ulrich
Daniel Oliveira
8:00 Quinta feira, 7 de fevereiro de 2013

Quando um deputado apelou a Fernando Ulrich para que pedisse desculpas pelas suas frases sobre a austeridade e os sem-abrigo, o banqueiro respondeu: "Não sei porque alguém se choca, quando falei dos sem-abrigo. Não é uma falta de respeito, pelo contrário, na minha cabeça era um sinal de respeito pelas pessoas que já viveram nessa situação tão dramática." E acrescentou: "Aquela situação eu também posso vir a passar ou a minha família." E não pediu desculpas, porque não recebe "lições de sensibilidade social de ninguém".

Não vou desenvolver sobre as várias pérolas com que este senhor nos tem oferecido. Acho que toda a gente com o mínimo de equipamento cerebral percebe a bestialidade das coisas que o senhor vai dizendo - ainda me lembro quando propôs que os desempregados trabalhassem à borla para o seu banco. E, pela reincidência, fica claro que é isso mesmo que falta a este senhor: capacidades cognitivas medianas.

Também não faço questão nenhuma que peça desculpa a ninguém. Fernando Ulrich não foi eleito por ninguém, não representa ninguém, não deve desculpas a ninguém. É apenas um banqueiro. O que ele diz e pensa é para mim absolutamente irrelevante. Nunca me sentaria à mesa com este senhor para saber as suas opiniões. Nunca leria uma entrevista sua para saber o que acha da situação do País. Nunca me deslocaria a uma conferência para saber das suas reflexões sobre política e economia. Infelizmente, a comunicação social e o País transformaram estes analfabetos políticos em oráculos da Nação. E dá nisto.

O que me interessa, nesta matéria, é apenas uma certa curiosidade antropológica. É mais ou menos como analisar o comportamento dos concorrentes da Casa dos Segredos. Porque será que, quando vê um sem-abrigo, a cabeça pouco sofisticada do senhor Ulrich pensa que um dia ele também pode vir a estar assim? Pensará o banqueiro que todos, sem exceção, estão expostos da mesma forma à austeridade e a todos ela pode atingir com a mesma violência? Não é provável que, no fundo do que reste da sua alma, acredite que, daqui a dois ou três anos, ele pode mesmo estar a dormir debaixo das arcadas do Terreiro do Paço. Não é provável que não saiba, até por experiência própria, que quem nasce no privilégio e vive do privilégio está defendido das desventuras da vida. Mas, teoricamente, Ulrich acredita que todos somos mesmo iguais. O que quer dizer que acredita que os sem-abrigo ou tiveram menos talento ou tiveram apenas mais azar do que ele. Porque acredita que o que teve e tem na vida não resulta de um privilégio mas de um direito por ele conquistado.

Nada vou explicar ao senhor Ulrich, até porque duvido que o compreenda. A insensibilidade social crónica não é uma questão de classe. Há gente rica e com consciência do seu privilégio, há gente pobre que se enriquecesse seria igual ao senhor Ulrich. É uma questão cultural. Quem não tem mundo não sabe dos outros. E é muito mais ignorante do que um analfabeto. E se alfabetização nunca vem tarde, tentar explicar o óbvio a quem numa vida inteira não o percebeu é uma perda de tempo.

Mas, pelo menos para nós, vale a pena recordar que enquanto o Rendimento Social de Inserção e o subsídio de desemprego eram cortados, o Estado pediu 12 mil milhões emprestados à Europa para o injetar em vários bancos. E, entre eles, o banco do senhor Ulrich. Que, com esse dinheiro que os contribuintes lhe arranjaram, o senhor Ulrich compra dívida pública portuguesa. E que isso lhe permite apresentar excelentes resultados num banco que estava em estado comatoso. Ou seja, os lucros do senhor Ulrich são o que falta aos sem-abrigo. Não resultam do seu talento mas da sua capacidade (e dos restantes banqueiros portugueses e europeus) chantagearem os Estados e manobrarem os decisores políticos. Isto, depois de terem levado a Europa e o mundo Ocidental, pela sua ganância irresponsável, ao colapso.

A diferença entre o senhor Ulrich e um sem-abrigo, entre o senhor Ulrich e qualquer pessoa que viva realmente do seu trabalho, entre o senhor Ulrich e o cidadão comum, é que ele tem esta capacidade de pôr o Estado a trabalhar para si enquanto os restantes são abandonados à sua sorte.

Mas há uma diferença mais profunda. E dessa o senhor Ulrich não tem culpa. Vivemos numa sociedade desigual. E a desigualdade começa no berço. Conheço ricos e pobres descerebrados. Conheço ricos e pobres irresponsáveis. Conheço ricos e pobres sem qualquer talento. Os ricos com todas estas características conseguem, regra geral, acabar um curso, arranjar um emprego por via duma boa rede social a apetrechar-se do mínimo de instrumentos para não serem indigentes. E mesmo que não consigam, uma mesada familiar ou um emprego conseguido por favor resolve o problema. Um rico próximo de atrasado mental sai-se, regra geral, melhor do que um pobre muitíssimo capaz.

Não me fico pela riqueza, para não me deixar de fora. Nasci numa família sem cheta mas culturalmente privilegiada. E isso deu-me instrumentos iniciais melhores do que outros tiveram. Logo, menos merecedor de qualquer coisa que tenha conseguido na vida. E isso dá-me, e tendo não o esquecer, obrigações éticas acrescidas perante os outros.

Porque, e agora sei que até o senhor Ulrich será capaz de me acompanhar, não nascemos todos iguais em deveres e direitos. Nem todos temos de provar, da mesma forma, o que valemos, nem todos temos de pagar o preço dos nossos erros. Não estou, note-se, a pessoalizar neste banqueiro. Não sei nem tenho interesse em saber grande coisa sobre ele. Sei que Ulrich provém de uma família abastada pelo menos desde o século XVIII que se juntou a outra família abastada, na pequena rede empresarial que orbitou em volta da ditadura. Sei que antes de se dedicar aos negócios fez umas perninhas no jornalismo e na política. Sei que foi um dos promotores do Compromisso Portugal, um grupo de gestores que defendia menos Estado para nós e que acabou a pedir mais Estado para eles. E sei que o seu antecessor no BPI se chamava Artur Santos Silva e que, sendo uma pessoa de quem geralmente discordo, reconheço haver entre os dois um abismo cultural e intelectual.

Estou a falar de uma coisa mais geral: o privilégio. O privilégio que vem do berço e que deveria dar a quem não o mereceu responsabilidades sociais acrescidas. Mesmo em alguns países com uma organização social e económica distante da que eu defendo existe esta ideia: a de que quem é privilegiado tem o dever de devolver parte do que tem à sociedade. Em Portugal, devolvem conselhos, arrogância e este género de parvoeiras.

E é esse privilégio que livrará sempre o senhor Ulrich de viver debaixo da ponte. Não apenas o privilégio de ser rico. Mas um mais insidioso do que esse: o privilégio de mandar no Estado que manda em nós. O privilégio que lhe permite pôr os contribuintes a pagar juros à troika para lhe emprestarem dinheiro a para ele nos emprestar a nós e nós lhe pagarmos juros a ele. O privilégio que permitiu a um dos seus ramos familiares, de quem herdou parte da sua fortuna, ter a proteção do Estado Novo e prosperar mais um pouco com o condicionalismo industrial. O privilégio de, em ditadura ou em democracia, ter a proteção que o Estado, nos momentos difíceis, nos nega a todos nós. Um privilégio que torna estas frases especialmente insuportáveis.

Não, não quero nenhum pedido de desculpas do senhor Ulrich. Quero apenas de volta, já e depressa, os 1500 milhões de euros que o Estado pediu emprestado à troika para pôr no seu banco. São nossos e chegavam e sobravam para tirar os sem-abrigo da rua. Devolva-os e pode continuar a dizer os disparates que entender.

http://expresso.sapo.pt/as-coisas-que-n ... z2Kj3BMBAX
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1291 em: Fevereiro 13, 2013, 10:29:10 am »
Citação de: "Luso"

Depois do inimigo destruir o país é que aparecem os garbosos militares indignados de peito feito. Na prática, são estão prontos é para defender os interesses dos outros lá fora e desde que sejam bem pagos.


Infelizmente neste aspecto concordo 100% com o Luso, só quando lhes está a começar a tocar onde doi (na carteira) é que se ouvem os militares indignados... :roll:
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1292 em: Fevereiro 13, 2013, 11:47:56 am »
Citar
Número de desempregados em Portugal aproxima-se do milhão

RTP 13 Fev, 2013, 11:07 / atualizado em 13 Fev, 2013, 11:43

Em Atualização

São já mais de 920 mil os desempregados em Portugal. A taxa de desemprego estimada pelo Instituto Nacional de Estatística para o quarto trimestre de 2012, conhecida esta quarta-feira, subiu para os 16,9 por cento, face aos 15,8 por cento dos três meses anteriores. Em termos homólogos (números referentes ao mesmo período de 2011), verifica-se um acréscimo de 19,7 por cento, com mais 152,2 mil pessoas inscritas nos centros de emprego.

A fasquia atingida representa uma meta histórica. Números exatos, a 31 de dezembro último estavam inscritos 923,2 mil desempregados, num acréscimo trimestral de 52,3 mil pessoas (mais seis por cento).

Em 2008, no início da crise internacional, Portugal tinha uma taxa de desemprego de 7,3 por cento, o que se traduzia em 409,9 mil pessoas sem trabalho.

Esta atualização trimestral representa uma subida de 1,1 pontos percentuais face aos valores do período que terminou em setembro de 2012 e de 2,9 pontos em termos homólogos (dezembro de 2011).
Mais de 200 mil postos de trabalho perdidos
Em situação de emprego encontram-se 4.531,8 mil pessoas. Este valor representa em si uma diminuição homóloga de 4,3 por cento (menos 203,6 mil pessoas face a 2011) e trimestral de 2,7 por cento (menos 124,5 mil).

Para a média anual de 2012, o INE calculou uma taxa de desemprego de 15,7 por cento, num acréscimo de 2,9 pontos percentuais em relação a 2011 - a população desempregada estava nas 860,1 mil pessoas, tendo aumentado 21,8 por cento em relação ao ano anterior (mais 154 mil).

Já em 2011 se verificara a degradação dos postos de trabalho, com uma perda homóloga (relação com 2010) semelhante à agora divulgada: um decréscimo anual de 4,2 por cento para a eliminação de 202,3 mil.

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... &visual=49


parabéns passos coelho!!!!!
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1293 em: Fevereiro 13, 2013, 06:38:59 pm »
Para o Carlinhos Jaguar, um dos comentários de um blogue...

Citar
Enfim, tal e qual os vermelhos, PS, PSD e CDS/PP não passam de facções internacionalistas promotoras de crimes que vão desde a alta-traição à cumplicidade em genocídio.

Eu concordo.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1294 em: Fevereiro 14, 2013, 09:23:05 am »
e ponham-se a pau com a PIDE DAS FACTURAS  :police:

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Comunicado
Fisco multa consumidores por não pedirem factura

Económico com Lusa  
13/02/13 14:48

 O Ministério das Finanças diz que já abriu "diversos processos de contra-ordenação" a consumidores por falta de factura.

A secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais adiantou hoje à Lusa que inspecção tributária já instaurou este ano "diversos processos de contra-ordenação a consumidores finais por incumprimento da obrigação da exigência de factura".

"Informa-se que, durante o ano de 2013 e no âmbito da acção de fiscalização em larga escala para garantir o cumprimento das novas regras de facturação, a inspecção tributária da AT [Autoridade Tributária e Aduaneira] já instaurou diversos processos de contra-ordenação a consumidores finais por incumprimento da obrigação da exigência de factura", informou fonte oficial da secretaria de Estado num esclarecimento enviado à agência Lusa.

Segundo sustenta o gabinete de Paulo Núncio, as alterações introduzidas na legislação "vieram criar as condições para que a lei seja efectivamente aplicável, ao contrário do que acontecia até 2012".

"Até Dezembro de 2012, como a obrigação de exigir factura por parte dos consumidores finais apenas abrangia as facturas emitidas por pessoas individuais (empresários em nome individual e profissionais liberais), o desconhecimento sobre a qualidade do emitente dificultava o cumprimento da lei. Agora a lei é aplicável em todas as transacções, independentemente da qualidade do sujeito passivo que emite a factura (pessoas individuais ou empresas), pelo que será aplicada sem excepções", explica.

Desta forma, refere, "as novas regras criam as condições necessárias para que possam ser realizadas acções de fiscalização pela AT que incidam sobre a obrigação de exigir a emissão de factura por parte dos consumidores finais", sendo que estas acções "podem ser realizadas à saída dos estabelecimentos comerciais para garantir que os consumidores exigem efectivamente as facturas pelas compras realizadas".

"Neste sentido - sustenta - é uma medida de combate eficaz à economia paralela, à evasão fiscal e às situações de subfaturação". A Lusa pediu e aguarda ainda dados concretos do número de contra-ordenações aplicadas aos contribuintes que não pediram factura nas compras efectuadas.

http://economico.sapo.pt/noticias/fisco ... 62542.html
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jurista

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1295 em: Fevereiro 14, 2013, 10:03:09 am »
Citação de: "P44"
Citação de: "Luso"

Depois do inimigo destruir o país é que aparecem os garbosos militares indignados de peito feito. Na prática, são estão prontos é para defender os interesses dos outros lá fora e desde que sejam bem pagos.


Infelizmente neste aspecto concordo 100% com o Luso, só quando lhes está a começar a tocar onde doi (na carteira) é que se ouvem os militares indignados... :roll:

E porque é que haveriam de dizer o que quer que fosse? Nós é que, por causa do 25 de Abril, temos esta ideia de os militares são políticos e que, como dizia o atrasado mental do Otelo, têm a obrigação de fazer golpes de estado em nome do "povo".
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1296 em: Fevereiro 14, 2013, 10:38:25 am »
é só grandes feitos!!!!



ÚLTIMA HORA

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14.02.2013 10:06
Economia
Portugal aprofunda recessão no 4º trimestre de 2012, exportações desaceleram



Portugal aprofundou mais do que o previsto a recessão no quarto trimestre de 2012, tendo o Produto Interno Bruto (PIB) contraído 3,8 % face há um ano atrás, com a procura interna pressionada pela austeridade do resgate externo e as exportações a desacelerarem "significativamente", segundo dados do INE.

Esta queda homóloga foi superior à descida de 2,9 % estimada pelos analistas e compara com a contração de 3,5 % no terceiro trimestre.

Nesta Estimativa Rápida, o Instituto Nacional de Estatística (INE) referiu que, entre Outubro e Novembro de 2012, o PIB teve uma contração de 1,8 % comparando com os três meses anteriores, quando a queda em cadeia se situou em 0,9 %, e igualmente pior do que a descida de 1,0 % prevista.

No conjunto do ano de 2012, o PIB contraiu-se 3,2 % -- a maior recessão económica em 30 décadas -- uma queda mais acentuada do que os 3,0 % estimados pelo Governo e pela 'troika' de credores internacionais e versus a contração de 1,6 % em 2011.

"O contributo positivo da procura externa líquida diminuiu significativamente no quarto trimestre, verificando-se uma diminuição menos acentuada das Importações de Bens e Serviços e uma redução das Exportações de Bens e Serviços", afirmou o INE.

Adiantou que, "em sentido oposto, a procura interna apresentou um contributo menos negativo para a variação homóloga do PIB, traduzindo sobretudo a redução menos expressiva do Investimento".

Portugal, por imposição do resgate da União Europeia (UE) e FMI, está a tomar medidas severas para corrigir os seus desequilíbrios macroeconómicos, como aumento de impostos, corte de benefícios e de salários que têm reduzido o rendimento disponível das famílias e levado à descida do consumo privado.

Com a economia doméstica deprimida, as empresas têm também enfrentado fortes restrições de financiamento, que têm gerado o encerramento de empresas e a destruição de emprego, bem como têm sido uma das principais razões para a queda do investimento.  

Ontem, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, qualificou como "terrível" o facto da taxa de desemprego em Portugal ter acelerado no quarto trimestre de 2012 para um novo máximo histórico de 16,9 %, vendo o 'pico' a ser atingido em 2013.

Visando descer o défice público para 4,5 % do PIB em 2013 contra os 5,0 % de 2012, que apenas terão sido alcançados com medidas 'one-off' equivalentes a um ponto percentual do Produto, o Executivo teve de agravar a austeridade este ano e impôs a maior subida de impostos em 38 anos de Democracia.

Desta forma, Portugal deverá ter o seu terceiro ano seguido de recessão económica em 2013, prevendo o Governo que o PIB se contraia 1 %, embora o Banco de Portugal (BP) seja mais pessimista e aponte para uma contração de 1,9%.  

Reuters
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/201 ... esaceleram

governo falhou as previsões. A sério? como é que é possivel, com tantos génios e doutores nesse governo de tão elevada competência!!!!! :roll:  Estou mesmo pasmado!!!


Citar
Previsões do Governo falharam

De acordo com os mesmos dados, a economia portuguesa contraiu 3,2% em 2012. Este resultado furou as previsões do Governo, Banco de Portugal e troika. Todas as instituições antecipavam para uma recessão de 3%.


Também os dados do desemprego, revelados ontem pelo INE, revelam que a realidade é pior do que as expectativas do Governo. A evolução do desemprego entre Outubro e Dezembro colocou a taxa média de 2012 nos 15,7%, duas décimas acima da previsão do Executivo. Mesmo a taxa de 16,9% referente ao último trimestre é superior à previsão para todo o ano de 2013, de 16,4%.

O primeiro-ministro admitiu ontem a possibilidade de rever as suas previsões económicas para 2013, caso o ritmo de crescimento das exportações continue a abrandar. "Se os sinais de abrandamento do ritmo das exportações persistirem poderemos ter de fazer ajustamentos" às previsões económicas de 2013, admitiu o primeiro-ministro.

Na última segunda-feira foi revelado que em 2012 as exportações cresceram apenas 5,8%.

http://economico.sapo.pt/noticias/pib-c ... 62606.html
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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1297 em: Fevereiro 14, 2013, 02:43:04 pm »
As ultimas acçoes que o estado portugues detinha na EDP, foram hoje vendidas a preço de saldo.  :bang:
 

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1298 em: Fevereiro 14, 2013, 06:56:18 pm »
e logo vendidas por um governo tão "patriota"... :roll:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1299 em: Fevereiro 14, 2013, 09:13:47 pm »
Citação de: "P44"
e logo vendidas por um governo tão "patriota"... :roll:

Nenhum o foi desde 25 de Abril de 1974.
Cada dia que passa isso torna-se cada vez mais claro.
Para mim, óbviamente.
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Ramos Cunha

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1300 em: Fevereiro 14, 2013, 09:24:04 pm »
Boas noites caríssimos camaradas
Se alguns de vós acabou de ver uma entrevista na TVI, com um senhor a quem foi oferecido um ministério, terá, tal como eu, sentido um misto de riso e revolta.
Quem é ou quem foi este senhor toda a sua vida? O que fez toda a sua vida em prol da Pátria? Terá sido militar?
É claro que é muito mais fácil cortar nas FArmadas e FSegurança do que cortar nos motoristas, assessores, afilhados, etc....
E mais não posso dizer pois quem o ouviu percebe do que estou a falar.
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1301 em: Fevereiro 14, 2013, 09:46:09 pm »
Citação de: "Ramos Cunha"
Boas noites caríssimos camaradas
Se alguns de vós acabou de ver uma entrevista na TVI, com um senhor a quem foi oferecido um ministério, terá, tal como eu, sentido um misto de riso e revolta.
Quem é ou quem foi este senhor toda a sua vida? O que fez toda a sua vida em prol da Pátria? Terá sido militar?
É claro que é muito mais fácil cortar nas FArmadas e FSegurança do que cortar nos motoristas, assessores, afilhados, etc....
E mais não posso dizer pois quem o ouviu percebe do que estou a falar.


Completamente.
Como disse num outro tópico dedicado a esse tema em exclusivo, eu abandonei a meio.
O tipo é mesmo muito mau. Mau mesmo, mas para cangalheiro serve.
Quem conhece a realidade das concelhias partidárias, sabe que gente desse tipo é a grande maioria.
Não estudou. Não revela interesse genuino pelo tema. Repete os mesmos soundbytes.
E revela uma pobreza de discurso e de atitude espantosas.
Em discursos de concelhias e distritais essa gente safa-se porque cultiva apenas a pose.
Mas para o que tem que fazer serve.

Como advogado deve ser absolutamente confrangedor.

Pode ser que tenha servido para que haja mais gente a abrir a cabecinha para as "loucuras dos "maluquinhos da conspiração".
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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1302 em: Fevereiro 14, 2013, 10:57:39 pm »
Não vi. Deixei de ver os 4 canais nacionais desde a entrada do TDT e não lhes sinto a falta. Não deve fugir à norma de "senhores doutores" da mais completa ignorância que pululam na chafurdeira que é a "elite" nacional. Contudo não passam de um espelho da mediocridade deste Povo.
 

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Luso

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1303 em: Fevereiro 14, 2013, 11:34:17 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Não vi. Deixei de ver os 4 canais nacionais desde a entrada do TDT e não lhes sinto a falta. Não deve fugir à norma de "senhores doutores" da mais completa ignorância que pululam na chafurdeira que é a "elite" nacional. Contudo não passam de um espelho da mediocridade deste Povo.

As elites de hoje são, na sua maioria constituida e promovida pelos partidos, organizações completamente corruptas e as melhores que o dinheiro pode comprar. Essas elites querem manter-se na sua posição e por isso promovem os seus pares.
Estas são as elites que nos são dadas a conhecer. São as elites cuja falta de coluna vertebral lhes permite subir na hierarquia (e quando falo de falta de coluna vertebral ou de simples dignidade de... homem, vocês nem imaginam como o nível é baixo. Nem sonham!). São as elites que interessa ter para alcançar um certo objectivo e que permitem e permitirão alcançar um fim.
Eu já cai no erro de ser injusto, ao considerar, por isso, o Povo português como estúpido. Não o é! É tão estúpido como qualquer outro povo do mundo. O que se passa é que as Elites, as verdadeiras Elites, não podem surgir porque não as deixam.
Não as deixam!
Os partidos políticos / sistema "democrático" é um esquema diabólico muito bem montado, ainda para mais quando surgem mal: da mentira, da subversão, da ingerência estrangeira, mas sobretudo desta última.
A nossa "democracia" não é nossa, para nós. É uma canga, uma prisão espantosa onde os presos recusam-se a reconhecer que o são. Quando as pessoas começarem a ter consciência disso, aí sim acreditarei na Democracia.
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FoxTroop

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Re: Apetece-me gritar bem alto, FO...
« Responder #1304 em: Fevereiro 14, 2013, 11:49:28 pm »
Luso, é deliberado, completamente deliberado. As pessoas não querem saber, mesmo com o que lhes está a bater à porta. Tenta discutir qualquer assunto sério no local de trabalho. Tens um ou outro que tem genuíno interesse e está minimamente a par de alguns assuntos pois o resto...... O resto responde como ouvi ainda não há muitos dias "o que é que essa m*@da interessa, um gajo só se chateia, vamos mas é falar do zbording" ou outra pérola "fdx, e depois?!!! Quero lá saber, que é que um gajo ao saber isso pode fazer? Vai fazer o quê? Estão a chatear-se para quê?!!! Se estivesse lá faria o mesmo que eles fazem."

Portanto apenas estão a comer aquilo que ajudaram a construir quando não querem saber, não lhes interessa ou apenas têm inveja por não estar no lugar de quem lhes está a sugar o sangue e a tirar o futuro. Já que zbordings, barças, CR's 7, Mourinhos e quejandos é que são fulcrais para a vida da malta, vão depois ter com eles para lhes arranjar futuro e comida para os filhos.  :evil:  :evil: