Saldanha Sanches terá alguns méritos mas é mais um daqueles "modernos 68" que abraçam a ideia do "progressismo" ou seja, que o animal-homem de hoje é muito diferente do animal-homem de ontem graças à engenharia social. Não vejo nada de muito profundo nas suas palavras, apenas um debitar de clichés anti-militares do passado e que encontram eco ainda em muitas, muitas cabeças, de tão elementares que são. Direi que estão já ultrapassados, e típicos de quem não pensa muito no tema. O problema é quando os militares (alguns) lhes dão argumentos para darem algum tempero de verdade ao que diz, a saber: a inércia, a falta de vigôr, o políticamente correcto e a "disciplina" que o alimenta, os silêncios e contradições.
Lamentavelmente, os "me*dia" nacionais julgam que uma personagem mediática, pela sua natureza, foi abençoada com uma inteligência superior e logo é capaz de se pronunciar sobre temas como física de partículas aos Pauliteiros de Miranda. Pudera, de tão ignorantes que são, uma parte significativa dos jornalistas/moços de recados entram em êxtase com quase tudo o se se lhes diz, e ainda mais quando o que é dito vai de encontro às verdades "símpáticas", "progressistas" e "humanistas" que aprenderam nas suas faculdades, e que apesar de tudo, foram as únicos estímulos intelectuais que tiveram ao longo das suas vidas.