Nova organização do nosso Exército

  • 1101 Respostas
  • 311634 Visualizações
*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8094
  • Recebeu: 1398 vez(es)
  • Enviou: 363 vez(es)
  • +5292/-247
(sem assunto)
« Responder #165 em: Janeiro 15, 2006, 08:18:38 pm »
Olá Miguel!

Umas dúvidas:

O que é que vai acontecer com os M-11 Panhard e os V-150 Commando?
O que é que vai acontecer com os Pandur II "mais especializados" (engenharia, anti-carro, etc.)?
O que é que vai acontecer aos MILAN da actual companhia anti-carro da BAI?

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2503
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-589
(sem assunto)
« Responder #166 em: Janeiro 15, 2006, 09:27:32 pm »
Estava previsto na LPM a substituição dos Milan por uma nova geração.

O V150 deve ser reformado, quando chegar os primeiros Pandurs. :roll:

Os VBL vão concerteza continuar seu serviço.
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8094
  • Recebeu: 1398 vez(es)
  • Enviou: 363 vez(es)
  • +5292/-247
(sem assunto)
« Responder #167 em: Janeiro 15, 2006, 10:02:36 pm »
A questão dos V-150 Commandos prendia-se com esta notícia...

Citar
RC6 MINISTRA FORMAÇÃO DE CONDUTORES E APONTADORES DE V-150
No âmbito da reorganização do Esquadrão de Reconhecimento (ERec) e do levantamento do Grupo de Auto-Metralhadoras (GAM) da Brigada de Intervenção (Brig Int), surgiu a necessidade de formar condutores e apontadores da AM Cadillac Gage V – 150 com vista ao preenchimento dos cargos orgânicos daquelas Subunidades.

A formação é do tipo I, tendo como preocupação qualificar as praças da polivalência necessária ao desempenho de mais que uma função / especialidade de acordo com as necessidades operacionais e a exigência do cumprimento das missões e decorrerá nas próximas duas semanas, de 24 de Outubro a 04 de Nvembro de 2005, estando condicionada no tempo pela proximidade do exercício “Dragão 051”, em que o ERec e o 1º EAM participarão integradas na Brig Int.

10/25/2005

Fonte: www.exercito.pt

Cumprimentos
B. Pereira Marques
 

*

sturzas

  • Membro
  • *
  • 120
  • Recebeu: 3 vez(es)
  • +0/-0
NOVA ORGANIZAÇÃO
« Responder #168 em: Janeiro 16, 2006, 02:23:32 am »
BOLAS... RESSAQUEI FÓRUM DEFESA...

Há uns post's atrás referi esta orgânica descrita pelo camarada forista Miguel. De acrescentar à organização atrás referida pelo MIguel, nomeadamente à Brigada de Intervenção, o acrescento de uma unidade tipo Batalhão de Cavalaria (Esquadrão/Grupo de Auto-Metralhadoras + Esquadrão de Reconhecimento), logo, amigo Pereira Marques, a sua dúvida relativa aos M11 e à capacidade anti-carro está resolucionada.

Na altura (Post - postado por mim :lol: ), houve colegas foristas que achavam estranho, que o BAAT (Batalhão de Apoio Aeroterestre) fizesse parte da orgânica operacional, juntamente com o CIOE e Comandos, da Brigada de Reacção Rápida. Acho que é perfeitamente compreensível a integração destas 3 sub-unidades (BAAT-CTAT, CIOE-BEOE e RI1-Unidade de Comandos) na Brigada de Reação/Intervenção Rápida ( nome que lhe derem - a génese está patente nas tropas que a constituem), porque como o próprio nome indêndica é uma unidade de REAÇÃO RÁPIDA, ficando todos os elementos orgânicos de apoio de combate, dependentes de uma UNIDADE DE INTERVENÇÃO,  sustentenda, após "UMA INTERVENÇÃOO RÁPDA, não só pelo poder de fogo (Subunidade de Artilharia e Cavalaria), mas também pela capacidade logística de intervenção. Por palavras curtas - Brigada de Reacção Rádida - INTERVENÇÃO; Brigada de Intervenção - SUSTENTAÇÃO DE FORÇAS.

Respondendo directamente às perguntas do camarada forista Pereira Marques, as M-11 continuarão na sub-unidade de reconhecimento, as V-150, penso que serão substituídas pelas 33 Pandur-105mm (??????), os Pandur mais especializados farão partes das sub-unidades orgânicas da Brigada de Intervenção (sempre tendo em conta que serão sub-unidades de apoio para duas Brigadas), e a actual Companhia Anticarro da BAI (18 lançadores MILAN, com câmaras térmicas), que sejam entregues aos Batalhões de Páras, de Comandos e Reconhecimento (nem que seja para substituir as Carl-Gustaf).

Sem dúvida "a minha menina" Brigada Mecanizada (fiz tropa no RC4), fica contemplada para "segundas núpcias"; as realidades estratégicas dos dias de hoje, não são as mesmas de quando a sua criação, logo, o "seu estatuto de filho pobre", até se compreende dada a situação económica que o país atravessa e... irá continuar. Mas... no entanto e, operacionalmente, até os americanos a levar "fruta" no Iraque, já aceditam em aeromecanizações... eu também... não deixem de acreditar na força...

Cumprimentos
NA PAZ E NA VIDA... QUE RESERVA TÃO CALMA E TRANQUILA... MAS SE OUVIRES O TROAR DA GUERRA... ENTÃO IMITA O TIGRE...
 

*

tsahal

  • Perito
  • **
  • 580
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
V150 S.
« Responder #169 em: Janeiro 16, 2006, 08:25:04 am »
Caso o MDN nao queira continuar a usar de forma operacional as V150 S e visto que sao viaturas consideradas recentes, apenas vejo duas solucoes, colocar as mesmas em situacao de reserva no DGMG como acontece com alguns M60A3TTS e outros, ou vender a algum pais que possa estar interessado. Penso que nao sera difficil encontrar um comprador. Devido a politica, torna-se sempre complicado vender material de guerra. Seria um grande erro destinar estas viaturas a alvos ou a uma sucata militar ou civil. Se algum civil comprar isso, ele ainda faz um grande negocio, porque vende/aluga isso para filmes.
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2503
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-589
(sem assunto)
« Responder #170 em: Janeiro 16, 2006, 08:30:53 am »
Penso que a actual estrutura do GAM, deve ser:

1° EAM com 6 V150 e ums 15 Chaimites
2° EAM com 6 V150 e ums 15 Chaimites
ERec com 3 V150 com os VBL e algums V200
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 4302
  • Recebeu: 688 vez(es)
  • Enviou: 2064 vez(es)
  • +3116/-1376
(sem assunto)
« Responder #171 em: Janeiro 16, 2006, 02:47:25 pm »
Porque não atribuir as V-150 a Polícia Aérea? 3-4 por cada base. As viaturas blindadas que possui já estão a precisar de substituição..
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".
"Every country has its own Mafia. In Russia the Mafia has its own country."
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 4302
  • Recebeu: 688 vez(es)
  • Enviou: 2064 vez(es)
  • +3116/-1376
(sem assunto)
« Responder #172 em: Janeiro 16, 2006, 04:30:32 pm »
As Condor já devem ter perto de 20 anos com a FAP, fora os que serviram na Alemanha ... não são assim tão novas..
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".
"Every country has its own Mafia. In Russia the Mafia has its own country."
 

*

p_shadow

  • Perito
  • **
  • 448
  • +2/-0
    • http://www.falcoes.net/9gs
(sem assunto)
« Responder #173 em: Janeiro 16, 2006, 08:05:28 pm »
Citação de: "Duarte Mendonça"
As Condor já devem ter perto de 20 anos com a FAP, fora os que serviram na Alemanha ... não são assim tão novas..


Julgo que vieram no principio da década passada.


Cumptos
A realidade não alimenta fóruns....
 

*

Duarte

  • Investigador
  • *****
  • 4302
  • Recebeu: 688 vez(es)
  • Enviou: 2064 vez(es)
  • +3116/-1376
(sem assunto)
« Responder #174 em: Janeiro 16, 2006, 09:12:29 pm »
Não sei ao certo, lembro-me de ouvir falar nos Condor em meados/final dos anos 80...
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".
"Every country has its own Mafia. In Russia the Mafia has its own country."
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8094
  • Recebeu: 1398 vez(es)
  • Enviou: 363 vez(es)
  • +5292/-247
(sem assunto)
« Responder #175 em: Janeiro 16, 2006, 09:49:32 pm »
V-150 Commando:
Citar
Cadillac-Gage (Agora Textron) V-150, é o veículo cuja família inspirou os Chaimite portugueses V-200/400/600 ...

A sua existência no exército Português remonta ao inicio dos anos 90, quando algumas unidades foram adquiridas, de forma a possibilitar apoio de fogo a unidades leves como a BAI (Brigada aero-transportada) e BLI (Brigada Ligeira de Intervenção). Teoricamente a utilização destes veículos sería mais fácil, dado compartilharem as suas origens com os Chaimite portugueses. No entanto, os veículos acabam sendo diferentes, tendo varios componentes diferentes que tornam a sua operação conjunta, pouco vantajosa do ponto de vista da logística. Além disso, um veículo 4x4, denota problemas de estabilidade quando se trata de disparo da sua peça de 90mm, e o facto de ser um veículo relativamente alto,o seu transporte por via aérea torna-se igualmente complicado.

Embora se trate de veículos muito mais recentes que os Chaimite (uma diferença de mais de vinte anos), o exército vai receber unidades com características idênticas, dentro da familia de veículos que o exército e a marinha encomendaram ao fabricante austriaco STEYR.
Tais veículos disporão de uma peça de 105mm sobre uma plataforma 8x8, o que representará um considerável incremento de poder de fogo. Desconhece-se qual passará a ser a utilização dada a estes veículos, não sendo porém descartada a possibilidade da continuação do seu uso. Há no entanto um inconveniente, que se prende com a peça de 90mm pois com a eventual entrada ao serviço de carros de combate principais mais moderno (eventualmente o Leopard-2, passará a haver peças de 120mm, 105mm (carros 8x8) e 90mm (V-150). Esta profusão pode ser desaconselhável do ponto de vista logístico.

Este veículo não foi concerteza uma das mais brilhantes aquisições das forças armadas portuguesas.
Fonte: http://www.areamilitar.net/exercito/Exe ... a=Portugal

Citar
Nome/Tipo
 Veículo Blindado Ligeiro de Reconhecimento Cadillac Gage V-150
 
Peso Máx.
 9 toneladas
 
Armamento
 1 canhão de 90mm

1 metralhadora de 7,62mm
 
Velocidade Máx.
 88 km/h
 
Autonomia
 643 km
 
Tripulação
 3+2
 
Historial
 O V-150 começou a ser produzido, pela Cadillac Gage, em 1964. É um blindado de tracção às quatro rodas, com capacidade anfíbia e blindagem ligeira.  

O exército português adquiriu algumas unidades no final década de 80, equipadas com um canhão de 90mm para missões de reconhecimento. Embora o Chaimite seja bastante similar, o V-150 é um veículo bastante mais moderno que o primeiro.  

Os veículos estão atribuídos ao ERec da BAI e ao ERec da BLI.
 
Número de Unidades: 15

Fonte: http://militaryzone.home.sapo.pt/army2.htm

Condor:
Citar
Nome/Tipo
 Veículo Blindado Ligeiro de Transporte Thyssen Condor
 
Peso Máx.
 12 toneladas
 
Armamento
 1 metralhadora de 12,7mm

1 metralhadora de 7,62mm
 
Velocidade Máx.
 100 km/h
 
Autonomia
 900 km
 
Tripulação
 2+12
 
Historial
 O Condor é um veículo blindado (configuração 4x4) de origem alemã. Iniciou a sua produção em 1981, tendo sido produzidas perto de 600 unidades.

Portugal recebeu o primeiro lote de viaturas em 1984, quando o governo alemão doou cerca de 4 viaturas. Actualmente estima-se que se encontrem operacionais um total de 12 viaturas que se encontram ao serviço da Polícia Aérea. Esta unidade da Força Aérea é responsável por garantir a segurança das bases aéreas portuguesas, estando as viaturas distribuídas pelas várias bases aéreas. Cabe também a esta realizar operações de controlo aéreo táctico e comando, tendo sido, inclusive, destacadas algumas viaturas Condor para apoio às operações da KFOR.
 
Número de Unidades: 12

Fonte: http://militaryzone.home.sapo.pt/fap4.htm
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8094
  • Recebeu: 1398 vez(es)
  • Enviou: 363 vez(es)
  • +5292/-247
(sem assunto)
« Responder #176 em: Fevereiro 14, 2006, 03:49:51 pm »
Não é que esta notícia traga grandes novidades, contudo:

Citar
Governo aprova lei orgânica do Exército para o século XXI
 
O Governo deve aprovar esta semana o diploma de reestruturação do Exército, há muito aguardado e que acaba com as históricas divisões do País em regiões militares.

A proposta de lei orgânica, na agenda do Conselho de Ministros, tem por base o projecto do chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Valença Pinto, e transforma profundamente a estrutura aprovada em meados da década de 1990 pelo ex-CEME Cerqueira Rocha.

Valença Pinto extingue as regiões militares norte, sul e da região de Lisboa - o que elimina seis lugares de oficial general. O fim da chamada estrutura territorial do Exército (em que se mantêm as zonas militares dos Açores e Madeira) envolve também o fim do Campo Militar de Santa Margarida e do Comando das Tropas Aerotransportadas.

A nova Brigada de Reacção Rápida (BRR) vai incluir as forças de pára-quedistas, de comandos e de operações especiais (os rangers de Lamego), bem como a Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE). Além da BRR, o Comando Operacional das Forças Terrestres terá na sua dependência a Brigada de Intervenção e a Brigada Mecanizada.

A transformação do Exército acaba com várias unidades - Regimento de Infantaria (RI) de Elvas, Escola Prática do Serviço de Transportes na Figueira da Foz -, transfere outras (como a Escola Prática de Cavalaria, de Santarém para Abrantes, ou o RI1, de Abrantes para Belas) e renomeia mais algumas (Área Militar de São Jacinto passa a RI10), envolvendo ainda a recolocação dos comandos funcionais do ramo.

Assim, o Comando da Instrução (Amadora) vai para Évora e o de Pessoal (Lisboa) para o Porto. O Operacional e o da Logística mantêm-se na capital, embora o primeiro passe de Oeiras para Monsanto.
Ontem, o ministro da Defesa, Luís Amado, e o CEME, acompanhados pelo ministro da Saúde, Correia de campos, e pelo responsável do Plano Tecnológico, Carlos Zorrinho, inauguraram os novos laboratórios do Exército (Lisboa), a que se seguiu uma visita ao Instituto Geográfico.

O laboratório de Defesa Biológica (ver caixa) dominou as atenções, devido à ameaça pandémica da chamada gripe das aves e que, se surgir, colocará problemas de ordem logística que só o Exército terá capacidade para enfrentar. Luís Amado frisou que essa infra-estrutura, que começará a funcionar em pleno dentro de um mês, mostra como as Forças Armadas estão "atentas às novas ameaças e riscos". O CEME realçou a importância da cooperação com institutos similares e universitários.
Fonte: http://dn.sapo.pt/2006/02/14/nacional/g ... o_par.html
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23794
  • Recebeu: 4441 vez(es)
  • Enviou: 3170 vez(es)
  • +3591/-4641
(sem assunto)
« Responder #177 em: Fevereiro 14, 2006, 05:20:50 pm »
Parece que o Miguel (e outros elementos do forum) acertou na muche!
Afinal o BRR sempre vai incluir os Comandos e os  :bang: Rangers.
Enfim...é uma desgraça atrás da outra!
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

*

Pedro Monteiro

  • Analista
  • ***
  • 896
  • Recebeu: 161 vez(es)
  • Enviou: 19 vez(es)
  • +27/-20
    • http://www.pedro-monteiro.com
(sem assunto)
« Responder #178 em: Fevereiro 14, 2006, 05:54:38 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Parece que o Miguel (e outros elementos do forum) acertou na muche!
Afinal o BRR sempre vai incluir os Comandos e os  :bang: Rangers.
Enfim...é uma desgraça atrás da outra!


Depende... o facto dos comandos e rangers existirem até agora como unidades isoladas não constitui necessariamente uma mais valia face ao facto de serem integrados numa estrutura conjunta. Na prática, isso já acontece entre os pára-quedistas e rangers, por exemplo, na Força de Intervenção Rápida das Forças Armadas. No essencial estas unidades mantém-se autónomas, com treino e doutrinas próprias. Partilharem a logística e estruturas de comando é assim tão grave? Basicamente nada perdem face à anterior situação, apenas aumenta a sua capacidade de sustentação...
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23794
  • Recebeu: 4441 vez(es)
  • Enviou: 3170 vez(es)
  • +3591/-4641
(sem assunto)
« Responder #179 em: Fevereiro 14, 2006, 06:15:59 pm »
Há apenas uma coisa que a mim faz-me uma certa confusão, então se os Comandos vão fazer parte da BRR, não quererá dizer que eles passam a ter o curso de Pára-quedismo? É que não faz sentido se eles estiverem na BRR e depois não tiverem uma dos cursos fundamentais dos Pára-quedistas.
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...