Isto não é possível responder a todos mas só alguns detalhes para a história não ir sendo "modificada": Nunca houve uma brigada pára-comando (houve estudos iniciais que assim se referiam à futura unidade, nada mais).
Curiosamente (isto por causa do que diz acerca dos helicópteros) um dos grandes argumentos do Exército, no inicio dos anos 90 para "absorver" os pára-quedistas era...o facto de serem as tropas ideais para operar com os helcópteros do Exército! (ver "As directivas da reestruturação" do General Cerqueira Rocha).
Não percebi qual é a solução defendida há muito?
Quanto ao futuro veremos, mas a realidade é que esta "Transformação" não vai significar aumento de unidades operacionais (como vi escrito noutro lado), mas exactamente o inverso. Pode ser que seja necessário. São opiniões. Quanto às reais motivações, tirem daí a ideia, porque nunca as saberemos!
Um Abraço,
MMachado
Caro TCor Miguel Machado,
A ideia inicial era, de facto, a criação de uma brigada pára-comando, correcto? Até porque se falava que embora houvesse uma extinção formal dos Comandos, as suas missões seriam atribuídas à BAI e, em parte, se previa aí a recriação desta unidade noutros moldes - não como Comandos, note-se. Creio ser esta ideia inicial, pela leitura de notícias da época. Uma notícia interessante da época relata mesmo a tentativa de fusão (ou planos, pelo menos) de Comandos, fuzileiros e pára-quedistas?! Como o jornalista na altura disse, para-con-fuso...
Em relação à ideia, tem razão no apontamento. É meu lapso. Este conceito é original. Um conceito que é há muito defendido nas várias propostas é, isso sim, a fusão das estruturas de apoio em combate e logística da BAI e BLI. Algo muito diferente, portanto.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
Caro Pedo Monteiro,
Mantenho o que disse, nunca existiu uma brigada pára-comandos. Ideia houve de facto mas, como tantas outras nunca passou disso.
As missões LRRP dos comandos (bem assim como muito do seu material e não era tão pouco como isso), aquilo que à época eles tinham mais desenvolvido, foi entregue ao CIOE.
Para a BAI, depois de terminarem o curso de pára-quedismo, foram 55 militares com o curso de comandos, grande parte deles oriundos de muitas unidades do Exército que não o Regimento. Juntaram-se a 1.800 pára-quedistas transferidos da Força Aérea e a algumas dezenas de militares de vários serviços do Exército que foram colocados nas unidades do CTAT/BAI para substituir pessoal de apoio da Força Aérea que regressou ao ramo.
Esse "conceito" de fundir as "estruturas de apoio de combate e logistica" de duas brigadas é muito interessante e económico (eheheh). Assim temos a certeza que as duas brigadas nunca poderão ser utilizadas ao mesmo tempo! Só temos "estruturas de apoio" para uma.
Parece-me aliás que deve ser caso único no mundo (civilizado), chamar brigada a uma unidade que só tem parte das sub-unidades de uma brigada.
Daqui não vem mal ao mundo e possivelmente até só temos pessoal e dinheiro para duas brigadas, ou uma, ou 2 ou 3 batalhões, tudo bem. O que está mal é "chamar nomes às coisas" para "inglês ver".
Um Abraço,
MMachado