Nova organização do nosso Exército

  • 1101 Respostas
  • 304317 Visualizações
*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2502
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-589
(sem assunto)
« Responder #180 em: Fevereiro 14, 2006, 06:49:14 pm »
Parabéns pela nova reorganização :G-Ok:

Vamos ter menos tachos e mais pessoal nas unidades operacionais.
 

*

Pedro Monteiro

  • Analista
  • ***
  • 893
  • Recebeu: 152 vez(es)
  • Enviou: 19 vez(es)
  • +26/-20
    • http://www.pedro-monteiro.com
(sem assunto)
« Responder #181 em: Fevereiro 14, 2006, 07:10:09 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Há apenas uma coisa que a mim faz-me uma certa confusão, então se os Comandos vão fazer parte da BRR, não quererá dizer que eles passam a ter o curso de Pára-quedismo? É que não faz sentido se eles estiverem na BRR e depois não tiverem uma dos cursos fundamentais dos Pára-quedistas.


De modo algum. Isso era o que acontecia na BAI: no início, era uma brigada pára-comando. Acabou por, na prática, ser apenas uma brigada pára-quedistas.
O que agora se pretende agora é unir estas três unidades distintas, com tradições, treino e missões específicas, sob um mesmo comando.
Quem disse que a BRR será uma brigada pára-quedista ou sequer aerotransportada? Não é caso. Não vai haver uma extimção de unidades e incorporação das suas missões nos pára-quedistas. Por isso é que não percebo tanto preconceito. Eventualmente talvez haja vantagens em estas três unidades estarem separadas, porém, seguramente algumas conclusões se devem ter tirado da sua operação conjunta em exercícios, não? E, de resto, esta decisão é defendida há muito. Não creio que seja apenas uma questão de cortar nas despesas.
Quanto aos Comandos, a BRR terá, por exemplo, helicópteros, que são meios extremamente adequadas para serem operados por esta unidade (e não pelos pára-quedistas, por exemplo).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2502
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-589
(sem assunto)
« Responder #182 em: Fevereiro 14, 2006, 07:21:24 pm »
Exato Pedro Monteiro

O Batalhão de Comandos, vai ser a unidade de assalto helitransportada.

Os 2 Batalhões de Paras, as unidades aerotransportadas com possibilidade de lançamento em para-quedas.

O BOE/CIOE, sendo a unidade de operações especiais.

O BAAT apoia todas estas unidades nas operações aerotransportadas.

O GALE vai ser a unidade de Hélis 8) com 10 NH90 e 10 A109?

O Comando/CCS devera ficar em Tancos.

No total penso que esta Brigada devera ter um efectivo total de 3000 Militares.

54 Lançadores Milan(18 por Batalhão ou 6 por Companhia)
18 Morteiros de 81mm(6 por Batalhão)

Metrelhadoras MG3
G36/Galil
LAWs
Morteiros de 60mm
Lança Grandas de 40mm

Viaturas Tacticas

20 Hélicopetros
« Última modificação: Fevereiro 14, 2006, 09:58:15 pm por Miguel »
 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #183 em: Fevereiro 14, 2006, 07:43:10 pm »
Citação de: "Pedro Monteiro"

Depende... o facto dos comandos e rangers existirem até agora como unidades isoladas não constitui necessariamente uma mais valia face ao facto de serem integrados numa estrutura conjunta. Na prática, isso já acontece entre os pára-quedistas e rangers, por exemplo, na Força de Intervenção Rápida das Forças Armadas. No essencial estas unidades mantém-se autónomas, com treino e doutrinas próprias. Partilharem a logística e estruturas de comando é assim tão grave? Basicamente nada perdem face à anterior situação, apenas aumenta a sua capacidade de sustentação...
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


Concordo. Juntar tudo no BRR, mas deixar cada corpo com as suas tradições e especialidades próprias é o ideal.
 

*

Miguel Silva Machado

  • Perito
  • **
  • 485
  • +1/-0
    • http://www.operacional.pt/
(sem assunto)
« Responder #184 em: Fevereiro 14, 2006, 09:56:24 pm »
Citação de: "Pedro Monteiro"
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Há apenas uma coisa que a mim faz-me uma certa confusão, então se os Comandos vão fazer parte da BRR, não quererá dizer que eles passam a ter o curso de Pára-quedismo? É que não faz sentido se eles estiverem na BRR e depois não tiverem uma dos cursos fundamentais dos Pára-quedistas.

De modo algum. Isso era o que acontecia na BAI: no início, era uma brigada pára-comando. Acabou por, na prática, ser apenas uma brigada pára-quedistas.
O que agora se pretende agora é unir estas três unidades distintas, com tradições, treino e missões específicas, sob um mesmo comando.
Quem disse que a BRR será uma brigada pára-quedista ou sequer aerotransportada? Não é caso. Não vai haver uma extimção de unidades e incorporação das suas missões nos pára-quedistas. Por isso é que não percebo tanto preconceito. Eventualmente talvez haja vantagens em estas três unidades estarem separadas, porém, seguramente algumas conclusões se devem ter tirado da sua operação conjunta em exercícios, não? E, de resto, esta decisão é defendida há muito. Não creio que seja apenas uma questão de cortar nas despesas.
Quanto aos Comandos, a BRR terá, por exemplo, helicópteros, que são meios extremamente adequadas para serem operados por esta unidade (e não pelos pára-quedistas, por exemplo).
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


Isto não é possível responder a todos mas só alguns detalhes para a história não ir sendo "modificada": Nunca houve uma brigada pára-comando (houve estudos iniciais que assim se referiam à futura unidade, nada mais).
Curiosamente (isto por causa do que diz acerca dos helicópteros) um dos grandes argumentos do Exército, no inicio dos anos 90 para "absorver" os pára-quedistas era...o facto de serem as tropas ideais para operar com os helcópteros do Exército! (ver "As directivas da reestruturação" do General Cerqueira Rocha).
Não percebi qual é a solução defendida há muito?
Quanto ao futuro veremos, mas a realidade é que esta "Transformação" não vai significar aumento de unidades operacionais (como vi escrito noutro lado), mas exactamente o inverso. Pode ser que seja necessário. São opiniões. Quanto às reais motivações, tirem daí a ideia, porque nunca as saberemos!
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
http://www.operacional.pt/
 

*

Pedro Monteiro

  • Analista
  • ***
  • 893
  • Recebeu: 152 vez(es)
  • Enviou: 19 vez(es)
  • +26/-20
    • http://www.pedro-monteiro.com
(sem assunto)
« Responder #185 em: Fevereiro 15, 2006, 12:19:09 am »
Citação de: "Miguel Silva Machado"
Isto não é possível responder a todos mas só alguns detalhes para a história não ir sendo "modificada": Nunca houve uma brigada pára-comando (houve estudos iniciais que assim se referiam à futura unidade, nada mais).
Curiosamente (isto por causa do que diz acerca dos helicópteros) um dos grandes argumentos do Exército, no inicio dos anos 90 para "absorver" os pára-quedistas era...o facto de serem as tropas ideais para operar com os helcópteros do Exército! (ver "As directivas da reestruturação" do General Cerqueira Rocha).
Não percebi qual é a solução defendida há muito?
Quanto ao futuro veremos, mas a realidade é que esta "Transformação" não vai significar aumento de unidades operacionais (como vi escrito noutro lado), mas exactamente o inverso. Pode ser que seja necessário. São opiniões. Quanto às reais motivações, tirem daí a ideia, porque nunca as saberemos!
Um Abraço,
MMachado


Caro TCor Miguel Machado,
A ideia inicial era, de facto, a criação de uma brigada pára-comando, correcto? Até porque se falava que embora houvesse uma extinção formal dos Comandos, as suas missões seriam atribuídas à BAI e, em parte, se previa aí a recriação desta unidade noutros moldes - não como Comandos, note-se. Creio ser esta ideia inicial, pela leitura de notícias da época. Uma notícia interessante da época relata mesmo a tentativa de fusão (ou planos, pelo menos) de Comandos, fuzileiros e pára-quedistas?! Como o jornalista na altura disse, para-con-fuso...
Em relação à ideia, tem razão no apontamento. É meu lapso. Este conceito é original. Um conceito que é há muito defendido nas várias propostas é, isso sim, a fusão das estruturas de apoio em combate e logística da BAI e BLI. Algo muito diferente, portanto.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

*

Miguel Silva Machado

  • Perito
  • **
  • 485
  • +1/-0
    • http://www.operacional.pt/
(sem assunto)
« Responder #186 em: Fevereiro 15, 2006, 11:21:29 am »
Citação de: "Pedro Monteiro"
Citação de: "Miguel Silva Machado"
Isto não é possível responder a todos mas só alguns detalhes para a história não ir sendo "modificada": Nunca houve uma brigada pára-comando (houve estudos iniciais que assim se referiam à futura unidade, nada mais).
Curiosamente (isto por causa do que diz acerca dos helicópteros) um dos grandes argumentos do Exército, no inicio dos anos 90 para "absorver" os pára-quedistas era...o facto de serem as tropas ideais para operar com os helcópteros do Exército! (ver "As directivas da reestruturação" do General Cerqueira Rocha).
Não percebi qual é a solução defendida há muito?
Quanto ao futuro veremos, mas a realidade é que esta "Transformação" não vai significar aumento de unidades operacionais (como vi escrito noutro lado), mas exactamente o inverso. Pode ser que seja necessário. São opiniões. Quanto às reais motivações, tirem daí a ideia, porque nunca as saberemos!
Um Abraço,
MMachado

Caro TCor Miguel Machado,
A ideia inicial era, de facto, a criação de uma brigada pára-comando, correcto? Até porque se falava que embora houvesse uma extinção formal dos Comandos, as suas missões seriam atribuídas à BAI e, em parte, se previa aí a recriação desta unidade noutros moldes - não como Comandos, note-se. Creio ser esta ideia inicial, pela leitura de notícias da época. Uma notícia interessante da época relata mesmo a tentativa de fusão (ou planos, pelo menos) de Comandos, fuzileiros e pára-quedistas?! Como o jornalista na altura disse, para-con-fuso...
Em relação à ideia, tem razão no apontamento. É meu lapso. Este conceito é original. Um conceito que é há muito defendido nas várias propostas é, isso sim, a fusão das estruturas de apoio em combate e logística da BAI e BLI. Algo muito diferente, portanto.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


Caro Pedo Monteiro,
Mantenho o que disse, nunca existiu uma brigada pára-comandos. Ideia houve de facto mas, como tantas outras nunca passou disso.
As missões LRRP dos comandos  (bem assim como muito do seu material e não era tão pouco como isso), aquilo que à época eles tinham mais desenvolvido, foi entregue ao CIOE.
Para a BAI, depois de terminarem o curso de pára-quedismo, foram 55 militares com o curso de comandos, grande parte deles oriundos de muitas unidades do Exército que não o Regimento. Juntaram-se a 1.800 pára-quedistas transferidos da Força Aérea e a algumas dezenas de militares de vários serviços do Exército que foram colocados nas unidades do CTAT/BAI para substituir pessoal de apoio da Força Aérea que regressou ao ramo.

Esse "conceito" de fundir as "estruturas de apoio de combate e logistica" de duas brigadas é muito interessante e económico (eheheh). Assim temos a certeza que as duas brigadas nunca poderão ser utilizadas ao mesmo tempo! Só temos "estruturas de apoio" para uma.
Parece-me aliás que deve ser caso único no mundo (civilizado), chamar brigada a uma unidade que só tem parte das sub-unidades de uma brigada.
Daqui não vem mal ao mundo e possivelmente até só temos pessoal e dinheiro para duas brigadas, ou uma, ou 2 ou 3 batalhões, tudo bem. O que está mal é "chamar nomes às coisas" para "inglês ver".
Um Abraço,
MMachado
Miguel Silva Machado
http://www.operacional.pt/
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23407
  • Recebeu: 4301 vez(es)
  • Enviou: 3044 vez(es)
  • +3204/-4584
(sem assunto)
« Responder #187 em: Fevereiro 15, 2006, 11:50:20 am »
Citação de: "Miguel Silva Machado"

Caro Pedo Monteiro,
Mantenho o que disse, nunca existiu uma brigada pára-comandos. Ideia houve de facto mas, como tantas outras nunca passou disso.
As missões LRRP dos comandos  (bem assim como muito do seu material e não era tão pouco como isso), aquilo que à época eles tinham mais desenvolvido, foi entregue ao CIOE.
Para a BAI, depois de terminarem o curso de pára-quedismo, foram 55 militares com o curso de comandos, grande parte deles oriundos de muitas unidades do Exército que não o Regimento. Juntaram-se a 1.800 pára-quedistas transferidos da Força Aérea e a algumas dezenas de militares de vários serviços do Exército que foram colocados nas unidades do CTAT/BAI para substituir pessoal de apoio da Força Aérea que regressou ao ramo.

Esse "conceito" de fundir as "estruturas de apoio de combate e logistica" de duas brigadas é muito interessante e económico (eheheh). Assim temos a certeza que as duas brigadas nunca poderão ser utilizadas ao mesmo tempo! Só temos "estruturas de apoio" para uma.
Parece-me aliás que deve ser caso único no mundo (civilizado), chamar brigada a uma unidade que só tem parte das sub-unidades de uma brigada.
Daqui não vem mal ao mundo e possivelmente até só temos pessoal e dinheiro para duas brigadas, ou uma, ou 2 ou 3 batalhões, tudo bem. O que está mal é "chamar nomes às coisas" para "inglês ver".
Um Abraço,
MMachado


Está tudo dito! Acho que muitas decisões tomadas pelo governo é só mesmo para inglês ver (OTAN/UE).
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

*

NotePad

  • Perito
  • **
  • 565
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #188 em: Fevereiro 15, 2006, 02:27:01 pm »
...
« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 05:59:37 am por NotePad »
 

*

Yosy

  • Especialista
  • ****
  • 1079
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #189 em: Fevereiro 15, 2006, 02:49:13 pm »
Citação de: "Pedro Monteiro"
Caro TCor Miguel Machado,
A ideia inicial era, de facto, a criação de uma brigada pára-comando, correcto? Até porque se falava que embora houvesse uma extinção formal dos Comandos, as suas missões seriam atribuídas à BAI e, em parte, se previa aí a recriação desta unidade noutros moldes - não como Comandos, note-se. Creio ser esta ideia inicial, pela leitura de notícias da época. Uma notícia interessante da época relata mesmo a tentativa de fusão (ou planos, pelo menos) de Comandos, fuzileiros e pára-quedistas?! Como o jornalista na altura disse, para-con-fuso...
Em relação à ideia, tem razão no apontamento. É meu lapso. Este conceito é original. Um conceito que é há muito defendido nas várias propostas é, isso sim, a fusão das estruturas de apoio em combate e logística da BAI e BLI. Algo muito diferente, portanto.
Cumprimentos,
Pedro Monteiro


Não nos esqueçamos que uma das razões que levou à extinção dos Comandos foram as mortes na instrução.

Só o futuro dirá se esta alteração será boa. Pessoalmente acho que sim: deixar cada unidade com as suas doutrinas operacionais, mas ao mesmo tempo uni-las sob um comando conjunto. Assim para operações irregulares e especiais temos os "Rangers", para aerotransportadas temos os pára-quedistas e para operações tipo "tropas de choque" temos os Comandos. Tudo debaixo do mesmo guarda-chuva.
 

*

Pedro Monteiro

  • Analista
  • ***
  • 893
  • Recebeu: 152 vez(es)
  • Enviou: 19 vez(es)
  • +26/-20
    • http://www.pedro-monteiro.com
(sem assunto)
« Responder #190 em: Fevereiro 15, 2006, 03:41:04 pm »
Citar
Caro Pedo Monteiro,
Mantenho o que disse, nunca existiu uma brigada pára-comandos. Ideia houve de facto mas, como tantas outras nunca passou disso.


Certo. A ideia que eu tinha é que fora esse o conceito original, porém, tinha ficado com a impressão que algumas das missões dos Comandos (pelo menos as missões de assalto e choque) teriam passado para a BAI.
Obrigado pelo esclarecimento.  :wink:
Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23407
  • Recebeu: 4301 vez(es)
  • Enviou: 3044 vez(es)
  • +3204/-4584
(sem assunto)
« Responder #191 em: Fevereiro 15, 2006, 05:24:11 pm »
Citação de: "NotePad"
CIOE, paraquedistas, comandos...

...   (vai dar esterco)
ó cabeça de martelo o que me diz em pegar-mos numas armas e barricarmonos no gabinete do MDN e exigir uma decente gestão das FA's? ficamos la um semana sem tomar banho, ele ao fim de 3 dias já nao aguenta o xeiro e assinda tudo o que lhe perdir-mos!  :new_argue:
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

*

Miguel

  • Investigador
  • *****
  • 2502
  • Recebeu: 51 vez(es)
  • Enviou: 8 vez(es)
  • +462/-589
(sem assunto)
« Responder #192 em: Fevereiro 16, 2006, 06:16:32 pm »
A realidade é que com o fim do SMO nunca tivemos, os 24 500 militares previstos, portanto andamos sempre a volta dos 20 000.

O objetivo deve ser manter um minimo de 18 000 militares permanentes.

50% nas 3 Brigadas, e o restante nas unidades logisticas/instrução.
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8074
  • Recebeu: 1383 vez(es)
  • Enviou: 362 vez(es)
  • +5289/-243
(sem assunto)
« Responder #193 em: Fevereiro 23, 2006, 06:04:03 pm »
Citar
Conselho de Ministros
Governo aprova nova orgânica do Exército que prevê extinção dos comandos territoriais
23.02.2006 - 16h16  
 
O Governo aprovou hoje a nova Lei Orgânica do Exército, que prevê a extinção a prazo dos comandos de natureza territorial.

Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar, Manuel Lobo Antunes, afirmou que o processo de "desaparecimento de algumas unidades será feito de forma faseada" e em concertação entre a chefia do Estado-maior do Exército e o ministro da tutela, Luís Amado.

"As alterações serão introduzidas de forma faseada, em princípio no período de um ano, e não de forma imediata", sublinhou o secretário de Estado, citado pela Lusa.

De acordo com o governante, com as transformações em curso o Exército passa a integrar "uma componente operacional - materializada na Força Operacional Permanente - e uma componente fixa, que se afasta de um perfil territorial e que assenta na estrutura de comando e na estrutura base".

Manuel Lobo Antunes referiu que com as alterações na orgânica deste ramo das Forças Armadas "conclui-se uma etapa de transformação", que é justificada "pelo fim do Serviço Militar Obrigatório, pelas novas ameaças" em termos de segurança nacional e "pelo empenhamento do Estado Português em missões internacionais de paz".

De acordo com o diploma aprovado, a componente fixa do Exército - que assentará na estrutura de comando e na estrutura de base, em que o regimento é a unidade de referência - terá entre as suas principais missões o "aprontamento e apoio" à Força Operacional Permanente do Exército.

A Força Operacional Permanente do Exército será constituída "pelas unidades operacionais [caso das brigadas de intervenção rápida], tendo como objectivo dar cumprimento às missões de natureza operacional".

"A transformação é orientada por princípios de racionalização, simplificação e economia de meios com o objectivo central de assegurar a prontidão da força militar, que se pretende mais flexível, projectável e pronta a ser emprenhada", acrescenta o comunicado do Conselho de Ministros

Nova Lei Orgânica do Exército aprovada hoje
Governo extingue quartéis-generais das regiões militares de Lisboa, Porto e Évora
23.02.2006 - 17h36   Lusa
 
O Governo aprovou hoje um decreto que procede à extinção dos quartéis-generais das regiões militares do Porto, de Lisboa e de Évora, cujo comando está cometido a oficiais-generais com o posto de tenente-general.

A decisão do Executivo foi tomada na reunião do Conselho de Ministros que também aprovou a nova Lei Orgânica do Exército, diploma que prevê que este ramo das Forças Armadas passe a integrar uma componente fixa e outra operacional.

Com a nova componente fixa, são extintos os comandos territoriais e de natureza territorial, criando-se uma estrutura base em que o regimento passa a ser a unidade de referência.

A Força Operacional Permanente do Exército será constituída por unidades que terão como objectivo dar cumprimento a missões de natureza operacional.

Segundo o Governo, o decreto que extingue os três quartéis-generais de região militar (Porto, Lisboa e Évora) integra-se "no processo de transformação do Exército" no âmbito da criação da sua nova componente fixa.

O Governo refere ainda que, com a aprovação deste diploma, é "flexibilizada a gestão do quadro de pessoal" do Exército no que concerne ao posto de tenente-general.

Deste modo, acrescenta o comunicado do Conselho de Ministros, os efectivos existentes em cada momento serão "adequados às necessidades orgânicas, reduzindo-se de 11 para oito o número de vagas do posto de tenente-general".

Fonte: http://www.publico.clix.pt/shownews.asp ... idCanal=30
 

*

PereiraMarques

  • Moderador Global
  • *****
  • 8074
  • Recebeu: 1383 vez(es)
  • Enviou: 362 vez(es)
  • +5289/-243
(sem assunto)
« Responder #194 em: Fevereiro 23, 2006, 06:06:04 pm »
O comunicado oficial do Conselho de Ministros diz exactamente a mesma coisa: http://www.portugal.gov.pt/Portal/PT/Go ... 060223.htm