Não é argumento, quando a indústria de Defesa está quase parada, com as empresas com poucas encomendas. Neste momento decorrem dificuldades para responder a todas as necessidades/encomendas, não me parece que nenhum país europeu se possa dar ao luxo de abdicar de 10-20% da sua frota de caças para um leasing baratucho.
Eu não creio que a industria europeia de defesa esteja parada. O que neste momento existe, é uma total incapacidade para responder às necessidades.
O que está parado é a produção de novas instalações fabris para produzir peças, componentes e viaturas.
Os alemães estão aparentemente a considerar a possibilidade de converter fábricas da Volkswagen para produzir viaturas militares.
A Europa não tem aquilo que os americanos têm, que são fábricas do estado, cuja exploração é atribuida a empresas privadas.
Os arsenais continuam sempre prontos a produzir armamento, nomeadamente munições para morteiros, artilharia e tanques.
Sem encomendas fixas, a industria europeia não vai fazer nada e vai ficar à espera.
Todos sabemos que não é possível continuar da mesma forma.
Os americanos possuem um tanque um ou dois modelos de viaturas de combate, um modelo de contratorpedeiro... a lista continua.
Na Europa, é uma lista interminável de produtos que competem entre si, e sem economia de escala têm que tentar apostar em produtos cada vez mais caros.
Se houver dinheiro o FCAS sai do papel em muito menos tempo que o previsto.
E é necessário pensar seriamente na criação de uma estrutura europeia de defesa. Ou isso, ou aprender a falar russo.
Se esta estrutura funcionar, será ela a determinar quais são os equipamentos que os países europeus vão adquirir, quais são as especificações, que munições vão utilizar, que motores, que sistemas eletrónicos etc...
Terão que ser os países a adaptar-se às armas e não as armas a adaptar~se às necessidades dos países.
E sim, é provavelmente dificil pensar que isso vai ser feito num futuro próximo.