Para entrar num programa de 6ª geração, não precisamos de know-how propriamente dito, bastando entrarmos como "investidores", com o objectivo de ter em Portugal uma unidade de produção de partes da aeronave que daí vier, e/ou para entrar na produção dos drones Loyal Wingman.
A única questão é obviamente a força de vontade de investir nisto, e claro, que não saiam do programa à mínima dificuldade que surja.
A compra de um caça 4.5G europeu, não tem qualquer nexo. Estamos a falar de gastar um dinheiro absurdo (compra do avião em si, mais tudo o que costuma vir nestes contratos e o custos associados à nova linha logística), para uma solução temporária. Uma estimativa de 2500M, para 24/28 caças europeus em segunda-mão, é muito dinheiro, e esta estimativa é muito por baixo, e não inclui sequer armamento. Por este dinheiro, dá para modernizar a totalidade dos F-16, e adquirir quantidades decentes de armamento.
Se supusermos que se compravam caças em segunda-mão em 2030, dificilmente o FOC desta frota seria atingido antes de 2035.
Passado 10 anos de atingir este FOC (2045), teríamos que avançar para a sua substituição. Ou seja, tanto dinheiro gasto, para ter uma frota durante 10 anos. Isto não faz sentido para nós.
Se há quem considere caro gastar 5000/5500M para comprar logo um lote de 27 F-35, entre 2030/35 (que aguentavam pelo menos até 2070), imaginem pegar num valor de 2500/3000M para um eurocanard em 2030, e passado 15 anos ter que gastar pelo menos 5000M para os substituir, e no meio desta despesa toda, pouco ou nenhum armamento acabou por ser adquirido.
Neste momento, sim, faz sentido adiar a compra de F-35. Mas este adiamento pode e deve ser compensado através da modernização dos F-16 que temos, não comprando outro modelo de caça, num programa bem mais caro.