Até lá, temos a oportunidade de ter um negócio melhor.
Primeiro, não sabes se o pacote proposto pela Fincantieri não é mais abrangente e vantajoso para o nosso país, e por conseguinte para a Marinha e Arsenal do Alfeite (AA). O Naval Group alardeou na comunicação social que ia fazer isto e aquilo, enquanto que a Fincantieri foi mais discreta mas confirmou que investiria igualmente no AA, por exemplo.
Segundo, não podes querer estar seriamente a comparar a FDI com a FREMM-EVO. A fragata italiana está um patamar acima da francesa, conferindo finalmente uma verdadeira vertente oceânica à nossa frota de combate de superfície. O fabricante francês bem pode estar a anunciar aos 4 ventos que a FDI irá ter mais mísseis, etc, que a margem de evolução da fragata italiana será sempre superior.
Em Portugal até poderia haver o compromisso de, ao abrigo de um hipotético SAFE 2.0, serem as FDI as futuras substitutas da classe Bartolomeu Dias. No entanto, com as EPC em cima da mesa, isso poderá ser mais difícil. E o histórico do Naval Group recentemente deixa um pouco a desejar, veja-se o exemplo das Gowind que a Roménia encomendou mas que se viu obrigada a cancelar devido a múltiplos atrasos, preferindo antes corvetas turcas.
Por isso, se o teu único argumento é o de que "temos a oportunidade de ter um negócio melhor", das duas uma: ou estás a par de dados que não são conhecidos da esfera pública, ou estás a deixar-te levar (novamente) pelas vozes na tua cabeça. Qual destas hipóteses está correta?