Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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Nuno Bento

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« Responder #705 em: Fevereiro 20, 2007, 11:40:28 pm »
Qual é a comparacão preco-equipamento-beneficio entre o NPO2000 o BAM espanhol e a Meko A-100?
 

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Rui Elias

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« Responder #706 em: Fevereiro 27, 2007, 10:53:25 am »
Nuno:

É dificil estabelecer essa relação:

Os nossos NPO são navios relativamente pequenos e muito desarmados, ou seja, navios administrativos "puros" o que lhes reduz o preço final, já que apenas terão uma peça na proa de 40mm, eventualmente aproveitada de outros navios entretanto abatidos, e possivelmente umas Oerlikon, mas nem isso está previsto.

Os BAM espanhois são navios de design eminentente militar e com espaço e design para se expandirem até ao limiar do que se poderia considerar uma corveta "leve", embora nas configurações até agora apresentadas, não passem de OPV's.

Quanto às Meko A-100, tratam-se efectivamente de corvetas, com peças de 76mm, e lançadores de mísseis, radares mais sofisticados, o que faz disparar o preço do navio.

No fundo as Meko A-100 são uma espécie de mini-fragatas, com um pouco menos de deslocamento, talvez ao nível das Meko A-200 Amatola, da África o Sul.

Portanto, para missões de patrulhamento, a opção por um NPO português será o suficiente, e é um producto barato.

Para mim, e isso é a minha opinião pessoal, é que essa plataforma dificilmente poderá ser "expansível" para que possa um dia ter uma configuração mais armada, com os BAM de Espanha se apresentam.

Por mim, e como no meio é que está a virtude, apostaria num BAM, ou parecido, com os que a Venezuela encomendou a Espanha, já que tanto pode fazer patrulhameto, como pode ser armada para algo mais, se necessário for.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #707 em: Fevereiro 27, 2007, 11:27:41 am »
É engraçado mas ainda há pouco tempo li um individuo a dizer que os nossos NPO's são pequenos para a sua missão.  :?
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

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old

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« Responder #708 em: Fevereiro 27, 2007, 12:32:46 pm »
Los BVL (buque vigilancia litoral) de Venezuela pueden considerarse autenticas Corvetas bien armadas.

Cañon 76 mm
Helicoptero embarcado
Lanzador (8) MBDA Exocet Block 1.3
VLS (8) Mica Antiaereo

Por contra los BAM  no estan tan bien armados:

Cañon 76mm
Helicoptero embarcado
Misiles Harpoon o Penguin (4)

Ambos partan del mismo diseño, con ciertos rasgos "stealth"


 

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Rui Elias

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« Responder #709 em: Fevereiro 27, 2007, 02:17:52 pm »
Cabeça:

Em termos de tamanho os nosso NPO tem praticamente o mesmo comprimento e deslocamento das corvetas BdA e JC, embora exijam menos tripulação, já que têm uma tecnologia mais moderna e porque têm menos armamento instalado, o que dá para poupar nos custos de operação e de manutenção.

O problema é que estão sub-armados.

Veja só o "arsenal " dos BAM espanhois, que terão a mesma missão.  :wink:
 

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lurker

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« Responder #710 em: Fevereiro 27, 2007, 04:04:08 pm »
Os NPO (1750 toneladas) têm um deslocamento maior que as corvetas (1400).
 

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João Oliveira Silva

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« Responder #711 em: Fevereiro 27, 2007, 06:25:00 pm »
Rui Elias escreveu:
Citar
Veja só o "arsenal " dos BAM espanhois, que terão a mesma missão.
Old escreveu:
Citar
Los BVL (buque vigilancia litoral) de Venezuela pueden considerarse autenticas Corvetas bien armadas.

Cañon 76 mm
Helicoptero embarcado
Lanzador (8) MBDA Exocet Block 1.3
VLS (8) Mica Antiaereo


A pergunta que, segundo creio, se impôe fazer é apenas esta: será que para missões de fiscalização, presença e SAR ( que mais é que este género de navios ou, hoje, as Batista de Andrade e Jacinto Cândido fazem? ) se justifica a aquisição de arsenais sofisticados?

Por outras palavras, creio que para fiscalização e patrulha os NPO's, tal como são, servem e deverão servir muito bem.

Possívelmente serão é poucos. 8 ou 10 navios quererá dizer que não deverão estar no mar, em simultâneo, mais de 3 navios. Ora, considerando os Açores, a Madeira e toda a costa continental, mesmo contando com as LFC's, continua a saber a pouco.

Se não temos para um ferrari, não vale a pena optar por um fiat 600, pintá-lo de vermelho, botar-lhe umas jantes da ferrari, escape cromado, aleiron matias, autocolantes da ferrari nas portas e ir por aí a fora tipo azeiteiro. Nunca será um ferrari.

Se queremos patrulhas, vamos pelos patrulhas e estes não me parecem maus. Estão é a demorar e, parece-me, que estes são só os primeiros folhetins de muitos outros da novela.

Cumprimentos,
 

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old

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« Responder #712 em: Fevereiro 28, 2007, 10:01:27 am »
Citação de: "João Oliveira Silva"
Rui Elias escreveu:
Citar
Veja só o "arsenal " dos BAM espanhois, que terão a mesma missão.
Old escreveu:
Citar
Los BVL (buque vigilancia litoral) de Venezuela pueden considerarse autenticas Corvetas bien armadas.

Cañon 76 mm
Helicoptero embarcado
Lanzador (8) MBDA Exocet Block 1.3
VLS (8) Mica Antiaereo

A pergunta que, segundo creio, se impôe fazer é apenas esta: será que para missões de fiscalização, presença e SAR ( que mais é que este género de navios ou, hoje, as Batista de Andrade e Jacinto Cândido fazem? ) se justifica a aquisição de arsenais sofisticados?

Por outras palavras, creio que para fiscalização e patrulha os NPO's, tal como são, servem e deverão servir muito bem.

Possívelmente serão é poucos. 8 ou 10 navios quererá dizer que não deverão estar no mar, em simultâneo, mais de 3 navios. Ora, considerando os Açores, a Madeira e toda a costa continental, mesmo contando com as LFC's, continua a saber a pouco.

Se não temos para um ferrari, não vale a pena optar por um fiat 600, pintá-lo de vermelho, botar-lhe umas jantes da ferrari, escape cromado, aleiron matias, autocolantes da ferrari nas portas e ir por aí a fora tipo azeiteiro. Nunca será um ferrari.

Se queremos patrulhas, vamos pelos patrulhas e estes não me parecem maus. Estão é a demorar e, parece-me, que estes são só os primeiros folhetins de muitos outros da novela.

Cumprimentos,


Efectivamente. Para misiones SAR o para patrullas sirven perfectamente os NPO.No hace falta mas.....

Pero al ser buques de caracter oceanico pueden encontrarse con ciertas "dificultades" lejos de sus bases para las cueles montar un cañon de grueso calibre o misiles antibuque o un helicoptero armado  les da un plus de seguridad y de disuasion que un simple patrullero no tiene.


Los BVL Venezolanos pueden considerarse como fragatas ligeras. Misiles antibuque , radares 3D, sistema de combate propio y un curioso VLS Mica que le proporciona defensa de zona.  :shock:  

 

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João Oliveira Silva

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« Responder #713 em: Fevereiro 28, 2007, 07:14:23 pm »
Old escreveu:
Citar
Pero al ser buques de caracter oceanico pueden encontrarse con ciertas "dificultades" lejos de sus bases para las cueles montar un cañon de grueso calibre o misiles antibuque o un helicoptero armado les da un plus de seguridad y de disuasion que un simple patrullero no tiene.
Pois bem, amigo Old:

No nosso pensamento é capaz de estar a mesma questão. Trata-se de uma questão que, para mim, é comum à Marinha de Espanha e à Marinha Portuguesa.

O principal da questão não são os patrulhas, sejam os Viana do Castelo,   Serviola ou Chirleu.  São patrulhas e como o Old muito bem diz:
Citar
Efectivamente. Para misiones SAR o para patrullas sirven perfectamente os NPO. No hace falta mas.....

A questão a que me refiro reside na tradição, já com muitas décadas, das nossas Marinhas de terem navios intermédios entre as fragatas de topo e os patrulhas. Refiro-me às corvetas ( Jacinto Cândido, Batista de Andrade. Descubierta ) e, recuando um pouco mais, aos avisos, canhoneiras, etç.

Olhando, hoje, para ambas as Marinhas, Espanha têm as"  Alvaro de Bazan ", topo de gama nas fragatas da europa, e as " Santa Maria ". Entre estas e os patrulhas o que existe? Nada. Portugal têm as " Vasco da Gama ", não são o top mas são boas fragatas como proximamente o serão também as duas " Karel Doorman ". O que está entre estes navios e os NPO's: Nada.

Navios intermédios com razoável valor militar, abaixo das fragatas e acima dos patrulhas, hoje, não os encontro por aqui. As BAM são, para mim, justamente, estes navios. Patrulhas é que não são. Os NPO são, para mim, patrulhas. Corvetas, fragatas ligeiras, continuam a faltar.

Para remate, concordo que os políticos têm dificuldades em " vender " à opinião pública e aos eleitores a opção por navios de guerra, navios com valor militar, mas os navios de patrulha e fiscalização eleitoralmente  " vendem-se " bem. Daí a opção por navios de razoável valor militar, chamando-os de patrulhas, mas bem armados, com radares demasiado sofisticados ( e caros ) para aquelas missões.

Então se se falar em " combate à poluição " é de luxo, esses é que são eleitoralmente bons, mesmo que estejam carregados de artilharia, misseis e radares da última geração. O ambiente está na moda.

Cumprimentos,
 

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pablinho

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« Responder #714 em: Fevereiro 28, 2007, 07:29:54 pm »
As BAM son moi necesarias, propoñobos un caso claro; a guerra de fletan:
En 1995 Canada intimidou unha flota pesqueira española uqe se encontraba pescando en caladoiros en fronte da suas costas, chegando a apresar nun actol vil de pirateria unha delas.
España reaccionou enviando un patrulleiro. O conflicto non era o suficientemente grave como pra enviar unha fragata pero a patrulleira nada poderia facer se as cousas se puseran un pouco feas. Este sería o caso ideal para enviar unha BAM (Buque de Accion Maritima para os que non o sepan  :wink:) , unha cousa intermedia; coa suficiente capacidade de disuasion para mater alexado aos canadienses.
 

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lurker

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« Responder #715 em: Fevereiro 28, 2007, 08:50:15 pm »
Citação de: "João Oliveira Silva"
A questão a que me refiro reside na tradição, já com muitas décadas, das nossas Marinhas de terem navios intermédios entre as fragatas de topo e os patrulhas. Refiro-me às corvetas ( Jacinto Cândido, Batista de Andrade. Descubierta ) e, recuando um pouco mais, aos avisos, canhoneiras, etç.

(...) O que está entre estes navios e os NPO's: Nada.


Caro João,
as necessidades mudam e nem todas as tradições podem sobreviver.
A meu ver, uma questão fulcral quanto ao tamanho dos navios é a natureza do mar onde queremos operar.
Por exemplo, os patrulhas de classe Cacine, deslocando 300 toneladas, revelaram-se totalmente inadequados para o Atlântico.
As BdA/JC, deslocando cerca de 1400 toneladas, foram usadas porque era o que havia, vindo do tempo das colónias, e serviram bem mas creio que também mostraram que para patrulhar o Atlântico Norte, convinha que o navio fosse maior.
Já os NPO, que não são navios de guerra, deslocam 1750 toneladas.
Creio que um navio com valor militar e a capacidade de operar no Atlântico Norte como os NPO teria de ser ainda maior, para lidar com o peso dos radares, armamento e o centro de gravidade mais elevado.
Dai o desaparecimento dos navios intermédios da nossa frota: não temos águas de interesse particular onde eles possam navegar.

Já a Marinha Israelita está totalmente focada nas àguas calmas do mediterrânio. Os maiores navios de combate deles são as Sa'ar 5: corvetas lança-misseis de 1300 toneladas. Uns "barquitos" ao pé dos NPO, mas armados até aos dentes.
 

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Yosy

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« Responder #716 em: Fevereiro 28, 2007, 09:06:32 pm »
^^^^ de notar que a Marinha Israelita é, sobretudo, uma Guarda Costeira muito musculada.

O ideal seria a nossa Marinha (e FAs) adaptar conceitos israelitas e adaptá-los para a nossa realidade politico-estratégica.
 

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lurker

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« Responder #717 em: Fevereiro 28, 2007, 09:24:26 pm »
Eu só dei a Marinha Israelita como um exemplo de uma Marinha moderna e bem armada mas com um conceito extremamente diferente do nosso.
 

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Lightning

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« Responder #718 em: Fevereiro 28, 2007, 09:26:41 pm »
Citação de: "Yosy"
^^^^ de notar que a Marinha Israelita é, sobretudo, uma Guarda Costeira muito musculada.

O ideal seria a nossa Marinha (e FAs) adaptar conceitos israelitas e adaptá-los para a nossa realidade politico-estratégica.


...ou Suecos :twisted:
 

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Johnnie

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« Responder #719 em: Fevereiro 28, 2007, 09:47:39 pm »
Mas o Mediterrâneo é um lago comparado com o Atlântico Norte
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"