Projecto NPO 2000 da Marinha Portuguesa

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MERLIN

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« Responder #1740 em: Março 07, 2009, 05:17:08 pm »
Mas eles pelo menos já têm uma operacional, agora nós...
Tanta complicação para desenvolver uma plataforma tão simples...
cumptos
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma"
Padrea Antonio Vieira
 

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JQT

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« Responder #1741 em: Março 10, 2009, 06:52:12 pm »
Caríssimos, não nos precipitemos nas conclusões apenas por causa de um único artigo (e de uma revista que está longe de ser uma referência de exactidão).

Vejamos:

Citar
Navios em seco

Começa logo mal: estão a flutuar, mas enfim...

Citar
A entrega de "patrulhões" à Marinha leva quatro  anos de atraso. Agora o ministro da Defesa quer reavaliar a aquisição deste equipamento. COMENTE
Francisco Galope
10:12 Quinta-feira, 5 de Mar de 2009  
 
 O programa de aquisição de navios para a Marinha, concebido a dois meses das eleições de Fevereiro de 2005 pelo então ministro da Defesa Paulo Portas,...

Errado. O programa foi concebido muitíssimo antes, no tempo do eminente António "É Só Fazer as Contas" Guterres, que andou seis anos a dizer que sim, que sim, que iria reequipar a Marinha e que os submarinos eram uma grande despesa mas que eram necessários, e
num certo dia discursou ao país, com transmissão em directo no Telejornal, desde o convés de uma corveta, dizendo «O grande destino de Portugal é o Mar.»

Os resultados são conhecidos.

O contrato com os ENVC, para construção dos dois primeiros NPO é de Outubro de 2002. Dos NCP é que foram em 2004.

Citar
...vai sofrer uma alteração radical. Criado por uma resolução de Conselho de Ministros de Dezembro de 2004 e com um investimento previsto de 480 milhões de euros em uma década, já leva quatro anos de atraso em relação ao inicialmente agendado e nenhum dos dois projectos contemplados - compra, aos estaleiros de Viana do Castelo, de seis navios de patrulha oceânica (NPO) e de cinco lanchas de fiscalização costeira - foi alguma vez contratualizado.

A sério?... Não é disso que eu me lembro.

Citar
A intenção de dotar a Marinha de navios de patrulha vem dos anos 90, mas só se consubstanciou em 2002, com o contrato entre o Governo e os Estaleiros Navais de Viana do Castelo para a aquisição de um NPO com a opção de um segundo que viria a ser assinada em Maio de 2004. Ou seja, o que neste momento existe formalmente são contratos para a compra de apenas dois NPO.

Então em que é ficamos? Existem contratos ou não?

Citar
Os cascos destes navios foram lançados à água em 2005, ano em que esteve prevista a primeira entrega à Marinha. Mas, desde então, avolumaram-se os problemas. Primeiro, o atraso deveu-se a falhas nos motores. Mas houve também problemas de relacionamento entre a Marinha e os estaleiros. Agora, soube a VISÃO, todo o programa vai ser reavaliado. Uma das soluções em cima da mesa pode passar pela contratação da construção, em Viana do Castelo, de um navio de combate à poluição, adaptando o design dos NPO que estão em construção, e de oito lanchas de fiscalização costeira.

Fantástica investigação da Visão: conseguiram descobrir uma coisa que se sabe há anos... E uma das primeiras decisões do actual governo, em 2005, foi precisamente reduzir o número de NPOs de 10 para 8 e de aumentar as LFC de 5 para 8.

Citar
O gabinete do ministro da Defesa não adianta pormenores, dizendo que se está a "avançar em várias frentes", mas confirma que o caminho traçado pelo actual ministro, Nuno Severiano Teixeira, é o de mandar construir mais lanchas e menos "patrulhões". Uma fonte oficial justifica a reviravolta: "Depois da resolução de 2004, a Armada sentiu a necessidade de readequar os meios às missões que desempenha e o Ministério está a estudar a possibilidade de fazer essa readequação."

Nada de novo. Conversa fiada.

Citar
Razões do atraso
Em Novembro do ano passado, o ministro da Defesa reconheceu, no Parlamento, que os navios "tiveram um problema" e que a aprovação do projecto não foi fácil, porque os estaleiros "têm uma larga experiência na construção de navios de natureza civil, mas não a tinham na construção de navios de natureza militar".

Pois mas já tinha havido um inquérito em 2007, pelo que isso não era propriamente a descoberta da pólvora.

Citar
Antes, em Maio de 2007, também na Assembleia da República, o ministro não podia ter sido mais explícito: "O atraso tem a ver com alguns problemas de natureza técnica e com o entendimento entre os estaleiros e os requisitos da Armada." E, reconhecendo o "atraso e uma certa inércia", garantiu: "Agora as coisas rearrancaram e eu próprio dei indicação no sentido de que se trabalhasse afincadamente, justamente naquilo que era a falha, ou seja, na capacidade de diálogo e no encontro entre os requisitos técnicos da Armada e a capacidade dos estaleiros .

...Ou seja, e segundo a Visão, o raciocínio do Ministro em Novembro tem seguimento no raciocínio de seis meses antes. Assim se compreende que as declarações de há 4 e 10 meses atrás sejam notícia em Março de 2009. Estes flashbacks são complicados de seguir, sobretudo quando não dizem realmente nada de concreto. Mas é interessante saber que em Maio de 2008, com mais de 3 anos em funções é que o Mnistro se decide a dar indicação para se trabalhar afincadamente... «Agora as coisas rearrancaram»!

Citar
"Isso foi há quase dois anos. E o certo é que os navios continuam no estaleiro, suscitando preocupações quanto à operacionalidade da Marinha. Em Novembro, foi o próprio chefe de Estado-Maior da Armada, almirante Fernando Melo Gomes, a alertar que "novos atrasos no programa dos patrulhas oceânicos e lanchas de fiscalização costeira serão impeditivos do cumprimento de algumas missões, além de obrigarem à afectação de recursos financeiros e humanos desproporcionados".

Segundo fontes consultadas pela VISÃO, operar as actuais corvetas com quase 40 anos e que há muito ultrapassaram o seu limite de vida útil (25 anos) acarreta um acréscimo dos custos de manutenção da ordem dos 30%, em relação ao previsto com os novos patrulhões.


Mas afinal, de que tão importante reavaliação está o Ministro a falar? Em que consiste e quais são os criterios? Ou a notícia resume-se ao simples facto de o ministro querer reavaliar o programa?

Em suma, o que é que este artigo nos diz que não se saiba já? Nada.

Resumindo e concluindo, isto é zero. É conversa fiada do ministro numa revista afecta ao partido do governo, a fingir que está a fazer alguma coisa.

E é óbvio que não está, e não tem estado a fazer nada. Se quisesse fazer alguma coisa, já tinha feito nestes três anos em que tudo tem estado parado, com o alibi da incompetência e das dificuldades de relacionamento. Não há é vontade política para fazer avançar este programa, até porque a soberania portuguesa sobre as suas águas é um assunto de pouca importância para o gang do Largo do Rato.

Caríssimos, um conselho: não engulam tudo o que sai na imprensa. Questionem para não serem enganados.

JQT
 

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Johnnie

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« Responder #1742 em: Março 10, 2009, 08:18:07 pm »
Acho que estes navios ainda vão servir é de alvo para exercicios navais  :roll:
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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luis filipe silva

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« Responder #1743 em: Março 12, 2009, 01:45:59 am »
O meu já está pronto, agora faltam os dos ENVC. :lol:
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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JLRC

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« Responder #1744 em: Março 12, 2009, 02:09:41 am »
Ó Luís, parece-me que vais ter de redesenhar a peça de vante (juro que não é piada ao Rui Elias :oops: )
 

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luis filipe silva

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« Responder #1745 em: Março 12, 2009, 11:23:53 am »
Porquê ? Já não vai ser a Typhoon?
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saudações:
Luis Filipe Silva
 

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« Responder #1746 em: Março 12, 2009, 03:15:33 pm »
enquanto isso, aqui ao lado... :roll:



"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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ShadIntel

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« Responder #1747 em: Março 12, 2009, 05:22:30 pm »
E então ? Um pouco de maquilhagem e já está.
Com o andar das coisas, até já vêm com o brasão e tudo... :twisted:



(Sem ofensa, pelo menos para a Marinha e para os trabalhadores dos ENVC)
 

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« Responder #1748 em: Março 12, 2009, 09:45:45 pm »
O que a net faz...... ate parece que estava a sonhar..... :roll:
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C
 

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pchunter

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« Responder #1749 em: Março 12, 2009, 09:56:15 pm »
Tá bem os nossos também já flutuam há muito muito tempo.
 

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JLRC

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« Responder #1750 em: Março 12, 2009, 09:59:41 pm »
Citação de: "luis filipe silva"
Porquê ? Já não vai ser a Typhoon?


Pareceu-me que tinhas posto o Bofors no desenho... :oops:
 

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« Responder #1751 em: Março 14, 2009, 11:12:51 am »
mais noticias pouco abonatórias para os ENVC... :roll:

Citar

Expresso: «Açores paga 48 milhões por navio cheio de remendos»


Um barco para transporte interilhas construído nos Estaleiros de Viana custou mais do que o previsto, atrasou-se um ano e ainda não foi certificado. Há dias, ainda se detectavam cerca de 100 anomalias


http://diario.iol.pt/internacional/quio ... -4073.html
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Lancero

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« Responder #1752 em: Março 14, 2009, 07:14:13 pm »
^^

Problemas de motores, alteração dos projectos... Onde é que eu já ouvi isto?

Citar
Viana: Estaleiros Navais garantem entrega de navio aos Açores na data aprazada e "em perfeitas condições de segurança"    

   Viana do Castelo, 14 Mar (Lusa) - Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo  (ENVC) garantiram hoje que o navio encomendado pela Atlânticoline para transporte  de pessoas e viaturas nos Açores será entregue na data aprazada, "em perfeitas  condições de segurança e devidamente certificado".  

 

   "Os ENVC reafirmam que o navio será entregue a tempo de realizar a sua  primeira viagem na data aprazada [13 de Maio], em perfeitas condições de  segurança e devidamente certificado, quer pela sociedade de classificação  internacional, quer pelo Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos  (IPTM)", refere a empresa, em comunicado enviado à Lusa.  

 

   A edição de hoje do semanário Expresso refere, em manchete, "Açores  paga 48 milhões de euros por navio cheio de remendos", acrescentando que  o barco custou mais de oito milhões do que o previsto, atrasou-se um ano,  ainda não foi certificado e há dias ainda apresentava "cerca de 100 de anomalias".  

 

   No interior, e com o título "Dizem que é uma espécie de navio...", a  notícia descreve as anomalias detectadas há um mês pelo IPTM, adiantando  que o Governo dos Açores se prepara "para receber um navio novo para o transporte  marítimo entre as ilhas que tem mais defeitos do que um navio velho" e acrescenta  que "só mesmo um milagre de Fátima" é que permitirá que o navio seja entregue  até 13 de Maio.  

 

   No comunicado hoje emitido, os ENVC garantem que o IPTM, no relatório  emitido em 05 de Fevereiro, "aprova um grande número de desenhos [do navio],  ainda que relativamente a alguns deles tenha feito observações ou reservas,  o que é um procedimento normal em qualquer processo de construção de um  navio".  

 

   A empresa acrescenta que "a maior parte" das observações e reservas  suscitadas pelo IPTM "já estão sanadas", designadamente através do esclarecimento  efectuado pelos ENVC, por escrito e presencialmente, em reunião com aquele  instituto.  

 

   Assegura ainda que a estabilidade intacta e em avaria "está assegurada  de acordo com as regras aplicáveis" àquele navio e que não foi invocada  qualquer excepção à Convenção SOLAS (segurança marítima).  

 

   No comunicado, os ENVC esclarecem que o navio, por contrato, é certificado  como "Short International Voyage", o que significa que só pode navegar até  200 milhas de um porto de abrigo, e garantem que os meios de salvamento  existentes a bordo são suficientes para mil pessoas, "o que excede o número  de pessoas que é possível embarcar".  

 

   "É completamente falso que, em qualquer situação, os passageiros corram  o risco de ser lançados ao mar depois de embarcados nas baleeiras", acrescenta.  

 

   Os ENVC garantem ainda que o navio vai atingir a velocidade "dentro  dos limites fixados no contrato", tem condições para operar nos portos previstos  no contrato e que o combustível a utilizar pelo navio é o que está previsto  contratualmente desde início.  

 

   Quanto ao problema ocorrido com a falta de velocidade nos testes de  mar, a empresa esclarece que "não poderia ter sido detectado antes" e que  resulta de um "defeito de fabrico de elementos do sistema de comando dos  motores, fornecido pela SIEMENS, que o fabricante se comprometeu a substituir  urgentemente".  

 

   "A construção do navio Atlântida sofreu uma série de alterações necessárias,  quer derivadas das insuficiências do projecto, quer de solicitações do armador",  admitem os ENVC.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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AC

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« Responder #1753 em: Março 14, 2009, 07:34:49 pm »
Citação de: "Lancero"
Problemas de motores, alteração dos projectos... Onde é que eu já ouvi isto?


Isso é perfeitamente comum.
O que não é comum são os ... err... 4? anos de atraso dos NPO.
 

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« Responder #1754 em: Março 14, 2009, 09:10:20 pm »
Quem nao tem capacidade mude de vida... dediquem-se aos botes de borracha... ai pode ser que cumprar os acordos, prazos e dinheiro.
"Aqui na Lusitanea existe um povo que não se governa nem se deixa governar" voz corrente entre os Romanos do Séc. I a.C