Aliança estratégica entre Portugal e Israel

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Rui Elias

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« Responder #45 em: Maio 07, 2004, 03:53:00 pm »
Ricardo Nunes:

digamos que o combate político está-me no sangue, e faz-me uma certa impressão falar-se assim com esta ligeireza de uma máquina de morte de civis desarmados.

Quanto ao jantar, não se preocupe, que eu contento-me com umas imperiais e uns tremoços.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #46 em: Maio 07, 2004, 04:00:35 pm »
Caro Rui, eu não digo que não discuta essas questões, mas por favor faça-o nos topics e secções apropriados.  :wink:

1 grande abraço
Ricardo Nunes
www.forum9gs.net
 

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Guilherme

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« Responder #47 em: Maio 07, 2004, 04:04:02 pm »
Citação de: "JNSA"
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Gostaria de ver 50 Merkava contra 50 Abrams da Arábia Saudita, em um combate simulado, sem os Tornado sauditas ou os F-16 dos kykes para dar apoio.

Bem Guilherme, não me recordo exactamente qual é a versão que os sauditas usam do Abrams, mas ou é o M1A1, ou é o M1A2... De qualquer modo é, de certeza absoluta, uma versão dowgraded, pois pelo menos não tem a blindagem DU.

Não é tão downgraded assim, pois os americanos, quando os sauditas disseram que o Osório havia ganho a concorrência, trataram de retirar as restrições que haviam imposto no M1A1 Abrams.

Citar
Assim, 50 Merkava Mk4 vs 50 Abrams sauditas = 200 sauditas mortos  :wink:

Os sauditas eram muito menos treinados há 20 anos atrás. Estás desconsiderando o investimento massivo em equipamentos e treinamentos que eles fizeram nos últimos 15 anos.

O Merkava Mk4 é muito bom para derrubar casas de palestinos e invadir campos de refugiados.

Army-Technology.com:
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77 M1A2 tanks have been built for the US Army, 315 for Saudi Arabia and 218 for Kuwait.

Citar
The Ministry of Defence plan to manufacture between 50 and 70 Merkava 4 tanks per year and up to 400 tanks may be manufactured, although budgetary constraints put these numbers in doubt.
 

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JNSA

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« Responder #48 em: Maio 07, 2004, 04:19:13 pm »
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Quem falou em mortes? Eu disse que era um combate simulado.

Guilherme, desculpe, li mal o seu post e não percebi que se tratava de um combate simulado  :wink:

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Não é tão downgraded assim, pois os americanos, quando os sauditas disseram que o Osório havia ganho a concorrência, trataram de retirar as restrições que haviam imposto no M1A1 Abrams.

Creio que mesmo assim não autorizaram o uso de blindagem DU nos Abrams sauditas.. e isto faz uma GRANDE diferença...

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Os sauditas eram muito menos treinados há 20 anos atrás. Estás desconsiderando o investimento massivo em equipamentos e treinamentos que eles fizeram nos últimos 15 anos.

Os sauditas não eram brilhantes em matéria de treino há 20 anos, e agora duvido que estejam muito melhor. O problema não é tanto com os soldados e NCO's, mas com os oficiais - não nos podemos esquecer que a maior parte deles tem ligações à família real e às classes dirigentes; usam o exército como uma plataforma política, e por isso, não ligam muito ao treino (os próprios americanos o dizem). Já na guerra dos 6 dias, alguns oficiais egípcios capturados confessaram aos israelitas que poucas manobras de campo faziam... limitavam-se a entregar os relatórios das supostas manobras aos generais  :roll:  Eu também não gosto do que os israelitas fazem aos palestinianos, mas isto não é razão para cascar no material que eles usam.

Por esta ordem de razão, os Super Cobra só são bons para dar cabo de paraplégicos octagenários em cadeiras de rodas... Ou será que o USMC no Iraque discorda?

Também havia muita gente que dizia que o Abrams não devia ser assim tão bom, porque nunca tinha combatido com um adversário à altura... Será que o Raptor deixará de ser bom só porque nos próximos 20 anos não terá um único caça que lhe faça frente?  :roll:

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É, os sauditas devem ser muito mal-treinados mesmo, os EUA nem pensam em atacá-los, mesmo sabendo que eles financiam o Bin Laden e outros terroristas.


Guilherme - os americanos precisam de petróleo; muito do petróleo que eles usam está na Arábia Saudita; uma guerra na zona provocaria uma quebra global no abastecimento e uma crise económica - acha mesmo que eles querem matar a galinha dos ovos de ouro?

Abraços
JNSA
 

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Guilherme

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« Responder #49 em: Maio 07, 2004, 04:23:31 pm »
JNSA, parece que os sauditas possuem o M1A2 e não o M1A1. Se o M1A1 já usa blindagem reativa, imagino que os M1A2 também usem, pois caso os EUA se recusasse a vender, existem alguns outros países que venderiam sem problemas.

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Os sauditas não eram brilhantes em matéria de treino há 20 anos, e agora duvido que estejam muito melhor. O problema não é tanto com os soldados e NCO's, mas com os oficiais - não nos podemos esquecer que a maior parte deles tem ligações à família real e às classes dirigentes; usam o exército como uma plataforma política, e por isso, não ligam muito ao treino (os próprios americanos o dizem). Já na guerra dos 6 dias, alguns oficiais egípcios capturados confessaram aos israelitas que poucas manobras de campo faziam... limitavam-se a entregar os relatórios das supostas manobras aos generais  Salvo raras excepções (o Iraque era uma delas) este é o panorama geral nos exércitos árabes.


Bom, eu li muito a respeito, e pelo que li (garanto que eram fontes confiáveis), os sauditas podem não ter treinamento de um membro da NATO, mas garanto que não são mal-treinados como antigamente.
 

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rjales

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« Responder #50 em: Maio 07, 2004, 05:18:49 pm »
Os M1 americanos usam uma blindagem a base de "uranium appauvri" (não sei dizer em portugues), o que não é o caso dos M1 Sauditas, podem ter a certeza. De qualquer maneira, para arrasar os M1A2 "US Army", bastava os Merkava MkII (canhão 105mm). As munições concebidas em Israel seja 120mm, seja 105mm, têem exelentes cacteristicas. O Merkava foi concebido a base de soluções de bom senso, da experiença de combate.

O M1 foi concebido a base de pressões dos lobbies da industria do armamento americano... Antes da primeira guerra do Golfo ninguem queria aquela sucata, depois é que então alguns se sentiram obrigados de comprar alguns, para agradecer ao grande amigo americano. Eu so queria ver os resultados dos testes na Grecia, Turquia, e Suécia (concursos para compra dum novo carro de combate),... Pelo menos na Suécia bem se viu quem ganhou.

Cumprimentos
 

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JNSA

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« Responder #51 em: Maio 07, 2004, 05:21:44 pm »
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Os M1 americanos usam uma blindagem a base de "uranium appauvri" (não sei dizer em portugues), o que não é o caso dos M1 Sauditas, podem ter a certeza.


Obrigado pela informação, rjales - já agora uranium appauvri quer dizer urânio empobrecido (em inglês DU ou depleted uranium...)  :wink:
 

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Guilherme

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« Responder #52 em: Maio 07, 2004, 05:28:06 pm »
Mas não existe só blindagem de DU, existem outros tipos de blindagem especial também. Vocês dizem "pode ter certeza", mas não mostram nenhuma informação concreta.

Merkava MkII arrasa M1A2 do US Army? Gostei da piada.
 

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JNSA

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« Responder #53 em: Maio 07, 2004, 06:15:58 pm »
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Mas não existe só blindagem de DU, existem outros tipos de blindagem especial também. Vocês dizem "pode ter certeza", mas não mostram nenhuma informação concreta.

Guilherme, estive a vericar e o exército saudita usa quer os M1A1, quer os M1A2. Segundo o site army-technology.com os M1A2 sauditas usam a "export armour package". Não é explicado neste site (eu já li isto em qualquer lado, é só uma questão de encontrar...), mas isto quer dizer que a sua blindagem é provavelmente o sistema Chobam original, sem o DU (que os americanos não disponibilizam para exportação) - assim, o M1A2 saudita é provavelmente inferior, quer ao M1A2 usado pelos americanos, quer ao M1A1HA (Heavy Armor) concebido para a 1ª guerra do Golfo.

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Merkava MkII arrasa M1A2 do US Army? Gostei da piada.


Quanto a isto, foi o rjales que o disse, não eu  :roll:
 

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Guilherme

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« Responder #54 em: Maio 07, 2004, 06:18:42 pm »
Sim, foi ele que disse, e não tu, JNSA. De fato, pareceu-me exagerado também.
 

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Spectral

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« Responder #55 em: Maio 07, 2004, 06:19:48 pm »
Citar
Não sei é se a aviação de Israel não terá dado uma "mãozinha" aos Mekava.


Apenas tanque contra tanque ( a força aérea israelita estava muito a destruir a força aérea síria).

E por amor de Deus, eu tb sou contrário às políticas actuais de Israel, mas será que é preciso estar sempre a repetir a mesma coisa, e a inundar todos os"threads" com o mesmo tipo de mensagens  :wink: ), ao standard normal, excepto a blindagem de DU, mas têm uma "export armour package" extra como é dito em

http://www.army-technology.com/projects/abrams/abrams2.html
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O Merkava mk4 será mais ou menos equivalente ao M1A2, pelo que eu diria que o factor decisivo serão as tácticas e o treino. Apesar dos melhoramentos recentes sauditas nestas áreas, Israel continua a possuir aqui uma vantagem decisiva.

*: por outro lado, equipamentos como o f15S foram realmente exportados na "monkey version" ( a este falta-lhe o modo SAR do radar, essencial no perfil de missões do F15S)  :D
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Fábio G.

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« Responder #56 em: Maio 07, 2004, 11:32:22 pm »
Merkava IV em perigo ???

"Fuerzas Armadas del Mundo"

" Os planos de recorte do orçamento em Israel incluem a
suspenção do desenvolvimento do programa do carro de
combate Merkava IV. Esta suspenção significaria uma pou-
pança de 400M $ ao ano. O Chefe do Estado Maior da Defesa
, Tenente General Moshe Ya´alon e o Comando das Forças
Terrestres opõem-se a tal redução de orçamento que , em
geral, propõe um recorte de mais de 600M $ para 2004 e
uma quantidade maior para o orçamento de 2005. "
 

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Fábio G.

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« Responder #57 em: Maio 09, 2004, 02:57:37 am »
Novos carros M1A1 para o Egipto.

"FAM del Mundo"

"Egipto começou a produção no pais do novo lote de carros de combate
M1A1 Abrams. O projecto foi dirigido pela empresa General Dynamics
Land systems e eleva o numero de carros deste modelo entregues ao
pais a 880 unidades. As entregas dos primeiros exemplares deste
novo lote começarão em 2005."  

É uma excelente força de tanques, 880 M1A1  :shock: .
 

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rjales

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« Responder #58 em: Maio 10, 2004, 08:42:47 am »
Citar
Merkava MkII arrasa M1A2 do US Army? Gostei da piada.

Sim é exagerado, mas olhe que... :wink:
 

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papatango

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« Responder #59 em: Maio 10, 2004, 10:57:48 am »
Portugal nunca teve relações preferênciais com Israel, no entanto recordo-me de uma curiosidade.

Em 1973, Israel foi atacado pelos árabes, na famosa guerra do Yom Kipur.

Portugal, onde na altura era presidente do Concelho de Ministros, Marcelo Cetano, sofreu um Ultimatum dos americanos, no sentido de deixar passar os  aviões americanos com equipamentos, peças e munições  que estavam a ser necessários para Israel sobreviver.

A ponte aérea, que não poderia passar por nenhum país europeu porque todos eles, sem excepção se recusaram a ajudar. Só restava Portugal e naturalmente os Açores.

O governo português tentou utilizar a autorização como moeda de troca, por causa do embargo americano a Portugal, para obter armas.

Portugal sabia que o PAIGC e a Guiné Konakri tinham já mais ou menos operacionais, aviões MIG e nós não podiamos combater contra um MIG com FIAT-G91.

Assim, Portugal pediu misseis Hawk e Redeye.

A ponte aérea acabou sendo autorizada e os Estados Unidos continuaram a recusar fornecer os misseis.

No entanto, pela porta do cavalo, os Estados Unidos organizaram um plano em que forneceriam misseis a Portugal, via Israel. Portanto, Israel forneceria (e forneceu) misseis Redeye.

Os Redeye enviados dos stocks de Israel, já estavam em transito na Alemanha, quando ocorreu o 25 de Abril de 1974, não tendo posteriormente sido entregues.

Não tenho conhecimento de algum desenvolvimento sobre os misseis Hawk.

Uma das vantagens obtidas por Portugal junto dos americanos foi um memorando - creio que do departamento de estado - em que se afirma que os Estados Unidos não reconhecerão a Guiné, porque consideram que nenhum dos requesitos necessários para o reconhecimento por parte dos E.U. se verifica na Guiné.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...