Técnicamente é possível às Vasco da Gama disparar mísseis ESSM.
A vantagem dos ESSM é a sua velocidade e manobrabilidade e em teoria o alcance, que embora oficialmente seja pouco superior ao dos Seasparrow, parece ser de facto superior.
Porém, os navios equipados com ESSM, juntam essa vantagem, à possibilidade de responder a ataques de saturação e a ataques de mísseis anti-navio disparados desde terra.
Nem as Vasco da Gama nem as Karel Doorman, estão em condições de responder a esse tipo de ameaça.
Lembro que mesmo a Holanda, antes de optar pelos contra-torpedeiros LCF, tinha planos para colocar o radar APAR nas duas "J.V. Heemsckerk"que foram para o Chile, mas as fragatas eram demasiado pequenas para o peso daquele radar, por causa da altura mínima a que precisavam de estar para que o radar fosse eficaz.
Ora, sem um radar com capacidade para guiar simultaneamente vários mísseis, não adianta instalar novos mísseis quer nas Vasco da Gama quer nas Karel Doorman.
Há no entanto duas possibilidades:
1 - O futuro radar australiano CEA-FAR
2 - O radar SEAPAR que os italianos estão a desenvolver e que também pode em principio ser suficientemente leve para colocar numa fragata tipo "Meko" ou tipo "M".
Qualquer destes sistemas tem capacidade para guiar simultaneamente até 12 mísseis anti-aéreos.
Lembro que as Vasco da Gama ou as Karel Doorman, podem guiar 2 (dois).
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A questão dos radares também se prende com a questão dos canhões de maior calibre.
Os radares mais modernos estão a ser optimizados para a utilização em áreas terrestres.
Exemplo: Um navio de defesa aérea moderno, poderá ter capacidade para se responsabilizar pela defesa aérea de Lisboa, se estiver fundeado no Tejo, porque os radares são muito mais sofisticados e conseguem identificar mesmo mísseis razantes voando a baixa altitude sobre terra.
Sem este tipo de radares, de pouco adianta aumentar a capacidade de tiro das Vasco da Gama ou das Karel Doorman, porque os canhões estariam neste caso quase cegos.
Por tudo isto acho que a melhor opção é não fazer nada, «pelo menos por enquanto».
Além disto, lembro que pelas informações que tenho, as Karel Doorman para o Chile não foram fornecidas com o Goalkeeper, porque os holandeses retiraram-no dos dois navios para equipar o novo LPD.
Cumprimentos.