Só para esclarecer:
Evidentemente que eu falava de 25.000.000 de falantes de castelhano na Europa, e como lingua materna.
As razões são obvias: A redução da população (que também afecta o português), mas acima de tudo a questão do nacionalismo cataão que acabará por influenciar quer Valência quer as Baleares. Também a lingua basca acabará por se afirmar.
Qualquer destes movimentos afirma-se por razões politicas e étnicas e não por movimentos naturais de evolução da língua.
O português na Europa também não está exactamente a crescer. Deverá ser falado por uns 12.000.000 a 12.500.000 de pessoas, e isto por causa dos imigrantes, e dentro de 50 anos poderá estar reduzido a 10.000.000 / 11.000.000.
O Catalão, se se implantar e desenvolver andará pelos 8.000.000 / 9.000.000 de aqui a 50 anos.
Baseio-me em parte de um estudo publicado no ano 2000 com dados de várias organizações internacionais, como UNSO (U.N. Stat.Office) UNFPA (UN Population Fund) e outros.
As linguas na peninsula ficarão mais ou menos distribuidas assim:
Castelhano: 23,0 - 25,0 milhões
Catalão/Valenciano 8,0 - 9,0 milhões
Basco 1,5 - 2,0 milhões
Galego: 1 a 1,5 milhão
Árabe: 7,0 a 9,0 milhões
Português: 8,0 a 9,0 milhões
É claro que isto são previsões e as previsões não têm que se concretizar, desde que as razões que estiveram na sua origem deixem de se verificar, mas como ponto de referência é interessante.
O mesmo estudo, afirma que em África, haverá 90 milhões de falantes de português e na América do Sul, cerca de 200 milhões.
Na Europa e em alguns países da America do Sul e central, a população não tenderá a crescer tão depressa, e essa é a razão de a taxa de crescimento do português ser superior à do castelhano.
O Português será falado por aproximadamente 300 milhões de pessoas (+50%) e o castelhano por 450 milhões (+ 35%)
De notar que o português tem uma base bastante mais pequena, pelo que é natural ter um crescimento proporcionalmente maior.
E claro, estes dados já podem estar desactualizados.
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A questão da língua é engraçada, porque é um dos campos em que a comparação nos é mais favorável, embora nem Portugal nem a Espanha tenham grande coisa a ver com o desenvolvimento da lingua, dado esse desenvolvimento ocorrer fora dos respectivos países.
Aliás, não fosse o já tradicional (e um pouco ridiculo

) Tontospanholismo qualquer pessoa entenderia que curiosmanete, pelas razões já aqui apresentadas (os portugueses entendem o castelhano com alguma facilidade) o português é a lingua com mais facilidade em resistir à presão linguistica do castelhano. O Castelhano até pode avançar nos Estados Unidos, mas quando está em confronto directo com o português (na fronteira do Brasil) a pressão demográfica brasileira faz sempre pender a balança em favor do português.
Mas é preciso dizer que mesmo ali, ocorre o mesmo fenomeno. Como as pessoas entendem a lingua, isso funciona como um desmotivador.
Há no entanto um factor engraçado:
Nós (e os brasileiros também) temos mais facilidade em entender a lingua que eles, e por isso haverá mais pressão para a aprendizagem por parte nos castelhano-falantes, se não quiserem ficar de fora do maior mercado da américa latina.
Cumprimentos