Saudações guerreiras
Uma das principais preocupações dos iberistas portugueses tem sido, mesmo, afirmar, que Portugal, como estado independente na Península Ibérica, foi um erro histórico ou tem sido um, erro histórico. Como sou burro, não consigo lá chegar. Como cada cabeça sua sentença eu, mesmo, que assumidamente burro seja, atrevendo-me a morrer ao formular um pensamento sobre a matéria.
A questão é que não consigo cometer tal acto tresloucado que é o suicídio, porque antes fico com muitas dores de cabeça para entender tal corrente filosófica emanando a mais pura e cristalina razão, para tal procedimento.
Á falta de razão que assiste ao burro, só lhes resta o instinto de sobrevivência. E foi isso que salvou o burro. A natureza tem destas coisas. Não é para entender, é mesmo assim. Bem-haja o burro que nunca agiu contra-natura., o pensamento que neste caso seria o seu suicídio.
Infelizmente tenho que concordar com vocês que afirmam que o iberismo é uma traição á pátria e a mais perigosa aos interesses legítimos e que só a ele pertence, o Portugal de hoje e do amanhã. É uma capitulação consentida àqueles que nunca tiveram respeito pelos portugueses e também pela sua atitude imperialista “bacocamente” disfarçada perante este país. Espanha que continua a negar a Portugal as mesmas condições que nós lhes oferecemos aqui em Portugal.
Iberismo não é mais que um bairrismo betinho de meia-tigela e que espremido nada deita, ou seja, gente cínica. Não me recuso a chamar burro quando o for, agora não gosto é que façam de mim burro; que em meu nome me obriguem a ser aquilo que não quero mas que, acima de tudo, não o sei ser; que em meu nome defraudem aquilo que eu quero ser, um cidadão do mundo.
A afirmação do iberismo é, para mim, como se estivesse a passar um verdadeiro atestado de incompetência e inviabilidade aos portugueses para o presente e para o futuro e a tentar eliminar subtilmente uma existência, uma memória, que não deve nada a ninguém a não ser aos próprios portugueses, claro.
Não me importarei de ser ibérico, não me importarei de ser espanhol no dia em que o rei de Espanha aceitar dizer que é português de alma e coração. Só assim é que eu aceitarei ser ibérico e ou espanhol. O resto é lixo e muito pasto para “hienas” e “ratos de porão”, juntamente com outros “bichos-do-mato” com conotação pouco nobre.
Esses tipos só devem conseguir arranjar trabalho deste lado a fronteira, porque senão não teriam onde cair mortos. Querem reescrever a história como se fosse reinventar a roda. Patético, isso sim. Já que a questão política é a principal e a que mais difícil é de contornar há que dar a volta por outras maneiras. É por isso que a questão económica é de importância capital.
Assim relativiza-se mais a questão política, já que esta, na prática, não interessa muito e pode condicionar mais o crescente poder económico de Espanha que foi sempre superior, mas que assume contornos de perigosidade para Portugal por causa da sua efectiva dependência que se acentua ainda mais.
Como referi, há muitas maneiras de se matarem pulgas.
Cumprimentos