Absolutamente de acordo.
Se há coisa que nos caracteriza, é que nunca tivemos problemas em aceitar ser comandados por estrangeiros, quando se trata de defender Portugal.
E uma coisa que caracterizou os Ingleses, por onde quer que passaram, é que adoram povos subservientes, aos quais dizem, "Vocês são quase tão bons como nós! já viram a vossa sorte? " e os pobre coitados ficam numa euforia, indo prontamente dizer aos vizinhos, "Vocês são muito piores do que nós, sim, porque nós somos QUASE Ingleses !".
Ah que orgulho.
Por essa lógica, nomeadamente quando soldados Portugueses comandados por oficiais Espanhois, deram uma recepção amigável , ao Francis Drake, em 1589, quando tentava tomar Lisboa, após semear a desgraça por onde passou.
Os "Amigos" de Peniche.
http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=13442a Armada Inglesa de 1589.
http://www.people.fas.harvard.edu/~ulm/ ... armada.htmContudo, é a sua opinião. Mas parece-me uma frase um pouco superlativa e determinista para descrever 900 anos de história.
Isso aliás é reconhecido por muitos ingleses, no que respeita à guerra peninsular, em que afirmam que os portugueses tinham um notável espirito prático, e estavam mais interessados em expulsar os franceses, que com questiunculas politicas.
Isso do espírito prático tem dois lados. É certo que os Caçadores Portugueses combatiam em formação irregular (o que não foi própriamente uma inovação), também há vários oficiais que dizem que os soldados portugueses eram bem mais disciplinados, precisamente por estarem a defender a sua terra. os soldados ingleses que vieram ajudar,eram indisciplinados, e também ajudaram a saquear e a destruir propriedade portuguesa.
Portanto, o elogio para o pobrezinho, condescendente, ás vezes esconde outra realidade.
A verdade é que o grosso dos estragos foi provocado pela constante guerrilha espanhola. A "ajuda" dos Ingleses apenas acelerou a guerra, já que por essa altura, Napoleão estava prestes a perder o seu Grand Armée na Rússia. Os Franceses estavam condenados á partida.
Portugal foi ameaçado duplamente, pelos Franceses, para participar no bloqueio continental, e pelos Ingleses pelo motivo oposto.
Pelo que encaro elogios e comentários da época, por parte de indivíduos duma nação que nos chantageou, não me impressionam mínimamente.
A suposição de soldados de infantaria discutirem política,
é suposto ser uma excepção? Política? A maioria não sabia ler nem escrever.
= = = =
Pantera:
Há uma notavel diferença entre o federalismo europeu e o "iberismo"
São coisas com origens muito diferentes. O federalismo (que eu não defendo) é menos perigoso, porque não implica - por causa da dimensão da Europa, qualquer forma de uniformização cultural e étnica.
Pura e simplesmente isso seria impossível, porque não existe nenhuma etnia europeia dominante.
Está-se a referir á definição antiga, sabe perfeitamente que a possibilidade de uma união de facto de Portugal com Espanha nós próximos 100 anos é 0. Tão provável como a China anexar a Rússia, ou os Estados Unidos anexarem o Brasil. É pura e simplesmente impossível.
Pelo que recear uma coisa impossível, é perder tempo.
Qual a probabilidade da Capital de Portugal ser mudada para Viseu ou para Bragança? O Receo do Iberismo, como união política de Portugal e Espanha, é uma infantilidade. Quase tão infantil como debater a Invasão de Olivença. As pessoas deviam meter na cabeça uma coisa, Portugal não é uma super-potência, nem sequer uma potência, nem sequer uma micro-potência. Portugal É a ausência de potência.
Primeiro preocupemo-nos em como tornar Portugal poderoso, e depois logo se resolve o resto. Tudo com o catálogo do Mercedes na mão,a escolher as opções, quando nem dinheiro temos para comprar uma lambreta.
Chega de ilusões!
Iberismo, da forma como é discutido actualmente, somente significa um projecto estratégico económico, tal como o é a União Europeia até á data. O Reino Unido pertence á União Europeia, e também á Commonwealth.
Já o iberismo tem razões de ser muito diferentes, e tem na sua origem o sonho castelhano de criar um país que se reja pelas regras, usos, lingua e costumes dos castelhanos.
Claro, e o nosso Rei D. Afonso V também teve esse sonho, de criar um país que se regesse pelas regras, usos, língua e costumes, dos Portugueses!
Só que depois aconteceu a Batalha de Toro, e o seu descendente D. João II, teve a visão de prosseguir as expedições além mar, em vez de perder tempo com guerras intermináveis.
Assim os Europeus entretiam-se, matando-se uns aos outros, enquanto os Portugueses chegavam á Índia, Malásia, China, Japão, e Portugal enriquecia tornando-se aí sim, uma potência.
Mas eu compreendo a obsessão por Aljubarrota, afinal de contas, pouco se ensina sobre as aventuras dos Portugueses na Ásia, bem mais épicas e heroícas, do que qualquer batalha. É um século inteiro contado em nota de rodapé. Já para nem falar no buraco negro que é o Periodo Filipino, é como se não tivesse existido, de 1580 directamente para 1640.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_V_de_PortugalPortanto, enquanto que o Federalismo é muito mais parecido com o império romano, em que as características de cada provincia de Roma eram mantidas, o ibérismo tem na sua genese um desejo imperial uniformizador, que implica a nossa destruição como país, porque a nossa
existência entra em contradição com os designios do império.
Que disparate. nem sei se tem noção do que acaba de escrever.
Portanto o Império Romano, não tem na sua génese um desejo Imperial?
características de cada província mantidas? Mas afinal estamos a falar em que língua? Tartéssico? Poucas culturas no mundo, provocaram uma assimilação tão brutal como a do Império Romano, trazendo coisas novas mudando radicalmente todos os costumes, e impondo regras. Pode parecer duro, mas naquela época a alternativa não era muito melhor, nomeadamente extermínio de populações civis. Pelo que os Romanos, com os seus Imperialismos, pelo menos asseguravam alguma ordem, em oposição a guerras tribais sem fim.
A lógica Romana é a Assimilação levada ao extremo.
E como consequência, a Língua Portuguesa é a língua mais próxima do Latim, em termos de vocabulário.
Uma cooperação interessante seria um Grupo de Países Ibero-Americanos, englobando também os Palops para estreitamento de relações comerciais, e se se conseguisse convencer a Itália ,Grécia a aderir tanto melhor. Quanto mais o centro de poder se desviar para o Sul, mais Portugal tem a ganhar com isso. E até para acções concertadas na UE, senão continua esta novela do eixo Franco-Alemão a ditar os destinos da Europa.
Tenho notado que alguns Lisboetas com quem contactei pessoalmente têm um certo complexo de inferioridade em relação a Madrid. Este sentimento no Porto é inexistente.
Da minha parte desejo todo o sucesso a Espanha. E que ajude a quebrar um certo mito, criado por propaganda, de que os Latinos são seres genéticamente/culturalmente inferiores.