Iberismo e a dissolução de Portugal: ameaça real

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Iris-t

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« Responder #705 em: Janeiro 08, 2008, 11:04:03 pm »
Citação de: "papatango"
Você pode ter a ideia que quiser sobre Portugal e sobre os portugueses, o que não pode é fazer figuras tristes com afirmações tontas, que são apenas resultado do seu desconhecimento. Nós fazemos todos os possíveis para evitar que os espanhóis façam figuras tristes...

Se você acaba de dizer que não houve sequer a TVE, na TV3 ou TV5 ou lá o que é não passam notícias sobre Portugal, ficamos a saber qual será a qualidade e a quantidade de informações em que se baseiam as suas opiniões sobre o país.

Portanto, o melhor é poupar-nos pois nos somos mais que capazes de nos criticarmos a nós próprios, muito mais que qualquer espanhol alguma vez será capaz de fazer.

Respeitiosios cumprimientios


A veo que molesta que se critique a tú país, y además le puedo decir que lo entiendo, pues harían bien algunos en este foro, en leer lo que usted ha escrito, y aplicarse su argumento dejar de hacer figuras tristes com afirmações tontas, desde el más absoluto desconocimiento de otro país, buen consejo les da.

Respeitiosios cumprimientios
 

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HELLAS

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« Responder #706 em: Fevereiro 20, 2008, 07:37:13 pm »
http://www.hoy.es/prensa/20070305/regio ... 70305.html

Olhem esta entrevista e digam a vossa opinao. Eu acho que é muito coherente e realista. Na pregunta sobre o iberismo estou totalmente de acordo.
 

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HELLAS

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« Responder #707 em: Fevereiro 20, 2008, 07:47:24 pm »
Da mesma maneira olhem este escrito. Como podem ver estou navegando a ver escritos ou opinoes das relaçoes entre os dois paises.
http://www.almendron.com/tribuna/?p=11803
É possivel que como nao tem nada de polemico este post as respostas sejam poucas ou nenhuma, mas entendo vendo ca segun que coisas.
 

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Roque

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« Responder #708 em: Fevereiro 20, 2008, 11:05:54 pm »
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-Aquí la gente cuando quiere resultar simpática en Portugal propone el iberismo, y en Portugal es todo lo contrario, porque provoca una sensación de imposición. Nosotros hablamos de iberismo como amistad y cooperación y ellos lo ven con toda la carga histórica negativa.No tiene sentido, como dijo Jorge Sampaio en la conferencia de Aula HOY. Hay que partir de dos identidades políticas diferentes, que pueden cooperar. Se difundió esa encuesta de una revista nueva que decía que el 30% de los portugueses querrían ser españoles. Pero no es verdad. Esa es una reacción lógica ante una situación de crisis económica y ante una pregunta hecha con inteligencia para sacar un resultado que impacte.


Estou compleamente de acuerdo. A palabra iberismo ten connotacións completamente distintas en Espanha e Portugal. O que para nos é unha man tendida para os portugueses é un insulto a sua nación polo que vexo no foro.
 

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PereiraMarques

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« Responder #709 em: Março 03, 2008, 11:03:34 pm »
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Comunistas atentos à 'deriva' de Saramago

Saramago decidiu apoiar a reeleição de Zapatero
Estabelecido na ilha espanhola de Lanzarote, o Prémio Nobel português aderiu à Plataforma de Apoio a Zapatero (PAZ), o líder do PSOE que se recandidata a um novo mandato, uma opção política estranha para quem é dos mais distintos militante de base do PCP há várias décadas.

O alinhamento do Nobel com a PAZ mereceu no blogue www.resistir.info - próximo dos sectores intelectuais comunistas portugueses - um texto de Cristóbal Garcia Vera com o título de "A discreta deriva de José Saramago para a outra margem". Um artigo em que se ataca directamente a posição de Saramago lembrando que ele "está consciente de que o executivo de José Luís Rodríguez Zapatero, apesar de haver retirado as tropas espanholas do Iraque, foi um fiel aliado dos EUA na sua guerra global contra o terrorismo. Assim, o exército espanhol não só se manteve no Afeganistão ocupado como também o Governo aumentou o número de soldados destinados a este país".

Para o articulista espanhol, José Saramago " também é consciente - ou deveria sê-lo - de que, durante o mandato de José Luís Rodríguez Zapatero, o conjunto da cidadania esteve longe de notar essa melhoria do bem-estar a que se referem seus acomodados correligionários de PAZ".

Mais, segundo o crítico de Saramago: "Num período de espectacular crescimento económico, no qual os bancos e as multinacionais espanholas não cessaram de romper recordes de lucros, o salário médio real dos trabalhadores diminuiu. O enriquecimento dos especuladores do tijolo, tão favorecidos na etapa de Zapatero como na de José María Aznar, continuou a aumentar o preço das habitações até convertê-las num privilégio ao qual não podem aceder milhões de pessoas. E a saúde e a educação pública continuam a estar subdotadas."

Mas, frisa o texto, a decisão de Saramago de aderir à campanha de apoio a Zapatero não deveria surpreender aqueles que seguiram sua trajectória durante os últimos anos. "Com a injustificada vénia que costuma conceder-se aos ícones da esquerda, o escritor português tem protagonizado um paulatino processo de direitização, com episódios especialmente infelizes", denuncia Cristóbal Garcia Vera.

Exemplo disso, lembra "o seu decidido posicionamento junto ao grupo PRISA numa das suas mais agressivas campanhas contra o Governo cubano ou sua desqualificação da guerrilha colombiana das FARC como meros bandos armados, provocaram as primeiras críticas isoladas contra o Nobel português".

Mas, frisa, "maior desconcerto gerou o panegírico que José Saramago dedicou a Jesús de Polanco, após a morte daquele que foi dono do império mediático que publica seus livros. Participando num lugar destacado na homenagem prestada em El País a este tubarão da comunicação, Saramago recordava o magnata como 'um cavalheiro... e a mais delicada e afável das pessoas que posso recordar neste momento'".


Estas posições dissonantes de José Saramago face às opções do PCP pouco têm sido discutidas em Portugal, referiu ao DN Eugénio Rosa, deputado do PCP durante o período em que se discute o Orçamento de Estado, que é outro dos colaboradores regulares no www.resistir.info.

Eugénio Rosa considera que este "alheamento" às posição de José Saramago por parte dos militantes do PCP se fica a dever ao facto daquele ser "um mero militante de base que há muitos anos optou por viver em Espanha". Mesmo assim, este economista do PCP frisa que, enquanto "o PS e o executivo de José Sócrates estão marcadamente pelas correntes liberais, o PSOE integra-se mais nas doutrinas sociais-democratas".

Segundo Eugénio Rosa, o executivo de Zapatero demonstrou desde sempre preocupações sociais que "atenuam" os problemas dos que são economicamente mais débeis. Ou seja, Zapatero tem uma política "diferente da de Sócrates que só em fase de preparação das legislativas é que se lembrou de dar, ainda que muito timidamente, alguma atenção às políticas sociais". Mas apesar das diferenças entre os dois PS ibéricos, Eugénio Rosa deixa bem claro que a sua posição pessoal - mesmo que vivesse em Espanha - nunca seria semelhante à de Saramago.


Fonte: http://dn.sapo.pt/2008/03/03/nacional/c ... amago.html
 

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tsumetomo

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« Responder #710 em: Março 03, 2008, 11:59:46 pm »
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Comunistas atentos à 'deriva' de Saramago
Pelos vistos um "cão velho"* ainda consegue aprender truques novos. Talvez ainda haja esperança para os poucos comunistas que restam espalhados por esse mundo fora.

*sem desfazer a admiração literária que tenho por ele
 

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zecouves

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« Responder #711 em: Março 19, 2008, 12:35:18 pm »
Excerto de um artigo de opinião do Márocas: http://dn.sapo.pt/2008/03/18/opiniao/ci ... epois.html

Acho que o acordo não chegou a concretizar-se. Infelizmente. Não sei bem porquê. Mas dessa noite - e da nossa conversa - ficou-me uma recordação indelével. Lembro-me que referiu e mostrou um velho relatório que encontrou nos seus arquivos, de um espião de Felipe II de Espanha, que assistira à batalha de Alcácer-Quibir e que assinalava ao Rei que D. Sebastião não tinha morrido e fugira. Lembrei-me de um grande romance de Aquilino Ribeiro - de pura ficção, Aventura Maravilhosa , que narra a fuga de D. Sebastião, depois da batalha, até chegar, após imensas peripécias, ao Escorial, para reclamar o trono ao seu tio Felipe II. Que o reconheceu e o mandou matar.

Será que os sebastianistas teriam alguma razão ao afirmar, naqueles tempos, que D. Sebastião não morrera em Alcácer-Quibir?! Eis um enigma que alimenta há séculos a nossa História e a imaginação de muitos portugueses.
 

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PedroM

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« Responder #712 em: Abril 09, 2008, 10:54:25 pm »
Esta é a 1ª vez que participo neste forum. A minha formação não é militar, fiz o antigo SMO, mas interesso-me por muitas das questões aqui abordadas e como tal gostaria de participar nestes debates.
Começo por este tema que tem muito de actual, pelo menos para nós portugueses.

Em minha opinião o iberismo não é, de momento, uma ameaça à independência nacional e o mesmo digo olhando para o futuro e "tanto quanto a vista permite alcançar".
Ao contrario do que se pensa a integração económica ibérica não é excessiva, embora seja desigual. Isso contudo é normal entre países vizinhos de economias de mercado, quando uma das economias é mais forte que a outra. Para quem acha excessiva a presença espanhola em Portugal, lembro que a integração económica e o desiquilibrio das respectivas relações económicas é muito maior, por exemplo, entre os EUA e o Canadá, a Alemanha e a Dinamarca ou o reino Unido e a Irlanda, e não creio que os canadianos queiram ser americanos, os dinamarqueses alemães ou os irlandeses ingleses.
O que se passa é que o ritmo dessa integração tem sido muito forte, porque se partiu de uma base muito baixa. Antes da integração na UE as relações económicas entre Portugal e Espanha eram absurdamente fracas para dois países vizinhos. Tem sido o ritmo dessa expansão e a novidade que ela constitui que transmite a muita gente a noção de um perigo que, creio, não existe.
Se quanto à economia não vejo problemas, o que me deixa tranquilo quanto ao iberismo não constituir uma ameaça é o simples facto dos portugueses não quererem ser espanhois. Pois é... creio que isso é o maior seguro que nós temos. Espanha é um país maior e mais rico e nas comparações que façamos, em quase todas ficamos a perder. Constatamos isso nas nossas conversas, na nossa imprensa, em todo o lado onde esta temática seja abordada. Constatamos isso até com alguma inveja, mas apesar disso não queremos ser espanhóis e isso creio que põe um ponto final na questão.
Para além da questão económica outra situação é recorrentemente apontada como susceptível de por em causa a soberania nacional. Refiro-me ao facto de ambos os países pertencerem às mesmas alianças economicas (UE) e militares (NATO) e por essa via se diluir a a especificidade do país mais pequeno e menos poderoso. Aqui cabe lembrar que Portugal tem uma presença atlântica maior que a Espanha, por "culpa" dos Açores, e relações previlegiadas com Africa (PALOP) e o Brasil. A Espanha tem outros "trunfos" e talvez mais poderosos, mas nós temos estes que são muito fortes.
Finalmente os mais receosos dirão que ainda há em Espanha, nos meios políticos e militares, quem pense que a formação de Portugal é um acidente histórico que deve ser corrigido logo que possível. Dado que Portugal tem quase 900 anos de história, esta tese tem algo de engraçado.
Permitam-me um exemplo: é como se um casal não planeasse ter filhos, mas por "acidente" a senhora engravida. O casal fala e resolve levar a gravidez por diante. É natural que quando falam do que acabou de acontecer se refiram ao assunto como "acidente"... mas será que uma vez nascida a criança, depois de ela ir à escola, se casar e por sua vez ter filhos, se vão continuar a referir ao filho como "acidente"? É claro que não!... Pois é um bocado o que se passa com a tese do Portugal = Acidente histórico! Além de que a esta luz se poderá considerar a unificação de Espanha também um acidente histórico, dado que é muito posterior à fundação de Portugal.
Além do mais enquanto houver um regime democrático no país vizinho é impensável uma agressão armada a Portugal. Os espanhóis não aceitariam isso. É um cenário de ficção. Se por alguma calamidade histórica em Espanha se instalasse uma ditadura, aí uma agressão poderá ser possível. Mas para além das possíveis reacções internacionais, creio que se é verdade que a Espanha nos pode derrotar militarmente, ela não é suficientemente forte, nem do ponto de vista militar nem do ponto de vista demográfico, para ocupar o nosso país por um prolongado período de tempo, e enfrentar uma guerra de guerrilha, com as consequentes perdas humanas e declínio económico. Isto para além dos problemas internos que enfrentaria... por quanto tempo por exemplo catalães, bascos ou galegos estariam dispostos a ver os seus soldados morrer aqui?
Terminando (finalmente!!!) Portugal e Espanha são 2 países amigos com tudo a ganhar em manter relações fortes e abertas. Depois de séculos de costas voltadas podemos caminhar lado a lado sem medos nem complexos, continuando portugueses os deste lado da fronteira.
Obrigado pela v/ paciência.
 

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Xô Valente

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« Responder #713 em: Abril 10, 2008, 06:13:44 pm »
:nice:
E não devemos ter aquele "ódio" pelos espanhóis e por Espanha, até pelo que vi, os espanhóis gostam de Portugal e gostam desta relação amistosa conosco.
Cumprimentos.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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HELLAS

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« Responder #714 em: Abril 12, 2008, 11:00:03 pm »
Citação de: "PedroM"
Esta é a 1ª vez que participo neste forum. A minha formação não é militar, fiz o antigo SMO, mas interesso-me por muitas das questões aqui abordadas e como tal gostaria de participar nestes debates.
Começo por este tema que tem muito de actual, pelo menos para nós portugueses.

Em minha opinião o iberismo não é, de momento, uma ameaça à independência nacional e o mesmo digo olhando para o futuro e "tanto quanto a vista permite alcançar".
Ao contrario do que se pensa a integração económica ibérica não é excessiva, embora seja desigual. Isso contudo é normal entre países vizinhos de economias de mercado, quando uma das economias é mais forte que a outra. Para quem acha excessiva a presença espanhola em Portugal, lembro que a integração económica e o desiquilibrio das respectivas relações económicas é muito maior, por exemplo, entre os EUA e o Canadá, a Alemanha e a Dinamarca ou o reino Unido e a Irlanda, e não creio que os canadianos queiram ser americanos, os dinamarqueses alemães ou os irlandeses ingleses.
O que se passa é que o ritmo dessa integração tem sido muito forte, porque se partiu de uma base muito baixa. Antes da integração na UE as relações económicas entre Portugal e Espanha eram absurdamente fracas para dois países vizinhos. Tem sido o ritmo dessa expansão e a novidade que ela constitui que transmite a muita gente a noção de um perigo que, creio, não existe.
Se quanto à economia não vejo problemas, o que me deixa tranquilo quanto ao iberismo não constituir uma ameaça é o simples facto dos portugueses não quererem ser espanhois. Pois é... creio que isso é o maior seguro que nós temos. Espanha é um país maior e mais rico e nas comparações que façamos, em quase todas ficamos a perder. Constatamos isso nas nossas conversas, na nossa imprensa, em todo o lado onde esta temática seja abordada. Constatamos isso até com alguma inveja, mas apesar disso não queremos ser espanhóis e isso creio que põe um ponto final na questão.
Para além da questão económica outra situação é recorrentemente apontada como susceptível de por em causa a soberania nacional. Refiro-me ao facto de ambos os países pertencerem às mesmas alianças economicas (UE) e militares (NATO) e por essa via se diluir a a especificidade do país mais pequeno e menos poderoso. Aqui cabe lembrar que Portugal tem uma presença atlântica maior que a Espanha, por "culpa" dos Açores, e relações previlegiadas com Africa (PALOP) e o Brasil. A Espanha tem outros "trunfos" e talvez mais poderosos, mas nós temos estes que são muito fortes.
Finalmente os mais receosos dirão que ainda há em Espanha, nos meios políticos e militares, quem pense que a formação de Portugal é um acidente histórico que deve ser corrigido logo que possível. Dado que Portugal tem quase 900 anos de história, esta tese tem algo de engraçado.
Permitam-me um exemplo: é como se um casal não planeasse ter filhos, mas por "acidente" a senhora engravida. O casal fala e resolve levar a gravidez por diante. É natural que quando falam do que acabou de acontecer se refiram ao assunto como "acidente"... mas será que uma vez nascida a criança, depois de ela ir à escola, se casar e por sua vez ter filhos, se vão continuar a referir ao filho como "acidente"? É claro que não!... Pois é um bocado o que se passa com a tese do Portugal = Acidente histórico! Além de que a esta luz se poderá considerar a unificação de Espanha também um acidente histórico, dado que é muito posterior à fundação de Portugal.
Além do mais enquanto houver um regime democrático no país vizinho é impensável uma agressão armada a Portugal. Os espanhóis não aceitariam isso. É um cenário de ficção. Se por alguma calamidade histórica em Espanha se instalasse uma ditadura, aí uma agressão poderá ser possível. Mas para além das possíveis reacções internacionais, creio que se é verdade que a Espanha nos pode derrotar militarmente, ela não é suficientemente forte, nem do ponto de vista militar nem do ponto de vista demográfico, para ocupar o nosso país por um prolongado período de tempo, e enfrentar uma guerra de guerrilha, com as consequentes perdas humanas e declínio económico. Isto para além dos problemas internos que enfrentaria... por quanto tempo por exemplo catalães, bascos ou galegos estariam dispostos a ver os seus soldados morrer aqui?
Terminando (finalmente!!!) Portugal e Espanha são 2 países amigos com tudo a ganhar em manter relações fortes e abertas. Depois de séculos de costas voltadas podemos caminhar lado a lado sem medos nem complexos, continuando portugueses os deste lado da fronteira.
Obrigado pela v/ paciência.


 :Palmas:
 

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HELLAS

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« Responder #715 em: Abril 12, 2008, 11:07:59 pm »
Citação de: "Tomasis"
:G-Ok: Excelente discurso! Concordo plenamente com tudo o que disse. Devemos continuar a manter as nossas relações com Espanha, e que esta "dependência" de Espanha é para o nosso bem (embora eu seja muito patriota), e quem saiba, talves um dia possamos inverter a situação...  :Palmas: Podes acreditar que eu como espanhol e os meus compatriotas que estao  por este forum gostamos e respetiamos a Portugal, e so queremos ter boas relaçoes com voces,ca ninguen de nos pretende anexionar, absorver,etc...nada de Portugal,queremos que tudo este assim mas com una relaçoes dignas de dois paises que temos muito en comun e que como tudos os irmaos tem confrontos. Mas se alguns querem continuar a lembrar do passado para alimentar cenas de confrontaçoes nos nao temos a culpa.
Olivença?agora é espanhola, mas isso é cujuntural,tudos sabemos que tem muito de portuguesa e se pelo que seja tivera que voltar a ser Portugual eu nao tenho problema nenhum, ate bem podia ser capital simbolica da Iberia.
Cumprimentos.
 

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papatango

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« Responder #716 em: Abril 15, 2008, 11:17:12 pm »
As minhas boas vindas.
E alguns comentários

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Em minha opinião o iberismo não é, de momento, uma ameaça à independência nacional e o mesmo digo olhando para o futuro e "tanto quanto a vista permite alcançar".

Teríamos que determinar primeiro o que é o iberismo. A sua existência, ou a existência de um iberismo é formalmente uma ameaça à independência nacional. Outra coisa é se a ameaça presente é credível ou se a ameaça se pode transformar num perigo efectivo a curto prazo.

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Ao contrario do que se pensa a integração económica ibérica não é excessiva, embora seja desigual. Isso contudo é normal entre países vizinhos de economias de mercado, quando uma das economias é mais forte que a outra.

Isso é um facto. O problema mais complicado, é que na maioria dos outros casos, existe um poder alternativo, que no nosso caso não temos. É normal que a Holanda tenha mais relações económicas com a Alemanha, mas a distância da Holanda para os outros poderes alternativos é mínima. A mesma coisa ocorre em todos os países da Europa central.
A Irlanda é uma excepção, na medida em que o seu desenvolvimento foi especialmente promovido pela comunidade irlandesa nos Estados Unidos.

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o que me deixa tranquilo quanto ao iberismo não constituir uma ameaça é o simples facto dos portugueses não quererem ser espanhois. Pois é... creio que isso é o maior seguro que nós temos.

É fácil mudar o sentimento das pessoas. Em primeiro lugar começa-se por seduzir as elites, depois o Zé povinho é fácil de convencer.
No passado os portugueses também não queriam ser espanhóis, ou melhor dizendo, castelhanos.
Mas isso serviu de alguma coisa ?
Basta uma presença eficaz na Televisão.
Sabe em mãos de quem está a maior estação de TV portuguesa ?
Já viu a visão da História da grande pátria ibérica que nos é vendida pelo Canal História ?


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Para além da questão económica outra situação é recorrentemente apontada como susceptível de por em causa a soberania nacional. Refiro-me ao facto de ambos os países pertencerem às mesmas alianças economicas (UE) e militares (NATO) e por essa via se diluir a a especificidade do país mais pequeno e menos poderoso.

É uma tese que merece ser estudada.
Mas um país não pode viver das circunstâncias de um momento político especifico. O que acontecerá numa crise internacional em que a NATO não funcione ?
Ou num problema internacional em que a U.E. pura e simplesmente não sirva de nada ?
Quantas vezes a EU já se dividiu ?
E a NATO ?
Sabe que na prática a NATO não prevê uma situação em que um país da NATO ataque o outro ?

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Finalmente os mais receosos dirão que ainda há em Espanha, nos meios políticos e militares, quem pense que a formação de Portugal é um acidente histórico que deve ser corrigido logo que possível. Dado que Portugal tem quase 900 anos de história, esta tese tem algo de engraçado.
Permitam-me um exemplo: é como se um casal não planeasse ter filhos, mas por "acidente" a senhora engravida. O casal fala e resolve levar a gravidez por diante. É natural que quando falam do que acabou de acontecer se refiram ao assunto como "acidente"... mas será que uma vez nascida a criança, depois de ela ir à escola, se casar e por sua vez ter filhos, se vão continuar a referir ao filho como "acidente"? É claro que não!...

É uma analogia que não procede.
Não procede porque não se pode comparar a biologia humana com a política internacional.

E não se pode, porque ainda hoje, o problema de alguma da aristocracia de origem castelhana é exactamente achar que metendo o filho outra vez na barriga da mãe, isso vai fortalecer a Mãe.

É um problema de concepção da sociedade e da Península Ibérica, que afecta a nobreza e a aristocracia e as elites de origem Castelhana desde sempre.

Aplica-se a expressão Bíblica de “Bom filho à casa torna”. E nós, enquanto existir a Espanha como existe hoje, seremos sempre um filho desavindo, que tem que voltar à Mãe para a fortalecer.

Essa é a lição da História. Da História de Portugal e tragicamente da dos outros países peninsulares.
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Além do mais enquanto houver um regime democrático no país vizinho é impensável uma agressão armada a Portugal.


Aqui, evidentemente estamos de acordo. O problema, é que desde 1715, quando foi criada a Espanha, o país vive numa contínua fase de convulsões, que estão sempre ligadas ao problema da Unidade Ibérica.

A Espanha debate-se entre dois problemas que têm a mesma face.

A face é o problema das autonomias que não vão parar. Não vão parar porque fazem parte da própria marca genética dos povos peninsulares. Não há forma de parar o processo.

Por isso a Espanha tem duas possibilidades dentro da União Europeia:
Ou escolhe o modelo checoslovaco, ou então escolhe o modelo Jugoslavo.

Conhecendo a tradição espanhola, qual acha que será o modelo escolhido ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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HELLAS

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« Responder #717 em: Abril 16, 2008, 12:39:39 am »
Papatango diz...Por isso a Espanha tem duas possibilidades dentro da União Europeia:
Ou escolhe o modelo checoslovaco, ou então escolhe o modelo Jugoslavo.

Conhecendo a tradição espanhola, qual acha que será o modelo escolhido ?....

Tambem posso dizer que podesmos escolher o modelo Portugues ou Frances, centralismo total, em Portugal ainda tem a sua logica, mas em França onde tambem á nacionalismos e multiples linguas e apenas o frances e lingua oficial, nao existem autonomias nem governos autonomicos e poucos problemas tem de nacionalismos.
Muitas dos problemas que á em Espanha dos nacionalismos, nao sao de problema nenhum de identidade, nem de linguagems, é pelo economico, pois quanto mais poder tem, quanto mais poder é transferido a eles mais querem, tudo pelo economico nao pelo identitario, os que mais estao a dar para equilibrar os territorios mais fracos queixam-se que estao a dar muito e os que dao pouco queixam-se de que estao a recebir pouco. É como se o norte de Portugal diz que o sul recebe mais que eles ou que qualquer outro lugar diz que recebe pouco e que esta farto, etc, etc,etc, logicamente em Portugal por ter un estado centralista nao acontece, mas queixar vai a ver, mas quando alguns querem misturar issas coisas com coisas de identitade ou lingua, emtao sempre criam-se problemas, alguns de ficçao.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #718 em: Abril 24, 2008, 01:09:26 am »
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Sócrates expressa reconhecimento do Estado a Saramago

O primeiro-ministro, José Sócrates, manifestou hoje ao escritor José Saramago o reconhecimento do Governo e do Estado português por tudo o que ele tem feito pelo prestígio da Língua Portuguesa e de Portugal.
Sócrates falava na inauguração de uma exposição sobre a vida e obra do Prémio Nobel português da Literatura, intitulada «A Consistência dos Sonhos», na Galeria D.Luís I, do Palácio da Ajuda, onde compareceu acompanhado de vários ministros do seu Executivo. «Estou aqui com grande prazer pessoal mas, mais do que isso, estou aqui também para cumprir um dever e para publicamente afirmar, em nome do Governo português, do Estado português e (tenho a certeza) interpretando o sentimento do povo português, manifestar o reconhecimento por tudo o que José Saramago tem feito em prol do prestígio da Língua Portuguesa e em prol do prestígio de Portugal», declarou.

Fonte

 


INACREDITÁVEL E VERGONHOSO!!! :oops:

Não vale a pena dizer mais nada...
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Ataru

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« Responder #719 em: Abril 24, 2008, 12:55:46 pm »
Obviamente estava se a referir ás coisas boas que o saramago fez e não ás coisas más. Mas espero que quando o general loureiro dos santos estiver assim velhilho como o saramago, que o nosso primeiro ministro também lhe faça elogios destes.
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor