Portugal comecerá a recuperar?

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André

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« Responder #375 em: Janeiro 20, 2009, 07:35:31 pm »
Citação de: "nelson38899"
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Exportações:Basílio Horta admite que Dezembro tenha sido "muito mau"
13h57m

Lisboa, 20 Jan (Lusa) - O presidente da AICEP, Basílio Horta, admitiu hoje que Dezembro de 2008, no que respeita às exportações portuguesas, "pode ser muito mau", afirmando que o movimento de contentores nos portos desceu em média 20 por cento.

"Para que as exportações para o ano desçam 3,6 por cento é preciso que Dezembro seja um mês já trágico e que o primeiro semestre acompanhe essa tragédia. Mas Dezembro pode ser mau, pode ser muito mau. Nós temos informação, dos portos portugueses, que o movimento de contentores deve ter descido em média 20 por cento, o que não é nada bom", disse o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Basílio Horta, que falava à margem das Conferências do Economist, em Lisboa, considerou que para inverter a situação, a AICEP tem de "continuar a diversificar mercados, continuar a insistir na promoção, nomeadamente nos mercados onde é mais importante existir essa promoção".

São os casos de "Angola, Singapura, Malásia. A agência tem aberto escritórios onde nunca tinha aberto antes, na Venezuela, na Líbia, em Singapura, temos uma representação na Malásia. Vamos abrir em Maio um escritório na Turquia (já temos um em Ancara), mas agora um centro de negócios em Istambul. E ao mesmo tempo atenuando a presença em mercados muito maduros, onde não há muito mais a fazer", disse.

Basílio Horta afirmou que as exportações portuguesas perderam nos mercados norte-americano, francês e britânico, "quase mil milhões de euros", mas que as perdas "foram de certa forma compensadas" com as exportações para mercados como o Brasil, Angola, Singapura, México, Argélia, Marrocos, Líbia, Venezuela.

Se por um lado, "as exportações para os Estados Unidos desceram cerca de 400 milhões de euros", por outro - frisou Basílio Horta - "Angola sobe mais de 20 por cento e Singapura sobe cerca de 20 por cento".

"Toda esta política de diversificação que temos vindo a executar começa agora a dar alguns frutos. Se não fosse este aumento teríamos uma situação muito complicada", concluiu o presidente da AICEP.

No futuro muito próximo, disse Basílio Horta, as acções de promoção da AICEP vão passar pelos Estados Unidos, pelo Oriente e por África.

"Vamos fazer uma promoção séria, nos Estados Unidos (em Silicon Valley), em conjunto com as universidades de Berkeley e Stanford...Espero que o ministro da Economia se possa deslocar nessa altura à Califórnia, porque é bom que os Estados Unidos saibam o que estamos a fazer no domínio energético, o que podemos oferecer para atrair investimento estrangeiro no domínio das tecnologias", disse.

Por outro lado, o presidente da AICEP afirmou que se vai deslocar na primeira semana de Fevereiro a Singapura e à Malásia, antes de Angola.

Basílio Horta tinha dito anteriormente que, até Novembro de 2008, as exportações portuguesas para fora da Europa continuaram a crescer a um ritmo de 14,3 por cento, mas ressalvou que "as exportações dentro da Europa, pela primeira vez desde 1983, descem dois por cento".

Até Novembro do ano passado, afirmou então, o investimento estrangeiro em Portugal desceu 0,4 por cento em relação a 2007.

"É certo que o investimento líquido desce 20 por cento, porque há muito mais saída de dinheiro", acrescentou.

NVI/SB.

Lusa/Fim

finalmente começamos a mudar de mercados expero que Portugal consiga singrar nesses mercados


Isso deveria estar aqui  :roll:  :roll:

 

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« Responder #376 em: Janeiro 21, 2009, 01:22:15 pm »
oxalá esta megalómania não vá para a frente!

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Afinal o apoio à candidatura ibérica ao Mundial de 2018 não é unânime entre o Governo. Depois dos responsáveis pelo desporto terem dado o «sim» à Federação Portuguesa de Futebol, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, veio esta terça-feira dizer que a organização do campeonato do Mundo, não faz parte das prioridades do país.

Vinte e quatro horas depois das federações portuguesa e espanhola terem assinado o acordo de intenções de entrarem na corrida à organização do mundial de futebol, o ministro das Finanças, deixou um aviso. Um aviso na linha do já feito pelo Presidente da República há quase um ano.

Já os responsáveis pelo desporto Pedro Silva Pereira e Laurentino Dias são totalmente a favor da realização de jogos do mundial em Portugal. O secretário de estado diz mesmo que a organização ibérica da competição só daria lucro ao nosso país.

TVI  
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #377 em: Janeiro 22, 2009, 03:27:50 pm »
Governo utiliza empresas públicas para reduzir o défice orçamental, endividando-as e arrastando-as para a situação de falência técnica
por Eugénio Rosa


RESUMO DESTE ESTUDO

Os principais jornais diários portugueses divulgaram recentemente em grandes títulos, alguns deles na 1ª página, que as dividas das empresas públicas atingiam 17.500 milhões de euros. E, como é habitual em muitos media portugueses, não explicaram por que razão isso acontecia, podendo criar nos leitores a falsa ideia que isso resultava de serem empresas públicas. Está-se assim perante aquilo a que Phippe Breton designa por "enquadramento manipulatório", pois uma analise objectiva das causas de tais dividas levam a conclusões bem diferentes.

Existem impostos cuja cobrança se justifica porque são necessários precisamente para financiar as infra-estruturas dos transportes. São nomeadamente o Imposto Automóvel (IA), agora designado Imposto sobre os Veículos (ISV), e o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). No período 2005-2009, as receitas obtidas pelo Estado, através do IA/ISV e do ISP, deverão atingir 20.051,6 milhões de euros de acordo com os dados dos Relatórios dos OE 2005-2009.

Apesar de arrecadar mais de 20.000 milhões de euros de receitas com estes dois impostos, as dotações orçamentais atribuídas por este governo às empresas públicas de transportes para o financiamento de infra-estruturas e aquisição de material circulante têm sido manifestamente insuficientes. Entre 2005 e 2009. as transferências do Orçamento do Estado para as empresas públicas de transportes (REFER, CP, Carris, Metro, etc), para financiamento de infra-estruturas e aquisição de material circulante, atingirão apenas 2.289,5 milhões de euros. Como consequência, as empresas públicas de transportes serão obrigadas a se endividarem em mais 3.773 milhões de euros (mais 63% do que o transferido do Orçamento do Estado), no período 2005-2009, só para poderem cumprir o programa de investimentos constante do PIDDAC, ou seja, o programa mais importante de investimentos do Estado.

Como consequência da insuficiência das transferências do Orçamento do Estado, as dividas aos bancos apenas de quatro empresas públicas de transportes (REFER, CP, Carris e Metro de Lisboa) atingiam, já no fim de 2007, 7.983,2 milhões de euros, e os juros pagos por estas empresas totalizaram, só em 2007, 444,7 milhões de euros. Estes elevados montantes de juros contribuíram para que estas quatro empresas tivessem tido, em 2007, 532 milhões de euros de prejuízos. Esta situação provocou que estas quatro empresas públicas apresentassem em 2007 "Situações Liquidas" e "Capitais Próprios" negativos, isto é, o seu "Activo" (aquilo que possuíam mais o que tinham a receber) já não era suficiente para pagar o seu "Passivo" (tudo o que deviam), pois o seu "Passivo"já era superior ao seu "Activo" em 3.272,5 milhões de euros, , o que significava que, já em 2007, aquelas quatro empresas estivessem tecnicamente falidas. É arrastando as empresas públicas de transportes para a situação de falência técnica, que este governo tem conseguido também reduzir o défice orçamental.

Mesmo as indemnizações compensatórias a que as empresas de transportes públicas têm direito a receber por prestarem à população serviços a um preço inferior ao seu custo são pagas "tarde e a más horas". Por ex., as 2008 só começaram a ser pagas a partir de Outubro deste ano (Parecer do Tribunal de Contas, pág. 7), o que agravou as dificuldades financeiras destas empresas.

Uma das mensagens que este governo e os seus defensores nos media têm procurado fazer passar é que as empresas públicas são um "sorvedouro" de dinheiro para o Orçamento do Estado. No entanto, de acordo com o Parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta Geral do Estado de 2007, no período 2003-2007, a despesas do Estado com "apoios financeiros não reembolsáveis" às empresas publicas atingiram 5.655 milhões de euros, mas às empresas privadas já somaram 6.694,1 milhões de euros, ou seja, mais 1.000 milhões de euros (pág. 104). Portanto, o apoio financeiro do Estado às empresas privadas foi bastante superior ao concedido às empresas públicas. Por isso, não se pense que este apoio só teve lugar recentemente (mais de 24.000 milhões à banca, mais de 1.300 milhões de euros à Quimonda e sector automóvel, etc). Normalmente os media falam do apoio do Estado às empresas públicas mas "esquecem-se" de falar, fora de períodos de crise como é o actual, do apoio do Estado às empresas privadas. È a informação de dois pesos e de duas medidas que temos em Portugal.

No dia 13 de Janeiro de 2008, os principais jornais diários portugueses, utilizando o relatório da "Auditoria aos débitos e ao prazo médio de pagamento das Empresas Públicas", publicado pelo Tribunal de Contas, que está disponível no seu sitio na Internet, publicaram grandes títulos, alguns na 1ª pagina, em que se podia ler: "Empresas do sector público com dividas de 17.500 milhões" (Público) ; "Dividas das empresas públicas superam 11% do PIB nacional" (Diário Económico).

Mas como é habitual, esses mesmos jornais não investigaram, nem contextualizaram, nem explicaram por que razão isso sucede. E embora não tenham afirmado expressa e directamente isso, poderão ter criado nos leitores a falsa ideia de que isso sucedia pela simples razão de serem empresas públicas. Philippe Breton, no seu livro "A palavra manipulada", classifica aquela forma de apresentar a noticia como uma forma de manipulação, designando-o por "enquadramento manipulatório" que "consiste em ordenar os factos de tal modo que da nova imagem da realidade resulte a convicção em bases de certo modo falsas". (pág. 114).

Efectivamente, se aqueles jornais se tivessem dado ao trabalho de investigar, de saber por que razão as empresas públicas, nomeadamente as de transportes, apresentam dividas elevadas, e se explicassem isso aos leitores, naturalmente a percepção da realidade que os leitores obteriam seria certamente muito diferente da que obtiveram com a leitura daquela noticia como foi publicada.

Neste estudo vamos procurar explicar por que razão as empresas publicas de transporte, que são as que apresentam maiores dividas, estão endividadas e, algumas delas, até já tecnicamente falidas.

IMPOSTOS SOBRE OS TRANSPORTES SOMAM MAIS DE 20.000 MILHÕES DE EUROS COM ESTE GOVERNO

Existem impostos cuja cobrança se justifica porque são necessários para financiar despesas com as infra-estruturas dos transportes. São os casos, nomeadamente do Imposto Automóvel (IA), agora designado Imposto sobre os Veículos (ISV), e do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP). As receitas destes dois impostos durante o período deste governo, ou seja, no período 2005-2009, consta do quadro seguinte, que foi construído com dados dos Orçamentos de Estado apresentados por este governo.



No período 2005-2009, as receitas do Estado, só com o actual Imposto sobre Veículos e o Imposto sobre Produtos Petrolíferos atingirão, 20.051,6 milhões de euros. E neste valor não está incluído a chamada "contribuição de serviço rodoviária" , criada pela Lei nº 51/2007, que é uma parcela do ISP, que é desviada directamente para a empresa Estradas de Portugal sem passar pelo Orçamento do Estado e que, por isso, não está incluída nos valores do quadro I. Esta "contribuição de serviço rodoviário", só nos anos de 2008 e 2009, representa mais 1.113 milhões de euros. E tudo isto ainda não inclui o chamado Imposto de circulação, cuja receita reverte integralmente para as Autarquias e que, também por isso, não entra no Orçamento do Estado.

GOVERNO REDUZ DOTAÇÕES DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA EMPRESAS PÚBLICAS DE TRANSPORTES DESTINADAS A INVESTIMENTO PARA REDUZIR DÉFICE ORÇAMENTAL

Apesar de obter só para o Orçamento do Estado mais de 20.000 milhões de euros de receitas com impostos que incidem sobre o sector de transportes, as dotações do Orçamento do Estado atribuídas por este governo às empresas publicas de transportes para o financiamento de infra-estruturas e aquisição de material circulante têm sido manifestamente insuficientes como revela o quadro seguinte construído com dados constantes dos Relatórios que acompanharam os Orçamentos do Estado para o período 2005-2009.



Assim, no período compreendido entre 2005 e 2009, as transferências do Orçamento do Estado para as empresas públicas de transportes (REFER, CP, Carris, Metro, etc), para financiamento de infra-estruturas e aquisição de material circulante, somarão somente 2.289,5 milhões de euros, sem incluir a "contribuição por serviço rodoviário", que é uma parcela das receitas do ISP desviadas directamente apenas para as Estradas de Portugal, quando as receitas obtidas directamente pelo Orçamento do Estado de impostos que incidem sobre os transportes, durante o mesmo período (2005-2009),sem incluir também aquela mesma "contribuições por serviço rodoviário, totalizarão mais de 20.000 milhões de euros. Como consequências as empresas públicas de transportes serão obrigadas a se endividarem em 3.773,4 milhões de euros (mais 63% que o transferido do Orçamento do Estado), durante o mesmo período 2005-2009, para poderem cumprir só o programa de investimentos constante do PIDDAC, ou seja, o programa mais importante de investimentos do Estado.

É evidente que é transferindo do Orçamento do Estado para as empresas públicas de transportes dotações insuficientes para financiar as infra-estruturas de transporte e a aquisição de material circulante, ou seja, através desta engenharia financeira, que este governo tem conseguido também reduzir o défice orçamental. Mas esta politica está a determinar o agravamento vertiginosos do endividamento das empresas públicas de transporte e a sua, consequente, degradação financeira.

GOVERNO PROVOCA FALENCIA TECNICA DAS EMPRESAS PÚBLICAS DE TRANSPORTE

O aumento do endividamento das empresas públicas, determinado pela politica deste governo dominada pela obsessão de reduzir o défice orçamental, está a provocar o aumento rápido das despesas das empresas públicas de transportes com o pagamento de juros. como revela o quadro seguinte.



As dívidas aos bancos apenas destas quatro empresas públicas de transportes atingiam, no fim de 2007, 7.983,2 milhões de euros, tendo aumentado mais de 600 milhões euros entre 2006 e 2007. Como consequência, os encargos financeiros, ou seja, os juros pagos por estas empresas alcançaram, em 2006, 367,2 milhões de euros e, em 2007, 444,7 milhões de euros, um aumento de 77,4 milhões de euros de juros em apenas num ano.

Estes elevados montantes de juros determinaram, por sua vez, que as quatro empresas públicas de transportes tivessem tido, em 2006 e em 2007, mais de 530 milhões de euros de prejuízos em cada um destes anos. Esta situação provocou que estas quatro empresas públicas apresentassem em 2007, "Situações Liquidas" e "Capitais Próprios" negativos", isto é que o seu "Activo" (aquilo que possuíam mais o que tinham a receber) já não era suficiente para pagar o seu "Passivo" (tudo o que devem), pois as suas dividas eram já superiores a tudo que possuíam e que tinham a receber em 3.272,5 milhões de euros, o que significava que todas elas já estivessem tecnicamente falidas em 2007. É arrastando as empresas públicas para a situação de falência técnica que este governo tem conseguido também reduzir o défice orçamental.

A manutenção desta situação de falência técnica é insustentável e levará inevitavelmente ao aumento dos preços dos transportes públicos e de impostos necessários para financiar o "buraco financeiro" que a politica deste governo esta a provocar nas empresas públicas.

OS SUBSIDIOS DO ESTADO ÀS EMPRESAS PRIVADAS É SUPERIOR AOS CONCEDIDOS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS

Uma das mensagens que este governo e os seus defensores nos media têm procurado fazer passar é que as empresas públicas são um "sorvedouro" de dinheiro para o Orçamento do Estado. No entanto, no período 2003-2007, portanto antes da crise, o apoio às empresas do sector privado foi bastante superior ao das empresas públicas como mostra o quadro seguinte, construído com dados constantes do Parecer do Tribunal de Contas sobre a CGE de 2007.



 Entre 2003 e 2007, de acordo com o Tribunal de Contas, a despesa do Estado com apoios financeiros não reembolsáveis a empresas publicas somou 5.656 milhões de euros, mas a empresas privadas atingiu 6.694,3 milhões de euros, ou seja, mais de 1.000 milhões de euros do que a empresas públicas. E aos bancos e outros instituições financeiras esta despesa do Estado também não reembolsável alcançou 1.537,6 milhões de euros.

Por outro lado, em 2007, só em subsídios não reembolsáveis a empresas privadas o Estado despendeu 519,2 milhões de euros, enquanto os subsídios a empresas publicas somaram 402,2 milhões de euros (pág. 105 do Parecer do Tribunal de Contas). Por aqui se vê bem quem é o "sorvedouro" de dinheiros do Orçamento do Estado de que normalmente os media não falam.

Mesmo as indemnizações compensatórias a que as empresas públicas de transportes colectivos têm direito por prestarem à população um serviço a preços inferiores aos seus custos tem sido pagas por este governo "tarde e a más horas". No Parecer do Tribunal de Contas, na pág. 7, sobre esta questão lê-se o seguinte: "A titulo de exemplo, assinale-se que, apenas em 9 de Outubro de 2008, foi aprovada a Resolução do Conselho de Ministros que promove a distribuição das indemnizações compensatórias para 2008, pelas empresas prestadoras de serviço público, o que significa dez meses em que as empresas prestaram tais serviços, sem auferir as compensações a que têm direito. Estão neste caso as empresas do sector de transportes e comunicações"

E no seu Parecer, o Tribunal de Contas ainda acrescenta o seguinte: "Não pode, porém deixar de se salientar que os estrangulamentos causados pelo próprio Estado às suas empresas pela não disponibilização tempestiva das verbas que lhe são devidas …. vai, certamente, forçar a maior recurso ao endividamento bancário para acorrer a necessidades de tesouraria" (pág. 7), inevitavelmente com elevados custos financeiros para estas empresas. Mas estes pontos do Parecer do Tribunal de Contas foram ignorado por muitos jornais, naturalmente por não ser do agrado do poder politico e económico dominante na sua campanha contra as empresas publicas, campanha essa que é alimentada também por actos de má gestão dos homens colocados pelo governo nas administrações de muita empresas públicas, de que é exemplo recente o caso da promoção ao topo da carreira na CGD de Armando Vara, antigo secretário de Estado e ministro de um governo PS, que é actualmente administrador numa empresa concorrente da CGD, o MillenniumBCP.

18/Janeiro/2009
  • Economista,
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PedroM

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« Responder #378 em: Janeiro 22, 2009, 10:05:58 pm »
Citação de: "P44"
Citação de: "PedroM"
c) As profissões dependentes do estado, funcionários públicos, professores, juízes, procuradores, têm de pensar menos nos direitos aquiridos e mais na utilidade que o trabalho de cada um deles tem para o país.

esqueceu-se de colocar "militares" na lista...


Agradeço a preocupação, mas não foi esquecimento.
Os militares não têm tirado proveito que se veja do que tem sido o fartar vilanagem que as diversas corporações têm feito no estado nos últimos 20 anos.

Mas você pelos vistos colocaria os militares na lista, porquê?
« Última modificação: Janeiro 29, 2009, 04:08:42 pm por PedroM »
 

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PedroM

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« Responder #379 em: Janeiro 28, 2009, 12:41:54 pm »
Uma notícia que me parece importante. Será que finalmente vamos começar a ver os médicos a irem até aos doentes, como acontece nos países mais eviluídos da europa, e não os doentes a terem de se deslocar ao médico?
No que se refere à criação de condições para que os estudantes de medicina portugueses regressem ao país e fiquem por cá, parece-me do mais elementar bom senso.
Quanto á parte final do artigo, que dizer?... Mais uma corporação bem instalada na vida à conta do orçamento...

SaúdeEquipas móveis vão fazer consultas ao domicílio em bairros problemáticos - Ana Jorge
As populações mais desfavorecidas vão receber a visita de médicos nas suas residências, numa iniciativa que visa proteger a saúde das crianças e dos idosos e arrancará nos distritos de Lisboa, Setúbal e Porto, anunciou a ministra da Saúde
   
Em entrevista à Agência Lusa, Ana Jorge disse que a iniciativa foi acordada entre o ministério que dirige e o da Solidariedade Social e envolve as autarquias e os governos civis. A primeira fase deste projecto foi a identificação de alguns bairros problemáticos e um dos exemplos do trabalho destas equipas móveis é a realização de uma consulta a todos os recém-nascidos na primeira semana de vida.
"Vamos identificar as zonas onde isto é mais importante fazer e apoiar as famílias", disse Ana Jorge. O trabalho destas equipas móveis de saúde deverá arrancar em Março nos distritos de Lisboa, Setúbal e Porto.
"A saúde não é um problema isolado, mas tem aqui um papel decisivo, porque é a saúde que muitas vezes se apercebe de algumas situações, pelos maus-tratos, pela fome ou pelo abandono", disse a ministra, pediatra de formação.
A iniciativa aposta na "boa relação com a população" para a identificação e resolução de vários problemas que afectam os mais desfavorecidos.
Estudantes de Medicina portugueses no estrangeiro vão poder acabar curso em Portugal
O Ministério da Saúde vai convidar os alunos portugueses de Medicina que estudam no estrangeiro a terminarem o curso nas universidades portuguesas, uma medida para combater a falta de médicos que tem conduzido ao crescimento de "mercenários" no sector, anunciou ainda a ministra da Saúde à Agência Lusa, a propósito do seu primeiro ano de mandato, durante a qual reiterou a sua preocupação com a falta de médicos em Portugal.
Uma das medidas que o Governo está a concretizar para contornar o problema passa por convidar estudantes de Medicina que estão a tirar o curso no estrangeiro a terminarem a sua formação em Portugal.
Estão já em curso negociações com as universidades, que manifestaram interesse em acolher estes alunos portugueses, o que deverá acontecer no próximo ano lectivo. O objectivo é que estes estudantes, depois de tirarem o curso, fiquem a exercer em Portugal, uma vez que quando o fazem no estrangeiro e tentam trabalhar nas instituições portuguesas são penalizados no reconhecimento do curso, o que a tutela está a tentar resolver.
De acordo com Ana Jorge, são cerca de 700 os portugueses a estudar Medicina no estrangeiro, nomeadamente em Londres, Espanha e República Checa. Destes, 200 estão a acabar o curso. O Ministério pretende ainda reforçar a "importação" de médicos do estrangeiro.
Do Uruguai chegaram já 15, que estão a trabalhar no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), estando prevista a chegada de mais 20. De Cuba deverão vir 40, por um período de três anos e para exercerem nos locais onde "há mais dificuldade em colocar médicos", especificou Ana Jorge.
Portugal irá ainda acolher médicos do Chile, que chegarão para fazer a sua especialidade durante cinco anos. Mais estudantes de Medicina nas faculdades e o seu encaminhamento para especialidades mais carenciadas, através da abertura de vagas, são medidas com que a tutela espera resolver o problema da falta de médicos, que se agudizou nos últimos anos, essencialmente devido à "abertura de instituições privadas".
Ana Jorge reconhece o problema e assume que "o Serviço Nacional da Saúde (SNS) não tem, do ponto de vista financeiro, possibilidade de concorrer com o privado". A aposta passa por uma nova definição de carreiras, cuja proposta deverá seguir "dentro de dias" para os parceiros, depois de analisados os seus contributos.
Até lá, Ana Jorge lamenta que existam no sector verdadeiros "mercenários" que tenham optado por dar "prioridade ao dinheiro", numa referência aos médicos que só trabalham através de empresas privadas, assegurando sucessivos bancos de urgências em várias instituições e por todo o país.
"Chamo-lhes mercenários", disse a ministra, lembrando que a tutela regulou recentemente os pagamentos por hora destas empresas e definiu regras, como a obrigatoriedade dos hospitais justificarem o recurso a estes profissionais. Contudo, Ana Jorge reconhece que, se os hospitais alegarem que não encontraram no mercado preços por hora mais baratos, então têm de comprar serviços ao preço que as empresas pedem.
A ministra disse desconhecer manobras das empresas para assegurarem um elevado preço por hora, mas afirmou saber que "roubam médicos entre eles" e que vão buscá-los ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). Em 2007, um total de 1.047 médicos deixaram o SNS, sendo 643 destes abandonos "saídas puras", segundo os dados do Ministério da Saúde. Os restantes médicos que saíram do SNS fizeram-no porque se reformaram (321) ou ao abrigo de licenças sem vencimento (81).
http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Socied ... _id=124455
 

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P44

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« Responder #380 em: Fevereiro 14, 2009, 11:22:06 am »
Portugal vive pior crise desde 1993


RUDOLFO REBÊLO
Produção final. A economia estagnou e entrou em recessão nos últimos meses do ano passado. Pelo sétimo ano consecutivo, os portugueses perdem nível de vida frente aos europeus. Governo teme agravamento
Foi uma surpresa total. O produto interno bruto (PIB), a riqueza produzida pelo País, caiu 2% nos últimos três meses do ano passado, quando os analistas previam uma retracção de 1%. A recessão é, afinal, mais profunda do que se esperava. Portugal foi mesmo o segundo país da Zona Euro com o pior desempenho da economia - pior só a Alemanha, com as famílias a cortarem nos gastos com o consumo, os empresários a congelar investimentos e as exportações em queda. Pelo sétimo ano consecutivo, o nível de vida dos portugueses está mais longe dos concidadãos europeus. É necessário recuar 16 anos (1993) para se encontrar uma crise semelhante.

A degradação da economia, que no conjunto de 2008 estagnou, pode ainda agravar-se. É que o Governo admite um cenário mais negro para os primeiros meses de 2009. "Vamos enfrentar dificuldades no primeiro trimestre de 2009", respondeu ontem o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

O ministro chamou os jornalistas ao princípio da manhã de ontem - logo após o INE libertar a sua primeira estimativa do PIB para o último trimestre de 2008 - e, dando um ar de quem controla a situação, referiu que os números da actividade, relativos ao final do ano passado, "não são inteiramente surpreendentes". Confessou que o seu ministério, "nestas últimas semanas, foi, a pouco e pouco, constatando que a queda (da economia) era mais acentuada" do que inicialmente se previa. Os dados relativos à receita fiscal - em perda - e à inflação já tinham dado sinais de alarme.

Mas a verdade é que os números surpreenderam todos os analistas. Esperavam uma contracção de "apenas" 0,9% ou 1,1% da produção final entre Outubro e Dezembro, em relação ao trimestre anterior. O INE revelou que, afinal o PIB caiu 2,1% nos últimos três meses de 2008, em relação ao último trimestre de 2007 e 2% face ao período de Julho a Setembro, tradicional época de férias.

"A retracção está a ser mais profunda do que o esperado há ainda relativamente pouco tempo", afirma Rocha de Matos, presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP). "Ninguém só por si conseguirá dar resposta a esta situação", refere a associação patronal da indústria.

Para a saída da crise, a estrutura dos patrões procura mesmo "pontes" de entendimento com os sindicatos. É que, diz Rocha de Matos, a inversão desta tendência "só será possível com um programa de relançamento económico elaborado pelas estruturas empresariais em colaboração com as estruturas sindicais e com o apoio inequívoco do Governo". |

http://dn.sapo.pt/2009/02/14/nacional/p ... _1993.html
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Chicken_Bone

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« Responder #381 em: Março 07, 2009, 01:50:07 pm »
http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=12
Cavaco apela ao dinheiro dos emigrantes

Citar
Foi um apelo que fez reviver os velhos tempos do pós-25 de Abril em que as remessas de dinheiro dos emigrantes portugueses eram a tábua de salvação dos Governos dessa época. Em plena crise, ontem, no final da sua visita oficial à Alemanha, o Presidente da República sentiu a necessidade de falar ao coração da diáspora. E a mensagem voltou a ser idêntica à que era feita quase há três décadas.

"Contamos ainda com o investimento de todos quantos se sintam capazes de o fazer. É bem sabido que o contributo dos nossos emigrantes sempre foi muito importante para a vida económica portuguesa. Neste momento difícil, ele assume uma importância determinante. O futuro de Portugal a todos nós diz respeito e sei que Portugal pode contar convosco."

Num encontro com a comunidade portuguesa, que conta na Alemanha com cerca de 130 mil membros, o Presidente da República lembrou: "Portugal necessita, hoje mais do que nunca, da ajuda da sua diáspora. Contamos com o vosso apoio para projectar o nosso país, com a colaboração de todos para que possamos aumentar as exportações de produtos e serviços portugueses, para promover a nossa terra como destino turístico de excelência". Estava dado o mote. E depois do pedido de ajuda, a garantia que muito agradou aos cerca de mil emigrantes presentes no encontro. A alteração ao voto dos emigrantes, vetada pelo Presidente, continua na ordem do dia. E o chefe de Estado afirmou: "Um Portugal que se sente legitimado para pedir o apoio dos portugueses que vivem e trabalham no estrangeiro tem de estar à altura de responder às necessidades desses mesmos portugueses e de tudo fazer para promover a sua ligação ao país." E concluiu: "É meu firme propósito continuar a fazer tudo o que estiver ao meu alcance para que os portugueses residentes no estrangeiro e luso-descendentes possam aumentar a sua participação cívica e política e reforçar os laços que os unem a Portugal".

A visita de Cavaco à Alemanha terminou ontem com um percalço. A viagem que o Presidente da República tinha prevista da cidade de Osnabrück para a localidade de Wolfsburg para visitar a sede da Volkswagem (VW), uma das empresas alemãs com maior investimento em Portugal, não se realizou devido aos mau tempo, que impediu o helicóptero de voar. Mas, ainda assim, o chefe de Estado tinha uma notícia para dar. O presidente da Volkswagem, Martin Winterkom, já lhe tinha garantido em Berlim que o investimento para a construção em Portugal do quarto modelo da marca "não será posta em causa". A fábrica da Volkswagem em Palmela constrói neste momento três modelos da marca alemã e a produção de um quarto é considerada fundamental para a sustentabilidade da fábrica.

Mas a juntar a esta notícia, o chefe de Estado revelou que partia para Portugal com uma esperança. E esta tinha a ver com aquele que acabou por se revelar o tema central e polémico da visita: a situação da Qimonda, empresa alemã cuja falência pode levar ao despedimento de milhares de trabalhadores, entre os quais cerca de 1700 de Vila do Conde.



O jornalista do PÚBLICO viajou num avião fretado pela Presidência da República
"Ask DNA"
 

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André

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« Responder #382 em: Março 09, 2009, 06:06:04 pm »
Cavaco admite estar «preocupado e triste» com a situação do país


O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje em Braga a necessidade de se manter a estabilidade política e admitiu estar «preocupado e até um pouco triste com a situação que o país atravessa».

«Ao fim de três anos eu posso estar um pouco preocupado e um pouco triste com a situação que o país atravessa mas continuo muito determinado em falar com os portugueses, conhecer as preocupações daqueles que têm dificuldades e estimular os que têm sucesso», afirmou.

No dia em que completa três anos de mandato presidencial, o chefe de Estado garantiu que se vai «manter no mesmo rumo, o de tentar dar confiança aos portugueses».

«Farei todos os possíveis para garantir aquilo que for bom para Portugal e isso passa pela estabilidade politica», sublinhou, frisando que mantém a opinião que defendeu enquanto primeiro-ministro.

Questionado pelos jornalistas sobre o que espera dos próximos actos eleitorais, o Presidente da República escusou-se a comentar o que disse ser uma questão «das forças partidárias», frisando que «são os portugueses a decidir».

O Presidente falava no final da visita que hoje efectuou ao Banco Alimentar Contra a Fome de Braga, no âmbito do Roteiro para a Inclusão, que incluiu, em Barcelos, reuniões com sindicalistas e com empresários.

Cavaco Silva disse não ter ficado surpreendido com a actual crise económica internacional, anunciando que, em breve, lançará uns textos sobre o assunto, mas não adiantou detalhes sobre a forma e o momento em que serão publicados.

«Procuro ser solidário com os que precisam e estimular aqueles que chegam ao sucesso», afirmou, dizendo que a proximidade com os cidadãos é uma das orientações fundamentais do seu mandato.

Cavaco Silva, fez «um apelo à consciência social dos portugueses, para que seja possível enfrentar a pobreza, derivada do desemprego, do endividamento excessivo e do enfraquecimento familiar» e disse que a atenção de todos «deve ser dirigida para as questões de emergência social».

Defendeu a criação de um Observatório Regional sobre o emprego e a economia, que agregue os actores sociais e estatais, lembrando que tal sucedeu no Vale do Ave quando foi primeiro-ministro e foi necessário combater a crise.

Questionado acerca de um possível aumento da criminalidade, referiu que mantém toda a confiança nas forças de segurança portuguesas, mas admitiu que tal possa suceder, devido a situações associadas a pobreza, desemprego, regresso de emigrantes a Portugal ou mesmo pela entrada de imigrantes.

Em matéria económica insistiu no «estímulo aos empresários para que se abram ao diálogo com os trabalhadores e os sindicatos para evitar o encerramento de empresas».

Sobre a necessidade de mais fiscalização em empresas que despedem funcionários, Cavaco Silva frisou que lhe foi dito por sindicatos e empresários que «embora haja alguns casos em que a lei não é cumprida, esses são casos excepcionais».

«O mais preocupante é que haja empresas em grande dificuldade que trabalham para exportação», afirmou, assinalando que com diálogo haverá boas perspectivas de futuro.

No capítulo da Emergência social - a segunda vertente do Roteiro - disse que lhe foram relatados «casos de pessoas que não descontaram para a Segurança Social, e que, por isso, não recebem subsídio de desemprego, e de surgimento de novos pobres, ou de pobreza envergonhada».

«Foram aqui feitas inúmeras propostas e indicações que o secretário de Estado do Emprego que me acompanha levara concerteza ao Governo», afirmou.

Interrogado sobre a possibilidade de congelamento dos salários em 2009, o Presidente da República disse não querer tomar posição «porque as empresas são diferentes umas das outras».

Lusa

 

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TOMSK

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« Responder #383 em: Março 25, 2009, 11:45:13 pm »
Portugal pode “falir” em 2014

"Economistas alertam para dificuldade de pagar dívidas em 2014
Portugal pode tornar-se num País de alto risco financeiro dentro de poucos anos. As decisões que estão actualmente a ser tomadas vão condicionar o futuro e limitar a margem de acção do Governo que estiver em funções em 2014. Com a ajuda de vários especialistas, a SIC fez as contas e concluiu que dentro de cinco anos o País pode estar perto da insolvência.
 
As decisões que o Governo está a tomar vão condicionar a vida dos portugueses durante muitos anos.

Em 2014, estará em funções um novo Executivo saído das eleições de 2013, isto se a próxima legislatura for até ao fim.

Esse novo Governo vai herdar um País a crescer muito pouco, não mais de 2%, e extremamente endividado.

A dívida externa é já de 161 mil milhões de euros, ou seja mais de 97% daquilo que se produz num ano – e, o número está a crescer.

Tendo em conta a evolução de 2000 a 2008, o Produto Interno Bruto (PIB) será de 203 mil milhões de euros, em 2014.

As receitas do Estado não deverão ultrapassar os 90 mil milhões.

Quanto às despesas serão bem maiores: 107 mil milhões.

Assim, a diferença entre o que se deverá receber e o que se poderá gastar representa quase 10% do PIB. Como Portugal está autorizado a um défice de 3%, os economistas, entre eles Medina Carreira, alertam: será preciso arranjar dinheiro para pagar os 7% que faltam.

Os gastos do Estado serão fortemente condicionados pelas contas da Saúde, da Educação, da Segurança Social e do Sistema de Pensões. A isto, há a somar as pesadíssimas facturas do investimento público.

O primeiro-ministro incentiva o investimento público. Só que, Sócrates evita dizer que as facturas (do tal investimento) vão ser pagas durante muitos anos.

Entre, portagens sem custos para os utilizadores (Scuts), concessões de auto-estradas, novos hospitais, TGV e submarinos, os portugueses terão de pagar 35 mil milhões de euros nos próximos 30 anos. O que dá uma média de 3.500 euros por português.

O ano de 2014 será de alto risco. Os encargos com as chamadas parcerias publico-privadas vão disparar. Nesse ano vão chegar aos 1.750 milhões de euros.

Com este cenário quem estiver em 2014 no comando do País terá muito pouca margem de manobra. Tudo vai depender das opções que sejam tomadas pelo Governo anterior, isto é, pelo Executivo que sair das eleições deste ano.

É por isso importante discutir as opções agora e não nas eleições de 2013. Nessa altura poderá já ser tarde demais "

http://sic.aeiou.pt/online/video/inform ... vencia.htm

O que poderemos fazer perante esta situação?
« Última modificação: Março 26, 2009, 10:16:58 am por TOMSK »
 

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« Responder #384 em: Março 26, 2009, 10:13:24 am »
porreiro pá
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« Responder #385 em: Março 26, 2009, 08:31:14 pm »
Uma das primeiras medidas que um governo com t...  deveria fazer era nacionalizar alguns sectores da nossa economia, como a Galp, EDP, e todas as actividades de  interesse estratégico nacional.
O BE acaba de fazer uma proposta neste sentido e eu concordo.
"De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens"
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« Responder #386 em: Março 26, 2009, 08:49:59 pm »
legionário, vc acaba de ter um ataque de "comunite aguda"  c34x  :lol:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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« Responder #387 em: Março 26, 2009, 09:00:50 pm »
Citação de: "P44"
legionário, vc acaba de ter um ataque de "comunite aguda"  c34x  :):)

Acho que nao entro em ideologia nenhuma no mercado actualmente :)
Tou à espera de ideias novas para vêr ...
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« Responder #388 em: Março 27, 2009, 12:25:01 am »
Nacionalizar a EDP, Galp e etc é uma daquelas propostas tipicas do BE sem ponta por onde se lhe pegue.

*NUNCA* na vida o Governo se ia safar sem indeminizar princescamente todos os investidores que têm acções destas empresas.

*NUNCA* na vida o Governo se ia safar disso sem ser penalizado pela CE.

E claro, ia por em risco toda a (lucrativa) estratégia de expansão internacional destas empresas.
 

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« Responder #389 em: Março 27, 2009, 09:26:27 am »
Pois claro ! vamos so nacionalizar o que da prejuizo ou o que esta na bancarrota para que os investidores nao percam o produto da sua especulaçao e corrupçao.

As regras do jogo têm que mudar e ja estao a mudar. O sector economico deve evidentemente respeitar e apoiar-se na iniciativa privada mas tem que ser  controlado e regulado pelos Estados. A ausencia de regras a que se assistiu nos ultimos anos ( os tempos Bush e Madoff ) leva-nos ao colapso financeiro .
Esta libertinagem economica so tem aproveitado aos predadores .
Em França e na Europa fala-se de "novas regras" e de "nova ordem financeira mundial" .
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