Portugal comecerá a recuperar?

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Vicente de Lisboa

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« Responder #360 em: Janeiro 14, 2009, 05:51:48 pm »
Vos dou o link para uma boa analise da economia portuguesa, no Fistfullofeuros.


link

Aviso que é um artigo longo e com varios graficos relevantes.
 

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« Responder #361 em: Janeiro 17, 2009, 10:56:20 am »
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Conselho de Ministros Extraordinário
Governo anuncia aumento do défice e do desemprego

 O ministro das Finanças avisou que os cenários para 2009 estão rodeados de enorme incerteza, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros efectuada esta sexta-feira

De acordo com a revisão do cenário macro-económico apresentado,
o PIB deve ter um crescimento negativo de 0,8 por cento, quando o Governo tinha previsto que a economia iria crescer 0,6 por cento.

O défice público vai disparar para 3,9 por cento do PIB e a dívida derrapará para 69,7 por cento do PIB. O Governo prevê ainda que a inflação fique em 1,2 por cento, enquanto o desemprego deverá subir de 7,6 para 8 e meio por cento.

Os números constam de um documento distribuído aos jornalistas no final do Conselho de Ministros onde o Governo aprovou a proposta de Orçamento Suplementar deste ano e a revisão do Programa de Estabilidade e Crescimento.

Entre 2008 e 2009, o Governo prevê um aumento da dívida pública de 65,9 por cento do PIB para 69,7 por cento, o que, segundo o ministro das Finanças, equivale a um aumento do limite de endividamento de 7.342,2 milhões de euros para 10.697,2 milhões de euros.

Este aumento resulta do "reforço dos seguros de contra-garantia às exportações, da recapitalização (onde está o aumento de capital da Caixa Geral de Depósitos) e o próprio agravamento do défice".

Isto significa que, não sendo pelo agravamento do défice, o aumento da dívida entre 2009 e 2010 deverá ser explicado pelos restantes factores, como despesas que não são contabilizadas no défice, mas apenas na dívida.

Para 2011, o Executivo prevê um défice igual a 3,3 por cento do PIB e uma dívida pública de 70 por cento do PIB.


http://sic.aeiou.pt/online/noticias/din ... mprego.htm
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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« Responder #362 em: Janeiro 17, 2009, 12:33:56 pm »
O nosso governo é tão tímido e comedido a dar números. Ou será porque são números que não interessam   :evil:   :evil:

Em qualquer outro país da Europa, com uma situação destas já estariam dezenas de milhares na rua em protesto e essa cambada de sacanas teria muita sorte se fosse de forma pacifica.
 

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« Responder #363 em: Janeiro 17, 2009, 02:55:48 pm »
Citação de: "FoxTroop"
O nosso governo é tão tímido e comedido a dar números. Ou será porque são números que não interessam   :evil:   :evil:

Em qualquer outro país da Europa, com uma situação destas já estariam dezenas de milhares na rua em protesto e essa cambada de sacanas teria muita sorte se fosse de forma pacifica.


infelizmente o Português é manso e gosta de andar a ser roubado
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
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JLRC

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« Responder #364 em: Janeiro 17, 2009, 03:18:51 pm »
Citação de: "FoxTroop"
O nosso governo é tão tímido e comedido a dar números. Ou será porque são números que não interessam   :evil:   :shock:
 

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PedroM

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« Responder #365 em: Janeiro 17, 2009, 09:33:35 pm »
Anda por aqui muita gente a chorar de barriga cheia.
Há até quem faça do Medina Carreira um novo guru e o cite a propósito e a despropósito.
A propósito, perdoem a repetição, já pensaram no que o Medina Carreira quererá dizer quando afirma que "os portugueses estão a viver acima das suas possibilidades" ? É que ele nunca vai mais além do que isso. Aliás não é à toa que ele é idolatrado por todos aqueles que choram de barriga cheia... é que esses, tal como o Medina Carreira, nunca têm soluções para nada, não sabem de nada, só sabem que assim não pode ser. Só que a vida faz-se de soluções e não de lamentações.
Mas voltando ao assunto das afirmações do Medina Carreira quando ele diz que estamos a viver acima das nossas possibilidades, o que ele quer dizer, embora não o afirme porque se o fizesse iria chocar a sua audiência, é que os portugueses deveriam baixar o seu nível de vida.
Ora isso é muito fácil, como?.. Basta:
- Aumentar o desemprego para um valor perto do dobro do actual ou seja igual ao que se prevê para Espanha, 16%.
- Baixar as pensões de reforma.
- Diminuir as prestações socias: Subsidios, incluindo o de desemprego e doença, abonos, etc.
- Taxar os cuidados de saúde. E não estou a referir-me a meras taxas moderadoras, que praticamente ninguém paga, ou porque estão isentos ou porque os hospitais mandam a conta para casa e depois só paga quem quer, porque se não pagarem nada acontece. Estou a falar de PAGAR os cuidados médicos. Queres uma consulta? PAGAS! Qures uma exame, uma análise? PAGAS! Estás no Hospital e precisas de um medicamento? PAGAS! Comparticipações nos medicamentos? QUERIAS!!
Pois é meus caros, este é o mundo misterioso e maravilhoso que o Medina Carreira tem para nós.
Estou certo que os que aqui choram de barriga cheia seriam os primeiros a chorar, e dessa vez com razão, se tivessem que provar o remédio do seu mestre.

Quanto aos números agora apontados para a economia portuguesa, déficit, desemprego, dívida pública, eles são normais e esperemos que não tenha de ser feita nova revisão para números ainda piores.
Portugal tem uma economia pequena e para nós é muito importante o que se passa lá fora. Nós não poderemos recuperar sem que a Alemanha, a França e a Espanha recuperem, ou pelo menos 2 destes 3.
Se lá para o final de 2009 a crise estabilizar, i.e., deixar de se agravar, então creio que poderemos respirar fundo. Neste cenário o maior problema será sem dúvida o desemprego.
Ao contrário das crises anteriores que afectavam toda a gente, por via da inflação, esta é uma crise sem inflação e taxas de juro baixas, e por isso vai cair por inteiro em quem estiver desempregado. Quem conseguir manter o emprego tem boas possibilidades de passar ao lado da crise. Por isso digo e repito... há por aqui muita gente a chorar de barriga cheia!!
Isto se a crise estabilizar em 2009 porque no caso de se continuar a agravar por 2010 então não há previsões que nos possam já dizer o que aí virá, nem despesa pública que nos salve.

Claro que no fim desta crise teremos outras para resolver... as dívidas pública e externa, aumentar a produtividade do trabalho e as reformas iniciadas mas não concluídas na função pública. Mas cada coisa a seu tempo.
 

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FoxTroop

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« Responder #366 em: Janeiro 17, 2009, 11:41:57 pm »
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Não me lembro de ver ninguém nas ruas de Espanha a protestar contra a recessão e a previsão de 16% de desemprego Shocked


Se calhar é porque as autoridades governamentais não mentiram descaradamente sobre as coisas, nem andaram a pintar quadros bonitos.

Se calhar é porque não se andou a nacionalizar bancos quando se estava prestes a descobrir de e para onde ía o dinheiro das off-shores e quem eram os seus titulares.

Será também o facto de os combustíveis estarem a acompanhar a descida do crude  ou também por o dinheiro dos impostos ter uma aplicação visível

Se calhar é por causa de haver todo um pacote de medidas de apoio aos mais desfavorecidosque realmente funciona etc, etc, etc....

O que me revolta é saber que nos mentem descaradamente e olharmos para o lado e dizer "os outros estão pior"
Porque é que quando os outros estavam a crescer 5, 6 ou mais de % por ano isso de olhar para os outros não servia? Agora serve de comparação?!!!!

Nem valem mais palavras para ver as aguas em que a nossa classe politica se move.
 

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123go

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« Responder #367 em: Janeiro 18, 2009, 01:19:51 am »
Citação de: "PedroM"
Mas voltando ao assunto das afirmações do Medina Carreira quando ele diz que estamos a viver acima das nossas possibilidades, o que ele quer dizer, embora não o afirme porque se o fizesse iria chocar a sua audiência, é que os portugueses deveriam baixar o seu nível de vida.

Ora isso é muito fácil, como?.. Basta:

- Aumentar o desemprego para um valor perto do dobro do actual ou seja igual ao que se prevê para Espanha, 16%.

- Baixar as pensões de reforma.

- Diminuir as prestações socias: Subsidios, incluindo o de desemprego e doença, abonos, etc.

- Taxar os cuidados de saúde. E não estou a referir-me a meras taxas moderadoras, que praticamente ninguém paga, ou porque estão isentos ou porque os hospitais mandam a conta para casa e depois só paga quem quer, porque se não pagarem nada acontece.

Estou a falar de PAGAR os cuidados médicos. Queres uma consulta? PAGAS! Qures uma exame, uma análise? PAGAS! Estás no Hospital e precisas de um medicamento? PAGAS! Comparticipações nos medicamentos? QUERIAS!!

Pois é meus caros, este é o mundo misterioso e maravilhoso que o Medina Carreira tem para nós.

Estou certo que os que aqui choram de barriga cheia seriam os primeiros a chorar, e dessa vez com razão, se tivessem que provar o remédio do seu mestre.


Concordo com o Medina Carreira.

É verdade ninguém quer perder as regalias conquistadas, mas as pessoas têm que pensar no futuro do país e não no próprio umbigo pois o fardo irá pesar em gerações futuras, ou seja os nossos filhos.

Os portugueses são demasiado subsídio dependentes e há situações de grande falta de moralidade como reformas milionárias que deveriam ser reduzidas para haver uma maior justiça social para as pessoas que estão a descontar agora e irão receber menos que os seus pais receberam no futuro.

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« Responder #368 em: Janeiro 18, 2009, 12:02:37 pm »
Citação de: "FoxTroop"
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Não me lembro de ver ninguém nas ruas de Espanha a protestar contra a recessão e a previsão de 16% de desemprego Shocked

Se calhar é porque as autoridades governamentais não mentiram descaradamente sobre as coisas, nem andaram a pintar quadros bonitos.

Se calhar é porque não se andou a nacionalizar bancos quando se estava prestes a descobrir de e para onde ía o dinheiro das off-shores e quem eram os seus titulares.

Será também o facto de os combustíveis estarem a acompanhar a descida do crude  ou também por o dinheiro dos impostos ter uma aplicação visível

Se calhar é por causa de haver todo um pacote de medidas de apoio aos mais desfavorecidosque realmente funciona etc, etc, etc....

O que me revolta é saber que nos mentem descaradamente e olharmos para o lado e dizer "os outros estão pior"
Porque é que quando os outros estavam a crescer 5, 6 ou mais de % por ano isso de olhar para os outros não servia? Agora serve de comparação?!!!!


Nem valem mais palavras para ver as aguas em que a nossa classe politica se move.


Plenamente de acordo!  :Palmas:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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TOMSK

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« Responder #369 em: Janeiro 19, 2009, 12:11:00 am »
Citação de: "PedroM"
Anda por aqui muita gente a chorar de barriga cheia.
Há até quem faça do Medina Carreira um novo guru e o cite a propósito e a despropósito.
A propósito, perdoem a repetição, já pensaram no que o Medina Carreira quererá dizer quando afirma que "os portugueses estão a viver acima das suas possibilidades" ? É que ele nunca vai mais além do que isso. Aliás não é à toa que ele é idolatrado por todos aqueles que choram de barriga cheia... é que esses, tal como o Medina Carreira, nunca têm soluções para nada, não sabem de nada, só sabem que assim não pode ser. Só que a vida faz-se de soluções e não de lamentações...


Não estou aqui para ser advogado do Medina Carreira, no entanto queria frisar alguns aspectos:
-O Medina Carreira não é candidato a nada, já não está ligado à política, já não está ligado a qualquer partido, não se prevê que concorra a nenhuma eleição próxima, e muito menos que seja escolhido para algum cargo político. Por conseguinte, quando o convidam para ir comentar determinado assunto à TV, ele faz isso mesmo. Não tem que apresentar soluções, porque não lhe compete, nem tem as competências para isso. O Medina Carreira será o "guru" para muitas pessoas, porque nas suas intervenções veem espelhadas as suas opiniões, as suas revoltas, os comentários que não têm possibilidade de fazer na TV.

-Por outro lado, qualquer um de nós, no seu perfeito juízo, sabe muito bem que essas medidas que supostamente seriam adoptadas pelo Medina, são as necessárias perante a situação que vivemos.
Pois não, não são medidas populares nem agradáveis, mas situações limites requerem soluções limite. Agora, é aceitável que isto se faça quando exista um esforço de parte a parte. Ou seja, como português, aceitaria esse tipo de medidas, numa lógica que da parte do Governo houvesse também um esforço de equilíbrio das contas públicas ou despesas. Se o Estado gasta 6 Milhões de Euros numa fotocopiadora, desbarata dinheiros públicos na bolsa, e em Obras Públicas de proveito duvidoso, então assim não vamos a lado nenhum...
 

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PedroM

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« Responder #370 em: Janeiro 20, 2009, 12:35:26 am »
Citação de: "TOMSK"
Não estou aqui para ser advogado do Medina Carreira, no entanto queria frisar alguns aspectos:
-O Medina Carreira não é candidato a nada, já não está ligado à política, já não está ligado a qualquer partido, não se prevê que concorra a nenhuma eleição próxima, e muito menos que seja escolhido para algum cargo político. Por conseguinte, quando o convidam para ir comentar determinado assunto à TV, ele faz isso mesmo. Não tem que apresentar soluções, porque não lhe compete, nem tem as competências para isso. O Medina Carreira será o "guru" para muitas pessoas, porque nas suas intervenções veem espelhadas as suas opiniões, as suas revoltas, os comentários que não têm possibilidade de fazer na TV.

-Por outro lado, qualquer um de nós, no seu perfeito juízo, sabe muito bem que essas medidas que supostamente seriam adoptadas pelo Medina, são as necessárias perante a situação que vivemos.
Pois não, não são medidas populares nem agradáveis, mas situações limites requerem soluções limite. Agora, é aceitável que isto se faça quando exista um esforço de parte a parte. Ou seja, como português, aceitaria esse tipo de medidas, numa lógica que da parte do Governo houvesse também um esforço de equilíbrio das contas públicas ou despesas. Se o Estado gasta 6 Milhões de Euros numa fotocopiadora, desbarata dinheiros públicos na bolsa, e em Obras Públicas de proveito duvidoso, então assim não vamos a lado nenhum...


Começando pelo fim.
Vamos arrumar esse assunto da fotocopiadora dos 6 milhões de euros. A CM de Beja já esclareceu que foram 6 MIL euros e não 6 Milhões, tratou-se de um erro de quem preencheu o ficheiro. Como aliás era facilmente perceptivel se as pessoas parassem um pouco para pensar antes de comentar tudo o que lhes poem à frente.
Este é bem o exemplo do tipo de assunto superficial, muito bom para mandar umas larachas para o ar, mas que quando analisados não correspondem a nada de concreto e nos fazem a todos perder tempo.

Quanto ao Medina Carreira. Aceito e respeito a sua opinião embora não compartilhe dela. E já agora passo a dizer porquê.
Nunca fui capaz de atribuir muito valor à crítica pela crítica, à crítica do bota abaixo, à crítica sem soluções. Quanto a mim isso não é crítica, isso é fado! É a cantilena do desgraçadinho... está tudo mal, nada presta, qualquer coisa que se faça é com segundas e terceiras intenções e DE CERTEZA que nada resolve. Esse é o tipo de discurso que não nos leva a lado nenhum. Nós portugueses andamos há demasiado tempo a alimentar esse fado.
Para começar essa postura tem um problema. Considera estúpidos, patetas e/ou corruptos todos aqueles que se envolvem em qualquer acção ou programa que tenha por objectivo interferir com a política ou a economia do país.
Depois se é verdade que não compete ao Medina Carreira encontrar soluções para os problemas do país, ele tem o dever de, quando questionado para isso, dizer o que pensa, o que ele nunca faz, limitando-se a dizer que assim não vamos a lado nenhum. Quem intervém civicamente tem o DEVER de contribuir com opiniões construtivas e não apenas com críticas. Já pensou a credibilidade que por exemplo a SEDES teria se apenas se limitásse a dizer mal? Certamente muito menos do que a que tem não? E quem diz a SEDES diz também todos as personalidades que regularmente comentam a realidade política e económica do país. Conhece mais alguém com a postura do MD? Eu não.
Em terceiro lugar o país precisa de soluções e não de fado.
Aliás não é à toa que o MD é o quase guru de muita gente. É que dizer mal é fácil e todos nos podemos mais ou menos rever nas críticas. Agora soluções é que é mais difícil, e tenho a convicção que no momento em que o MD nos agraciasse com algumas doutas opiniões sobre a resolução dos problemas país, esse seria o momento em que os seus discípulos se começariam a desentender. Assim, nada dizendo de construtivo é a maneira segura de ter sempre muita gente a acenar que sim com a cabeça quando fala.
Agora um caso concreto. Uma coisa me chocou na intervenção do MD no programa da SIC "Nós por Cá". A determinada altura, a propósito do computador Magalhães, e depois do habitual disparate de que "as crianças não precisam dos computadores para nada, precisam é de aprender a ler e a somar", como se as duas coisas fossem mutuamente exclusivas, enfim... a determinada altura dizia eu o MD sai-se com esta, mais ou menos assim "espero que os Magalhães se avariem todos em pouco tempo para que este assunto fique para trás". Não foram estas as palavras mas o sentido foi este. Aqui meu caro tenho que lhe dizer que o MD já não está simplesmente azedo como é costume, o homem está estragado!
Independentemente da opinião que se tenha sobre a introdução dos Magalhães no ensino e da diferença entre o nº de computadores prometido até final de 2008 e queles que foram entregues (apenas 15%), desejar que 50.000 crianças fiquem rapidamente com o seu PC avariado é algo de surreal.

Concordo que vão ser necessários sacrifícios para sairmos da situação em que estamos. A meu ver os portugueses estão a precisar de um banho de realidade, nomeadamente:
a) O tempo do crédito fácil acabou.
b) Os subsídios devem ser reduzidos ao mínimo. Na agricultura por exemplo é um escândalo. Porque havemos nós de estar a subsidiar gente que na sua maioria têm um património dezenas senão centenas de vezes superior ao do português médio? Os seguros existem para quê?
c) As profissões dependentes do estado, funcionários públicos, professores, juízes, procuradores, têm de pensar menos nos direitos aquiridos e mais na utilidade que o trabalho de cada um deles tem para o país. É que cá fora (do estado), na vida civil digamos assim, não há cá essa treta dos direitos adquiridos. O que é isso? Porque é que um funcionário não pode ser transferido do Ministério da Agricultura onde não faz falta, para o Ministério da Educação, onde é necessário? Porque a carreira é diferente? Ora meus caros, haja paciência! Porque é que não há-de haver professores titulare e outros que o não são? Os titulares são efectivos, os demais serão contratados de acordo com as necessidades. O ME não é uma agência de empregos! São 2 exemplos de coisas aparentemente simples, mas que na realidade ilustram muito do nosso atraso.

Para terminar só quero dizer que compreendo que aqueles que concordam com medidas impopulares e duras apreciem o Medina Carreira.
O que já não percebo é que aqueles que não partilham da opinião que são necessárias medidas duras e impopulares, demonstrem a mesma admiração e consideração pelo Sr..
Fico até admirado quando aqueles que aparentemente são partidários dos "amanhãs que cantam" se manifestam a favor do MD. Só pode ser uma ironia.
É que os amanhãs foram afinal ontem e ninguém acabou a cantar, bem pelo contrário, acabaram a chorar e sem cheta no bolso! Outra ironia.
 

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PereiraMarques

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« Responder #371 em: Janeiro 20, 2009, 09:23:07 am »
Só para deitar umas "achas p'rá fogueira" o Medina Carreira não é economista...Se calhar um enfermeiro ou um farmaceutico experientes até podem fazer bons diagnósticos médicos...mas será que sabem mesmo prescrever medicamentos e curar pacientes? O mesmo raciocínio pode ser feito para o Medina Carreira...

Dizer mal é "fácil", mas no estado em que as coisas estão o discurso catrastrofista e "resingão" do Medina Carreira é o menor dos nossos males :roll: ...ao mesmo que sirva para alertar as "consciências" e "quem de direito"...
 

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« Responder #372 em: Janeiro 20, 2009, 09:44:16 am »
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Mira Amaral diz
Previsões da Comissão Europeia são mais realistas que as do Governo (act)
Mira Amaral considera que as previsões da Comissão Europeia são mais realistas que as do Governo que "jogou à defesa" para não aprovar expectativas pessimistas.

Ana  Filipa Rego


Mira Amaral considera que as previsões da Comissão Europeia são mais realistas que as do Governo que “jogou à defesa” para não aprovar expectativas pessimistas.

“Infelizmente para nós são as previsões mais realistas (as da Comissão Europeia)”, afirmou Mira Amaral sublinhando, no entanto, que não quer culpar o Governo porque este nunca deve aprovar expectativas pessimistas. “Por isso, o Governo jogou naturalmente à defesa para não agravar ”, disse o economista.

No entanto, estas previsões são, para o responsável, mais realistas e mostram uma coisa “particularmente evidente. É que este Governo começou muito bem, mas ficou a meio das reformas estruturais”.

E Para ajudar a ultrapassar a crise, o défice público vai "disparar", alerta Mira Amaral.

Nos encontros Economist/ Governo, o responsável afirmou ainda que “o país já estava em crise há muitos anos, esta veio acelerar a insustentabilidade de um modelo que o país estava a seguir do ponto de vista económico”.

O responsável falou também sobre o problema do desemprego, explicando que este “é uma chaga social que é visível em todos nós, todos os dias vemos empresas a cair e o desemprego a aumentar. Portanto percebo que para a generalidade da população e para mim também o desemprego” seja um problema.

“Agora de um ponto de vista mais técnico, do ponto de vista económico, para os que como eu têm formação económica o disparo do défice público, aliado à dívida pública também já elevada e a questão do défice externo aliado a uma dívida externa também já elevada, isso em termos dinâmicos, é altamente preocupante”, refere o responsável.

“Os portugueses vão ter que apertar ainda mais o cinto”.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=349912

Citação de: "PedroM"
c) As profissões dependentes do estado, funcionários públicos, professores, juízes, procuradores, têm de pensar menos nos direitos aquiridos e mais na utilidade que o trabalho de cada um deles tem para o país.


esqueceu-se de colocar "militares" na lista...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Xô Valente

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« Responder #373 em: Janeiro 20, 2009, 02:17:57 pm »
Mas um militar já sabe que está a exercer a sua profissão para servir o pais. É uma coisa que se parte do princípio. Agora não vai dizer a um juiz para fazer um juramento da bandeira e que o seu trabalho é para servir o país. :lol:
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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nelson38899

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« Responder #374 em: Janeiro 20, 2009, 03:56:26 pm »
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Exportações:Basílio Horta admite que Dezembro tenha sido "muito mau"
13h57m

Lisboa, 20 Jan (Lusa) - O presidente da AICEP, Basílio Horta, admitiu hoje que Dezembro de 2008, no que respeita às exportações portuguesas, "pode ser muito mau", afirmando que o movimento de contentores nos portos desceu em média 20 por cento.

"Para que as exportações para o ano desçam 3,6 por cento é preciso que Dezembro seja um mês já trágico e que o primeiro semestre acompanhe essa tragédia. Mas Dezembro pode ser mau, pode ser muito mau. Nós temos informação, dos portos portugueses, que o movimento de contentores deve ter descido em média 20 por cento, o que não é nada bom", disse o presidente da AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Basílio Horta, que falava à margem das Conferências do Economist, em Lisboa, considerou que para inverter a situação, a AICEP tem de "continuar a diversificar mercados, continuar a insistir na promoção, nomeadamente nos mercados onde é mais importante existir essa promoção".

São os casos de "Angola, Singapura, Malásia. A agência tem aberto escritórios onde nunca tinha aberto antes, na Venezuela, na Líbia, em Singapura, temos uma representação na Malásia. Vamos abrir em Maio um escritório na Turquia (já temos um em Ancara), mas agora um centro de negócios em Istambul. E ao mesmo tempo atenuando a presença em mercados muito maduros, onde não há muito mais a fazer", disse.

Basílio Horta afirmou que as exportações portuguesas perderam nos mercados norte-americano, francês e britânico, "quase mil milhões de euros", mas que as perdas "foram de certa forma compensadas" com as exportações para mercados como o Brasil, Angola, Singapura, México, Argélia, Marrocos, Líbia, Venezuela.

Se por um lado, "as exportações para os Estados Unidos desceram cerca de 400 milhões de euros", por outro - frisou Basílio Horta - "Angola sobe mais de 20 por cento e Singapura sobe cerca de 20 por cento".

"Toda esta política de diversificação que temos vindo a executar começa agora a dar alguns frutos. Se não fosse este aumento teríamos uma situação muito complicada", concluiu o presidente da AICEP.

No futuro muito próximo, disse Basílio Horta, as acções de promoção da AICEP vão passar pelos Estados Unidos, pelo Oriente e por África.

"Vamos fazer uma promoção séria, nos Estados Unidos (em Silicon Valley), em conjunto com as universidades de Berkeley e Stanford...Espero que o ministro da Economia se possa deslocar nessa altura à Califórnia, porque é bom que os Estados Unidos saibam o que estamos a fazer no domínio energético, o que podemos oferecer para atrair investimento estrangeiro no domínio das tecnologias", disse.

Por outro lado, o presidente da AICEP afirmou que se vai deslocar na primeira semana de Fevereiro a Singapura e à Malásia, antes de Angola.

Basílio Horta tinha dito anteriormente que, até Novembro de 2008, as exportações portuguesas para fora da Europa continuaram a crescer a um ritmo de 14,3 por cento, mas ressalvou que "as exportações dentro da Europa, pela primeira vez desde 1983, descem dois por cento".

Até Novembro do ano passado, afirmou então, o investimento estrangeiro em Portugal desceu 0,4 por cento em relação a 2007.

"É certo que o investimento líquido desce 20 por cento, porque há muito mais saída de dinheiro", acrescentou.

NVI/SB.

Lusa/Fim


finalmente começamos a mudar de mercados expero que Portugal consiga singrar nesses mercados
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva