Portugal comecerá a recuperar?

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PedroM

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« Responder #315 em: Agosto 08, 2008, 03:27:30 pm »
Juros descem mais cedo?
Durante anos prevaleceu a ideia de que o importante, para os bancos centrais, era a inflação subjacente: a que exclui os preços da energia e alimentação. Se esta se mantivesse estável, os bancos centrais não teriam de se preocupar.

Com o recente surto inflacionista, provocado pelo petróleo (dobrou num ano) e matérias-primas (algumas subiram mais de 80%...), percebeu-se os limites deste raciocínio. Porque o cidadão comum não sabe, nem quer saber, o que é a inflação subjacente.

Para ele, o factor decisivo é saber se no fim do mês lhe sobra ordenado... ou sobra mês. Por isso é que assistimos, na Europa, a reivindicações salariais superiores a 8%. Até na Alemanha...

Foi neste contexto que o BCE teve de esquecer a inflação subjacente e começar a subir os juros (o último aumento foi em Julho). Para coarctar a ideia, que se estava a generalizar, de que o aumento do Índice de Preços no Consumidor (que inclui a energia e alimentação) veio para ficar.

Só que alguns sinais sugerem que podemos estar perante uma alteração da conjuntura: descida brusca do petróleo e das matérias-primas (dos cereais aos metais) e forte abrandamento, para não dizer estagnação, nas principais economias da zona Euro: Espanha, Inglaterra e Alemanha. Se isso acontecer, a inflação começará a abrandar mais cedo do que o previsto. Dando folga ao BCE para baixar os juros. Também mais cedo do que se pensava.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=327116
 

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comanche

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« Responder #316 em: Agosto 15, 2008, 06:44:18 pm »
Economia e emprego cresceram no 2º trimestre

quinta-feira, 14 de Agosto de 2008

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A economia portuguesa recuperou entre Abril e Junho: a variação do produto voltou a terreno positivo e o desemprego terá baixado, refere o Diário Económico desta quinta-feira, com base em opiniões de economistas, numa antevisão de dados que serão divulgados hoje pelo INE.
Os sinais de que a economia portuguesa terá evitado uma desaceleração no segundo trimestre em termos da variação homóloga são, sobretudo, do lado do investimento e das exportações.

Se assim for, refere a mesma fonte, «é de esperar que a criação de emprego também tenha continuado em terreno positivo».

Os economistas explicam que o facto de a Páscoa ter sido extraordinariamente em Março levou a que a actividade de Abril a Junho tenha acabado por beneficiar do efeito de calendário: houve mais dias úteis, logo produziu-se mais, dizem.

Em segundo lugar, olhando para os números mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Banco de Portugal, também é possível verificar que alguns indicadores de investimento e de exportações registaram um desempenho favorável no segundo trimestre.



http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=979762


Perigo de recessão está afastado, diz director do DE


Citar
O director do Diário Económico considerou, esta quinta-feira, uma «boa surpresa» a economia portuguesa ter crescido 0,4 por cento no segundo trimestre do ano, o que mostra que a recessão está afastada. António Costa justificou a melhoria com o aumento do investimento nas empresas lusas.
O director do Diário Económico considerou uma «boa surpresa» os dados relevados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), segundo os quais a economia portuguesa cresceu 0,4 por cento no segundo trimestre do ano.

Apesar de sublinhar que os números revelados são preliminares, António Costa disse que os dados são «muito importantes» porque mostram que «o perigo de recessão durante este ano» está afastado.

O responsável frisou ainda que os números portugueses contrastam com os dados registados em «grandes economias europeias, que ainda estão a corrigir em baixa».

Para António Costa, o regresso ao terreno positivo da economia lusa ficou a dever-se sobretudo ao aumento do «investimento», previsto até ao final do ano, já que as empresas lusas têm mostrado algum «dinamismo» ao adquirirem bens e serviços e ao contratarem mais trabalhadores.

Na opinião do director do Diário Económico, o investimento português tem compensado dois «factores negativos» na economia nacional, nomeadamente o consumo das famílias e do Estado.

O responsável sublinhou ainda que os «principais parceiros comerciais portugueses» estão numa situação mais difícil.

«Ainda que a comportarem-se relativamente bem face ao quadro global», as exportações portuguesas «não estão a crescer ao ritmo que cresceram no início da legislatura deste governo», liderado pelo socialista José Sócrates, acrescentou.


http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=979762
 

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PedroM

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« Responder #317 em: Agosto 18, 2008, 05:04:18 pm »
A importância de 0,4%
A economia portuguesa revelou, no segundo trimestre do ano, sinais de vitalidade inesperados e surpreendentes.

Segundo os números do Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,4% em relação aos primeiros três meses do ano e 0,9% em comparação com o período homólogo de 2007. Além disso, apresentou uma descida significativa da taxa de desemprego e uma criação de emprego em alta e, mais significativo, Portugal evoluiu em sentido contrário ao das principais economias europeias, nomeadamente a Alemanha, a França e a Espanha.

Obviamente, estes números não devem servir para esconder os problemas estruturais da economia nacional e a necessidade de correcção de alguns dos nós górdios que apertam o país, desde logo a urgência de aumentar a chamada criação de riqueza potencial, ou PIB potencial, e de diminuir a dependência externa, ou o défice externo.  Além disso, mesmo com estes números, o objectivo de crescimento económico do Governo para este ano (1,5%) permanece difícil e é, por isso, importante manter um discurso de ‘confiança realista’.

Dito isto, os números do segundo trimestre são irrelevantes? Não, são muito relevantes, especialmente porque foi o investimento que sustentou estes números. Por outras palavras, as empresas nacionais estão melhores do que se esperava, compensando as dificuldades que atravessam as famílias, por causa do aumento dos juros, e do Estado, por causa da necessidade de redução do défice.

O segundo semestre apresenta dificuldades, nomeadamente ao nível da Europa do euro, que apresentou uma quebra de 0,2% no PIB de Abril a Junho. Também por isso, o perfil de crescimento português, mais assente no investimento, pode ser um trunfo importante, porque as exportações vão necessariamente evoluir de forma menos positiva no resto do ano.

Das críticas que se ouviram nos últimos dias,  ficou sobretudo o lançamento de suspeitas sobre o INE, o organismo de estatística nacional que tem a responsabilidade de apurar os números, e a desvalorização  política de um crescimento económico que, dizem, deveria ter sido muito mais vigoroso. Pois devia, mas, mesmo assim, é um crescimento preferível ao apurado em outras paragens, ajuda a desanuviar o ambiente depressivo em que o país se encontra e cria uma dinâmica diferente para o segundo semestre deste ano.

http://www.diarioeconomico.iol.pt/edici ... 55826.html
 

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PedroM

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« Responder #318 em: Setembro 02, 2008, 10:59:54 pm »
Portugal tem a segunda inflação mais baixa da zona OCDE
Portugal registou em Julho uma das taxas de inflação mais baixas dos 30 países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), ao registar um aumento de 3,1% do Índice de Preços no Consumidor, sendo que apenas o Japão registou um aumento menor dos preços, enquanto que a Suíça obteve uma inflação igual à portuguesa.
Segundo os dados hoje divulgados pela OCDE, se forem excluídos dos cálculos os números voláteis da Alimentação e da Energia, o índice 'core' dos Preços no Consumidor português cresceu 1,2% em Julho, um valor igual ao verificado na Alemanha e Suíça, e maior apenas aos valores da França (1,1%), Canadá (0,5%) e Japão (0,2%.

A mesma fonte precisa que, no mês em análise, as maiores taxas de inflação foram registadas na Islândia (13,1%) e Turquia (12,1%).

Para a totalidade da zona OCDE, a mesma fonte nota que os preços subiram 4,8% de Janeiro a Julho, o que representa uma aceleração face aos 4,4% verificados no mês passado. Já na zona euro, o Índice Harmonizado de Preços do Consumidor cresceu 4,1% no ano até Julho, mais do que os
 

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PedroM

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« Responder #319 em: Setembro 03, 2008, 11:11:16 am »
Aumento significativo das exportações
Pescas crescem 23% em 2008


As exportações também estão aumentar o que faz com que melhore o défice da balança comercial do sector em Portugal
A produção no sector das pescas cresceu 23% no primeiro semestre de 2008, face ao período homólogo do ano anterior, o que permitiu um aumento significativo nas exportações portuguesas, melhorando o défice da balança comercial.

De acordo com a Direcção-Geral das Pescas e Aquicultura, de Janeiro a Abril deste ano o défice da balança comercial no sector registou um decréscimo de 17%, em quantidade, e de 12% em valor, comparativamente ao período homólogo do ano anterior.

Para esta melhoria da balança comercial contribuíram as exportações no sector, que se cifraram em 38.777 toneladas (mais 15,9% que no período homólogo) e renderam 147.922 mil euros (mais 18,5% que nos primeiros quatro meses de 2007).

Os portos onde mais aumentaram as descargas de pescado foram os de Matosinhos (+38%), Sesimbra (+34%), Olhão (+90%), que no mesmo período de 2007.
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stori ... ies/395654
 

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« Responder #320 em: Setembro 05, 2008, 10:51:46 am »
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Polémica Financial Times: Portugal ou Espanha são "porcos na pocilga"

No balanço das economias portuguesa, italiana, grega e espanhola, o diário britânico utilizou o acrónimo pouco abonatório - "porcos" (Pigs) - para descrever estes países. Em Espanha, o artigo está a gerar polémica.

"É um termo pejorativo, ainda que reflicta em grande medida a realidade destas economias", refere o artigo de opinião "Pigs in Muck" (na tardução literal, "Porcos na pocilga"), publicado no reputado "Financial Times" (FT), no passado dia 1 de Setembro.

A Associação DIRCOM em Espanha expressou incómodo face ao artigo no qual o jornal britânico se refere a quatro países da União Europeia - Portugal, Itália, Grécia e Espanha - como os países "porcos".

Pode ler-se que "há oito anos, os porcos chegaram realmente a voar. As suas economias dispararam depois da adesão à zona Euro(...) mas agora os porcos estão a cair novamente por terra"

Numa carta enviada directamente ao director do FT, a DIRCOM, citada pelo "El Mundo", afirma que o termo usado é "depreciativo e degradante" e não pode ser "considerado como um jogo de palavras pouco feliz, nem uma anedota de mau gosto".
A peça é classificada como um atentado à dignidade dos cidadãos, políticos e empresas daqueles países.


so, hoje às 10:25

quiosque AEIOU
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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manuel liste

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« Responder #321 em: Setembro 05, 2008, 11:46:30 am »
São uns filhos da Grã..... Bretanha  :twisted:
 

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Doctor Z

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« Responder #322 em: Setembro 05, 2008, 02:45:16 pm »
Citação de: "manuel liste"
São uns filhos da Grã..... Bretanha  :roll:
Blog Olivença é Portugal
"Se és Alentejano, Deus te abençoe...se não
és, Deus te perdoe" (Frase escrita num azulejo
patente ao público no museu do castelo de
Olivença).

:XpõFERENS./
 

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comanche

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« Responder #323 em: Novembro 16, 2008, 07:15:19 pm »
Indústria do calçado portuguesa quer ser a mais competitiva do mundo

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A Benedita será palco para a Associação Portuguesa de Industriais de Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS) apresentar aquele que considera o “programa mais estruturante de sempre alguma vez apresentado para a indústria de calçado em Portugal”.

O “FOOTure – Programa de Acção para a Fileira do Calçado” será apresentado no dia 20 de Novembro e prevê um investimento de 300 milhões de euros no sector até 2015. Ao todo, são 107 as medidas propostas para tornar a indústria do calçado portuguesa na mais competitiva no mundo, num programa que nasce do plano estratégico da associação e que será coordenado pelo Centro de Estudos de Gestão e Economia Aplicada da Universidade Católica do Porto.

A aposta será feita em três eixos distintos – inovação, qualificação e internacionalização – a partir de três programas operacionais que se complementam e cujos orçamentos têm como base uma previsão de vendas na ordem dos 12 milhões de euros entre 2007 e 2015. No que diz respeito à inovação, considerada fundamental para a fileira, o “ShoeInov” permite a canalização de 60 milhões de euros. Já a qualificação é encarada como uma das prioridades estratégicas deste plano, pelo que o “ShoeSkills” conta com 30 milhões de euros disponíveis.

Dado que a indústria portuguesa de calçado exporta a quase totalidade da sua produção, é à internacionalização que cabe o maior investimento, de 210 milhões de euros. O objectivo do “ShoeBizz” é permitir às empresas nacionais competirem nos mercados estrangeiros, sob pena de não terem futuro.

Em comunicado o presidente da APICCAPS, Fortunato Frederico, garante que apesar do “FOOTure” ser um compromisso para com o sector, “são as empresas que, individualmente, se devem comprometer com o seu sucesso”, apelando à mobilização e ao envolvimento dos participantes, que diz ter sido já demonstrado.

O seminário onde este programa de acção será apresentado terá lugar na Junta de Freguesia da Benedita na próxima quarta-feira, dia 20, a partir das 15h00.
 
Joana Fialho
 
 

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comanche

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« Responder #324 em: Novembro 16, 2008, 07:21:37 pm »
Economia portuguesa escapa à recessão mas já está estagnada
2008/11/14  
Dados acima das previsões da Comissão Europeia


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economia portuguesa estagnou no terceiro trimestre deste ano, face aos três meses precedentes, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE).

A estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB) aponta para um crescimento de 0,7% em volume no terceiro trimestre de 2008 face ao período homólogo, a mesma taxa verificada no trimestre anterior.

«O PIB no terceiro trimestre de 2008 terá registado uma variação nula face ao trimestre precedente», diz o INE.

Estes dados estão acima das previsões de Outono da Comissão Europeia, que apontavam para uma queda de 0,3 por cento do PIB no terceiro trimestre.

Recorde-se que no primeiro trimestre do ano, a economia recuou 0,2%, mas no segundo trimestre, a taxa de variação em cadeia foi de 0,3%.



http://www.agenciafinanceira.iol.pt/not ... id=1013043
 

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emarques

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« Responder #325 em: Novembro 17, 2008, 01:31:08 pm »
Este tópico já existe desde 2006. Será que o título alguma vez vai chegar a ser verdade?  :twisted:
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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« Responder #326 em: Novembro 19, 2008, 12:21:50 pm »
Citação de: "emarques"
Este tópico já existe desde 2006. Será que o título alguma vez vai chegar a ser verdade?  :roll:

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2,1 milhões precisam de 2 anos de salários para pagar aos bancos


RUDOLFO REBÊLO  

Estimativas. De Dezembro a Junho deste ano as famílias tiveram de pagar um aumento extra de 1,2 mil milhões de euros em juros. Portugal cresce 0,5% em 2008, mas no último trimestre entra em contracção económica. Investimento está a cair
As famílias portuguesas estão mais pobres e mais endividadas. Em seis meses "perderam" 10,1 mil milhões de euros na Bolsa e os empréstimos que as famílias contrataram à banca já atingiram um valor igual a dois salários anuais - descontados os impostos. Para as empresas o cenário é negro: 14,6% das firmas com créditos à banca têm prestações em atraso.

Para as famílias, a factura com a crise financeira é preenchida com cifrões enormes. Em sete meses, entre Dezembro de 2007 e Junho deste ano, as famílias portuguesas ficaram mais pobres ao "perderem" em acções cotadas - através da redução de valores em Bolsa - cerca de 10,1 mil milhões de euros, "cerca de 6% do PIB", diz o Banco de Portugal, ontem ao revelar as previsões de Outono. Cerca de 2,1 milhões de famílias com empréstimos à banca - cujas dívidas já atingem os 92% do PIB - viram os custos com os juros mensais - aumentarem 1,2 mil milhões de euros. É o reflexo do aumento das taxas de juro no crédito à habitação e ao consumo, logo a seguir ao subprime, quando as famílias americanas deixaram de pagar os empréstimos à habitação.

A dívida total das famílias portuguesas endividadas já significa cerca de 60% da sua riqueza. "É nas famílias de rendimento mais baixo" e nos jovens "que se observam valores particularmente elevados da dívida face ao rendimento".

O número de empresas "com dificuldades acrescidas no cumprimento do serviço da dívida estará a aumentar", diz o banco central. O endividamento das empresas já atinge os 113% do PIB, quando no final de 2007 representava 107%. Assim, 14,6% das empresas com empréstimos bancários em Junho último tinham falhado os pagamentos. Um acréscimo de 8,1% no primeiro semestre do ano e 14,1% em relação a Junho de 2007.

No final de Setembro, as prestações vencidas representavam, segundo o banco dirigido por Vítor Constâncio, 2,13% dos empréstimos concedidos pela banca às empresas. Esse o montante que já está em atraso, mas isto significa que a banca tem em risco cerca de 10,5% do total dos empréstimos concedidos às empresas, um aumento de 22,1% dos empréstimos em risco, em apenas seis meses. A crise atinge mais duramente as imobiliárias e a construção, diz o Banco de Portugal. É o reflexo do "actual contexto de crise financeira e da desaceleração da actividade económica".

A econo- mia portuguesa vai crescer este ano 0,5% em relação a 2007, de acordo com a projecção do Banco de Portugal. Isto significa que os técnicos do banco central esperam uma forte contracção da economia no último trimestre, depois do INE divulgar uma estagnação no terceiro trimestre. Assim, entre Outubro e Dezembro a economia deverá recuar 0,2% em relação ao mesmo período do ano passado e cair 0,3% em relação aos meses de Julho a Setembro.

O que explica a anemia da actividade? Com as famílias mais endividadas e mais pobres, o consumo - em bens alimentares e duradouros - vai abrandar ainda mais. Pelo menos "enquanto não for possível", diz o Banco de Portugal, o aumento real dos salários. O Investimento (FBCF) cai este ano 0,8%, depois de crescer 3,2% em 2007 (ver quadro). É o reflexo da fraca actividade na construção - que representa 50% do investimento - e da contracção na actividade empresarial e do elevado endividamento à banca.

Sem poupanças internas, o défice externo deverá situar-se em 8,9% do PIB em 2008, em consequência de um agravamento do comércio externo e da balança de rendimentos a reflectir a transferência, para os bancos estrangeiros, dos juros dos créditos concedidos às famílias.|


http://dn.sapo.pt/2008/11/19/economia/2 ... rios_.html
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« Responder #327 em: Novembro 19, 2008, 04:46:45 pm »
Citação de: "manuel liste"
São uns filhos da Grã..... Bretanha  :twisted:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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manuel liste

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« Responder #328 em: Novembro 19, 2008, 07:29:56 pm »
Não conhecia, qual é a origem da frase?  :wink:
 

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PereiraMarques

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« Responder #329 em: Novembro 19, 2008, 08:12:19 pm »
Citação de: "manuel liste"
Não conhecia, qual é a origem da frase?  c34x

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Muito mais prosaica mas não menos interessante e historicamente correcta é a explicação avançada para o epíteto “Amigo de Peniche”, que remonta aos primórdios da conhecida “malapata” nacionalista dos portugueses para com os “bifes", os britânicos portanto, quantas vezes consubstanciada numa “relação mais ódio que amor” e que tem hoje no futebol o seu alter ego.

Decorria à época a III Invasão Napoleónica, a Família Real Portuguesa abandonava o país em fuga para o Brasil e, sendo Portugal e a Inglaterra aliados desde há séculos e a Inglaterra a principal interessada em ter acesso aos principais portos marítimos internacionais que a França lhe queria bloquear, era de todo o interesse que o porto de Lisboa se mantivesse aberto e acessível ao comércio marítimo inglês.

Assim, os ingleses desembarcaram em Peniche dizendo que vinham prestar ajuda a Portugal, mas o que ficou na história portuguesa como um espinho cravado e nunca extirpado foi que mal desembarcaram as forças inglesas comandadas por Arthur Wellesley, iniciaram de imediato pilhagens e todo o género de desmandos sobre as gentes portuguesas. De Peniche avançaram até Lisboa derrotando as tropas francesas de Masséna nas Linhas de Torres (Torres Vedras). Desde esse tempo, os ingleses passaram a ser pouco considerados pelos portugueses, desconsideração essa que ainda mais se acentuou na época do Ultimato, e a expressão "Amigos de Peniche" passou então a designar todos os falsos amigos, os amigos da “onça inglesa”.

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