Portugal comecerá a recuperar?

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Cabeça de Martelo

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« Responder #345 em: Janeiro 07, 2009, 12:33:15 pm »
Citação de: "P44"
por isso é que ele anda a rezar por eleições antecipadas e a picar o cavaco para ver se dissolve a assembleia. Como as eleições são só em Outubro, até a desgraça deve ser tanta que mais vale prevenir e antecipá-las....


Olha que não digo que não... mas acho que o PR não vai na conversa, ele a cima de tudo quer é a estabilidade politica.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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P44

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« Responder #346 em: Janeiro 07, 2009, 12:35:16 pm »
oxalá....mas que o pinóquio anda a esticar a corda para ver se há eleições antecipadas, não duvides...o que achas que foi esta novela do estatuto dos Açores, em que ele e o PS pura e simplesmente mandaram o cavaco ás urtigas?????
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #347 em: Janeiro 07, 2009, 12:39:03 pm »
Ele a satisfazer um barão local? Talvez tenha sido um pouco tudo, desde o motivo que tu apresentas-te, ao que eu acabei de dizer e até mesmo uma forma de se destacar do PR e mostrando aos seus boys que é ele que manda aqui.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Jorge Pereira

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« Responder #348 em: Janeiro 08, 2009, 03:18:44 pm »
Citação de: "P44"
por isso é que ele anda a rezar por eleições antecipadas e a picar o cavaco para ver se dissolve a assembleia. Como as eleições são só em Outubro, até a desgraça deve ser tanta que mais vale prevenir e antecipá-las....


Concordo. Um sinal desse desespero é a permissão para outorgar obras até 5 milhões de euros sem concurso. A situação degrada-se rapidamente, e para tal é preciso agilizar a capacidade para mostrar obras até as eleições, custe o que custar. E já se sabe, a crise internacional serve para justificar tudo.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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P44

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« Responder #349 em: Janeiro 09, 2009, 11:01:19 am »
pois. na verdade a crise internacional foi a melhor coisa que poderia ter acontecido a este governo...

Citar
Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009  
Sócrates quer antecipar as eleições legislativas...
Na entrevista de ontem, 5-1-2008, à SIC, quatro dias depois da mensagem de Ano Novo do Presidente da República, o primeiro-ministro José Sócrates pede a antecipação das eleições legislativas para Junho (quatro meses antes da data prevista). Sócrates teme o efeito dominó do voto de protesto das eleições europeias sobre as eleições legislativas. Por outro lado, de acordo com a prerrogativa do Governo na marcação das eleições autárquicas, afasta a realização simultânea das eleições legislativas e autárquicas, para proteger os autarcas socialistas da contaminação das eleições legislativas...

Isto é, Sócrates não admite que ninguém se intrometa na sua marcação das autárquicas, mas quer intervir na data das legislativas que cabe a Cavaco decidir - o que é meu, é meu, o que é teu, é nosso...

Todavia, não parece crível que Cavaco Silva que, segundo a alínea b do art.º 133.º da Constituição, detém o poder de marcar as eleições legislativas, prescinda desse poder e se submeta à vontade do Governo para que este iluda o julgamento popular na data predeterminada pela lei ("entre 14 de Setembro e 14 de Outubro do ano correspondente ao termo da legislatura") do efeito acumulado da depressão económica. Muito menos parece que, se Sócrates se demitir entretanto, Cavaco Silva lhe faça a vontade de antecipar as eleições legislativas, em vez de obrigar o Governo à gestão da sua política até à data prevista de Outubro.


http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PedroM

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« Responder #350 em: Janeiro 09, 2009, 04:29:37 pm »
Citação de: "P44"
pois. na verdade a crise internacional foi a melhor coisa que poderia ter acontecido a este governo...

Citar
Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009  
Sócrates quer antecipar as eleições legislativas...
Na entrevista de ontem, 5-1-2008, à SIC, quatro dias depois da mensagem de Ano Novo do Presidente da República, o primeiro-ministro José Sócrates pede a antecipação das eleições legislativas para Junho (quatro meses antes da data prevista). Sócrates teme o efeito dominó do voto de protesto das eleições europeias sobre as eleições legislativas. Por outro lado, de acordo com a prerrogativa do Governo na marcação das eleições autárquicas, afasta a realização simultânea das eleições legislativas e autárquicas, para proteger os autarcas socialistas da contaminação das eleições legislativas...

Isto é, Sócrates não admite que ninguém se intrometa na sua marcação das autárquicas, mas quer intervir na data das legislativas que cabe a Cavaco decidir - o que é meu, é meu, o que é teu, é nosso...

Todavia, não parece crível que Cavaco Silva que, segundo a alínea b do art.º 133.º da Constituição, detém o poder de marcar as eleições legislativas, prescinda desse poder e se submeta à vontade do Governo para que este iluda o julgamento popular na data predeterminada pela lei ("entre 14 de Setembro e 14 de Outubro do ano correspondente ao termo da legislatura") do efeito acumulado da depressão económica. Muito menos parece que, se Sócrates se demitir entretanto, Cavaco Silva lhe faça a vontade de antecipar as eleições legislativas, em vez de obrigar o Governo à gestão da sua política até à data prevista de Outubro.

http://www.doportugalprofundo.blogspot.com/


Provavelmente não saberá, mas a informação que o bogue que cita difunde é FALSA.

Eu assisti à entrevista de fio a pavio e não foi nada disso que o PM disse.
O que ele disse a esse respeito foi que estava disponível para antecipar as eleições se fosse essa a vontade unanime de todas as partes envolvidas.

Não tem a nada a ver com o que o blogue que postou transcreve, pois não?
 

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Daniel

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« Responder #351 em: Janeiro 10, 2009, 01:19:09 pm »
Défice externo vai consumir todo o PIB em 2010

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A evolução da dívida externa portuguesa indica que em 2010 o seu valor igualará o PIB, ficando o país totalmente hipotecado ao estrangeiro. A dívida ao exterior tem vindo a subir continuamente, passando de 7,4% do PIB em 1996 para 90% no ano passadoO problema da dívida externa foi de novo levantado pelo Presidente da República  Aníbal Cavaco Silva, na mensagem de Ano Novo, na RTP. «Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos». «As ilusões pagam-se caras», disse. O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, aceita que o problema é grave, mas defende que fazer esse ajustamento em 2009 «não é desejável» pois agravará ainda mais a recessão.

Todo o valor de Portugal


São os bancos que se endividam no exterior por conta das famílias e empresas. É com esses recursos que os portugueses têm comprado casa, consumido bens importados, que as empresas têm investido, que foram criados empregos. O Estado também contribuiu de forma significativa para o desequilíbrio, pois também se endividou fortemente lá fora. E é o que irá acontecer este ano para combater a crise. Por isso, o aviso de Cavaco também se dirigido ao Governo que está apostado em apoiar a banca e as empresas – com avales, garantias, bonificações – para que o crédito não falte na economia (ver página seguinte).



Muito mas muito preocupante, isto a ser verdade. :roll:
 

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« Responder #352 em: Janeiro 10, 2009, 04:27:23 pm »
Citação de: "Daniel"
Défice externo vai consumir todo o PIB em 2010

Citar
A evolução da dívida externa portuguesa indica que em 2010 o seu valor igualará o PIB, ficando o país totalmente hipotecado ao estrangeiro. A dívida ao exterior tem vindo a subir continuamente, passando de 7,4% do PIB em 1996 para 90% no ano passadoO problema da dívida externa foi de novo levantado pelo Presidente da República  Aníbal Cavaco Silva, na mensagem de Ano Novo, na RTP. «Portugal não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos». «As ilusões pagam-se caras», disse. O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, aceita que o problema é grave, mas defende que fazer esse ajustamento em 2009 «não é desejável» pois agravará ainda mais a recessão.

Todo o valor de Portugal


São os bancos que se endividam no exterior por conta das famílias e empresas. É com esses recursos que os portugueses têm comprado casa, consumido bens importados, que as empresas têm investido, que foram criados empregos. O Estado também contribuiu de forma significativa para o desequilíbrio, pois também se endividou fortemente lá fora. E é o que irá acontecer este ano para combater a crise. Por isso, o aviso de Cavaco também se dirigido ao Governo que está apostado em apoiar a banca e as empresas – com avales, garantias, bonificações – para que o crédito não falte na economia (ver página seguinte).


Muito mas muito preocupante, isto a ser verdade. :roll:


Chocante mesmo.


http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Econom ... _id=122542

Défice externo vai consumir todo o PIB em 2010

A evolução da dívida externa portuguesa indica que em 2010 o seu valor igualará o PIB, ficando o país totalmente hipotecado ao estrangeiro.

A dívida ao exterior tem vindo a subir continuamente, passando de 7,4% do PIB em 1996 para 90% no ano passado


Provavelmente menos de 1% dos portugueses compreende verdadeiramente o que implica esta notícia.

O Medina Carreira já tinha previsto isto.

http://br.youtube.com/watch?v=Zyq7PmyGu ... re=related

http://br.youtube.com/watch?v=PKaN1EIer ... re=related

http://br.youtube.com/watch?v=zpTdTqSQ6 ... re=related

http://br.youtube.com/watch?v=FD1PZC9Br ... re=related

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PedroM

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« Responder #353 em: Janeiro 10, 2009, 06:08:49 pm »
Citação de: "Daniel"
Défice externo vai consumir todo o PIB em 2010

Citar
...


Muito mas muito preocupante, isto a ser verdade. :roll:


Sem dúvida que este é um assunto bem mais preocupante e com este sim, vale a pena perder algum tempo.

Antes de mais duas correcções ao artigo:

1º Não é o déficit externo que em 2010 poderá ser igual ao valor do PIB, mas sim a dívida externa.
São coisas totalmente diferentes. Grosso modo o que isto quer dizer é que se quisessemos pagar tudo o que devemos ao estrangeiro, teríamos de dar toda a riqueza produzida no país durante 1 ano.

2º A dívida externa em 1996 não era obviamente de 7,4% do PIB, isso quereria dizer que há somente 12 anos Portugal não teria praticamente dívida exrterna, o que obviamente não é verdade.
Acredito que estejamos perante uma gralha jornalística.
O valor da dívída externa em 1996 talvez fosse isso sim de 74% do PIB, mas não estou seguro se seria esse o montante. Mas senão era esse não deveria andar muito longe disso.

De qualquer modo a questão da dívida externa será o próximo grande problema da economia nacional a ter de ser enfrentado.
Em condições normais, ou seja sem a actual crise económica, o montante da nossa dívida externa, sendo grande não seria prioritário no curto prazo. De facto há muitos países, alguns até na União Europeia com um nível de dívida externa semelhante e até maior, mas como se costuma dizer, com o mal dos outros podemos nós bem.
De facto com as taxas a descer é até provavel que em 2010, estando mais endividados, acabemos por pagar menos de juros ao estrangeiro, do que aquilo que pagamos hoje. Qual é então o problema?
O problema não reside, pelo menos para já, tanto nas dificuldades em pagar, mas sim nas dificuldades acrescidas que os países mais endividados vão ter (já estão a ter), para obterem financiamento externo.
Temos de meter na cabeça que o tempo do crédito fácil já lá vai e não é provável que volte, é até bom que não volte.
Apesar das taxas base estarem a baixar, os spreads (ou seja o prémio de risco que quem empresta cobra ao seu cliente), estão a aumentar e serão tanto maiores quanto mais endividado estiver quem recorre ao crédito, É assim para os particulares, empresas e países também. Em limite poderá ser tão caro recorrer ao crédito que muitos países não o poderão fazer nos montantes de que necessitam ou até mesmo não haver crédito de todo para os países mais endividados.
Se isto acontecer o resultado será uma queda brutal do nível de vida nesses países, dado que não será possível importar tantos bens, porque não há dinheiro para os pagar, e o estado deixará de poder prestar muitos serviços, saúde, educação, transportes, etc, porque não terá dinheiro para os financiar.

Como sair daqui então?

Só há 2 hipótese, ou baixamos o nosso nível de vida, ou aumentamos o volume de riqueza gerado pela nossa economia.
Para a primeira hipótese recordo as palavras de um dos maiores banqueiros do país que há poucos meses dizia que os ordenados dos portugueses deviam ser reduzidos em 30%. Apesar de parecer irreal, pelo menos foi essa a impressão que tive quando li a entrevista, o homem disse mesmo aquilo e não é maluco. É claro que isso é uma medida irrealizável, pelo que deve ser entendida apenas no contexto de ilustrar a gravidade da situação que temos pela frente.
Resta então aumentar a riqueza produzida, como?
- Aumentando as exportações.
- Investindo nas energias renováveis para diminuir a dependência energética. Cada euro gasto em petroleo/gás é um euro que sai do país e que é abatido ao rendimento nacional.
- Atraindo mais investimento estrangeiro, se for com projectos virados para a exportação então é ouro sobre azul.
- Se possível convencer as pessoas a comprar produtos "made in Portugal", sempre que isso seja economicamente racional. Não estou a dizer que se deva comprar produtos caros e sem qualidade só porque são produzidos cá.

Não acho que haja outra saída. Tem de ser assim e não vai ser fácil.
 

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P44

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« Responder #354 em: Janeiro 11, 2009, 07:23:37 pm »
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as palavras de um dos maiores banqueiros do país que há poucos meses dizia que os ordenados dos portugueses deviam ser reduzidos em 30%.


Os Banqueiros podiam começar por dar o exemplo e reduzirem os deles em 30%. Mas é óbvio que quando falou dos "portugueses" não se devia estar a incluir.

O Vitor constâncio que ganha mais que o Presidente da Reserva Federal Americana, e pelos vistos nunca sabe de nada nem nunca vê nada (a culpa é para variar, da mulher da limpeza ou do jardineiro), também podia reduzir o seu chorudo salário para dar uma ajuda.

O problema é que são sempre os mesmos a se sacrificarem...
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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FoxTroop

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« Responder #355 em: Janeiro 12, 2009, 04:15:28 pm »
Citar
2º A dívida externa em 1996 não era obviamente de 7,4% do PIB, isso quereria dizer que há somente 12 anos Portugal não teria praticamente dívida externa, o que obviamente não é verdade.
Acredito que estejamos perante uma gralha jornalística.
O valor da divida externa em 1996 talvez fosse isso sim de 74% do PIB, mas não estou seguro se seria esse o montante. Mas senão era esse não deveria andar muito longe disso.


A Dívida externa era de 7,4% do PIB em 1996, isto segundo os sites da CIA e da mundoindex. De 2003 para 2004 houve um aumento da dívida de 1.813,74% o que nos levou da 51ª posição para a 4ª  :shock:  :shock:  :shock:
 

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123go

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« Responder #356 em: Janeiro 13, 2009, 01:46:38 pm »
Reformas mais baixas

http://www.correiodamanha.pt/Noticia.as ... 24368E840C

Os portugueses que se reformarem neste ano vão ver as suas pensões descerem 1,32 por cento devido à aplicação do factor de sustentabilidade (0,9868), ontem divulgado pelo Instituto da Segurança Social. Isto significa que, numa reforma de mil euros, serão menos 13,20 euros por mês e menos 184,80 euros por ano (as pensões são pagas 14 meses). Para quem tem uma reforma de 500 euros, pode contar com menos 6,60 euros por mês e menos 92,40 euros por ano.

Esta descida só se aplica a quem se reformar em 2009 e nos próximos anos (ver quadro).

Projecções realizadas por Pedro Corte-Real, professor do Departamento de Matemática da Universidade Nova de Lisboa, mostram que quem se reformar no ano de 2035 terá de contar com um corte de 13,7 por cento.

'O Governo sempre se manifestou contra o aumento da idade da reforma, o que aconteceu noutros países, mas com a introdução deste factor de correcção o que se passa é um prolongamento indirecto da idade de reforma', afirmou ao CM Carlos Pereira da Silva, professor do ISEG e especialista em Segurança Social.

De acordo com os cálculos efectuados pelo Instituto Nacional de Estatística, os portugueses que atingem neste ano os 65 anos (idade legal da reforma) vão viver, em média, mais 18,13 anos, contra os 17,89 anos estimados para os que se reformaram em 2006.

A COMPENSAÇÃO DO ESTADO

Uma das formas de compensar as reduções nas pensões de reforma devido à aplicação do factor de sustentabilidade, além de fazer um Plano Poupança Reforma (PPR), é trabalhar para lá dos 65 anos. O prolongamento da vida activa garante uma bonificação no valor da pensão por cada mês de trabalho efectivo. Segundo o Instituto de Segurança Social, a taxa de bonificação mensal para uma carreira contributiva de 15 a 24 anos é de 0,33 por cento. Já por cada mês de trabalho, para quem já descontou mais de 40 anos, a taxa de bonificação atinge o máximo, isto é, um por cento.

RENTABILIDADE DE 3,9% PARA PPR DO ESTADO

Mais de 5400 pessoas compraram certificados de reforma do regime público em 2008, que terminaram o ano com uma rendibilidade média de 3,9 por cento, segundo o Instituto de Gestão de Fundos de Capitalização da Segurança Social.

Em declarações à Lusa, Manuel Baganha, que preside ao conselho directivo do IGFCSS, explicou que o valor do fundo a 31 de Dezembro rondará os três milhões de euros.

As contribuições de cada aderente são depositadas numa conta, convertendo-se em certificados de reforma, e integram um fundo autónomo gerido pelo Instituto de Gestão da Segurança Social.

O trabalhador inscrito na Segurança Social pode optar por descontar 2 ou 4 por cento da remuneração média ou 6 por cento para os aderentes com 50 ou mais anos.

SAIBA MAIS

FACTOR DE CORRECÇÃO

O factor de sustentabilidade expressa a relação entre a esperança média de vida aos 65 anos com a calculada no ano anterior ao início da pensão.

0,9868

É o valor do factor de sustentabilidade a aplicar neste ano.

18,13

Os portugueses que se reformem neste ano vão, em média, viver mais 18,13 anos.

80% DO SALÁRIO

Para quem recebe mais de oito salários mínimos, a reforma plena é 80% do último salário.

COMO A ESPERANÇA DE VIDA VAI AFECTAR A REFORMA

Ano: 2009 / 2010 / 2015 / 2020 / 2025 / 2030 / 2035

Factor sust.: 0,9868 / 0,9813 / 0,9552 / 0,9303 / 0,9067 / 0,8843 / 0,8630

Redução: 1,32% / 1,87% / 4,48% / 6,97% / 9,33% / 11,57% / 13,70%

MESES DE TRABALHO ADICIONAL DEPENDENDO DA CARREIRA CONTRIBUTIVA

Anos de desc. / Meses de trabalho

De 15 a 24: 5 / 6 / 14 / 22 / 29 / 36 / 42

De 25 a 34: 3 / 4 / 9 / 14 / 19 / 24 / 28

De 35 a 39: 3 / 3 / 7 / 11 / 15 / 18 / 22

Mais de 40: 2 / 2 / 5 / 7 / 10 / 12 / 14

Fonte: Pedro Corte Real, Professor da Universidade Nova de Lisboa

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« Responder #357 em: Janeiro 13, 2009, 04:12:36 pm »
o que vale é que quando chegar a minha vez já nem vão existir reformas  :roll:  portanto nem me vou ralar...
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PedroM

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« Responder #358 em: Janeiro 13, 2009, 10:26:37 pm »
Citação de: "FoxTroop"
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2º A dívida externa em 1996 não era obviamente de 7,4% do PIB, isso quereria dizer que há somente 12 anos Portugal não teria praticamente dívida externa, o que obviamente não é verdade.
Acredito que estejamos perante uma gralha jornalística.
O valor da divida externa em 1996 talvez fosse isso sim de 74% do PIB, mas não estou seguro se seria esse o montante. Mas senão era esse não deveria andar muito longe disso.

A Dívida externa era de 7,4% do PIB em 1996, isto segundo os sites da CIA e da mundoindex. De 2003 para 2004 houve um aumento da dívida de 1.813,74% o que nos levou da 51ª posição para a 4ª  :shock:  :shock:  :shock:


Não há nada como um pouco de contraditório para obrigar a reflectir sobre os problemas. Antes de mais quero rectificar a informação que dei anteriormente e dizer que de facto a divida externa era em 1996 de 7,4% do PIB e não 74% como admiti que fosse.

Bom mas isto levou-me também a questionar sobre o porquê do "desaparecimento" da dívida externa. Pelos dados que pude encontrar em meados da década de 80 a dívida externa superava 20% do PIB.
Ora o que aconteceu foi que em 1991 e nos anos seguintes a dívida externa foi paga na sua quase totalidade, tendo por contrapartida o aumento da dívida pública.
A baralhar estas contas há também as questões das dívidas ao exterior das empresas públicas e das dívidas garantidas pelo estado, que nem sempre ao longo dos últimos 20 anos foram contabilizadas do mesmo modo. Não é uma questão fácil de acompanhar. Deixo aqui alguns links para quem quiser ler um pouco sobre o assunto.

http://213.58.158.153/COL-MF-0025/1/COL ... ctos-2.pdf

http://bdjur.almedina.net/item.php?fiel ... lue=390114

http://www.dgo.pt/oe/1997/proposta/relatorio/r97-c1.htm
 

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« Responder #359 em: Janeiro 14, 2009, 04:00:59 pm »
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Risco da dívida pública portuguesa reage em alta a "ameaça" da S&P

O risco da dívida pública portuguesa, medido pela evolução das "yields" das obrigações e pelos "credit default swaps" (CDS), agravou-se depois da agência de notação financeira Standard & Poors ter ameaçado cortar o "rating" da República Portuguesa.

Jornal de Negócios  Online
http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=349138
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