Portugal comecerá a recuperar?

  • 625 Respostas
  • 195644 Visualizações
*

raphael

  • Investigador
  • *****
  • 1724
  • Recebeu: 418 vez(es)
  • Enviou: 361 vez(es)
  • +113/-45
(sem assunto)
« Responder #300 em: Julho 10, 2008, 06:45:53 am »
A moeda única retirou-nos a possibilidade de mexer na taxa de câmbio, ou seja, na crise de 83/84 ultrapassámos bem a coisa porque apesar da consequência ter sido um aumento do défice na altura, foi possivel desvalorizar a moeda e deu pra sair do buraco, agora a solução passa por baixar os impostos imediatos (IVA) já foi 1%, quase irrisório para nós.
O problema é que há uns anos a esta parte o endividamento das famílias tem crescido a um ritmo desenfreado actualmente situa-se nos 130% (a corda tb não estica muito mais) quando em 1996 se situava nos 52%. É claro que assim não dá.
Outro pormenor quando foi o alargamento da UE a leste os nossos líderes ficaram caladinhos e não negociaram vantagens, resultado prático, os países de leste têm uma mão de obra mais qualificada que nós, a um custo substancialmente mais baixo e estão geograficamente mais próximos dos países fortes (Alemanha). Nós por cá não investimos na qualificação da  mão-de-obra, problema da mentalidade dos patrões e também da classe trabalhadora.
Para agravar o cenário neste momento o nosso maior cliente das exportações na Europa (cerca de 30%) são aqui os nossos vizinhos do lado, que apesar do Zapatero ter anunciado uma redução nos impostos, a medida pode pecar por tardia e nuestros hermanos já podem mesmo estar à beira de uma recessão.... mais uma acha para a fogueira para nos enterrarmos mais um bocadinho....
Um abraço
Raphael
__________________
 

*

P44

  • Investigador
  • *****
  • 20851
  • Recebeu: 7019 vez(es)
  • Enviou: 8027 vez(es)
  • +8126/-13004
(sem assunto)
« Responder #301 em: Julho 10, 2008, 08:37:31 am »
o Medina Carreira é a única pessoa que vejo na CS que não tem vergonha de chamar os bois pelos nomes!

Alguém sabe se a entrevista já está online, e se sim, arranja o link?


Gostei daquele dasafio dele "traga cá os optimistas, para eu falar com eles!"
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

*

oultimoespiao

  • Perito
  • **
  • 468
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +8/-0
(sem assunto)
« Responder #302 em: Julho 10, 2008, 05:27:14 pm »
A questao principal e que os portugueses nao sabem o que querem!

Querem o capitalismo e o consumo mas ao mesmo tempo querem politicas de esquerda, querem o estado sem borocracia mas quando se tenta fazer reformas estruturais ja nao querem e vao fazer greve, querem um sistema educativo moderno e com qualidade mas quando se vao fazer reformas ja nao querem porque ninguem quer responsabilidades! querem uma justica de  facil acesso e rapida mas depois ja nao querem porque tem la as suas razoes!



...enfim tem o que merecem! e vao continuar a ter porque este problema nao e dos governantes e das pessoas.
 

*

tsumetomo

  • 159
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #303 em: Julho 14, 2008, 01:43:48 pm »
Citar
Empresa alemã faz regressar a Portugal parte da produção que deslocou para a China


A empresa alemã Steiff, que inventou os ursinhos de peluche, fez regressar a Portugal parte da produção deslocalizada para a China, num movimento que se começa a verificar noutros sectores da economia, devido ao aumento do preço do petróleo.

O anúncio na semana passada pelo director-geral da Steiff, Martin Frechen, do abandono da China, após cinco anos de deslocalização de um quinto da produção do famoso ursinho de pelúcia, não apanhou de surpresa o gerente da fábrica da Steiff em Oleiros, Castelo Branco.

"Já tínhamos em curso desde o início do ano os trabalhos de ampliação das instalações", disse Narciso Guimarães, o responsável da unidade de Oleiros.

A decisão de aumentar a produção de 30 para 40 por cento do total em Oleiros, onde a Steiff tem uma fábrica desde 1991, implicará um aumento do número de efectivos em proporção semelhante, para um pouco mais de 150 trabalhadores, explicou Narciso Guimarães.

O regresso da produção a Portugal, segundo a Steiff, decorre da estratégia da nova direcção da empresa-mãe, de dificuldades logísticas e do aumento do preço dos transportes.

Os chineses privilegiam o preço e a quantidade, mas "há uma falta de capacidade de resposta para série mais limitadas e mais sofisticadas, onde se pretende uma resposta atempada", disse a empresa.

A Tunísia acolherá outra parte da produção abandonada na China num processo de aproximação aos mercados de destino que deverá ser concluído no final de 2009.

A proximidade geográfica, numa altura em que os custos dos transportes disparam, e a capacidade de adaptar rapidamente a produção às exigências do mercado são factores determinantes em nichos de mercados de diversos sectores, para os quais Portugal está bem posicionado.

Um desses sectores é o do calçado, disse Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos).

"Estamos perante dois modelos de negócios distintos, um chinês de baixo custo e grandes quantidades e o de Portugal, muito bem apetrechado tecnologicamente que consegue dar resposta inclusive às pequenas encomendas, em tempo útil", afirmou Paulo Gonçalves, que lembra aliás que 90 por cento das exportações portuguesas de calçado tem a Europa por destino.

Este responsável notou que "há marcas estrangeiras que numa determinada altura foram seduzidas pela China, mas que encontraram problemas, como a falta de capacidade de resposta em tempo útil. Pela sua proximidade dos principais mercados do resto da Europa, Portugal assegura uma resposta rápida", sublinhou.

Paulo Gonçalves não adiantou dados concretos, "mas ouve-se falar" de empresas nacionais que voltaram a receber encomendas de marcas que tinham tentado a Ásia, afirmou.

Para o economista João Loureiro, tal movimento está de facto a verificar-se no sector do calçado como o mostra o crescimento das exportações.

"De há dois ou três anos a esta parte, há um regresso a Portugal quando se trata de calçado de alto qualidade, onde a par de um certo grau de mecanização, a intervenção humana e uma certa tradição têm o seu papel", explicou o presidente da Faculdade de Economia do Porto.

Portugal e os outros países que perderam produção para destinos mais baratos, como a China e a Índia vêem assim agora, com o aumento do preço do petróleo, regressar a vantagem comparativa de estar perto dos mercados.

"O custo do transporte por navio é muito baixo e uma pequena parte no custo global de um produto. Mesmo com o petróleo a aumentar, representa cerca de cinco ou sete por cento do preço total", disse Pedro Abrantes, professor no Instituto de Estudos de Transporte da Universidade de Leeds, Reino Unido.

"Mas com o custo da distância sempre a aumentar as empresas têm de o fazer reflectir. Uma das consequências prováveis deste aumento é por isso a quebra do comércio global", explicou.

A tendência, segundo Pedro Abrantes, vai penalizar sobretudo os países que exportam mais e para mais longe. Os países da União Europeia, que exporta muito os outros estados-membros, poderão ver assim regressar a produção - tal como viram voltar o ursinho de peluche.



http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1335343
 

*

tsumetomo

  • 159
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #304 em: Julho 14, 2008, 01:50:36 pm »
Citar
Lisbon Comes Alive

FOR its 99th birthday last year, the decrepit Fábrica Braço de Prata factory complex underwent the real estate equivalent of a Saul-to-Paul spiritual conversion.

A manufacturer of weapons during the dark years of dictatorship in Portugal, the long-disused facility was reborn as Lisbon’s most ambitious new cultural venue. Guns and grenades were replaced by concert rooms, exhibition spaces, a sprawling bookstore, a cinema, a restaurant and various bars.

When the metamorphosis was complete, only one potentially troubling question lingered: Would Lisbonfolk actually drag themselves to the city’s outskirts to visit an old industrial space with sinister associations and an unusually eclectic booking policy encompassing everything from electronic music to philosophical conferences to free-form jazz?

“It was a big risk,” said Michel de Roubaix, a resident artist who is the accordion-playing leader of a postmodern cabaret show at the center.

After all, this wasn’t a metropolis with a well-established avant-garde tradition like Paris or Berlin, but dowdy old Lisbon, a small Catholic city that is best known for inexpensive seafood meals, throwback cable cars and faded colonial architecture from Portugal’s long-vanished international empire.

But on a balmy night in March, the throngs filing into the complex made it clear that the city was more than ready for a bit of progressive bohemia in their remote corner of the Continent. Looking like the assembled listenership of some Portuguese version of National Public Radio, a buzzing crowd of tweedy academics, tattooed cool kids, bourgeois couples and bespectacled grad-student types fanned out to sample Fábrica Braço de Prata’s typically diverse offerings: a jazz combo, a reggae outfit, a Leonard Cohen documentary and a 1 a.m. after-party featuring D.J.’s and alternative bands.

“It’s creative in all areas — theater, art, music, dance,” Mr. de Roubaix said of the venue’s appeal, clearly pleased by its unexpected success. “There’s a fast turnover of events and shows that keeps the place very dynamic.”

The same could be said for 21st-century Lisbon.

Fábrica Braço de Prata’s transformation is emblematic of the city’s sudden cultural emergence. Like the factory, Portugal languished for much of the 20th century on Europe’s geographic and cultural margins. From the 1920s until the 1970s, a repressive dictatorship smothered the nation, sending the creative classes fleeing to London and Paris and severely stunting any potential arts scene. The economy also slumped. Once the center of a global trade empire, Portugal sunk into notoriety as Western Europe’s poorest nation.

As dust collected on Lisbon’s monuments — Roman theaters, Moorish edifices, Gothic churches, Baroque squares — the city became the Miss Havisham of Western Europe: a relic, forgotten and forlorn.

The last of the Western European capitals to experience a cultural bloom, Lisbon is avidly making up for lost time. All over the city, an upstart generation is laying waste to the sepia-toned stereotypes and gleefully constructing edgy and forward-looking ventures amid the time-worn monuments and quaint cobbled lanes.

“I remember being a kid and thinking, ‘Nothing happens in Lisbon. Why should we have to go abroad to see stuff happening and new stuff and to get inspired?’ “ said Nuno Pinho, 33, co-owner of a gallery called In-Cubo that opened last year. “Now there are so many things happening in Lisbon that you can’t get to everything — concerts, exhibitions.”

“It is not an old-fashioned city where the women still carry fish on their heads.”

A former antiques store, In-Cubo is devoted to graffiti and other contemporary urban art forms. Similar renovations are taking place throughout the neighborhood, Principe Real, where dilapidated buildings are filling with concept stores, galleries and boutiques. A short walk away, a formerly louche strip club called Cabaret Maxime has reopened as a much-ballyhooed new nightclub for the city’s most unusual and alternative bands and performance outfits. Throw in Lisbon’s new world-class art museum, the Berardo Collection Museum, and a nascent fashion scene, and you have Western Europe’s fastest-rising cultural center.

The future appears even brighter. Next year may see the much-awaited opening of MuDe, an eight-story museum of international fashion and design. Meanwhile, Norman Foster has been hired to construct a vast new development in Lisbon’s emerging design district, Santos , that will add even more cutting-edge shops and art spaces to the waterfront. The star architect Jean Nouvel, this year’s winner of the Pritzker Prize, is also slated to add his postmodern stamp to the Lisbon cityscape. His Alcântara-Mar project, if realized, will contain four sleek buildings of restaurants, cafes, boutiques, gardens and apartments.

And as the city’s cool factor has surged, so has its international profile. MTV Europe held its music awards in Lisbon in 2005. Last year, the influential London-based World Travel and Tourism Council held its annual convention there. If anything, the global spotlight seems likely to get even more intense thanks to a bevy of high-profile international festivals that have started in recent years, including the biennial ExperimentaDesign (next up in 2009) and the Lisbon Architecture Triennale (coming again in 2010).

On a balmy spring night, the gala 30th edition of Moda Lisboa, Lisbon’s twice-yearly fashion week, was in full swing. As a pulsating electronic-music beat filled the Estoril Casino ballroom, female models filed down a catwalk in futuristic black and gray garments suggesting haute-couture flight suits. Conceived by a young designer named Katty Xiomara, and known as “Metropolis,” the retro-futuristic collection owed a clear debt to Fritz Lang’s sci-fi film.

“In the beginning we didn’t have buyers, no fashion magazines, no journalists and only one modeling agency,” said Eduarda Abbondanza, the festival’s director, of the early editions of Moda Lisboa, in the 1990s. Next to her, Portuguese and Italian camera crews interviewed designers and local VIPs, many with champagne flutes and BlackBerrys in hand.

“Now we have fashion universities, and the world media is here,” she observed before shooting off a list of Portuguese designers now working senior positions in major international fashion houses: Balenciaga, Givenchy, Betsey Johnson.

For designers who have chosen to stay at home, the old lanes of the Bairro Alto and Chiado districts have become the choice spots for launching stores and showrooms.

By night, hipsters and young professionals fill the area’s myriad bars and D.J. lounges. By day, tranquillity resumes and savvy clotheshorses snap up locally made threads in boutiques like Ana Salazar and Alves/Gonçalves. Much of the best work imaginatively channels Portuguese history, geography or even literature into distinctive 21st-century garments.

“I’m from Madeira island, from the sun,” said Fátima Lopes, 43, the dark-eyed queen of Portuguese fashion, as she sat one afternoon in her eponymous Bairro Alto boutique. “I am used to wearing miniskirts and shorts. For me the body is nothing to hide.”

It’s hardly a surprising statement coming from a woman who in 2000 astonished Paris Fashion Week by mounting the runway in a self-designed bikini outfitted with about a million dollars’ worth of diamonds. (They were supplied by an Antwerp merchant.)

Similarly, a Latin warmth radiates throughout the angular, postmodern shop, whose bright orange and red walls hold all manner of colorful, finely cut and close-fitting clothing: slimly tailored gunmetal blue suits for men, long, low-cut red diva dresses for women. The Fátima Lopes woman, the designer said, “is strong and at the same time very feminine.”

As for fairy-tale waifs, coy Lolitas and escapees from the pages of “Wuthering Heights,” they flash their credit cards at Storytailors, certainly the most brilliantly strange new store to set up in Lisbon.

Opened in 2007 by the young design duo João Branco and Luis Sanchez, Storytailors isn’t so much a retail outlet as a cabinet of wonders where the ghosts of Lewis Carroll and the Brothers Grimm haunt the racks. The 18th-century warehouse brims with hoopskirts, corsets and elaborate lace getups adorned with richly patterned fabrics and kaleidoscopic colors.

Regally enfolded in a Baroque-style armchair, Mr. Branco, 30, explained that each year’s line of clothes began with a classic fairy tale, myth or legend, either Portuguese or international. The pair then hire writers to transform it into “twisted stories,” whose characters and experiences form the basis of various collections.

These literary-sartorial mash-ups, Mr. Branco said, have yielded “Narkë: the History of a Dress” (about a Cinderella offshoot who “was cursed to travel through time,”) EUphyra (about “a Medusa who wanted to fly”) and “E.L.A (lice) and Ela (Queen of Roses)” (the tale of a schizophrenic girl that mixes elements of “Alice in Wonderland” and a Portuguese myth about “a queen that transforms roses into bread for the poor”).

“People often said when we started this project that we should go elsewhere, like London or Paris,” Mr. Branco said, smiling and shaking his head at the memory. “Still, we believed that there was potential in Portugal and that there was something happening in Portugal.”

So far, he’s been right. The pair’s dresses now hang in the personal wardrobes of the British singer Lily Allen and Madonna.

Situated across the street from the Mosteiro dos Jerónimos — a magnificent 16th-century Gothic monastery built at the height of the Portuguese empire — the year-old Berardo Collection Museum is Lisbon’s boldest 21st-century bid to recapture some cultural prominence.

As Prime Minister José Sócrates remarked when the museum debuted last year, “In the past, the European route of modern art ended in Madrid.” He added, “Now it ends here.”

It’s the kind of boast that one expects from a cheerleading politician, of course. But the goods on the walls easily back him up. The place is packed with iconic 20th-century works that seem transposed from the pages of coffee-table books and glossy art-history bibles. Picasso, Duchamp, Piet Mondrian, Francis Bacon, Richard Serra, Nam June Paik, Nan Goldin, Andreas Gursky — all the heavyweights are there, amassed over the years by the Portuguese business titan José Berardo.

On a lazy afternoon, couples and 20-something art students strolled through the airy white galleries, pausing to contemplate Salvador Dali’s “White Aphrodisiac Telephone” (topped with a lobster), while a guide held forth to a group of school kids about Andy Warhol’s “Ten Foot Flowers” canvas.

“Lisbon can now show the world that it can be a modern and contemporary art center,” said the museum’s director, Jean-François Chougnet, who formerly oversaw France’s vast network of public museums. Equally important, the Berardo can help introduce the wider world to Portugal’s many talented artists, Mr. Chougnet said.

He paused before a hallucinatory pastoral scene painted by Paula Rego, a Portuguese artist based mostly in London. Entitled “The Barn,” it depicted two young girls gleefully whipping the exposed backside of a milkmaid passed out next to a cow. “She’s already had two retrospectives at the Tate.”

Nearby, he motioned to some monolithic silvery blocks — like shiny refrigerators carved with grid patterns — by the sculptor Pedro Cabrita Reis. “He’s one of the favorite artists of Norman Foster,” he explained. “Foster has a huge collection.”

A few days later, as the Saturday afternoon washing fluttered on Lisbon’s wrought-iron balconies, a few dozen locals and travelers boarded a pair of buses outside the Museu da Cidade. Destination: a visit to the hot local and international artists of tomorrow.

Organized by Lisboarte (www.lisboarte.com), a confederation of local galleries, the buses make two separate circuits around the city, ferrying curious parties and collectors to exhibition spaces that have coordinated the debuts of their new shows. These free tours, which happen about six times a year, are essential in a city with an expanding art scene but no concentrated gallery district. (The next tour is Sept. 13.)

In a darkened alcove of the Galeria Luís Serpa, a flickering video depicted a white lily slowly wilting and dying as a disembodied female voice read from “The Inferno” in Arabic.

One of the most prestigious galleries in Lisbon — along with the likes of Vera Cortes Art Agency and Cristina Guerra Contemporary Art — Luís Serpa has been a passionate advocate of Portuguese artists (including Cabrita Reis), championing their work in global forums like Art Basel and the Frieze Art Fair in London. The gallery has also shown creations by boldface foreigners like Chuck Close and Robert Wilson.

But its most ambitious project is yet to come. Next year, the gallery’s namesake owner is creating a “think tank” of international experts — urban planners, cultural impresarios — who will devise strategies for fully elevating Lisbon, at last, into a globally recognized cultural capital. A large part of his hope, he explained, is to lure creative people from around the world and “to create a cosmopolitan place where new talent can come and create in a new way.”

“I think Lisbon has a very, very good chance to be a transcultural platform for the creative industries in the future, because we have such good weather, food, unused spaces” and low prices, said Mr. Serpa, sporting an elegant tieless suit and eating a cookie. “Architecture, design, art, photography and literature will all be involved.”

A decade ago, such a pronouncement would have drawn laughs. On this day, however, the only sound was some well-dressed middle-aged women appreciatively questioning the video installation’s creator, a French photographer named Marie Bovo. Later in the year, Mr. Serpa said, the gallery intended to host exhibitions by artists “from China to Egypt to Iran to France to Spain.”

“Lisbon has the potential to become the most cosmopolitan and international city,” he said as the cadences of Dante’s masterpiece, in Arabic, mingled with his guests’ French, English and Portuguese chatter. “I really believe that.”

A BIT OF PROGRESSIVE BOHEMIA IN A REMOTE CORNER OF THE CONTINENT

GETTING THERE

Continental, United and the Portuguese airline TAP all fly between Newark Liberty airport and Lisbon. Fares for travel in August start at around $1,200 round trip, according to a recent Web search.

WHERE TO STAY

The 42-room Heritage Av Liberdade (Avenida da Liberdade 28; 351-21-340-4040; www.heritageavliberdade.com) was designed by the Portuguese architect Miguel Câncio Martins, who has worked on such hip hangouts as the Pacha Club in Marrakesh and the Buddha Bar in Paris. It occupies an attractive 18th-century colonial structure and doubles cost 224 to 250 euros (about $350 to $400 at $1.59 to the euro) depending on the season.

Also housed in a lovely 18th-century building, the three-year-old, 55-room Bairro Alto Hotel (Praça Luís de Camões 2, 351-21-340-8288; www.bairroaltohotel.com) is a sleek boutique hotel in the heart of Lisbon’s main shopping and night-life district. Excellent rooftop bar. The rack rate for doubles, including taxes and breakfast, is 395 euros, but better deals can often be found online or by calling.

John Le Carré and Graham Greene are among the luminaries who have holed up at the venerable York House (Rua das Janelas Verdes 32; 351-21-396-2435; www.yorkhouselisboa.com), a 17th-century mansion that was redone in 2004. Located in the Santos design district, it is an excellent choice for furniture and home-décor aficionados. Doubles range from 150 euros to 250 euros depending on the day and season.

WHERE TO EAT

The chef Vitor Sobral literally wrote the book on contemporary Lisbon cooking as co-author of the culinary bible known as “Nova Cozinha Portuguesa” (“New Portuguese Cuisine”). At Terreiro Do Paço (Praça do Comércío; 351-21-031-2850; www.terreiropaco.com) he whips up creative concoctions like salt-cod carpaccio, Azores tuna with mango-tomato-fig compote, and pineapple goat-cheese ravioli. Three courses for two, without wine, run about 100 euros.

Situated in the Santos Design District, the minimalist-cool Cop ‘3 (Largo Vitorino Damásio 3, 351-21-397-3094; www.restaurantecop3.com) opened in 2006 and also specializes in nouveau Portuguese cuisine. Offerings include roasted sardines with sea salt and Alvarinho wine, and swordfish with coriander crust. Two people can eat three courses, without wine, for around 90 euros.

Lisbon’s first Michelin-starred restaurant, Eleven (Rua Marquês de Fronteira, Jardim Amália Rodrigues; 351-21-386-2211; www.restauranteleven.com) serves up flashy Portuguese-modern dishes like octopus terrine and black pork loin in red pepper crust. Tasting menus at 69 and 85 euros per person.

ART

From Picasso to Warhol to Andreas Gursky, the new Berardo Collection Museum (Praça do Império; 351-21-361-2878 www.museuberardo.pt) in the Belém Cultural Center holds a world-class collection of international modern and contemporary art. Among the top local galleries for Portuguese and global conceptual art are Galeria Luís Serpa Projectos (Rua Tenente Raul Cascais 1B; 351-21-397-7794) and Cristina Guerra (Rua Santo António à Estrela 33; 351-21-395-9559; www.cristinaguerra.com).

FASHION AND DESIGN

Classic Portuguese products and design items, from hair tonics to cool ceramics, are affectionately presented at A Vida Portuguesa (Rua Anchieta 11; 351-21-346-5073; www.avidaportuguesa.com). For edgy lighting, unusual sculpture and other contemporary Portuguese and European creations, hit Fabrico Infinito (Rua Dom Pedro V, 74; 351-21-246-7629; www.fabricoinfinito.com), a concept store and cafe.

Portugal’s fashion queen, Fátima Lopes (Rua da Atalaia 36, 351-21-324-0546; www.fatima-lopes.com), does colorful and streamlined outfits for men and women. Design duo Storytailors (Calçada do Ferragial 8, 351-21-343-2306; www.storytailors.pt), meanwhile, create flamboyant retro-bizarre clothes for women based on their own original fairy tales and myths.

MUSIC AND NIGHT LIFE

A former strip club, the venerable Cabaret Maxime (Praça da Alegria 58, 351-21-346-7090; www.cabaret-maxime.com) was reopened two years ago as a bar and nightclub dedicated to staging some of Lisbon’s most adventurous and alternative acts.

With numerous concert rooms, art spaces and conference areas — as well as a bookstore, bar and restaurant — the newly restored weapons factory known as Fábrica Braço de Prata (Rua da Fábrica do Material de Guerra 1, 351-9-6735-4817; www.bracodeprata.org) is a hotbed of culture in Lisbon.



http://travel.nytimes.com/2008/07/13/travel/13Lisbon.html?8dpc
 

*

Daniel

  • Investigador
  • *****
  • 3032
  • Recebeu: 432 vez(es)
  • Enviou: 225 vez(es)
  • +723/-9400
(sem assunto)
« Responder #305 em: Julho 26, 2008, 04:43:10 pm »
Bom não sei se é o tópico certo para postar esta notícia, mas não sei se tem algum tópico acerca de aviação ou da Embraer, e para não abrir um novo tópico decidi colocar esta notícia aqui. :wink:

Embraer vai fabricar componentes de aviões no Alentejo


Citar
O fabricante brasileiro Embraer, o terceiro maior construtor de aviões, vai criar duas fábricas de componentes no Alentejo, num investimento inicial de 148 milhões de euros. À TSF, Manuel Pinho avançou que o projecto vai criar centenas de postos de trabalho.
O primeiro-ministro apadrinha este sábado, juntamente com o presidente brasileiro, um acordo com a Embraer, que vai trazer para Évora duas fábricas de componentes para meios aéreos, num investimento inicial de 148 milhões de euros.

Em declarações à TSF, o ministro da Economia adiantou que a vinda da empresa para Portugal vai criar «mais de 500» postos de trabalho directos, para além de muitos outros decorrentes da criação de outras empresas ligadas à actividade da Embraer.

«Em termos indirectos, esta fábrica vai comprar 80 por cento das componentes, muitas delas fabricadas em Portugal, o que naturalmente vai criar uma série de empresas em torno deste grande projecto, que para ele vão produzir», explicou.

Manuel Pinho recusou-se a adiantar quais as contrapartidas financeiras dadas aos brasileiros neste projecto, que teve início em 2006, quando José Sócrates viajou ao Brasil.

«É muito difícil ver exactamente quanto é. Vai desde a formação profissional, aos incentivos regionais, aos incentivos de investigação e desenvolvimento», disse, frisando não poder dizer «com rigor» o montante global.

O ministro da Economia quer que as infra-estruturas estejam a funcionar até ao final do próximo ano.

 

*

Cabeça de Martelo

  • Investigador
  • *****
  • 23279
  • Recebeu: 4233 vez(es)
  • Enviou: 2997 vez(es)
  • +3089/-4562
(sem assunto)
« Responder #306 em: Julho 26, 2008, 04:51:11 pm »
Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...

 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #307 em: Julho 28, 2008, 08:35:47 pm »
INE revê em alta crescimento económico português de 2006 para 1,4%


Citar
Lisboa, 28 Jul (Lusa) - O Instituto Nacional de Estatística reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa em 2006, em 0,1 pontos percentuais, para 1,4 por cento, de acordo com as contas nacionais definitivas.

Os dados estatísticos hoje divulgados, que assentam em fontes "mais sólidas" e são mais "completos e abrangentes", segundo o INE, reflectem uma aceleração da economia portuguesa de 2005 para 2006, em 0,5 pontos percentuais, devido à melhoria das exportações.

Os dados de Maio apontavam para um crescimento de 1,3 por cento no conjunto de 2006, pelo que os dados conhecidos agora reflectem uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais.

IRE.

Lusa/Fim




Algum erro ocorreu, esta noticia foi colocada hoje em vários sites e por lapso foi colocada por mim.

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9ab67286625316bd581422.html

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=972548
« Última modificação: Julho 28, 2008, 09:29:06 pm por comanche »
 

*

AMRAAM

  • Perito
  • **
  • 468
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #308 em: Julho 28, 2008, 08:53:36 pm »
Citação de: "comanche"
INE revê em alta crescimento económico português de 2006 para 1,4%


Citar
Lisboa, 28 Jul (Lusa) - O Instituto Nacional de Estatística reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa em 2006, em 0,1 pontos percentuais, para 1,4 por cento, de acordo com as contas nacionais definitivas.

Os dados estatísticos hoje divulgados, que assentam em fontes "mais sólidas" e são mais "completos e abrangentes", segundo o INE, reflectem uma aceleração da economia portuguesa de 2005 para 2006, em 0,5 pontos percentuais, devido à melhoria das exportações.

Os dados de Maio apontavam para um crescimento de 1,3 por cento no conjunto de 2006, pelo que os dados conhecidos agora reflectem uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais.

IRE.

Lusa/Fim


Ano 2005-2006... :conf:  :?:
"Con la sangre de un guerrero y el primer rayo de sol, hizo Dios una bandera, y se la dio al pueblo español"
 

*

manuel liste

  • Especialista
  • ****
  • 1032
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #309 em: Julho 29, 2008, 09:55:49 am »
Citação de: "AMRAAM"
Citação de: "comanche"
INE revê em alta crescimento económico português de 2006 para 1,4%


Citar
Lisboa, 28 Jul (Lusa) - O Instituto Nacional de Estatística reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa em 2006, em 0,1 pontos percentuais, para 1,4 por cento, de acordo com as contas nacionais definitivas.

Os dados estatísticos hoje divulgados, que assentam em fontes "mais sólidas" e são mais "completos e abrangentes", segundo o INE, reflectem uma aceleração da economia portuguesa de 2005 para 2006, em 0,5 pontos percentuais, devido à melhoria das exportações.

Os dados de Maio apontavam para um crescimento de 1,3 por cento no conjunto de 2006, pelo que os dados conhecidos agora reflectem uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais.

IRE.

Lusa/Fim

Ano 2005-2006... :conf:  :?:


Son datos revisados y definitivos, es normal que exista alguna pequeña discrepancia respecto a los datos adelantados hace ya bastante tiempo.

El PIB de Portugal creció en 2007 un 1,9%, dato pendiente de revisión.
 

*

AMRAAM

  • Perito
  • **
  • 468
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #310 em: Julho 29, 2008, 10:44:54 am »
Citação de: "manuel liste"
Citação de: "AMRAAM"
Citação de: "comanche"
INE revê em alta crescimento económico português de 2006 para 1,4%


Citar
Lisboa, 28 Jul (Lusa) - O Instituto Nacional de Estatística reviu hoje em alta o crescimento da economia portuguesa em 2006, em 0,1 pontos percentuais, para 1,4 por cento, de acordo com as contas nacionais definitivas.

Os dados estatísticos hoje divulgados, que assentam em fontes "mais sólidas" e são mais "completos e abrangentes", segundo o INE, reflectem uma aceleração da economia portuguesa de 2005 para 2006, em 0,5 pontos percentuais, devido à melhoria das exportações.

Os dados de Maio apontavam para um crescimento de 1,3 por cento no conjunto de 2006, pelo que os dados conhecidos agora reflectem uma revisão em alta de 0,1 pontos percentuais.

IRE.

Lusa/Fim

Ano 2005-2006... :conf:  :?:

Son datos revisados y definitivos, es normal que exista alguna pequeña discrepancia respecto a los datos adelantados hace ya bastante tiempo.

El PIB de Portugal creció en 2007 un 1,9%, dato pendiente de revisión.

Gracias por la aclaracion Manuel!! :wink:
"Con la sangre de un guerrero y el primer rayo de sol, hizo Dios una bandera, y se la dio al pueblo español"
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #311 em: Agosto 06, 2008, 09:25:24 am »
Portugal ganha a Espanha investimento da Air Liquide

O gigante francês Air Liquide tem em curso um forte plano de investimentos na Europa, em que Portugal é um dos protagonistas. A empresa produtora de gases industriais e medicinais, em vez de Espanha, decidiu investir perto de 130 milhões de euros no mercado português.

"Estamos a investir, numa perspectiva de longo prazo, em duas novas unidades produtivas, em Sines e Estarreja, e num centro de enchimento de garrafas na Arruda dos Vinhos", sintetiza ao Jornal de Negócios o director-geral para a Península Ibérica da Air Liquide. Na primeira entrevista que dá em Portugal (ver página ao lado), Etienne Hubert assume que "antes de decidir realizar estes investimentos em Portugal, reflectimos muito e tínhamos duas ou três alternativas em Espanha".

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=326648
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #312 em: Agosto 06, 2008, 11:02:16 pm »
Afinal as empresas portuguesas também compram em Espanha, não são só as espanholas a comprar por cá. Notícia da LUSA:

Galp compra negócio da ExxonMobil e Eni na Península Ibérica por 695ME
06 de Agosto de 2008, 19:00

Lisboa, 06 Ago (Lusa) - A Galp Energia comprou os negócios de distribuição de produtos petrolíferos da ExxonMobil e Eni na Península Ibérica por 695 milhões de euros, anunciou hoje a petrolífera portuguesa, negócio que terá um impacto positivo de 120 milhões de euros no seu resultado.

Em comunicado divulgado pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp diz que com este negócio passará a ter mais 515 estações de serviço em Portugal e Espanha, para um total de 1.553 estações, e comercializará nesses países cerca de 12 milhões de toneladas de produtos petrolíferos.

A expectativa da empresa é a de que o mercado espanhol represente 45 por cento das vendas.

A compra, que já tinha sido anunciada em Abril e da qual hoje se soube o valor, deverá aumentar o resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) em 120 milhões de euros, segundo a petrolífera portuguesa, a beneficiar de economias de escala e sinergias, nomeadamente em termos logísticos e aprovisionamento, que se devem sentir sobretudo a partir de 2010.

A Eni opera em Portugal e Espanha nas estações de serviço sob a marca Agip e tem ainda o negócio de 'wholesale'.

A Galp referE ainda que este negócio está ainda a aguardar a aprovação "das entidades competentes".

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/70a ... da79e.html
 

*

PedroM

  • 167
  • +0/-1
(sem assunto)
« Responder #313 em: Agosto 07, 2008, 09:21:19 am »
Notícia do Diario Económico de hoje.

Principais compradores do 'made in Portugal' vão cortar nas importações
Crise coloca parceiros comerciais em dificuldades, alguns à beira da recessão. Dois terços das exportações estão sob ameaça.


Os principais clientes das exportações portuguesas estão a enfrentar sérias dificuldades económicas. Um terço das vendas nacionais vai para países à beira da recessão (Espanha e EUA, por exemplo) ou que entraram mesmo em contracção (Dinamarca). Outro terço está a ser escoado para economias em abrandamento, onde figuram alguns casos de forte travagem e estagnação, como a Alemanha e a Itália.

Este cenário mostra que mais de dois terços das exportações têm como destino mercados cada vez mais anémicos, ameaçando directamente a actividade e a criação de emprego em Portugal, lamentam vários economistas.

“As maiores dificuldades de crescimento dos países europeus e EUA tendem a causar estragos mais avultados do que o euro forte”, aponta Rui Constantino, economista-chefe do Banco Santander.

A crise está, pois, a condicionar fortemente o motor da economia portuguesa – as exportações valem mais de 30% do PIB – pela rapidez com que está a danificar a actividade nos destinos de maior importância. Não fosse a velocidade de contágio desta crise às economias mais desenvolvidas, e Portugal conseguiria amortecer de forma mais eficaz o embate: o país exporta cada vez mais bens e serviços tecnológicos e tem vindo a aprofundar laços comerciais com mercados alternativos e de forte crescimento: Angola, Singapura, China, Polónia, Brasil e Rússia.

As últimas notícias dão conta de um agravamento rápido da actividade e da confiança em países como Espanha, Alemanha, Reino Unido, Itália, EUA e Japão. Alemanha, a maior economia do euro e segundo maior cliente de Portugal, deve ter entrado em contracção no segundo trimestre de acordo com o Governo, citado pelo “Financial Times”.

Uma sondagem de 34 analistas ouvidos pela Reuters diz que Itália (o sexto cliente) estagnou no segundo trimestre. Indicadores recentes, ontem divulgados, dizem que o Japão está à beira da recessão, tendo terminado o ciclo de expansão económica mais longo desde o pós-guerra.

O caso mais complexo é, contudo, o espanhol. Pedro Curto, director-geral adjunto da agência de ‘ratings’ Coface Portugal, considera que a situação em Espanha “deteriorou-se muito, com cada vez mais dificuldades de pagamentos às empresas nacionais que operam no mercado espanhol”. Este especialista aponta que “os prémios de risco associados às exportações estão a subir”.


As maiores ameaças e as tábuas de salvação

1 - Espanha na pior crise desde 1993
Espanha (o maior cliente) arrisca a cair em recessão: segundo o Governo de Madrid, a expansão do PIB deverá será de 1,6% este ano e 1% no próximo, o investimento e o emprego entrarão em recessão em 2009. O consumo quase estagnará, a evolução das importações, que acompanha o das exportações portuguesas , descerá até 1,9% em 2009. São os piores registos desde 1993, ano de recessão.

2 - Mau tempo na economia britânica
O FMI reviu ontem de forma significativa as previsões de crescimento do Reino Unido. Segundo o relatório do Artigo IV, o quarto maior mercado de destino das exportações nacionais crescerá apenas 1,4% em 2008 e 1,1% em 2009 (contra 1,8% e 1,7%). O FMI alerta para o “forte abrandamento” da economia e estima mesmo que as importações britânicas caiam este ano e quase estagnem em 2009.

3 - Angola cada vez com maior peso
Desde o início deste ano, Angola ultrapassou os EUA e Itália como mercado cliente das exportações portuguesas. O país africano absorve actualmente (no primeiro quatrimestre) 4,7% das exportações totais, tendo registado um aumento homólogo de 26,5% nas encomendas. Em 2002, o peso de Angola era de 2,1%.  A OCDE/BAD prevêem que a economia cresça 11,5% para este ano e abrande até 5,1% em 2009.

4 - Singapura/China em forte ascenção
O eixo Singapura/China capta já 2,5% das exportações totais de Portugal, sendo assim tão importante como a Bélgica. O forte crescimento das economias asiáticas justifica a explosão nas vendas nacionais: mais 43% no período de Janeiro a Abril. Portugal vende produtos como máquinas de escritório e informática, aparelhos de som e imagem, produtos químicos e alguns têxteis.


Japão interrompe ciclo histórico de expansão
O Japão já foi a maior economia do mundo, tendo vivido uma década memorável de crescimento nos anos 60. Nessa altura cresceu a um ritmo anual médio superior a 10%, progredindo nas década seguintes ritmos mais moderados, mas importantes. Ultrapassou os EUA e tornou-se na economia número um a nível global. Esse tempo parece ter terminado: dados ontem divulgados, mostram que a economia terminou o ciclo de expansão mais longo desde o pós-guerra, havendo já quem diga que entrou em recessão por causa do forte embate da crise financeira. O FMI prevê que a terceira maior economia do mundo – atrás da China e dos EUA – cresça 1,5% neste ano e no próximo, mas o Governo, que para a semana apresentará novas projecções, admite que a situação se está a “deteriorar”. As exportações – o motor do mercado nipónico – terão entrado em contracção em Junho, algo que não acontecia há quase cinco anos. O país está a sofrer bastante com o choque petrolífero

http://www.diarioeconomico.iol.pt/edici ... 53830.html
 

*

comanche

  • Investigador
  • *****
  • 1779
  • Recebeu: 1 vez(es)
  • +0/-0
(sem assunto)
« Responder #314 em: Agosto 07, 2008, 09:13:17 pm »
Indústria: Novas encomendas crescem 9% em Junho - INE


Citar
Lisboa, 07 Jul (Lusa) - As novas encomendas recebidas pela indústria portuguesa aumentaram 9 por cento em Junho em relação ao mesmo período de 2007, puxadas sobretudo pelas encomendas de bens intermédios, de acordo com dados hoje divulgados pelo INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, no trimestre terminado em Junho, as encomendas à indústria oriundas do mercado nacional cresceram 16,9 por cento face a igual período de 2007, o que representou uma aceleração de 6,4 pontos percentuais face a Maio último.

Todos os grandes agrupamentos industriais registaram aceleração ao nível de encomendas, com excepção do de bens de investimento, que registou uma desaceleração de 11 pontos percentuais, tendo-se situado a sua variação homóloga em 9,3 por cento.

"O agrupamento de bens intermédios apresentou o contributo mais influente para a variação positiva do índice total (4,9 pontos percentuais), resultante de uma taxa de variação de 8,9 por cento (-5,3 por cento em Maio)", apontam as estimativas do INE.

O agrupamento de Bens de Consumo registou uma aceleração de 7,2 pontos percentuais, correspondente a uma taxa de variação de 8,9 por cento.

As encomendas provenientes do mercado externo diminuíram 1,1 por cento, mas ainda assim 5,3 pontos acima do resultado obtido em Maio.

O índice de novas encomendas na indústria do INE tem como objectivo mostrar a evolução da procura de produtos e serviços como indicação da produção futura.