Missão militar portuguesa no Afeganistão

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1200 em: Março 12, 2010, 05:39:51 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Segundo me disseram (e ainda está por confirmar), os nossos Rangers fazem o TAT em Coimbra e alguns fazem alguma formação complementar no INEM.

Não te esqueças de uma coisa, a maior parte dos bombeiros em Portugal só tem o TAT, TAS é só para uns quantos... :evil:

 

Pois, todos os miliatares com quem tenho falado se queixam que têm formação do INEM. E que supostamente é o mais avançado que recebem.
O que deixa muito a desejar pois estes de combate não percebem nada e estão muito atrasados em material de socorro militar. O INEM está mais habituado a acidentes de carros e a terem todo o material que necessitam na Ambulancia/Carro.

Parece que os Fuzileiros vão receber alguma formação suplementar nesta área. Sabe se os Comandos tb a receberão?
E se vão receber ou já receberam Kits 1º socorro mais actualizados em vez daqueles antiquissimossss?
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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1201 em: Março 12, 2010, 05:54:12 pm »
Eu não sei de nada, não sou militar e como tal apenas disse o que me disseram.

Na minha recruta eu tive alguma formação de primeiros socorros dada por um Sargento-Ajudante. Básicamente aprendemos a imobilizar a "vitima" correctamente e a gritar que nem uns perdidos pelos socorristas. :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1202 em: Março 12, 2010, 05:56:51 pm »
Citar
Defesa: Presença militar portuguesa vai ser reforçada no Afeganistão  

    Vila Real, 12 mar (Lusa) - A presença militar portuguesa no Afeganistão vai ser reforçada até ao final deste mês, passando a ser constituída por 253 homens e mulheres, anunciou hoje o Comandante das Forças Terrestres.

 

    O tenente-general Amaral Vieira participou hoje, em, Vila Real, no "Kabuk 101", o exercício final de aprontamento antes da partida para o Afeganistão de um grupo de 84 militares oriundos dos três ramos das Forças Armadas.

 

    Portugal passará a ter 253 homens e mulheres naquele teatro de operações, onde permanece desde maio de 2008, com períodos de rendição de seis meses.

 

    Os militares, que serão projetados para o Afeganistão até ao final deste mês, dividem-se por três forças: a OMLT (Operational Mentor and Liasion Team) de Garnição, a OMLT Kabul Capital Division (KCD) e o Modulo de Apoio às OMLT.  

 

    Amaral Vieira reconheceu que o Afeganistão é o palco onde os militares portugueses estão localizados que "mais preocupações levanta aos decisores", no entanto, destacou a "experiência portuguesa de 15 anos" a participar em "operações muito complicadas".  

 

    "O teatro no Afeganistão é muito exigente e é efetivamente no âmbito das insurgências, que se pode revelar de formas multifacetadas, que podemos esperar qualquer tipo de riscos", referiu.  

 

    Foi precisamente com um tumulto de populares simulado que começou o exercício que hoje decorreu nos terrenos de treino do Regimento de Infantaria 13 (RI13), em Vila Real.  

 

    Quando os militares portugueses se deslocaram a uma escola primária numa operação de assistência humanitária e se reúnem com elementos do exército afegão são surpreendidos por populares revoltados.  

 

    Foi preciso garantir condições de segurança no local, retirar os mentores e remover a viatura que avariou no recinto.  

 

    Num outro cenário, no âmbito de uma patrulha, uma viatura da coluna avariou e foi necessário rebocá-la e foi, nessa altura, que os militares são surpreendidos por uma reação com armas de fogo.  

 

    As situações pretenderam recrear a realidade que os militares poderão ter que enfrentar.  

 

    "No Afeganistão tudo é possível", referiu o coronel Moura Pinto, comandante da 3º OMLT KCD.  

 

    "As avarias poderão ser o menor dos problemas. Outros problemas são a questão das temperaturas extremamente elevadas. Na altura em que vamos lá vão rondar os 40 graus positivos", salientou o responsável.  

 

    Moura Pinto explicou que o exercício pretendeu representar "uma situação extrema", acrescentando que os militares terão que desempenhar um conjunto de ações, como distribuição de cobertores ou bens de primeira necessidade, que poderão originar a concentração de muitas pessoas e originar alguns problemas.  

 

    A missão das OMLT da NATO é a de treinar, ensinar e servir de mentor às unidade do Exército Nacional Afegão (ANA), servir como elo de ligação e de comando e controlo entre a Internacional Security Assistence Force (ISAF) e o ANA, de forma a facilitar o desenvolvimento de um exercito competente, profissional e auto suficiente.  

 

    O Afeganistão é um país conturbado, marcado pela pobreza, desemprego, corrupção e é também um dos maiores produtores mundiais de ópio, uma actividade estreitamente ligada aos guerrilheiros terroristas.  

 

       Moura Pinto referiu que os ataques suicidas são o método preferencial usado pelos rebeldes.  

 

       O ano passado foi o mais mortífero para as forças da NATO naquele país, registando 508 baixas. Até 06 de março de 2010 já morreram naquele teatro de operações 106 militares das diversas forças internacionais.  







"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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sergio21699

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1203 em: Março 12, 2010, 06:06:07 pm »
Citar
nos somos tao bons que até vamos controlar tumultos sem qualquer tipo de protecçao, somos os maiores!! c34x
-Meu General, estamos cercados...
-Óptimo! Isso quer dizer que podemos atacar em qualquer direcção!
 

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corapa

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1204 em: Março 12, 2010, 08:02:50 pm »
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Já agora sabe me dizer quem dá essa formação básica em socorrismo de combate?
E que género de equipamento faz parte do kit invidual de cada um assim como das mochilas de equipa?

Pois, dava jeito ter uns Médicos e Enfermeiros com formação de Combate não é. Já estava na altura de o Exército pensar nisso nem que seja só para as Forças Especiais.

Citar
Cabeça de Martelo Escreveu:
Segundo me disseram (e ainda está por confirmar), os nossos Rangers fazem o TAT em Coimbra e alguns fazem alguma formação complementar no INEM.

Não te esqueças de uma coisa, a maior parte dos bombeiros em Portugal só tem o TAT, TAS é só para uns quantos...  



Pois, todos os miliatares com quem tenho falado se queixam que têm formação do INEM. E que supostamente é o mais avançado que recebem.
O que deixa muito a desejar pois estes de combate não percebem nada e estão muito atrasados em material de socorro militar. O INEM está mais habituado a acidentes de carros e a terem todo o material que necessitam na Ambulancia/Carro.

Parece que os Fuzileiros vão receber alguma formação suplementar nesta área. Sabe se os Comandos tb a receberão?
E se vão receber ou já receberam Kits 1º socorro mais actualizados em vez daqueles antiquissimossss?

A formação por vezes é dada pela Escola do Serviço de Saude, mas principalmente é mesmo o INEM, como entidade habilitada na emergência médica.
É claro que um acidente de viação produz ferimentos diferentes dos de uma arma de fogo, ou engenho explosivo, por ex.
Eu próprio já recebi uma formação do INEM há uns anos, antes de ir para uma missão, que sendo muito válida para o dia-a-dia, pouco focava a situações especificas que podem surgir em campanha.
Mas infelizmente o conhecimento prático que havia em emergencia médica em combate, adquirida ao longo dos 12 anos de guerra colonial, acabou por se perder com o tempo e com a saida desses militares.
O exército não tem pessoal da area da saude suficiente para cá, por isso são concentrados nos hospitais militares, muito menos os iriam integrar em unidades de combate.
O contrário seria mais fácil, se houvesse vontade para tal - dar formação especifica (com tempo para tal) aos militares de determinadas unidades, à semelhança do US SOF, que tem nos A-Team um paramédico formado pela tropa, em 57 semanas, após o curso base das SOF; aliás é a especialidade mais longa dos SOF, por razões obvias.
Quanto aos kits..."no coments"

Cumps
 

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Jorge Pereira

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1205 em: Março 12, 2010, 11:05:53 pm »
Citação de: "corapa"
Segundo informação que recebi da Companhia de Comandos em Kabul, cito:

Citar
Relativamente à tua questão os pneus utilizados pelos nossos HMMWV são goodyear 37x12.50 R16 5LT M+S

Portanto, tudo indica que seja o da foto, apesar de não referirem o modelo.

Cumprimentos

Muito obrigado corapa :G-beer2:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1206 em: Março 13, 2010, 12:33:27 pm »
Citação de: "corapa"

A formação por vezes é dada pela Escola do Serviço de Saude, mas principalmente é mesmo o INEM, como entidade habilitada na emergência médica.
É claro que um acidente de viação produz ferimentos diferentes dos de uma arma de fogo, ou engenho explosivo, por ex.
Eu próprio já recebi uma formação do INEM há uns anos, antes de ir para uma missão, que sendo muito válida para o dia-a-dia, pouco focava a situações especificas que podem surgir em campanha.
Mas infelizmente o conhecimento prático que havia em emergencia médica em combate, adquirida ao longo dos 12 anos de guerra colonial, acabou por se perder com o tempo e com a saida desses militares.
O exército não tem pessoal da area da saude suficiente para cá, por isso são concentrados nos hospitais militares, muito menos os iriam integrar em unidades de combate.
O contrário seria mais fácil, se houvesse vontade para tal - dar formação especifica (com tempo para tal) aos militares de determinadas unidades, à semelhança do US SOF, que tem nos A-Team um paramédico formado pela tropa, em 57 semanas, após o curso base das SOF; aliás é a especialidade mais longa dos SOF, por razões obvias.
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Eu acho que faz realmente falta de especialistas dentro das Forças Armadas para este tipo de situações. Nem mesmo a UPF deve ter formação mais especifica mesmo sendo a unidade que tem militares especializados em missões CSAR.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1207 em: Março 13, 2010, 05:46:32 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que faz realmente falta de especialistas dentro das Forças Armadas para este tipo de situações. Nem mesmo a UPF deve ter formação mais especifica mesmo sendo a unidade que tem militares especializados em missões CSAR.

Pois, eles no máximo tem a formação de socorrista.

Pelo que tenho lido os militares "operacionais" que devem ter mais formação nesse área são os PJ (Pararescue Jumpers/ Unidade CSAR da Força Aérea dos Estados Unidos) e os NCO das Forças Especiais (Boinas Verdes) que tem como sub-especialidade, "Sargento Médico".

Segundo o artigo da wikipédia dos PJ a formação na parte de saude é de 22 semanas (5 meses e meio):
http://en.wikipedia.org/wiki/United_Sta ... _structure

Citar
Pararescue EMT-Paramedic Training, Kirtland Air Force Base, New Mexico (22 weeks)

This course teaches how to manage trauma patients prior to evacuation and provide emergency medical treatment.
Phase I is four weeks of emergency medical technician basic (EMT-B) training.
Phase II lasts 20 weeks and provides instruction in minor field surgery, pharmacology, combat trauma management, advanced airway management and military evacuation procedures.
Graduates of the course are awarded National Registry of Emergency Medical Technicians-Paramedic (NREMT-P) certification.

E o treino dos "médicos" dos Boinas Verdes é de 12 meses para essa formação.

Citar
Following the completion of Phase III, candidates then begin Phase IV, for specific training within one of the five initial Special Forces specialties: 18A - Detachment Commander for commissioned officers and 18B - Weapons Sergeant, 18C - Engineering Sergeant, 18D - Medical Sergeant, and 18E - Communications Sergeant for non-commisioned officers. The 18A, 18B, and 18C, training courses are 16 weeks long the 18E training course is 24 weeks long while the 18D training course is 48 weeks long.

Citar
Special Forces Medical Sergeants are considered to be the finest first-response/trauma medical technicians in the world. Though they're primarily trained with an emphasis on trauma medicine, they also have a working knowledge of dentistry, veterinary care, public sanitation, water quality and optometry.

Some of your duties as a Special Forces Medical Sergeant may include:

Ensure detachment medical preparation
Maintain medical equipment and supplies
Provide examination and care to detachment members
Provide initial medical screening and evaluation of allied and indigenous personnel
Instruct and perform land and water navigation duties
Order, store, catalog and safeguard medical supplies
Supervise medical care and treatment during missions
Operate a combat laboratory and treat emergency and trauma patients
Develop and provide medical intelligence as required
 

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corapa

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1208 em: Março 13, 2010, 06:07:20 pm »
Citar
E o treino dos "médicos" dos Boinas Verdes é de 12 meses para essa formação

Não médicos, mas paramédicos formados em 57 semanas, conforme referi anteriormente

Citar
O contrário seria mais fácil, se houvesse vontade para tal - dar formação especifica (com tempo para tal) aos militares de determinadas unidades, à semelhança do US SOF, que tem nos A-Team um paramédico formado pela tropa, em 57 semanas, após o curso base das SOF; aliás é a especialidade mais longa dos SOF, por razões obvias.
Quanto aos kits..."no coments"

São sargentos (NCO), porque os A-Team são compostos por 2 oficiais - cmdt e 2ºcmdt (que acumula com as operações) e 10 sargentos 8 dos quais (2 em cada) especialistas em diferentes areas: armamento, sapadores, comunicações e medicina/enfermagem.
Tem ainda um sargento para as informações e outro para as operações.
Algo que já existiu cá no CTOE, entre 1997 e 2000, (inclusivé integrando um sargento enfermeiro qualificado em operações especiais)

Cumps
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1209 em: Março 13, 2010, 06:22:49 pm »
E porque é que acabou? Falta de pessoal?
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lightning

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1210 em: Março 13, 2010, 06:23:52 pm »
Citação de: "corapa"
Citar
E o treino dos "médicos" dos Boinas Verdes é de 12 meses para essa formação

Não médicos, mas paramédicos formados em 57 semanas, conforme referi anteriormente

Correcto, eu pus médico entre aspas (") por causa disso, é que o termo que eles usam em inglês é "Medical Sargent" o que em português não é correcto mas não sabia ao certo que palavra haveria de por.

Citar
Algo que já existiu cá no CTOE, entre 1997 e 2000, (inclusivé integrando um sargento enfermeiro qualificado em operações especiais)

Se já existiu, porque é que já não existe? Não há pessoal OE que queira (ou consiga) tirar esse curso? Ou não há enfermeiros (ou o equivalente a paramédicos) que queiram (ou consigam) tirar o curso de OE.

É que se para um curso (OE) é preciso muito treino, para o outro (enfermagem, etc) é preciso muito estudo, não deve ser fácil arranjar pessoal com ambas as capacidades ao nivel de ter essas qualificações.
 

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corapa

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1211 em: Março 13, 2010, 06:42:21 pm »
Citar
Correcto, eu pus médico entre aspas (") por causa disso, é que o termo que eles usam em inglês é "Medical Sargent" o que em português não é correcto mas não sabia ao certo que palavra haveria de por

Exacto, é mais uma questão de tradução do que da função propriamente dita  :D

Citar
E porque é que acabou? Falta de pessoal?

Citar
Se já existiu, porque é que já não existe? Não há pessoal OE que queira (ou consiga) tirar esse curso? Ou não há enfermeiros (ou o equivalente a paramédicos) que queiram (ou consigam) tirar o curso de OE.

É que se para um curso (OE) é preciso muito treino, para o outro (enfermagem, etc) é preciso muito estudo.

Basicamente foi por razões de gestão de pessoal (ou de falta dele mais concretamente), o que obrigou a remodelar a orgânica desse Destacamento de Operações Especiais (Alfa), que continua a existir mas em moldes diferentes.
Há tambem outras que tem a ver com a mentalidade de alguns dos nossos quadros superiores ( e alguns pares) em relação ao empenhamento e missões das OE, mas isso dava pano para mangas e a minha opinião é um bocado radical, para publicar (estou sempre aberto a essa discussão, mas pessolmante, para não ser mal interpretado).
Os militares de OE, se forem do QP e tendo já uma arma ou svç não podem ter outra (neste caso o curso de enfermagem em 3 anos na ESSM) ou RC/RV com especialidade, não podendo mudar, salvo alguns casos.
O mais fácil é os sargentos enfermeiros fazerem o curso de OE, mas quantos estão para ai virados? assim como médicos? lá aparece um de vez em quando, mas obviamente não chega e normalmente depois desempenha funções especificas na unidade e não na subunidade.
Naquele caso particular, o sargento enfermeiro, já tinha o curso de OE quando foi frequentar o CFS tendo escolhido enfermagem, voltando depois para o CIOE.
Mas foi caso unico, que eu tenha conhecimento.

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Lightning

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1212 em: Março 13, 2010, 07:16:17 pm »
Citação de: "corapa"
Há tambem outras que tem a ver com a mentalidade de alguns dos nossos quadros superiores ( e alguns pares) em relação ao empenhamento e missões das OE, mas isso dava pano para mangas e a minha opinião é um bocado radical, para publicar (estou sempre aberto a essa discussão, mas pessolmante, para não ser mal interpretado).

Isso para mim é que é o principal, se olharmos para as unidades norte-americanas (que no dia de hoje são a referência) vemos montes de unidades com curso de pára-quedismo, queda livre, mergulhador-nadador de combate, enfermagem (ou algo parecido), etc, etc, etc, aqui cada um defende a sua quinta e os outros não podem entrar nela, como por exemplo nos anos 80, os militares do Exército e da Marinha mais facilmente iam aos EUA ou a Espanha fazer o curso de Pára-quedismo do que a Tancos, e quem diz isso diz outras coisas eu é que não as conheço, ou isso é coisa de sermos portugueses e já não tem remedio ou é infantilidade, falta de maturidade das pessoas, há que perceber que a maior parte desses cursos são capacidades de infiltração no teatro de operações, mas depois no "chão" cada um tem o seu trabalho.

Citar
Os militares de OE, se forem do QP e tendo já uma arma ou svç não podem ter outra (neste caso o curso de enfermagem em 3 anos na ESSM) ou RC/RV com especialidade, não podendo mudar, salvo alguns casos.

Deveria "inventar-se" um curso mais prático de alguns meses ou no máximo um ano, para os militares de unidades operacionais frequentarem (como esses que eu referi dos PJ que é de 5 meses e meio por exemplo), deixando a licenciatura de enfermagem para o pessoal dos hospitais.

Citar
O mais fácil é os sargentos enfermeiros fazerem o curso de OE, mas quantos estão para ai virados? assim como médicos? lá aparece um de vez em quando, mas obviamente não chega e normalmente depois desempenha funções especificas na unidade e não na subunidade.
Naquele caso particular, o sargento enfermeiro, já tinha o curso de OE quando foi frequentar o CFS tendo escolhido enfermagem, voltando depois para o CIOE.
Mas foi caso unico, que eu tenha conhecimento.

Pois esse foi a exepção à regra, pois o pessoal enfermeiro e médico militar quer é estar num Hospital e não no mato, o melhor acho que era o que eu referi, a existência de um curso mais complexo que o socorrismo para esses militares (ou alguns de cada força) frequentarem, porque se estamos à espera de médicos e enfermeiros licenciados para irem para OE, Comando, Pára-quedista e Fuzileiro, nunca mais lá vamos.
 

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Camuflage

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1213 em: Março 13, 2010, 08:36:56 pm »
Pela informação que tenho os PJ's ou Pararescuemen da Força Aerea dos USA, levam um treino debaixo de grande stress, sendo eles uma força especial de médicos altamente capacitados. Lembro-me de ter visto um documentário sobre os mesmos no canal de história ou no discovery há uns anos.
Dada a nossa falta de pessoal nesta área, isto poderia ser substituído por enfermeiros de combate, pois o que não faltam são enfermeiros no desemprego em Portugal, todos anos saem fornadas bem elevadas.
 

Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1214 em: Março 13, 2010, 10:11:57 pm »
Citação de: "Camuflage"
Pela informação que tenho os PJ's ou Pararescuemen da Força Aerea dos USA, levam um treino debaixo de grande stress, sendo eles uma força especial de médicos altamente capacitados. Lembro-me de ter visto um documentário sobre os mesmos no canal de história ou no discovery há uns anos.
Dada a nossa falta de pessoal nesta área, isto poderia ser substituído por enfermeiros de combate, pois o que não faltam são enfermeiros no desemprego em Portugal, todos anos saem fornadas bem elevadas.

Lamento muito, pela presença do Glorioso Exército Português no Afeganistão, onde se encontra como uma força lacaia do império. Portugal merece mais!
Os filhos das tradições lusas possuem atrás de si uma história, que se faz gigante, quando comparada com os novos ricos da baía do Hudson. Para que, chafurdar nas pedras e areias de um lugar distante e remoto, longe das esposas, dos filhos?
Para garantir a segurança de um oleoduto, que serve apenas aos interesses dos mutantes de língua inglesa?
Voltem para casa, heróis lusos. Aqueles que se dizem vossos aliados, nutrem secreto desprezo pelos seus valores e língua. São eles, seres perdidos, vampiros que vagam pela face da terra, como camelos sedentos de sangue!
Não são vossos aliados, e menos, amigos.
Uma pena combatente, contra as hordas imperialistas e assassinas!