Missão militar portuguesa no Afeganistão

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lazaro

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1080 em: Dezembro 23, 2009, 07:40:56 pm »
Citação de: "Luso"
E as chefias de topo calam, disfarçando o seu silêncio com pose de "sentido de estado". Outros com "reportagens" sobre o que fazem as "Bracaraugustanorum Equitatas" de hoje.
Está tudo bem, meus lindos. Continuem nos vossos épicos sonhos.
Se com o Tratado de Lisboa as nações já não são o que eram, esperam  - e querem o quê das "nossas" forças armadas?
Nos não temos forças armadas, só seguranças bem armados ao serviço do Ministério Estrangeiro dos Negócios Portugueses.
Caiam na real, amigos.

Dou mais crédito à GNR do que a essas "Forças Armadas".

Estou tentado a concordar quase a 100% com o que afirmas.

Vão-se dissipando as dúvidas no espírito de alguns (muitos?poucos?) militares de que há um objectivo tácito transversal a quase todo o espectro político de reduzir as Forças Armadas em geral e o Exército em particular, a um corpo mínimo perfeitamente irrelevante. Ficando as questões de segurança/defesa interna e algumas (quase todas?) no âmbito dos compromissos internacionais a cargo da GNR.

Muitas razões e responsáveis há neste processo que está a decorrer faz cerca de 15/20 anos. Não os vou aprofundar porque o assunto é complexo e confesso que não consigo abarcar todas as variáveis. Só me parece é que há muitos ex/actuais/futuros governantes com vontade de reduzir as Forças Armadas ao que eles julgam ser o mínimo indispensável e que as chefias militares não têm estado à altura dos desafios destes novos tempos.

Se calhar estou errado ... .

Ad Unum
 

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typhonman

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1081 em: Dezembro 25, 2009, 05:29:57 pm »
Mais uma noticia que me produziu um riso sarcástico, e assim se vai...
 :G-beer2:
 

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Lightning

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1082 em: Dezembro 26, 2009, 12:19:54 pm »
Entrevista do CEME.

http://sic.sapo.pt/programasInformacao/ ... s&videoId={9D779A98-C1B3-4A7E-A322-ED1334E5F94D}
 

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LuisC

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1083 em: Dezembro 26, 2009, 01:34:41 pm »
Gostava de ter visto abordada a questão dos blindados 4x4, dos quais, a comp. de Comandos que se prepara para ser destacada para o Afeganistão, tanto necessita.
 

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1084 em: Dezembro 26, 2009, 02:29:48 pm »
Citação de: "Luso"
Nos não temos forças armadas, só seguranças bem armados ao serviço do Ministério Estrangeiro dos Negócios Portugueses.

E nem bem armados alguns estão...
The way of the Warrior(s) - www.warriors.pt:
" Only fools and dead Men don´t change their minds. Fools won´t and dead Men can´t !! "
 

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ACADO

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1085 em: Dezembro 26, 2009, 02:36:31 pm »
Citação de: "lazaro"
... Só me parece é que há muitos ex/actuais/futuros governantes com vontade de reduzir as Forças Armadas ao que eles julgam ser o mínimo indispensável ...

Isso não seria um grande problema se o treino e o equipamento fossem "topo de gama"
e que fossem usados constantemente e assim mantivessem alto grau operacional e com experiência
The way of the Warrior(s) - www.warriors.pt:
" Only fools and dead Men don´t change their minds. Fools won´t and dead Men can´t !! "
 

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Trafaria

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1086 em: Dezembro 26, 2009, 03:14:24 pm »
Realmente ... 10 mil praças não são exercito nenhum!!!
::..Trafaria..::
 

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Luso

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1087 em: Dezembro 27, 2009, 06:45:06 pm »
Citação de: "lazaro"
Citação de: "Luso"
E as chefias de topo calam, disfarçando o seu silêncio com pose de "sentido de estado". Outros com "reportagens" sobre o que fazem as "Bracaraugustanorum Equitatas" de hoje.
Está tudo bem, meus lindos. Continuem nos vossos épicos sonhos.
Se com o Tratado de Lisboa as nações já não são o que eram, esperam  - e querem o quê das "nossas" forças armadas?
Nos não temos forças armadas, só seguranças bem armados ao serviço do Ministério Estrangeiro dos Negócios Portugueses.
Caiam na real, amigos.

Dou mais crédito à GNR do que a essas "Forças Armadas".

Estou tentado a concordar quase a 100% com o que afirmas.

Vão-se dissipando as dúvidas no espírito de alguns (muitos?poucos?) militares de que há um objectivo tácito transversal a quase todo o espectro político de reduzir as Forças Armadas em geral e o Exército em particular, a um corpo mínimo perfeitamente irrelevante. Ficando as questões de segurança/defesa interna e algumas (quase todas?) no âmbito dos compromissos internacionais a cargo da GNR.

Muitas razões e responsáveis há neste processo que está a decorrer faz cerca de 15/20 anos. Não os vou aprofundar porque o assunto é complexo e confesso que não consigo abarcar todas as variáveis. Só me parece é que há muitos ex/actuais/futuros governantes com vontade de reduzir as Forças Armadas ao que eles julgam ser o mínimo indispensável e que as chefias militares não têm estado à altura dos desafios destes novos tempos.

Se calhar estou errado ... .

Ad Unum


Na sequência do que nos disse o Lázaro, vou fazer um "ligeiro" o desvio ao tópico, mas ao menos falar-se-á de coisas dealmente importantes.

Retirado do Forum Armada e o sublinhado é meu.

DN 14DEZ2009
Defesa
Valença Pinto abre polémica com submarino
por MANUEL CARLOS FREIRE
O principal chefe militar diz que só após a chegada do primeiro submarino, em Janeiro, "será procurada para eles a melhor
aplicação". Políticos e militares ficaram perplexos e criticam o CEMGFA
O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), general Valença Pinto, lançou este fim-de-semana novas dúvidas sobre a utilidade do programa dos submarinos, onde Portugal investe mais de 1000 milhões de euros.
Questionado pela Antena 1 sobre "como é que vai ser rentabilizado o investimento feito" nessa arma, o general respondeu: "Quando os submarinos chegarem, à medida que forem chegando, certamente que será procurada para eles a melhor aplicação e a melhor rendibilização, no quadro das missões das Forças Armadas que estão consagradas desde 2005 e é aí que vamos encontrar...."
Interrompido pela entrevistadora - "Ainda não há missão conhecida para esse primeiro submarino [que chega dentro de um mês]?"
-, o CEMGFA acrescentou: "Conhecem-se, em tese, as capacidades dos submarinos (...) e é nesse contexto que procuraremos a melhor aplicação desse novo recurso."
As declarações do general Valença Pinto - quando se ouvem vozes a advogar a venda dos sub ou mesmo a encontrar forma de cancelar o contrato - suscitaram grande surpresa junto das fontes políticas e militares ouvidas pelo DN.
O deputado João Rebelo (CDS), do partido cujo líder- Paulo Portas, como ministro da Defesa - assinou o programa de compra dos submarinos (2004), disse ter ficado "um bocado perplexo". "A capacidade submarina, para o Estado, está definida não só nas verbas para a adquirir como também nas missões em que vão ser usados", frisou.
"Quando [o CEMGFA] vem dizer que 'em tese são conhecidas as capacidades dos submarinos', não é em tese, mas na prática, porque as missões do passado [com os submarinos a abater] são as do futuro: garantir a soberania nos mares sob responsabilidade portuguesa e como meio de dissuasão contra tráficos ilícitos", adiantou. Acresce que "as declarações (...) põem em causa a decisão de fazer o concurso, lançado em 1998 e depois mantido por vários Governos".
Rui Fernandes, do PCP, disse esperar "que os submarinos sejam aplicados em missões de interesse público" - o argumento usado "para justificar a sua aquisição face ao seu enorme custo" - e deixou um recado: quem fala em "projectos que vão hipotecar as gerações futuras são os mesmos que decidiram comprar os submarinos cujo custo hipoteca [essas] gerações".
A nível militar, o espanto não foi menor. "Em tese?", interrogou-se um oficial, sob anonimato. "Em tese e na prática, qualquer chefe militar deve saber quais são as missões dos meios que vão ser recebidos", sustentou a fonte. "Quando chegarem? Mas já se sabe, desde que se compraram, para que servem. No mínimo, para substituir os que foram abatidos (um ainda funciona, sabe Deus como...)", adiantou.O vice-almirante Reis Rodrigues disse ter a "certeza" que o CEMGFA "conhece os aspectos essenciais do emprego operacional de submarinos". Como tal, "imagino que não faltarão oportunidades, proximamente, para deixar o assunto esclarecido e todos perceberem, de forma simples, o contributo que esses meios darão em termos de segurança", sublinhou.
O general Loureiro dos Santos lembrou a posição de há anos sobre o tema: "Foi errada a prioridade atribuída à sua aquisição, em relação a outros equipamentos militares cuja necessidade é mais premente, no actual e previsível contexto estratégico do nosso país."
Para o general Eduardo Silvestre, um crítico de Valença Pinto, "é absolutamente inconcebível que o CEMGFA, responsável primeiro pelo emprego operacional das Forças Armadas, esteja a aguardar a chegada dos submarinos para 'procurar a melhor rendibilização e a melhor aplicação para eles'". Acresce que "dá claramente a entender (...) que não concorda com a aquisição dos submarinos".
Para o ministro Augusto Santos Silva, os submarinos são "uma capacidade de que a Marinha precisa para (...) desempenhar as funções que lhe estão cometidas".
A entrevista
http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/estesabado/

Comentário:
O Senhor CEMGFA ao brindar-nos com esta "pérola" das duas uma:
-Ou é um oficial general, no mínimo, incompetente, na medida em que, já em fim de carreira e com um mandato que não irá cumprir até ao fim por limite de idade no mais alto cargo de chefia da hierarquia militar ainda não sabe quais são as missões cometidas à arma submarina da Marinha, quando este ramo já os opera desde 1913;
-Ou, como já vem sendo habitual em várias personalidades públicas, poderá estar a fazer um frete a algum poder oculto, esquecendo-se das funções que ocupa, de modo algum as de um mero agente político. Por hipótese, tal atitude poderia até ser considerada um acto de traição ao alinhar-se com uma certa linha de pensamento que teima em transformar o nosso País num estado exíguo, como tem vindo a ser alertado desde há muito pelo Professor Adriano Moreira.O Senhor General pode não saber mas no dia em que Portugal com a sua imensa zona económica e interesses próprios deixar de operar submarinos deixaremos de ter Marinha de Guerra para passarmos a ser detentores de uma anémica guarda costeira, que só irá navegar por onde esses interesses ocultos autorizarem.
Cumprimentos
JE


Não compreendem ainda o que se passa ou é preciso que vos faça um desenho?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1088 em: Dezembro 28, 2009, 10:56:31 am »
Desenho se faz favor. :oops:  :N-icon-Axe:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Vicente de Lisboa

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1089 em: Dezembro 28, 2009, 08:08:03 pm »
Esta tradição nacional de espingardar contra "Poderes Ocultos", que controlam tudo e todos mas nunca passam da ambição, e acima de tudo nunca são nomeados, é coisa que já morria.

Vá lá, caro Luso, faça-nos o desenho. Quem é que controla o CEMGFA? Os Espanhois? Os Sovieticos? Quem?
 

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PereiraMarques

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1090 em: Dezembro 29, 2009, 02:51:33 pm »
Citar
Despacho n.º 27697/2009

Considerando que:
a) Através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 72/2009, de 16
de Julho, foi decidido o envio de dois contingentes militares para o Afe-
ganistão, no âmbito da International Security Assistance Force (ISAF),
sob comando da OTAN, com vista ao reforço da participação portuguesa
naquele país em 2010, tendo sido cometido ao Exército a preparação e
aprontamento de uma unidade escalão companhia (UEC), com um efec-
tivo de cerca de 170 militares, análoga, na sua composição e capacidade
de emprego operacional, à FND que operou no teatro de operações (TO)
do Afeganistão entre Agosto de 2005 e Julho de 2008;
b) Uma operação de projecção de forças nacionais para desempenhar
missões em TO estrangeiros reveste -se de considerável complexidade e
implica um planeamento detalhado e atempado;
c) No caso concreto do Afeganistão, o risco de ameaça obriga a
tomada de precauções acrescidas, pelo que todo o processo deverá ser
acompanhado das mais exigentes medidas de segurança;
d) Um processo de consulta ao mercado, assente em procedimento
concursal, expõe publicamente um conjunto de informação detalhada
relativa ao tipo, quantidade, estado e valor patrimonial de todos os
bens e equipamentos militares a projectar para o TO do Afeganistão,
nomeadamente aquele que diz respeito a sistemas de armas e munições,
que importa salvaguardar o mais possível, por questões de segurança
nacional;
e) Importa também, por questões de ordem operacional, garantir a
protecção do pessoal civil e militar envolvido na operação e reduzir
ao máximo a divulgação pública de datas, itinerários, escalas, meios
humanos e materiais afectos ao transporte, bem como locais de ar-
mazenagem e de estacionamento temporário deste tipo de materiais e
equipamentos, tendo em vista minimizar o risco de criação de potenciais
alvos remuneradores para a concretização de actos terroristas ou de
actividades idênticas;
f) Não obstante a existência de interesses essenciais de segurança
deverá respeitar -se o princípio da concorrência, sendo consultados
quatro prestadores de serviço, com credenciação de segurança NATO
confidencial.
Nestes termos:
1) Autorizo a realização da despesa máxima estimada de 2 600 000
euros, com exclusão do IVA, inerente à contratação de um serviço de
transporte entre o território nacional e o TO do Afeganistão do material
e equipamentos afectos ao contingente português que integrará a QRF/
ISAF 2010, ao abrigo do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 17.º do
Decreto -Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, aplicável por força do disposto
na alínea f) do n.º 1 do artigo 14.º do Decreto -Lei n.º 18/2008, de 29 de
Janeiro, rectificado através da Declaração de Rectificação n.º 18 -A/2008,
de 28 de Março, e alterado pelo Decreto  -Lei n.º 223/2009, de 11 de
Setembro, e pelo Decreto -Lei n.º 278/2009, de 2 de Outubro (CCP);
2) Autorizo o procedimento do ajuste directo nos termos do previsto
no artigo 38.º e na alínea f) do n.º 1 do artigo 24.º do CCP, com consulta
a quatro operadores logísticos credenciados NATO confidencial;
3)Autorizo a dispensa de audiência prévia dos concorrentes em face
do exíguo tempo disponível para a concretização da operação de pro-
jecção, bem como a dispensa de celebração de contrato escrito em
função do carácter de excepcionalidade da presente situação, nos termos
do disposto nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 103.º do Código do
Procedimento Administrativo (CPA) e nas alíneas a) e c) do n.º 2 do
artigo 95.º do CCP;
4) Delego no Chefe do Estado  -Maior do Exército a competência
para adjudicar o presente serviço e para autorizar a realização da cor-
respondente despesa efectiva até ao montante máximo de 2 600 000
euros, bem como a competência para aprovar as peças do referido
procedimento e a constituição do respectivo júri, nos termos do disposto
na alínea a) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 40.º, no n.º 1 do artigo 67.º e
no artigo 109.º do CCP.

11 de Novembro de 2009. — O Ministro da Defesa Nacional, Augusto
Ernesto Santos Silva.
 

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Duarte

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1091 em: Dezembro 29, 2009, 03:34:50 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Desenho se faz favor. :oops:  :evil:
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"
The Only Good Fascist Is a Dead Fascist
Trump é o novo Neville Chamberlain, mas com o intelecto de quem não conseguiu completar a 4a classe.
 

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papatango

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1092 em: Dezembro 29, 2009, 03:50:16 pm »
Não entendo como é que é possível ser necessário um desenho...

Afirmar que não existem poderes e organismos que não passam pela eleição seria pura e simplesmente um absurdo.

O problema é que esses poderes a que chamamos ocultos, são ocultos (as sociedades secretas são isso mesmo, poderes ocultos, que se o são por via do secretismo dos seus próprios estatutos) mas não são se impõem, eles apenas sugerem...

As declarações do general, quando nos damos ao trabalho de ouvir o que ele disse não são especialmente graves. O que é grave são as afirmações que posteriormente foram produzidas e que dão a entender uma coisa diferente.

O general afirmou o que é óbvio e que até o mais fervoroso defensor dos submarinos diria.
Os submarinos estão cá !

A sua aquisição é uma vantagem estratégica para Portugal.
Mas a pergunta da forma como foi apresentada, fez o general considerar que se perguntava qual seria a utilização táctica dos equipamentos.

Uma coisa é afirmar que os submarinos são importantes do ponto de vista estratégico, como são evidentemente...

A outra é perguntar ao general, onde é que ele tenciona colocar os submarinos para que eles sejam estratagicmanete relevantes.

Perante esta pergunta, quem é que no seu juízo perfeito diria uma coisa diferente da que foi dita ?
O general disse o que qualquer um diria.
Coloquem-se na posiçao dele...
Quem é que ia dar respostas directas perante uma questão do tipo ?

A resposta tinha que ser dada como foi ! ! !
Os meios existem, e logo que cheguem, haverá quem saiba desenvolver as tácticas necessárias para que se possa aproveitar o meio, de forma tão eficiente quanto possível.

Mas jamais alguém nas forças armadas, poderia responder a uma pergunta que implicasse fazer revelações sobre questões tácticas.
Isso seria um disparate de todo o tamanho, ainda mais com um meio que é tão mais poderoso quanto mais discreto for.

Portanto, na minha humilde interpretação, o general não disse nada de mais.
O grave, foram as afirmações da gentinha do costume, alguns deputados imberbes e jornalistas sem escrupulos, que aproveitaram as palavras do general para criar um caso, um «fait divers», como dizem as pessoas finas...

E esses comentários, digam o que disserem, aparentam ter todos uma função e um objectivo...

E é aí que se coloca a questão do Estado Exíguo, onde os cidadãos precisam de ser convencidos de que o país é tão pequeno que não se pode defender, é tão pequeno que não pode ter grandes objectivos, é tão pequeno em terra que é melhor pensar em abdicar da sua Zona Económica Exclusiva
E se não tem ZEE, então é melhor cancelar futuras compras militares.
Afinal, as operações de mudança de Sexo, subsidiadas por José Sócrates (perante a pressão titânica da Máfia do Principe Real), já custam mais que os tanques para o exército.

E não queremos que falte nada ao pessoal do Principe Real...
Afinal, na situação presente, o símbolo mais indicado, é este:




Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
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Jorge Pereira

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1093 em: Dezembro 31, 2009, 11:38:38 pm »
Concordo no geral com o papatango. Onde eu acho que o general falhou foi no facto de ele ao ver no que deu a sua declaração (manipulada ou não) deveria directa ou indirectamente (através de alguém do seu gabinete) vir a público esclarecer esta questão.

Assim o assunto morria. Ponto final. Não o fez, e esse foi na minha opinião o seu principal erro.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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pchunter

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Re: Missão militar portuguesa no Afeganistão
« Responder #1094 em: Janeiro 12, 2010, 03:44:53 am »
Citar
Nova força para o Afeganistão começa a partir no dia 25

por MANUEL CARLOS FREIRE Hoje

O primeiro grupo de militares do novo contingente militar português no Afeganistão parte para Cabul no próximo dia 25, disseram ontem fontes militares ao DN.

As três dezenas de efectivos dessa equipa avançada vão ocupar-se do apoio logístico necessário para receber o grosso da companhia de Comandos do Exército que vai operar, previsivelmente no início de Março, como força de reserva do comandante das tropas da NATO no Afeganistão (ISAF, sigla em inglês). Segundo as fontes, os militares vão ficar instalados no mesmo local de Cabul onde estiveram as companhias anteriores (Camp Warehouse).

As restantes duas levas dessa força nacional destacada - que, além da centena e meia de comandos, inclui uma dúzia de controladores aéreos tácticos avançados da Força Aérea - têm a sua partida agendada para o início da segunda metade do mês de Fevereiro, adiantaram as fontes.

Quanto ao envio do material de guerra, eles "estão a começar" e a partir da base aérea de Beja, com recurso aos gigantescos aviões de fabrico russo Antonov, precisou uma das fontes.

O envio deste novo contingente, que vai reassumir funções já desempenhadas no passado ao serviço da ISAF, enquadra-se no reforço de efectivos decidido ao nível da NATO na Primavera de 2009. Na prática, Portugal vai passar de uma centena de militares para mais de duas centenas e meia nas próximas semanas.

Actualmente, segundo o Estado-Maior General das Forças Armadas (EMGFA), Portugal tem um total de 103 efectivos dos três ramos destacados em Cabul, divididos por uma equipa médica e duas de apoio à formação dos militares afegãos.

Apesar do referido aumento da participação lusa no conflito afegão, Lisboa - através dos ministros Luís Amado e Augusto Santos Silva - tem admitido, embora de forma vaga, reforçar a sua presença no contexto das dificuldades da NATO e dos EUA. Como é que não se sabe, admitindo-se o recurso a mais militares ou com a GNR.

"A porta portuguesa em relação às obrigações e solidariedade com os aliados está sempre aberta", disse há dias o ministro da Defesa.

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1467458