CEMFA diz que missão no Afeganistão tem risco médio/elevado
O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo, pediu hoje aos militares que partem quarta-feira para o Afeganistão para que tenham os mesmos cuidados das missões anteriores, advertindo que se trata de uma missão de “risco médio/elevado”.
“Quero cumprimentá-los a todos quando regressarem a Portugal”, disse o general, na breve alocução de despedida dirigida ao grupo de 34 militares que partem quarta-feira num avião C-130 para o Afeganistão, onde já se encontra um grupo avançado de sete elementos.
O general Luís Araújo, que falava aos 34 militares em parada na Base Aérea 6, no Montijo, começou por alertar para a necessidade de não facilitarem no cumprimento das regras de segurança pelo simples facto de já terem participado em anteriores missões no Afeganistão.
“Começa a haver a convicção de que esta missão é fácil e não é assim. É uma missão de risco médio/elevado. Eu apelei para que os nossos camaradas tivessem isso em atenção, não só por causa dessa ideia de que se trata de uma missão de baixo risco - e não é, na minha avaliação - e, em segundo lugar, porque as rotinas são necessárias, mas por vezes não são”, disse.
“E como tem corrido tudo muito bem até aqui, é bom que continue a correr. Mas temos de estar sempre atentos, até porque os azares aparecem quando estamos menos atentos”, acrescentou o CEMFA, lembrando que alguns militares vão partir para aquela que será a sua quinta missão no Afeganistão.
Segundo o tenente-coronel César Rodrigues, que chefia a missão portuguesa, o objectivo é dar todo o apoio logístico que for solicitado pelas autoridades locais na preparação do processo eleitoral do Afeganistão.
César Rodrigues salientou que, além das questões de segurança, os militares portugueses terão de se adaptar a um meio ambiente diferente, naquele que é considerado com um dos países mais quentes nesta época do ano.
Filipa Pacheco, enfermeira da Força Aérea que também integra a comitiva portuguesa e que vai dar apoio ao contingente português, admite que tem algum receio, mas garante que é “uma coisa muito controlada”, até porque integra a missão como voluntária, como todos os outros elementos.
A família, garantiu Filipa Macedo, deu-lhe “todo o apoio” até porque é “filha e neta de militares de carreira”.
O militares da Força Aérea Portuguesa (FAP) e o avião C-130 vão integrar a Força Internacional de Apoio à Segurança (ISAF), no âmbito do apoio da NATO ao processo eleitoral daquele país.
Os militares que partem esta quarta-feira para o Afeganistão devem ser rendido durante o mês de Setembro.
Na mesma altura, deverá partir para o Afeganistão um segundo grupo de militares da Força Aérea, que ali deverão permanecer até final de Outubro.
Lusa