Pandur II

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #1485 em: Agosto 31, 2010, 12:28:04 pm »
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Defesa
Primeiro simulador tático dos blindados Pandur no RI13 em Vila Real
31 | 08 | 2010   09.35H
O Regimento de Infantaria 13 (RI13), em Vila Real, está a instalar o primeiro simulador táctico de viaturas blindadas de rodas Pandur II do país, onde vão ser treinadas as equipas que vão ocupar os porta canhão 30 milímetros.

Destak/Lusa | destak@destak.pt

O RI13 foi a primeira unidade do exército a receber em 2008 as viaturas blindadas Pandur II (8x8), destinadas a substituir as velhas chaimite das Forças Armadas.

Para além dos cursos de Pandur que são ministrados regularmente em Vila Real, este regimento vai contar com um simulador táctico concebido pela EMPORDEF - Empresa Portuguesa de Defesa SGPS, SA.

O tenente Daniel Carvalho Gomes foi um dos primeiros elementos do Exército a tirar o curso de Pandur em Portugal e é agora o responsável pelo centro de formação onde, no RI13, são ministrados esses cursos.

É junto ao parque de estacionamento dos blindados que está localizado o centro onde podem ser formadas em simultâneo quatro equipas, compostas por condutor, apontador e chefe de viatura.

Aqui, sentados em frente aos computadores, “artilhados” com pequenos volantes, joystick’s e até pedais, militares da Brigada de Intervenção poderão treinar procedimentos desde o controlo de tiro, à movimentação da viatura porta canhão 30 mm até ao nível táctico.

“Permite-nos um manancial de treino muito grande”, afirmou à Agência Lusa Carvalho Gomes.

Aos instrutores cabe também a tarefa de criar cenários onde entrarão em acção as Pandur. Aqui, neste mundo virtual, as equipas poderão actuar de forma individual ou em simultâneo.

Mas este simulador pode ainda ser ligado a outros que poderão vir a existir no seio do Exército Português ou a nível internacional.

“Podemos colocar as guarnições dentro de um exercício em que temos centenas de homens no campo de batalha, viaturas, aeronaves, obstáculos ou condições atmosféricas adversas”, explicou o tenente.

Acrescentou que serão criadas ainda avarias ou incidentes na própria viatura para que as equipas as resolvam.

Carvalho Gomes salientou a “enorme” poupança de recursos que este simulador possibilita.

“Não gastando no material, poupando nos recursos quer a nível de lubrificantes, combustíveis, munições ou desgaste da própria viatura. Vai permitir que se faça este treino à priori para depois pegar nas viaturas e fazer um treino real”, salientou.

Em Vila Real serão formados instrutores e militares que já possuem os cursos de canhão 30 mm dados pela Escola Prática de Cavalaria.

Neste momento, segundo o responsável, está a ser actualizado o software do simulador, o qual, depois de avaliado estará pronto a ser utilizado.

O prazo dado pelo ministério da Defesa para que a Steyr cumpra os objectivos do contrato dos blindados Pandur termina hoje, mas a tutela, apesar de ter admitido até a denúncia do contrato, mantém-se em silêncio.

A 20 de Agosto, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, expressou à agência Lusa a insatisfação da tutela em relação à execução do contrato, referindo que já deveriam ter sido entregues 166 viaturas blindadas de rodas (VBR) mas que só ainda existem 21 “em condições de operação”.

A compra das Pandur envolve um montante de 364 milhões de euros, com 516 milhões de contrapartidas para Portugal.

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Pandur II
Prazo para entrega das Pandur termina hoje, ministério em silêncio
O prazo dado pelo ministério da Defesa para que a Steyr cumpra os objectivos do contrato dos blindados Pandur termina hoje, mas a tutela, apesar de ter admitido até a denúncia do contrato, mantém-se em silêncio

«A relação contratual com a Steyr tem sido marcada por alguns incumprimentos por parte do fornecedor. O Estado português, na defesa dos interesses do país, usará todas as prerrogativas, quer contratuais, quer legais, para chegar a um objectivo, que é a defesa dos interesses nacionais», afirmou o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, no início de Agosto.

Perestrello referiu o final do mês de Agosto como data limite para a Steyr Daimler Puch responder à advertência do Estado português.

Segundo o governante, a denúncia do contrato com a empresa austríaca é uma das possibilidades previstas, contudo o DN noticiou na semana passada que o documento assinado pelo ex ministro da Defesa Paulo Portas estipula que o seu cumprimento é feito «viatura a viatura» e não no conjunto das 260 adquiridas pelo Estado português.

A 20 de Agosto, também o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, reiterou à agência Lusa a insatisfação da tutela em relação à execução do contrato, referindo que já deveriam ter sido entregues 166 viaturas blindadas de rodas (VBR) mas que só ainda existem 21 «em condições de operação».

Contactado pela agência Lusa, o ministério da Defesa nacional escusou-se a adiantar se já recebeu qualquer comunicação por parte da Steyr depois de ter manifestado a sua insatisfação [através da Direcção Geral de Armamento] ao fornecedor austríaco ou que medida vai tomar perante o (provável) incumprimento do contrato.

Das 260 Pandur II compradas por Portugal, 120 estão já em Portugal, mas apenas 21 foram já oficialmente aceites pelo Exército Português.

Das 20 que estão destinadas à Marinha (com outro tipo de configuração), nenhuma foi ainda entregue.

Fontes militares disseram à agência Lusa que a recepção das Pandur deveria terminar em meados de 2011, mas que o desenrolar do processo, com sucessivos atrasos, deverá levar ao seu adiamento.

A compra das Pandur envolve um montante de 364 milhões de euros, com 516 milhões de contrapartidas para Portugal.

 

Sol / Lusa

 

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dc

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Re: Pandur II
« Responder #1486 em: Agosto 31, 2010, 12:44:44 pm »
Alguns dos comentários que as pessoas metem dão-me cá uma raiva. :evil:
Tou mesmo a ver o tipo de pessoas que são.
Preguiçosas, que se tão a borrifar para o país, só pensam neles, o que está bem são as contratações de milhões no futebol e só são patriotas quando se trata de futebol.
 

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Mike23

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Re: Pandur II
« Responder #1487 em: Setembro 01, 2010, 07:09:15 pm »
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Pandur. Santos Silva ignora presidente da GD Europa

Publicado em 01 de Setembro de 2010  |  Actualizado há 9 horas
Steyr propôs novo calendário para entrega. O ministério rejeitou. John Ulrich pediu reunião a Santos Silva mas o ministro não respondeu

 O prazo estabelecido pelo ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, para que a Steyr Daimler Puch cumprisse o contrato de 364 milhões de euros e entregasse as viaturas blindadas de rodas (VBR 8x8) em atraso terminou ontem. O Estado ameaçou o fornecedor com a denúncia do contrato se a empresa austríaca, que integra o universo da General Dynamics (GD), não cumprisse o calendário de entrega dos equipamentos militares. Mas ontem, no dia D, o governo entrou em blackout total. O i sabe, porém, que a General Dynamics chegou a fazer uma proposta de recalendarização para a entrega das viaturas em falta. Essa proposta acabou por ser "chumbada" no Ministério da Defesa Nacional.

A iniciativa do fornecedor ocorreu após o ultimato de 26 de Maio de 2010 assinado pelo vice-almirante Viegas Filipe: "O Estado português entende que é chegada a hora de dar a V. Ex.as uma última oportunidade para cumprir todas as obrigações contratuais que se encontram em mora, o que, não acontecendo, terá como efeito transformar a actual situação de mora em incumprimento definitivo do contrato", escreveu o director- -geral de Armamento e Infra-Estruturas de Defesa na carta que enviou à Steyr.

Fontes do Ministério da Defesa garantem ao i que, desde esta última proposta da Steyr para redefinir o calendário de entrega, as negociações não avançaram um milímetro. E a relação entre o Estado português e a General Dynamics (proprietária da Steyr) azedou.

Antes de enviar a carta à Steyr, o vice--almirante recebeu em Lisboa Alfonso Ramonet, o chief operational officer (COO) da GD Europa, e não lhe disse uma palavra sobre os atrasos na execução do contrato das Pandur. Entretanto, e já depois do ultimato de Maio, houve duas reuniões entre Viegas Filipe e Clive Vacher, o vice-presidente da GD Europa. Fontes da própria General Dynamics garantem ao i que "essas reuniões não correram nada bem".

O presidente da GD Europa, John Ulrich, chegou mesmo a solicitar uma reunião com o ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, para tratar da questão das Pandur. Mas nunca recebeu resposta ao seu pedido.

Fontes militares disseram ao i que não foram entregues ao Exército nem à Marinha mais viaturas Pandur, apesar de a empresa portuguesa que as produz, a Fabrequipa, ter garantido que existem 30 blindados prontos para serem inspeccionados pelo Exército.

Os objectivos contratuais definem que já deviam ter sido entregues 166 viaturas. Oficialmente, o Exército recebeu apenas 21 dos 240 blindados. E a Marinha não recebeu nenhuma das 20 viaturas blindadas anfíbias. Ao Exército foram entregues 99 Pandur com anomalias. Na prática, é como se estas não tivessem sido oficialmente recebidas.

A possível denuncia do contrato já foi objecto de estudo por parte dos escritórios de advogados que apoiam o Estado, soube o i. O "DN" noticiou na semana passada que um documento assinado pelo então ministro da Defesa, Paulo Portas, define que o cumprimento do contrato decorre com a entrega de viatura a viatura - o que colocaria em causa a rescisão global do contrato com a Steyr.

Sucede que, segundo fontes militares conhecedoras do clausulado e de acordo com especialistas em direito contactados pelo i, do contrato constam prazos a cumprir e penalidades aplicáveis. Se o Estado se sente lesado pode mesmo accionar a resolução do contrato. Resta saber se quer mesmo fazê-lo, ou se a ameaça dirigida à Steyr não foi mais do que um tiro de pólvora seca.

Será que a única intenção deste indivíduo é pura e simplesmente rescindir o contrato com fins eleitorais e populistas, prejudicando gravemente as forças armadas e o país? Alguém ficaria admirado?
O Novo Portugal! Mais de 3 Milhões de Quilómetros Quadros!

 

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Re: Pandur II
« Responder #1488 em: Setembro 01, 2010, 08:23:20 pm »
Citação de: "Mike23"
Será que a única intenção deste indivíduo é pura e simplesmente rescindir o contrato com fins eleitorais e populistas, prejudicando gravemente as forças armadas e o país?
Sim
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Alguém ficaria admirado?
Não
 :mrgreen:
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Pandur II
« Responder #1489 em: Setembro 01, 2010, 08:58:43 pm »
Não tenho duvida nenhuma disso. Ele quer é poupar dinheiro.
 

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GI Jorge

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Re: Pandur II
« Responder #1490 em: Setembro 02, 2010, 12:35:33 am »
Este ministro não têm aquilo a que na minha terra se chama "personalidade". Basicamente, faz o que lhe mandam. Como o défice, e tal, o ministro das finanças deve ter dito qualquer coisita e pronto, poupam-se 364 milhões. Esqueceram-se foi dos 516 milhões que eram para Portugal, mas pronto...
Confunde-se em Portugal tantas vezes a justiça com a violência que é vulgar não haver reacções contra o crime e haver reacções contra a pena.

Oliveira Salazar
 

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Re: Pandur II
« Responder #1491 em: Setembro 02, 2010, 04:36:09 pm »
Posted on September 2, 2010 by worldef

A computer based training system to train Portuguese Army PANDUR 2 infantry fighting vehicles crews is being installed at the Vila Real. RI 13 hosts the first Infantry Batallion (1º Batalhão de Infantaria) part of the Brigada de Intervenção (BrigInt). Eight IFVs are to equip the battalion. The BrigInt will receive a total of 30 PANDUR 2 IFVs.

The system developed by the Portuguese company Empordef Tecnologias de Informação SA (part of EMPORDEF-Empresa Portuguesa de Defesa SGPS SA) allow  the crews of PANDUR 2 IFV configured vehicles to practice engagement tasks in operational simulated scenarios.

The system is mainly focused on the operation of the General Dynamics European Land Systems-Steyr GmbH SP 30 turret and its sub-systems but it can simulate as well Theon Sensors SA NX-199A driver night vision viewer, the engine, transmission and other components associated to the vehicle.

The company has developed the system in cooperation with the German company e.sigma Systems GmbH under the PANDUR 2 contract offsets agreement.

The training system contract has been signed between the Portuguese company and General Dynamics European Land Systems-Steyr GmbH in 2007. The terrain scenario has been provided by Portuguese Army IGeoE (Instituto Geográfico do Exército).

For voice exchange between the displays, the system use VoIP (Voice over IP) transmission and Ethernet based UDP/IP (User Datagram Protocol/ Internet Protocol) for data´s transmission. Simulated data’s are distributed by DIS (Distributed Interactive Simulation) protocols.

Note that all the networked computers and associated accessories are COTS (Commercial-off-the-shelf) based hardware.

The SP 30 turret is armed with a 30mm Rheinmetall Waffe Munition GmbH MK 30-2  automatic gun, two  FN Herstal SA MAG 58 light machine guns and smoke grenades launchers.

The turret includes a Elbit Systems Land & C4I Ltd TDS (Threat Detection System) laser warning system, Elbit Systems Electro-optics-Elop Ltd TIB (Thermal Identification Beacon) mast mounted device, eye-safe laser range finder, turret and weapons control units, a fire control system, commander and gunner sights as well as a EID-Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Electrónica  SA P/ICC 201 terminal.

The TIB is probably the MS-OMR III (Multi Spectral, Omni, Medium Range) device developed and manufactured by Thermal Beacon Ltd company. It is understood that Elbit Systems Ltd has contracted the previous company to build and deliver the devices under the designation of TIB.

http://poadu.wordpress.com/
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Daniel

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Re: Pandur II
« Responder #1492 em: Setembro 02, 2010, 06:36:50 pm »
Blindados: ministério acusa Steyr de continuar em «incumprimento»

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O ministério da Defesa afirmou esta quinta-feira que a Steyr «não correspondeu às exigências» feitas Estado português até ao fim de Agosto e adiantou que «estão em curso diligências», considerando no entanto ser «prematuro» divulgá-las.

«O prazo relativo à primeira interpelação admonitória [31 de Agosto] terminou, não tendo o fornecedor correspondido às exigências contidas nessa interpelação. Em consequência, estão em curso as diligências decorrentes desse incumprimento, sendo, neste momento, prematuro especificá-las publicamente», disse à agência Lusa fonte oficial do ministério da Defesa Nacional.

A mesma fonte acrescentou que «o Estado usará os meios legais e contratuais de que dispõe para fazer valer os seus direitos», não adiantando se a hipótese de denunciar o contrato com a empresa austríaca Steyr Daimler Puch continua em cima da mesa, depois de ter sido admitida pelo secretário de Estado da Defesa.

Já Silke Buss, responsável pela agência de comunicação que representa a Steyr, disse à Lusa que a empresa não faz qualquer comentário sobre o assunto.

Marcos Perestrello tinha apontado o mês de Agosto como data limite para que a empresa austríaca, a quem Portugal comprou 260 viaturas blindadas de rodas Pandur II, respondesse à advertência do Governo português sobre os problemas com o equipamento e o atraso na sua entrega.

A 20 de Agosto, o ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, frisou a insatisfação da tutela em relação à execução do contrato, referindo que já deveriam ter sido entregues 166 viaturas mas que só existem 21 «em condições de operação», apesar de no total 120 estarem já nas mãos do Exército.

A compra das Pandur envolve um montante de 364 milhões de euros, com 516 milhões de contrapartidas para Portugal.

Governo está a fazer «diligências», mas não divulga quais
A novela continua. c34x
 

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jopeg

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Re: Pandur II
« Responder #1493 em: Setembro 03, 2010, 12:29:45 pm »
Caros,

In DN:
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Defesa


Exército assume reparação das 'Pandur' defeituosas

por MANUEL CARLOS FREIRE Hoje

Solução proposta pelo construtor  das viaturas teve resposta positiva das Oficinas Gerais de Material do Exército.

O Ministério da Defesa tem na mesa a solução para recuperar as seis dezenas de viaturas blindadas Pandur, com defeitos de fabrico, que estão armazenadas há meses em Alcochete, soube o DN.

Segundo diferentes fontes ligadas ao processo, a proposta partiu da construtora Steyr - em rigor, da multinacional norte-americana General Dynamics (GD) que controla a empresa austríaca - e foi aceite pelas Oficinas Gerais de Material do Exército (OGME), respondendo estas com uma contra-proposta também já aprovada pela GD.

O processo está agora nas mãos da Direcção-Geral de Armamento do Ministério da Defesa, a quem compete formalizar os detalhes do acordo.

A solução permitirá ultrapassar o longo impasse em torno das seis dezenas de Pandur com oito rodas, recebidas provisoriamente pelo Exército devido aos defeitos de origem - imputados à fábrica da Steyr na Áustria - que a empresa Fabrequipa (do Barreiro) não conseguiu resolver e que agora, de acordo com algumas das fontes, está impossibilitada de fazer porque a sua capacidade de produção (de novas viaturas e diferentes versões) está nos limites.

Recorde-se que a Steyr já tinha tentado recuperar o calendário de entregas, primeiro propondo a construção de algumas Pandur no estrangeiro - solução rejeitada pela Fabrequipa e pelo Governo - e, depois, pela tentativa de atribuir as reparações das viaturas a uma empresa do grupo Salvador Caetano - sugestão também rejeitada, até porque só a Fabrequipa está formalmente acreditada (no meio civil) para fazer o trabalho.

O programa das Pandur envolve 364 milhões de euros de investimento. A par das 260 viaturas, Portugal recebe ainda projectos de contrapartidas no valor de 516 milhões de euros (cujo cumprimento também está muito atrasado).

Em Agosto, a GD reagiu à interpelação do Governo com uma proposta de recalendarização das entregas das viaturas - que foi recusada pelo Ministério porque "não era a resposta" à sua carta. Segundo fontes ouvidas pelo DN, a GD escreveu nova carta, a dizer que o prazo dado pelo Defesa "[era] inexequível".

Ontem, o Ministério da Defesa precisou ao DN que só acabou "o prazo relativo à primeira interpelação admonitória [e já] estão em curso as diligências decorrentes desse incumprimento, sendo (...) prematuro especificá-las publicamente. O Estado usará os meios legais e contratuais de que dispõe para fazer valer os seus direitos".


Jopeg
 

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AtInf

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Re: Pandur II
« Responder #1494 em: Setembro 03, 2010, 01:15:52 pm »
Citação de: "jopeg"
Caros,

In DN:
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Defesa


Exército assume reparação das 'Pandur' defeituosas


Jopeg

Assume como?
A General Dynamics / Steyr paga as despesas ou é o contribuinte (nós) mais uma vez a chegar-se à frente?
Defeniram valores por unidade ou apresentam a factura peça a peça?
Desculpem lá qualquer coisinha, mas isto parece mais uma maneira de alguemir buscar mais algum pró bolso. :twisted:
 

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Re: Pandur II
« Responder #1495 em: Setembro 04, 2010, 10:57:39 am »
só 21 blindados operacionais

porreiro pá!
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Re: Pandur II
« Responder #1496 em: Setembro 04, 2010, 09:12:30 pm »
Citação de: "AtInf"
Assume como?
A General Dynamics / Steyr paga as despesas ou é o contribuinte (nós) mais uma vez a chegar-se à frente?
Defeniram valores por unidade ou apresentam a factura peça a peça?
Desculpem lá qualquer coisinha, mas isto parece mais uma maneira de alguemir buscar mais algum pró bolso. :twisted:
Lendo entre as linhas da notícia será a General Dynamics/Steyr a pagar. As soluções apontadas incluíam ser a própria Fabrequipa ou a Salvador Caetano, logo é muito pouco provável que fosse o MDN a pagar pelas reparações. Só mexer o dinheiro para isso iria levar a muitos ataques de coração e muitos anos.
Citação de: "MANUEL CARLOS FREIRE"
a empresa Fabrequipa (do Barreiro) não conseguiu resolver e que agora, de acordo com algumas das fontes, está impossibilitada de fazer porque a sua capacidade de produção (de novas viaturas e diferentes versões) está nos limites.
Citação de: "MANUEL CARLOS FREIRE"
Recorde-se que a Steyr já tinha tentado recuperar o calendário de entregas, primeiro propondo a construção de algumas Pandur no estrangeiro - solução rejeitada pela Fabrequipa e pelo Governo - e, depois, pela tentativa de atribuir as reparações das viaturas a uma empresa do grupo Salvador Caetano - sugestão também rejeitada, até porque só a Fabrequipa está formalmente acreditada (no meio civil) para fazer o trabalho.

Tinha a ideia que as reparações necessárias são respectivas às viaturas em si e não a certas peças. Pela lógica teriam de pagar por cada viatura.
De certo que provavelmente vai ficar mais barato à Steyr pagar às OGME para fazer o serviço do que pagar a uma empresa privada.

Fiquei foi curioso pelo facto da solução respectiva à Salvador Caetano ter sido rejeitada. Será mesmo por causa das certificações ou será para a Fabrequipa não ter concorrência?

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Re: Pandur II
« Responder #1497 em: Setembro 15, 2010, 12:11:11 pm »
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Comissão de Contrapartidas avisou General Dynamics por escrito que se prepara para cobrar multa por incumprimentos

O ministro da Defesa chamou a Lisboa o presidente europeu do fabricante das viaturas Pandur, John Ulrich, para uma reunião a realizar em breve, soube ontem o DN.

O encontro ocorre a cerca de três semanas do fim do prazo dado à Steyr - agora integrada na divisão europeia da multinacional norte-americana General Dynamics (GD), de que John Ulrich também é vice-presidente - para cumprir o contrato de entrega de um segundo conjunto das Pandur (num total de 260).

"O que podemos dizer nesta altura é que estão a decorrer contactos com a GD", informou o Ministério.

Na mesa está também o incumprimento do contrato de contrapartidas. Segundo as fontes, a Comissão Permanente de Contrapartidas já avisou que se prepara para exigir uma multa "na ordem dos 15 milhões de euros".

Em relação ao programa, pelas quais o Estado deveria pagar este ano algumas dezenas de milhões de euros, a dúvida reside em saber qual a opção do Governo perante o repetido incumprimento da Steyr/GD (partido-se do princípio que não pode ficar de braços cruzados num caso de reiterado incumprimento contratual).

Se denunciar o contrato, poupa milhões de euros (mais os que poderia receber das contrapartidas) - mas afectaria o reequipamento das Forças Armadas numa área crítica (protecção blindada) do emprego operacional das tropas e, ainda, poderia acarretar o desemprego de trabalhadores da Fabrequipa (empresa do Barreiro encarregue de fabricar e manter as Pandur).

Outra hipótese, segundo algumas fontes, passará pela redução no número de viaturas a adquirir e respectiva diminuição das verbas a pagar - e subsequente recalendarização.

Outra alternativa é manter o total das Pandur mas adiar o pagamento das que estão por pagar - uma vez que as primeiras dezenas de viaturas (defeituosas) foram "pagas adiantadamente".

No caso do Exército, foram já entregues centena e meia de viaturas blindadas (num total de 240), das quais só duas dezenas e meia foram aceites em definitivo devido aos problemas de fabrico das restantes. Isso levou a propor a entrega da reparação de 60 das Pandur às Oficinas Gerais de Material do Exército, que o Ministério equaciona e a que se opõe a Fabrequipa - perde alguns milhões de euros e corre o risco de, a prazo, ficar sem o vultuoso e prolongado negócio da manutenção.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1662642
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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Re: Pandur II
« Responder #1498 em: Setembro 15, 2010, 12:30:21 pm »
Diminuir o número de veículos?

É QUE NEM PENSAR! :evil:
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Daniel

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Re: Pandur II
« Responder #1499 em: Setembro 15, 2010, 01:05:07 pm »
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Comissão de Contrapartidas avisou General Dynamics por escrito que se prepara para cobrar multa por incumprimentos

O ministro da Defesa chamou a Lisboa o presidente europeu do fabricante das viaturas Pandur, John Ulrich, para uma reunião a realizar em breve, soube ontem o DN.

O encontro ocorre a cerca de três semanas do fim do prazo dado à Steyr - agora integrada na divisão europeia da multinacional norte-americana General Dynamics (GD), de que John Ulrich também é vice-presidente - para cumprir o contrato de entrega de um segundo conjunto das Pandur (num total de 260).

"O que podemos dizer nesta altura é que estão a decorrer contactos com a GD", informou o Ministério.

Na mesa está também o incumprimento do contrato de contrapartidas. Segundo as fontes, a Comissão Permanente de Contrapartidas já avisou que se prepara para exigir uma multa "na ordem dos 15 milhões de euros".

Em relação ao programa, pelas quais o Estado deveria pagar este ano algumas dezenas de milhões de euros, a dúvida reside em saber qual a opção do Governo perante o repetido incumprimento da Steyr/GD (partido-se do princípio que não pode ficar de braços cruzados num caso de reiterado incumprimento contratual).

Se denunciar o contrato, poupa milhões de euros (mais os que poderia receber das contrapartidas) - mas afectaria o reequipamento das Forças Armadas numa área crítica (protecção blindada) do emprego operacional das tropas e, ainda, poderia acarretar o desemprego de trabalhadores da Fabrequipa (empresa do Barreiro encarregue de fabricar e manter as Pandur).

Outra hipótese, segundo algumas fontes, passará pela redução no número de viaturas a adquirir e respectiva diminuição das verbas a pagar - e subsequente recalendarização.

Outra alternativa é manter o total das Pandur mas adiar o pagamento das que estão por pagar - uma vez que as primeiras dezenas de viaturas (defeituosas) foram "pagas adiantadamente".

No caso do Exército, foram já entregues centena e meia de viaturas blindadas (num total de 240), das quais só duas dezenas e meia foram aceites em definitivo devido aos problemas de fabrico das restantes. Isso levou a propor a entrega da reparação de 60 das Pandur às Oficinas Gerais de Material do Exército, que o Ministério equaciona e a que se opõe a Fabrequipa - perde alguns milhões de euros e corre o risco de, a prazo, ficar sem o vultuoso e prolongado negócio da manutenção.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1662642

O mais certo quanto a mim é não pagar, ou seja, adiar o pagamento até a Steyr cumprir o seu dever, uma vez que as viaturas com defeito foram pagas adiantadamente, uma dúvida, não são mais de 60 as viaturas a terem de sofrer reparação :?: