Pandur II

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JQT

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« Responder #945 em: Junho 20, 2008, 12:38:24 am »
Citação de: "Luso"
A sua observação, JQT, é a primeira que leio sobre esse disparate "económicamente correcto".


Vou passar a cobrar direitos de autor  :D

JQT
 

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zocuni

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« Responder #946 em: Junho 20, 2008, 02:29:35 am »
Citação de: "JQT"
Esta é uma das tangas mais antigas e recorrentes que se contam nos concursos de fornecimento de material às FAs.


A mais pura verdade.Outra tanga é achar que Portugal através da língua pode ser um interlocutor nos negócios dos PALOP'S com países europeus.São precisos actos.

Abraços,
zocuni
 

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ruben lopes

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« Responder #947 em: Junho 20, 2008, 06:32:46 pm »
voltando ao assunto dos pandur, já recebemos alguns este mês?
e se já de que versão?
ruben lopes
 

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PedroM

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« Responder #948 em: Junho 20, 2008, 11:30:45 pm »
No que se refere aos Pandur II 105mm várias opiniões têm sido aqui expressas questionando a validade e utilidade de um veículo deste tipo.

Algumas dessas opiniões foram dadas por foristas que percebem destes assuntos bem mais do que eu que sou um mero "observador interessado" nestes assuntos de defesa.

Contudo gostava de deixar o meu ponto de vista sobre este assunto.

Penso que a aquisição destes veículos (a ocorrer) se justifica inteiramente se considerarmos os cenários mais prováveis em que o exército terá eventualmente de actuar. Trata-se, creio, de conflitos assimétricos, em que os Pandur poderão ser confrontados não só por infantaria mas também por outros veículos blindados ligeiros. E é precisamente neste último caso que o canhão de 105mm é decisivo para o domínio das operações, já que assegura uma capacidade de destruição que não terá, em príncipio, paralelo da outra parte.
A meu ver as vantagens desta viatura compensam largamente as suas "desvantagens", a "fraca" blindagem.

Num outro cenário, mas muito improvável de acontecer, também será possível imaginar as Pandur 105mm a operar em conjunto com os Leos? O que lhes falta em blindagem sobra-lhes em mobilidade. Poderá uma tal combinação de meios ser eficaz?
Isto é uma pergunta que eu deixo e não uma afirmação. Gostava de saber opiniões de quem "sabe da poda". Obrigado.
 

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PereiraMarques

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« Responder #949 em: Junho 21, 2008, 12:13:04 am »
Citação de: "PedroM"
Num outro cenário, mas muito improvável de acontecer, também será possível imaginar as Pandur 105mm a operar em conjunto com os Leos? O que lhes falta em blindagem sobra-lhes em mobilidade. Poderá uma tal combinação de meios ser eficaz?


Em princípio não, uns têm lagartas e os outros rodas. Os que têm lagartas têm melhor mobilidade todo-o-terreno, mas andam mais devagar nas estradas (e pelo peso e pelas próprias lagartas podem mais facilmente danificar as estradas).

Os de rodas têm menor mobilidade todo-o-terreno, mas andam mais rápido nas estradas.

Não é a toa que os de lagartas (Leopard 2A6 e os M-113) estão na Brigada Mecanizada e os de rodas na Brigada de Intervençao (Pandur II), não há cá "misturas" :twisted: ?
 

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HSMW

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« Responder #950 em: Junho 21, 2008, 12:41:25 am »
Citar
Alguns podem dizer que os franceses estão actualmente a utilizar veículos de lagartas em conjugação com veículos de rodas, mas, depois do Napoleão, qual é que tem sido a relevância dos franceses em termos tácticos militares c34x
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Naadjh

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« Responder #951 em: Junho 21, 2008, 12:56:29 am »
Citação de: "HSMW"
Citar
Alguns podem dizer que os franceses estão actualmente a utilizar veículos de lagartas em conjugação com veículos de rodas, mas, depois do Napoleão, qual é que tem sido a relevância dos franceses em termos tácticos militares c34x


mas tem razão.
 

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zocuni

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« Responder #952 em: Junho 21, 2008, 02:06:43 pm »
Citação de: "Naadjh"
Citação de: "HSMW"
Citar
Alguns podem dizer que os franceses estão actualmente a utilizar veículos de lagartas em conjugação com veículos de rodas, mas, depois do Napoleão, qual é que tem sido a relevância dos franceses em termos tácticos militares c34x

mas tem razão.


Corretíssimo.
zocuni
 

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jmg

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« Responder #953 em: Junho 21, 2008, 02:16:37 pm »
Para haver evolução em termos tácticos (não gosto muito de falar desse termo porque só designa doutrina e provávelmente o post inicial queria falar em termos militares em geral e não doutrinários) ou militares as forças devem de ser empenhadas e devo relembrar que as forças francesas neste século e no século passado foram fortemente empenhadas. Por exemplo :Indochina, Argélia, Marocos, Tunísia, Zaire, Congo, Senegal, Sierra leoa, 1º Invasão do Iraque, Jugoslavia, crise de SUEZ, para citar os casos conhecidos porque os franceses têm também uma longa tradição de acções clandestinas.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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antoninho

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« Responder #954 em: Junho 21, 2008, 02:49:32 pm »
Aquilo que o colega se referia. era que a táctica  de combate francesa depois de Napoleão caducou, veja no que deu a indochina (completamente ultrapassados, o mais giro é que anos mais tarde os americanos copiaram)
Argélia perderam-na, Marrocos idem, agora sucesso (legião e páras) só com países africanos abrangentes e em guerras civis, se referir em acções em que não actuam sós aí o assunto é muito discutível...........

http://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Dien_Bien_Phu
 

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HSMW

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« Responder #955 em: Junho 21, 2008, 03:04:19 pm »
Podemos ir até à bem pouco tempo. Na Bósnia e as perdas da Legião num cenário marcado pela actuação de snipers
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

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Nuno Calhau

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« Responder #956 em: Junho 21, 2008, 07:27:45 pm »
Meus senhores!
Não menosprezem assim tanto os Franceses!
Uma vez que eles têm muito mérito próprio. Saíram da NATO pela mão do Charles, ergueram-se e mostraram aos States como é.
Podem não inovar, mas no contexto tradicional, não estão nada mal.

Um Abraço.

PS
Esqueceram-se da linha Maginot.  :lol:
 

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Lightning

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« Responder #957 em: Junho 22, 2008, 01:06:25 pm »
E não foram os franceses durante a Guerra da Argélia que inventaram o sistema de quadricula, que mais tarde veio a ser adptado pelo Exército Português durante a guerra colonial?
 

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papatango

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« Responder #958 em: Junho 22, 2008, 02:35:12 pm »
- Os franceses foram o país que mais apostou nos carros de combate leves durante a I guerra mundial.

- Os franceses foram dos primeiros a analisar o emprego operacional de tanques e foram os primeiros a inventar as tácticas que poderiam ser aplicadas contra as grandes divisões blindadas que Guderian apresentou no famoso livro «Achtung Panzer» ou Atenção, blindados!.

- Os franceses tinham os mais poderosos e melhor armados tanques no periodo inicial da guerra. Basta comparar o pifio Panzer-III com o S-35 Somua para compreender isto.
E a comparação entre o tanque de apoio Panzer-IV e o Char-1B nem dá para começar.

O programa alemão para tanques pesados foi reactivado a seguir à invasão da França porque os alemães perceberam que os canhões de 37mm dos seus tanques pura e simplesmente faziam ricochete na blindagem dos tanques franceses.

As vitórias alemãs contra a arma blindada francesa, são resultado da guerra de movimentos e das tácticas alemãs e não da superioridade dos equipamentos alemães, cuja principal vantagem estava no motor mais fiável.

As tácticas que poderiam ter evitado a vitória da Alemanha em 1940 já tinham sido propostas, mas não tinham sido aceites.
Serão os russos que as vão utilizar. Exemplo disso é a primeira fase da batalha de Kursk no Verão de 1943, em que os alemães são detidos inicialmente por exércitos russos dispostos defensivamente em várias linhas destinadas a atrasar a progressão dos tanques.

Portanto a relevância de um país ou de outro, tem muito que se lhe diga...


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Relativamente à utilização dos Pandur-II/105mm juntamente com Leopard, isso não faz muito sentido, seria uma duplicação de meios. E claro que isto nos leva para a questão principal: «Para que serve um Pandur-II equipado com uma peça de 105mm».

Só a questão das pontes e da impossibilidade de carros de combate pesado atravessarem todas as pontes sobre o Tejo levanta problemas.

A utilização de veículos 6x6 ou 8x8 juntamente com veículos de lagartas será sempre uma solução de recurso. Esse tipo de utilização é/foi defendida pelos franceses por razões que se prendem com a sua prática e com a utilização de unidades no deserto.

Em lugares húmidos, com cursos de água, vegetação rasteira e / ou solo solto e leve, que com a chuva pode ficar alagado e lamacento com facilidade, um carro com lagartas vai passar onde um carro 6x6 ou 8x8 não consegue.

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Sobre a questão das torres de 105mm:
A torre CT-CV parece ser mais cara e mais sofisticada que a torre italiana, mas aparentemente a maior simplicidade (pelo menos aparentemente) desta última é um factor a considerar.
A médio-longo prazo, um veículo com três tripulantes poderá ser mais barato de operar que um com quatro.

A questão dos «mercados africanos» também parece ser cada vez mais um argumento de vendas e não tem nada de sólido por detrás.

A referência ao mercado brasileiro nem se entende. Os italianos deverão estar a desenhar um futuro substituto para os veículos URUTU brasileiros, que deverá ser um derivado dos veículos Centauro. como o Brasil opera um considerável numero de veículos de reconhecimento Cascavel, a possibilidade de substituir o Cascavel por um veículo italiano equipado com a torre de 105mm não é de por de parte.
Só não se entende o que é que Portugal pode ter a ver com isso...


Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
Contra a Estupidez, não temos defesa
https://shorturl.at/bdusk
 

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ruben lopes

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« Responder #959 em: Junho 22, 2008, 04:00:35 pm »
o que acham do sistema israelita SOLTAM CARDOM, usado na versão porta morteiro dos pandur? acham que é adequada?

poderia-se ter escolhido o sistema AMOS, que é mais avançado, que usa não apenas um, mas dois morteiros e tem o alcance de 13 km, contra o alcance dos 9 km do SOLTAM, mas acho que foi o escolhido o SOLTAM, devido a sua maior mobilidade.

com este morteiro, a tecnologia militar israelita definitiamente chegou a Portugal.   :)
ruben lopes