- Os franceses foram o país que mais apostou nos carros de combate leves durante a I guerra mundial.
- Os franceses foram dos primeiros a analisar o emprego operacional de tanques e foram os primeiros a inventar as tácticas que poderiam ser aplicadas contra as grandes divisões blindadas que Guderian apresentou no famoso livro «Achtung Panzer» ou Atenção, blindados!.
- Os franceses tinham os mais poderosos e melhor armados tanques no periodo inicial da guerra. Basta comparar o pifio Panzer-III com o S-35 Somua para compreender isto.
E a comparação entre o tanque de apoio Panzer-IV e o Char-1B nem dá para começar.
O programa alemão para tanques pesados foi reactivado a seguir à invasão da França porque os alemães perceberam que os canhões de 37mm dos seus tanques pura e simplesmente faziam ricochete na blindagem dos tanques franceses.
As vitórias alemãs contra a arma blindada francesa, são resultado da guerra de movimentos e das tácticas alemãs e não da superioridade dos equipamentos alemães, cuja principal vantagem estava no motor mais fiável.
As tácticas que poderiam ter evitado a vitória da Alemanha em 1940 já tinham sido propostas, mas não tinham sido aceites.
Serão os russos que as vão utilizar. Exemplo disso é a primeira fase da batalha de Kursk no Verão de 1943, em que os alemães são detidos inicialmente por exércitos russos dispostos defensivamente em várias linhas destinadas a atrasar a progressão dos tanques.
Portanto a relevância de um país ou de outro, tem muito que se lhe diga...
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Relativamente à utilização dos Pandur-II/105mm juntamente com Leopard, isso não faz muito sentido, seria uma duplicação de meios. E claro que isto nos leva para a questão principal: «Para que serve um Pandur-II equipado com uma peça de 105mm».
Só a questão das pontes e da impossibilidade de carros de combate pesado atravessarem todas as pontes sobre o Tejo levanta problemas.
A utilização de veículos 6x6 ou 8x8 juntamente com veículos de lagartas será sempre uma solução de recurso. Esse tipo de utilização é/foi defendida pelos franceses por razões que se prendem com a sua prática e com a utilização de unidades no deserto.
Em lugares húmidos, com cursos de água, vegetação rasteira e / ou solo solto e leve, que com a chuva pode ficar alagado e lamacento com facilidade, um carro com lagartas vai passar onde um carro 6x6 ou 8x8 não consegue.
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Sobre a questão das torres de 105mm:
A torre CT-CV parece ser mais cara e mais sofisticada que a torre italiana, mas aparentemente a maior simplicidade (pelo menos aparentemente) desta última é um factor a considerar.
A médio-longo prazo, um veículo com três tripulantes poderá ser mais barato de operar que um com quatro.
A questão dos «mercados africanos» também parece ser cada vez mais um argumento de vendas e não tem nada de sólido por detrás.
A referência ao mercado brasileiro nem se entende. Os italianos deverão estar a desenhar um futuro substituto para os veículos URUTU brasileiros, que deverá ser um derivado dos veículos Centauro. como o Brasil opera um considerável numero de veículos de reconhecimento Cascavel, a possibilidade de substituir o Cascavel por um veículo italiano equipado com a torre de 105mm não é de por de parte.
Só não se entende o que é que Portugal pode ter a ver com isso...
Cumprimentos