Não se tem ouvido notícias sobre isso, deve pelo menos estar normal.
Em 2014 esteve muito mau, só havia 6 pilotos comandantes na 751, as coisas um bocado presas por arames, o único piloto comandante de EH101 que estivesse nos Açores tinha que salvar toda a gente em metade do Atlântico norte lol.
https://sol.sapo.pt/artigo/109582/helicoptero-da-forca-aerea-em-porto-santo-parado-ha-dois-meses
Em 2015 Porto Santo já tinha tripulação completa.
https://www.google.com/amp/s/observador.pt/2015/01/06/helicoptero-para-busca-e-salvamento-na-madeira-ja-pode-voar/amp/
E em 2016 conseguiu duas tripulaçoes nos Açores
https://www.acorianooriental.pt/noticia/ca-aerea-coloca-segunda-tripulacao-para-helicopteros-na-base-aerea-n-4
Se estivermos assim, 2 tripulaçoes nos Açores e 1 no Porto Santo, mais uma ou duas de alerta no Montijo, não é mau.
É uma situação que em Portugal pode mudar muito depressa. Resta saber quantos pilotos estarão a chegar ao fim do seu contrato, porque provavelmente não deverá haver pessoal qualificado para os substituir.
No trabalho deste senhor para o curso CPOG do INSTITUTO UNIVERSITÁRIO MILITAR dado de 2016
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/17380/1/TII_TDLopes_03Maio2016.pdfEle citava que em 2016 na 751 existiam um total de 30 pilotos, dos quais 12 comandantes (e apenas dois eram instrutores) e 12 copilotos (pág 41). o que a manter-se na actualidade os mesmos pilotos nos permite teóricamente voar 12 helicópteros simultâneamente.
No entanto também dizia no mesmo trabalho que para manter o nivel de operacionalidade desejado ( e isto inclui horas de voo para manter as tripulações todas operacionais, treino de novos pilotos, formação de novos instrutores etc...) seriam necessárias para a esquadra 751 2900 horas anuais, sendo o valor mínimo crítico de 1750 horas o necessário para as missões críticas/ operacionais da esquadra sem preocupações com a renovação dos quadros/manutenção das tripulações(*).
Ora em 2012 este valor foi 1744HV, em 2013 1790HV, em 2014 2145HV, em 2015 1724HV (tiradas do mesmo trabalho pág-39), em 2016 1712HV, em 2017 1751HV e em 2018 2154HV (tirados dos respectivos relatórios de gestão da FAP).
Esta situação aliada ao facto de a FAP sentir necessidade de fazer um contracto com a World Aviation SL para a "AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE FORMAÇÃO DE PILOTAGEM DE HELICÓPTERO". faz-me pensar que a situação não será assim tão boa.
Será que este ano vamos ter um concurso para pilotos em regime de contrato para a Força Aérea?...
Cumprimentos,
(*) Não sei qual o mínimo de horas de voo para um piloto de helicópteros se manter qualificado para operar o EH-101, mas desconfio que tudo o que fique abaixo das 150 horas de voo será um valor inaceitável isto já para não falar do acréscimo de horas de voonecessário ao treino das missões aéreas.