Caro PapaTango, supongo que cuando se refiere a victorias portuguesas hablará por lo general de Castilla no?
No me diga que va a resultar que España existía antes del 1710 no?...
Não confunda as coisas.
Como é evidente, todos nós, por facilidade de expressão utilizamos indistintamente o termo Espanha ou Castela. Depois de 1715, são uma e a mesma coisa.
Antes de 1715, os exércitos castelhanos, são castelhanos, mas não deixam de ser «Hespanhóis».
Eu tenho que andar a citar toda a história da peninsula quando escrevo. Toda a gente entende muito bem o que quero dizer...
Lo que les ocurre es, que a día de hoy, saben que son NETAMENTE INFERIORES en capacidades y armamento al ejército español y lo único que les queda es remontarse a Aljubarrota porque le faltan argumentos.
Caro Mllom.
As forças portuguesas e as forças espanholas/castelhanas enfrentaram-se imensas vezes. Naturalmente que os espanhois/castelhanos, sempre tiveram a vantagem do numero. isso decorre da realidade demográfica e não é nenhuma novidade.
Porém, se a única vitória portuguesa que conhece, é a de Aljubarrota, então peço-lhe que antes de escrever sobre questões históricas, estude um pouco.
Estude a guerra da restauração, a guerra fantástica, ou a guerra da sucessão.
Estude por exemplo a ocupação de Madrid pelo exército português...
= = = =
Nos dias de hoje, a situação é a que é, e neste fórum, lerá muitas criticas a parte da organização do exército e das forças armadas portuguesas, exactamente porque parecem estar a perder a capacidade de defender as fronteiras do país.
Essa situação ocorre não por fraqueza de Portugal, mas porque o país acha que tem que gastar dinheiro noutras coisas que não seja em armamento.
Pode-se estar de acordo ou não, mas é a realidade. Portugal gasta grande parte do dinheiro em salários e despesas correntes e praticamente não gasta nada em equipamentos novos.
No entanto, isto não muda nada. Os problemas que a Espanha tem para invadir (não importa a razão) são os mesmos de sempre.
Tem que invadir e chegar a Lisboa!
Para isto tem dois caminhos principais:
Ou ataca pelo Alentejo direito à peninsula de Setubal, (sul do Tejo) ou ataca na Beira Baixa em direcção a Castelo Branco (Norte do Tejo)
Se ataca a sul, nõa consegue com facilidade passar o rio Tejo, porque a norte estão as principais unidades portuguesas, que pode não ser muito eficientes, mas como força defensiva ainda contam.
Se ataca com carros pesados a norte, comete um
erro crasso: Não se deve atacar a mais poderosa força do inimigo de frente, e atacando a norte do Tejo, tem que destruir a Brigada Mecanizada, próximo às suas bases e no terreno que ela escolher, e onde ela está habituada a treinar.
Para piorar as coisas, os tanques espanhois têm a vantagem táctica dos seus canhões, mas a norte do Tejo, o relevo e a vegetação tornam essa vantagem inutil. Os tanques espanhóis têm vantagem no Alentejo (sem dúvida), mas nenhum plano português prevê defender-se dos espanhóis no Alentejo.
Os espanhóis devem avançar até próximo das alturas de Vendas Novas. É aí que começa a oposição.
Aí, vão estar a 150Km da fronteira, e com um flanco norte que pode ser atacado, cortando abastecimentos.
Mllom: Uma guerra defensiva é mais fácil que uma guerra ofensiva.
A realidade, é que mesmo hoje, com as forças que temo, meio depauperadas, estamos melhor que o que estávamos por exemplo em 1930.
Naquele tempo, Portugal tinha três contra-torpedeiros com mais de 20 anos na marinha, enquanto a Espanha tinha três couraçados, vários cruzadores e muito mais contra-torpedeiros.
Pode parecer estranho a muitos, mas mesmo hoje, ainda estamos longe dos periodos mais complicados em que estavamos quase desarmados.
O que não temos (evidentemente) é a capacidade de efectuar uma operação de «gancho», que implica atacar o inimigo, quando ele nos ataca.
Para isso necessitamos de um grupo blindado poderoso, meios de defesa anti-aérea e meios anti-tanque adequados.
Esses meios, em unidades no norte do país, transformam a superioridade blindada dos espanhois. Nas montanhas dos norte, nas florestas do centro, os tanques podem ser emboscados com falcilidade e a tropa pode fugir para a floresta.
= = =
Noto um certo "triunfalismo".
Na realidade, esse triunfalismo "Hispano" a que nós chamamos triunfalismo de "Gabarola" sempre jogou a nosso favor.
Esse sentimento de que "somos mejores y punto" que os espanhóis têm, sempre foi o nosso mais fiel aliado.
Pelo que vejo, continuamos a contar com esse aliado...
O Orgulho "Hispano" é o maior problema das tropas espanholas, porque gera nelas a ideia de "invencibilidade".
As tropas, quando enfrentam as primeiras adversidades, mal preparadas para enfrentar o que pensam ser um inimigo fácil, normalmente vacilam, e começam a fraquejar.
mllom:
O exército espanhol, tem o mesmo problema do exército português. Se pensa que vai ganhar, e as coisas começam a correr mal, está condenado.
É preferível ser realista, e pensar como os portugueses.
Ao longo da história, muitos povos invadiram outros, muitos povos na europa migraram de umas regiões para as outras atacados, pressionados ou perseguidos.
Mas nós, os portugueses, estamos aqui.
Não temos para onde fugir.
Resistir, é a nossa única opção.
E quase 900 anos depois, cá continuamos.
Por alguma coisa será