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Eu pretendo referir o contrasenso que era em 1940 os industriais ingleses colocarem em causa os bombardeamentos da Alemanha, por questões económicas. A critica á guerra, quando ela já lhes tinha entrado pela porta adentro.
Em 1940, não havia Nações Unidas, havia Sociedade das Nações, e tanto quanto sei, não funcionou. Em 1939, os Alemães e os Russos invadiram a Polonia sem qualquer razão aparentemente lógica, mas não foi por causa da Polónia e dos acordos com a Polónia que os ingleses e os franceses declararam guerra. Segundo o próprio Churchill nas suas memórias, o problema é que era necessário parar Hitler. Mostrar-lhe que tinha que parar.
Também havia acordos com a Checoslovaquia, e não serviram de nada. a Checoslováquia foi repartida e retalhada e entregue aos alemães, pelos civilizados Franceses e Ingleses. A Polonia, podería ter sido defendida, se Franceses e Ingleses quisessem de facto cumprir acordos.
Os Russos, segundo o livro "Quando Hitler atacou a leste", de Pierre Rondierre, propuseram-se atacar a Alemanha, antes de 1939 e pediram aos Ingleses e aos Franceses que autorizassem o exército vermelho a atravessar a Polonia. Propuseram atacar a Alemanha com quase 200 divisões. Os Franceses não propuseram quase nada e os Ingleses apresentaram quatro divisões mais umas unidades de tropas especializadas. Não havia qualquer interesse em ir para a guerra em 1939 ou noutra altura qualquer.
Foi a absoluta necessidade de tomar uma posição que forçou Franceses e Ingleses a declarar guerra á Alemanha. Hitler, não esperava que a guerra fosse declarada. Saddam, também fez mal os seus cálculos. Saddam, nunca pensou que a América aceitasse - como aceita - bastantes mortos.
Kadafi, esse, aprendeu a lição. Da mesma maneira que a Siria acabará por aceitar e o Irão, ou melhor, os Aiatolas, acabarão por aceitar o inevitável.
Quando o problema do médio oriente for resolvido, os problemas do médio oriente acabarão por acabar. Os árabes, não são um povo persistente. Facilmente se compram e facilmente se vendem (sempre foram negociantes e mercadores). Sem fontes de financiamento, o que será dos movimentos terroristas?
A invasão do Iraque é uma aposta. Pode ser ganha, ou pode ser perdida, eu acho que acabará por ser ganha, mesmo que para isso se acabe com o Iraque.
Os mundo islâmico árabe tem um problema para resolver. A visão fundamentalista, wahabita ou não, da sociedade, está em total e completo conflito com o mundo moderno. Uma sociedade que coloca 50% da populaçãoi atrás de um véu, é uma sociedade condenada. Não há teoria economica ou mago das finanças que mude isto. As sociedades muçulmanas fundamentalistas estão condenadas á miséria. Os estados do golfo, só são salvos pelo petroleo. O Paquistão (que não é Árabe) tem neste momento problemas sérios com a questão do Wahabismo, por causa dos financiamentos dos Sauditas, e começa a notar-se que se atrasa relativamente á India.
Faça-se o que se fizer, com as mulheres em casa, e uma sociedade essencialmente feudal e retrograda, nunca se vão criar e desenvolver como nos países ocidentais, economias de mercado saudáveis, ou pelo menos minimamente saudáveis e auto-sustentadas.
Sem o petróleo, a Arabia.Saudita, e os estados do golfo, seriam países tremendamente atrasados. O Egipto, não tem petróleo e é muito mais atrasado que esses países. O Egipto tenta conter o Wahabismo, mas mesmo assim, os fracassos do regime não auguram nada de bom.
Saddam, não passou de um aventureiro. O seu fim é uma lição que deve ser aprendida. Se o Iraque se transformar num estado laico, essa transformação terá consequências em todos os estados vizinhos. Israel deixará de ter argumentos para pressionar a politica interna americana, e terá que estabelecer algum tipo de páz com os árabes. Quando esse problema estiver resolvido, ou pelo menos controlado, a questão do médio oriente, terá uma leitura completamente diferente.
Para finalizar, achqo que a ideia que presidiu á invasão do Iraque não era má, embora tenha sido conduzida de forma desastrosa.
Cumprimentos