Em Dezembro 2000 Colin J. Campbell (Geólogo e especialista em petróleo) na Universidade Técnica de Clausthal (Alemanha) afirmou que os EUA teriam que "fazer" e justificar rápidamente uma guerra com um país do golfo rico em petróleo, o que veio a suceder.
Todo o santo ano, bruxas e videntes afirmam todo o tipo de coisas. As bruxas e os videntes portugueses por exemplo, são especializados em prever a queda da ponte 25 de Abril. A chatice é que a porcaria da ponte, não há meio de cair, e até lhe colocaram mais 50% de tráfego, e ainda por cima comboio na ponte. A tal ponto que as bruxas ultimamente parecem ter passado para outras áreas de previsão de desgraças.
No entanto não deixaram de haver bruxas que previram a queda da ponte 25 de Abril e que disseram que quando a ponte de entre-os-rios caiu que se tinham enganado na ponte.
A bruxaria, os videntes e os especialistas em assuntos internacionais em geopolitica e em geoestratégia, produzem todos os anos todo o tipo de previsões. A variedade é tanta, mas tanta que aconteça o que acontecer, há sempre alguém que “previu” o que aconteceu.
A Casa Branca, recebe todos os dias, cartas a afirmar que o presidente americano vai morrer no dia seguinte. Se o Bush, bater a bota amanhã, GARANTO A TODOS OS PRESENTES, que algum maluco vai afirmar que estava convencido de que o Bush morrería, e que até mandou uma carta a avisar. A partir dessa carta, garanto que vão aparecer mil teorias da conspiração.
Para mim, que sou um simples leigo, não preciso que venha um senhor de uma universidade alemã, dizer o que é obvio.
Desde pequeno que ouço dizer que o petróleo vai acabar. É uma verdade de La Palisse. Até o meu vizinho do segundo direito sabe disso, e não é geólogo alemão.
Outras verdades óbvias:
O petróleo é mais barato de extrair em terra que no mar. (deve ser uma novidade do mesmo La Palisse)
O Médio Oriente é um barril de pólvora prestes a explodir. (eu acho que tem vindo a explodir-se aos poucos).
No entanto, confesso que não estou de acordo com algum anti-americanismo primário, sem pés nem cabeça e justificado com disparates ás vezes ridículos, e disfarçados de conspiração internacional das multi-nacionais americanas.
É evidente, pelo menos para mim, que os interesses petrolíferos foram muito importantes na questão do Iraque.
É evidente no entanto também, que se trata de uma tentativa americana de regularizar à americana as coisas, impondo uma democracia ocidentalizada, num dos países árabes que está em melhores condições para o fazer.
Esta imposição da “PAX AMERICANA” vem junto com os interesses da industria petrolífera americana, mas esse não é, do meu ponto de vista o objectivo principal.
Confesso também que fico um pouco irritado com os insultos primários ao povo americano, acusado de ser burro e estupido.
Ainda mais irritado fico quando as criticas vêm de portugueses, que vivem num país, onde o sistema judicial está desgovernado e afogado na lama e no lodo do desleixo de juizes e advogados, quando na América os Juízes das comarcas são eleitos pelo povo.
Irrito-me quando fazemos criticas aos americanos, que elegem os seus deputados e senadores há mais de 200 anos, por voto directo, quando a nossa democracia ainda não foi capaz de dar o poder ao povo e continua a impor-nos deputados eleitos pelas máfias dos partidos.
Irrito-me quando criticamos os americanos, quando a nossa própria constituição não foi referendada pelo povo, e quando na América, de dois em dois anos há referendos em todos os estados para perguntar aos cidadãos se leis e legislações simples devem ser ou não aceites.
Quando a nossa “democracia” chegar aos joelhos da americana, talvez possamos criticar os americanos com mais conhecimento de causa, em vez de lhes chamarmos estúpidos.
Os americanos são um povo muito mais activo nas suas escolhas, nas suas decisões e no respeito pelo seu (deles) direito a escolher. Comparados com os americanos, os europeus não passam de um povo amorfo, que tem um reduzidíssimo direito de escolha.
A única coisa que costumo pedir ás pessoas, nomeadamente aos anti-americanos “primários” que criticam antes de pensar, é:
“…E se os americanos estiverem certos e nós os errados?...”
Cumprimentos
PS: Portugal também recebeu dinheiro do plano Marshall, mesmo não participando na guerra. O valor foi de 50 milhões de dolares. De entre os países neutrais, a Irlanda recebeu 116 milhões, a Turquia 152 milhões e a Suécia 118 milhões.