Para que o Mundo não esqueça

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[PT]HKFlash

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« Responder #30 em: Dezembro 29, 2004, 11:11:03 pm »
Hmmm...as minhas observações indicam que o anti-americanismo está a subir. Vivo neste mundo á 15 anos e já começo a notar que as maiores potências são sempre criticadas....váh ok, talvez Portugal não pertença a esse grupo. :twisted:

A França também está na Costa do Marfim por interesses e a esse respeito está tudo calado.

Não gostam de americanos não lhes dêem a importância devida bolas. Eu sei que estão a morrer pessoas por causa deles, e acho bem que se mostre a nossa oposição e desagrado a tal, mas não caminhemos mais nesse caminho, e apenas vos peço não vos exigo.
 

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emarques

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« Responder #31 em: Dezembro 29, 2004, 11:13:16 pm »
Eu ainda estou à espera de descobrir qual foi a "invasão da Polónia" do Saddam. Porque é que foi necessário fincar os pés e dizer "Basta" naquela altura? O senhor até tinha andado calmo...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Spectral

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« Responder #32 em: Dezembro 29, 2004, 11:57:41 pm »
Citação de: "pt"
m 1940, não havia Nações Unidas, havia Sociedade das Nações, e tanto quanto sei, não funcionou.

Ai é que está, hoje EXISTEM as Nações Unidas, cujos poderes e atribuições em nada se comparam à SdN.

Citar
Também havia acordos com a Checoslovaquia, e não serviram de nada. a Checoslováquia foi repartida e retalhada e entregue aos alemães, pelos civilizados Franceses e Ingleses. A Polonia, podería ter sido defendida, se Franceses e Ingleses quisessem de facto cumprir acordos.

A Checoslováquia foi "sacrificada no altar da paz" no dizer hipócrita depois de Munique. Mas esse era o sentimento predominante: o presidente checo disse depois, resignado e derrotado, qualquer coisa como: se este acordo salvar a paz na europa que assim seja, mas ai de vós ( França e Inglaterra) se não, porque ter-nos-ão sacrificado em vão.

A Polónia não podia ser salva, como aliás aconteceu sempre ao longo da sua história.


Citar
Foi a absoluta necessidade de tomar uma posição que forçou Franceses e Ingleses a declarar guerra á Alemanha. Hitler, não esperava que a guerra fosse declarada. Saddam, também fez mal os seus cálculos. Saddam, nunca pensou que a América aceitasse - como aceita - bastantes mortos.

Hitler tinha sido informado pelos ingleses e franceses que desta vez haveria guerra. Sentia-se seguro com o pacto secreto com a URSS, mas estava à espera (embora sempre a prever uma guerra mais prolongada) que conquistada a Polónia as democracias fartassem-se e desistissem-me. As altas-chefias alemãs é que não queriam a guerra pois achavam ( e com razão ) que as forças armadas não estavam preparadas.

Que cálculos foram esses de Sadam ? A operação Iraqi Freedom, quando ele ainda mandava em alguma coisa, teve baixas ínfimas. No cômputo geral as baixas ainda não são muito elevadas, tendo em conta o nº de tropas no terreno.

A mudança no comportamento de Kadafi já tinha começado antes.


Citar
Quando o problema do médio oriente for resolvido, os problemas do médio oriente acabarão por acabar. Os árabes, não são um povo persistente. Facilmente se compram e facilmente se vendem (sempre foram negociantes e mercadores). Sem fontes de financiamento, o que será dos movimentos terroristas?

E quem disse que é preciso muito dinheiro para manter uma actividade de guerrilha no Iraque ? Kalashs é o que mais não falta, munições também não, explosivos arranjam-se e a vontade de uma parte significativa dos iraquianos está lá.

E presumo que seja o" problema do iraque". Quando o Iraque for pacificado, o ressentimento geral do mundo árabe para com os EUA e o Ocidente desaparece por artes mágicas ?
Quanto a serem "comprados e vendidos" eu não tinha tanta certeza. Fundamentalistas e fanáticos costumam ser indiferentes a essas análises.

Citar
Os mundo islâmico árabe tem um problema para resolver. A visão fundamentalista, wahabita ou não, da sociedade, está em total e completo conflito com o mundo moderno. Uma sociedade que coloca 50% da populaçãoi atrás de um véu, é uma sociedade condenada. Não há teoria economica ou mago das finanças que mude isto. As sociedades muçulmanas fundamentalistas estão condenadas á miséria. Os estados do golfo, só são salvos pelo petroleo. O Paquistão (que não é Árabe) tem neste momento problemas sérios com a questão do Wahabismo, por causa dos financiamentos dos Sauditas, e começa a notar-se que se atrasa relativamente á India.

Faça-se o que se fizer, com as mulheres em casa, e uma sociedade essencialmente feudal e retrograda, nunca se vão criar e desenvolver como nos países ocidentais, economias de mercado saudáveis, ou pelo menos minimamente saudáveis e auto-sustentadas.

Sem o petróleo, a Arabia.Saudita, e os estados do golfo, seriam países tremendamente atrasados. O Egipto, não tem petróleo e é muito mais atrasado que esses países. O Egipto tenta conter o Wahabismo, mas mesmo assim, os fracassos do regime não auguram nada de bom.

Concordo  :roll:  :roll:
E como disse acima, o Iraque já era um estado laico. Não era é livre.

Citar
A França e a Inglaterra, declararam guerra á alemanha, sem uma razão aparentemente lógica. Aliás era tão ilógica que os proprios ingleses não queriam bombardear as fábricas alemãs de armamento.

Tinham a lei internacional ( os tratados com a Polónia) e toda a MORAL do Mundo para declarar a Guerra à Alemanha.
Quanto a essas ideias ingleses, esqueci-me de referir que, na minha opinião, se encaixam mais nas dúvidas que então existiam sobre a chamada "Guerra Total" e o bombardeamento de alvos civis/privados. Dúvidas similares ocorreram aquando das campanhas submarinas alemãs. Com o evoluir da guerra tais posições tornam-se completamente irrelevantes.

Citação de: "yosi"
A comparação entre Alemanha Nazi e Iraque é completamente PARVA. Alemanha Nazi: forças militares extremamente poderosas comandadas por generais de génio. Iraque pós-Guerra do Golfo: é preciso dizer algo?

Aí está! A capacidade militar de Saddam depois da Guerra do Golfo era nula. Aliás, a capacidade do estado iraquiano funcionar era quase nula...

Citação de: "yosi"
citação:   
Deus escreve direito por linhas tortas.
(esperemos)
   
O problema é que:

a) a vontade de Deus é impossível de saber (que presunção pensar que Deus está sempre do nosso lado, ou que Deus até gosta de nós): eu sou agnóstico portanto isto não é problema para mim.

b) Bush não consegue escrever direito


eheh, muito bem dito  :wink:
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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soultrain

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« Responder #33 em: Dezembro 30, 2004, 12:44:41 am »
Boa noite,

Considero a invasão do Iraque tão ignóbil como a invasão do Kuwait.

O único motivo, das duas, foi o petróleo e só não foi mais pacifica, para o Mundo inteiro, pelos intereses Franceses que estavam no Iraque!

Passo a explicar:

As reservas mundiais de petróleo estão a decair. As que vale apena explorar já estão encontradas, estima-se que as que falta encontrar são uma percentagem insignificante.

Em Dezembro 2000 Colin J. Campbell (Geólogo e especialista em petróleo) na Universidade Técnica de Clausthal (Alemanha) afirmou que os EUA teriam que "fazer" e justificar rápidamente uma guerra com um país do golfo rico em petróleo, o que veio a suceder.

Para todos nós, certas notícias, são filtradas embora já venha alguma coisa à superficie como o ultimo escandalo da Shell. (investiguem)

O petróleo do golfo é o mais barato de explorar, pois está quase á superficie.

O golfo é uma região muito instável, um barril prestes a explodir.

Os EUA tinham uma presença significativa na região desde a 1ª guerra do Golfo, adivinhem onde... na Arábia Saudita (Esta foi a razão, repito A razão do 11/9). Presionados pelos Sauditas a retirar este contingente de solo sagrado teria de se encontrar uma solução.

Conclusão:

Juntou-se o útil ao agradável e aqui está a invasão do Iraque.

Devo dizer que era obrigatório achar uma solução para o petróleo, a curto prazo até refinarmos alternativas viáveis. Com o prejuizo da economia mundial, tal qual a conhecemos, desaparecer. Mas esta, em minha opinião, foi a pior de todas as possíveis.

P.s.: Tenho a apresentação do senhor que referi em formáto electrónico, é dirigida a leigos portanto é de leitura fácil e muuuito interesante para compreender os ultimos e futuros desenvolvimentos.

Quem quiser mande-me uma pm pois é muito extenso para postar aqui.


Cumprimentos e boas Festas.
 

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papatango

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« Responder #34 em: Dezembro 30, 2004, 01:17:34 am »
As teorias da conspiração são sempre tão compridas que quase ninguém lê os documentos de prova.

Sabiam que o D. Sebastião afinal não morreu, e que foi o rei de Castela que pagou aos mouros para o matarem?  :roll:   :roll:  teorias da conspiração são mais que as Mães e todas têm algum pingo de verosimilhança

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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soultrain

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« Responder #35 em: Dezembro 30, 2004, 01:56:17 am »
Caro papatango,

O que eu escrevi foram factos.

1- A invasão do Kuwait foi motivada pelo petróleo.

2- A primeira mensagem de Bin laden após o ataque justificava-o pela presença de forças infieis em terra santa.

3- A palestra que referi, feita por pessoa de credito no meio, quando a ouvi em 2000 fiquei á espera do desenvolvimento e qual foi? Repare que foi muito antes de 11/9/2001. Aconselho a sua leitura e se depois quiser trocar impressões tudo bem.

4-Hoje em dia é um facto assumido que as reservas de petróleo vão acabar muito mais cedo que julgava o cidadão comum. Este senhor foi um dos percursores da verdade que as petroliferas já sabiam há anos. O escandalo na Shell este ano é consequência disso. Todas as petroliferas sobre-valorizam as suas reservas, por diversos motivos que foram explicados na palestra. Na Shell alguns acionistas descobriram e as acções cairam em espiral e toda a administração foi demitida, outras virão.

5- A Arabia Saudita é uma das ditaduras mais implacaveis do mundo, com convulsões tremendas na população pobre, com a família Real e os à sua volta riquíssimos. Sei do que falo, aqui no ocidente fala-se nalguma coisa? É publico que a Arabia Saudita tinha pressionado os EUA a retirar o contigente pois já não tinham desculpas para o manter uma vez que o iraque tinha "cumprido" os requesitos da ONU.  
   
6- A quantidade de mentiras que esta administração (digamos antes empresas Norte Americanas) arranjou pra justificar algo injustificavel foram tantas que não são possíveis de inumerar.

7- Segundo a sua teoria do "basta" como explica então a intervenção. É que a França e Inglaterra temiam pela sua soberania, os EUA temiam pelo mesmo?

As relações internacionais hoje em dia são regidas pelo dinheiro, é tonto quem pensa o contrário.

P.s.: Gosto de discutir ideias, mas a sua resposta foi, digamos que, a roçar a má educação. Se desejar continuar peço-lhe que modere as suas respostas. Já passei por algumas coisas, que me levam a acreditar, que temos que olhar para todas as teorias da conspiração, tambem as que refere, com um olhar critíco muito grande, mas não as podemos por de parte.

Gosto muito do seu site, sou leitor assíduo. Quando volta on-line?

Cump.
 

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Paisano

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« Responder #36 em: Dezembro 30, 2004, 02:56:28 am »
Citação de: "soultrain"
Gosto muito do seu site, sou leitor assíduo. Quando volta on-line?


É verdade PT, quando irá voltar o seu site? Estou sentindo falta da minha leitura diária nele.
As pessoas te pesam? Não as carregue nos ombros. Leva-as no coração. (Dom Hélder Câmara)
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Volta Redonda
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soultrain

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« Responder #37 em: Dezembro 30, 2004, 03:23:21 am »
Só mais um ponto que resta esclarecer:

Não sou anti-americano, mas sim fundamentalista contra esta administração, assim como a maioria dos americanos com alguma cultura, segundo me dizem amigos americanos(alguns judeus) que me têm visitado, embora não conheça gente mais nacionalista que os mesmos.

Os EUA ajudaram todos os Europeus na WWII, a qual todos devemos estar gratos. Mas não foi de graça, não se esqueçam que tivemos (menos nós Portugas) de pagar e bem $$$$. Desde essa altura, com as Reservas de Ouro nos EUA a aumentar exponencialmente, o dolar foi senhor do mundo. Até á chegada do Euro, a ver vamos.

Cump.
 

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papatango

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« Responder #38 em: Dezembro 30, 2004, 03:42:34 pm »
Em Dezembro 2000 Colin J. Campbell (Geólogo e especialista em petróleo) na Universidade Técnica de Clausthal (Alemanha) afirmou que os EUA teriam que "fazer" e justificar rápidamente uma guerra com um país do golfo rico em petróleo, o que veio a suceder.

Todo o santo ano, bruxas e videntes afirmam todo o tipo de coisas. As bruxas e os videntes portugueses por exemplo, são especializados em prever a queda da ponte 25 de Abril. A chatice é que a porcaria da ponte, não há meio de cair, e até lhe colocaram mais 50% de tráfego, e ainda por cima comboio na ponte. A tal ponto que as bruxas ultimamente parecem ter passado para outras áreas de previsão de desgraças.

No entanto não deixaram de haver bruxas que previram a queda da ponte 25 de Abril e que disseram que quando a ponte de entre-os-rios caiu que se tinham enganado na ponte.

A bruxaria, os videntes e os especialistas em assuntos internacionais em geopolitica e em geoestratégia, produzem todos os anos todo o tipo de previsões. A variedade é tanta, mas tanta que aconteça o que acontecer, há sempre alguém que “previu” o que aconteceu.

A Casa Branca, recebe todos os dias, cartas a afirmar que o presidente americano vai morrer no dia seguinte. Se o Bush, bater a bota amanhã, GARANTO A TODOS OS PRESENTES, que algum maluco vai afirmar que estava convencido de que o Bush morrería, e que até mandou uma carta a avisar. A partir dessa carta, garanto que vão aparecer mil teorias da conspiração.

Para mim, que sou um simples leigo, não preciso que venha um senhor de uma universidade alemã, dizer o que é obvio.

Desde pequeno que ouço dizer que o petróleo vai acabar. É uma verdade de La Palisse. Até o meu vizinho do segundo direito sabe disso, e não é geólogo alemão.

Outras verdades óbvias:
O petróleo é mais barato de extrair em terra que no mar. (deve ser uma novidade do mesmo La Palisse)
O Médio Oriente é um barril de pólvora prestes a explodir. (eu acho que tem vindo a explodir-se aos poucos).

No entanto, confesso que não estou de acordo com algum anti-americanismo primário, sem pés nem cabeça e justificado com disparates ás vezes ridículos, e disfarçados de conspiração internacional das multi-nacionais americanas.

É evidente, pelo menos para mim, que os interesses petrolíferos foram muito importantes na questão do Iraque.
É evidente no entanto também, que se trata de uma tentativa americana de regularizar à americana as coisas, impondo uma democracia ocidentalizada, num dos países árabes  que está em melhores condições para o fazer.

Esta imposição da “PAX AMERICANA” vem junto com os interesses da industria petrolífera americana, mas esse não é, do meu ponto de vista o objectivo principal.

Confesso também que fico um pouco irritado com os insultos primários ao povo americano, acusado de ser burro e estupido.

Ainda mais irritado fico quando as criticas vêm de portugueses, que vivem num país, onde o sistema judicial está desgovernado e afogado na lama e no lodo do desleixo de juizes e advogados, quando na América os Juízes das comarcas são eleitos pelo povo.

Irrito-me quando fazemos criticas aos americanos, que elegem os seus deputados e senadores há mais de 200 anos, por voto directo, quando a nossa democracia ainda não foi capaz de dar o poder ao povo e continua a impor-nos deputados eleitos pelas máfias dos partidos.

Irrito-me quando criticamos os americanos, quando a nossa própria constituição não foi referendada pelo povo, e quando na América, de dois em dois anos há referendos em todos os estados para perguntar aos cidadãos se leis e legislações simples devem ser ou não aceites.

Quando a nossa “democracia” chegar aos joelhos da americana, talvez possamos criticar  os americanos com mais conhecimento de causa, em vez de lhes chamarmos estúpidos.

Os americanos são um povo muito mais activo nas suas escolhas, nas suas decisões e no respeito pelo seu (deles) direito a escolher. Comparados com os americanos, os europeus não passam de um povo amorfo, que tem um reduzidíssimo direito de escolha.

A única coisa que costumo pedir ás pessoas, nomeadamente aos anti-americanos “primários” que criticam antes de pensar, é:

“…E se os americanos estiverem certos e nós os errados?...”


Cumprimentos


PS: Portugal também recebeu dinheiro do plano Marshall, mesmo não participando na guerra. O valor foi de  50 milhões de dolares. De entre os países neutrais, a Irlanda recebeu 116 milhões, a Turquia 152 milhões e a Suécia 118 milhões.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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alfsapt

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« Responder #39 em: Dezembro 30, 2004, 04:19:28 pm »
Citação de: "papatango"
Desde pequeno que ouço dizer que o petróleo vai acabar. É uma verdade de La Palisse. Até o meu vizinho do segundo direito sabe disso, e não é geólogo alemão.

Outras verdades óbvias:
O petróleo é mais barato de extrair em terra que no mar. (deve ser uma novidade do mesmo La Palisse)


Não sei quem disse, até pode ter sido o tal La Palisse, mas mesmo que ninguém o tenha dito dizê-lo não será por muito descabido:
"A crítica não é alheia à inveja"
por estas ou por semelhantes palvras disseram-no e ... tenho dito.
"Se serviste a patria e ela te foi ingrata, tu fizestes o que devias, ela o que costuma."
Padre Antonio Vieira
 

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soultrain

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« Responder #40 em: Dezembro 30, 2004, 06:06:36 pm »
Caro papatango,

Quem apela ao adivinhismo é V. Exa que acaba por dar as suas opiniões sem as fundamentar o que torna a discusão esteril.

O Sr. C.J.Campbell  não é Alemão é Inglês e como disse não é um adivinho apenas um tecnico que no fim da carreira com a experiencia acumulada foi mais alem. Alguma coisa aprendi com esta discusão, pois pesquisei e voilá:

CV de  C.J.Campbell  http://www.hubbertpeak.com/de/cv.html

Lecture Presentation at the Technical University of Clausthal C.J.Campbell  http://www.hubbertpeak.com/de/lecture.html

E a main page http://www.hubbertpeak.com

Antes de falar pesquise;)

Não fazia ideia que este assunto era discutido na internet, ainda não tive tempo para explorar, mas parece-me interesante.

O meu pai foi militar da Armada e durante a decada de 80 e principio de 90 esteve ao serviço da OTAN, ou NATO, como preferirem, colocado nos EUA e Canadá. Percorreu as bases militares mais importantes da América do Norte (não só as Navais). A ideia que eu fiquei é que a maior parte dos americanos são grandes ignorantes mesmo os com formação superior especialmente os militares de alta patente. Então quando se vai para o interior... Basta ver o resultado das ultimas eleições.

Quem me disser o contrário só conhece os EUA dos filmes ou de passear na 5ª Avenida e quando conhecer a realidade vai ter uma grande desilusão. Admiro a cultura Americana mas tudo o que encontra de bom encontra tambem do pior que existe e do mais inimaginável,  podemos dizer que é uma relação de amor ódio. Aliás a melhor definição é que é uma terra de contrastes (grandes contrastes mesmo) em tudo.
Existe uma coisa em que são imbatíveis: é o maketing. Eles vendem tudo muito bem, desde a imagem do país, aos politicos etc... Aqui na Europa tambem já vamos pelo mesmo caminho. Aqui em Portugal, não sei se perceberam, mas a viragem foi o António Guterres e agora é o que se vê nos principais Partidos.

Mas é a minha opinião e vale o que vale, discutir isto é como discutir o sexo dos anjos.

Não seja cabeça dura, leia a apresentação, com abertura e depois falamos.

Cump.
 

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Ricardo Nunes

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« Responder #41 em: Dezembro 30, 2004, 06:29:49 pm »
Citar
A ideia que eu fiquei é que a maior parte dos americanos são grandes ignorantes mesmo os com formação superior especialmente os militares de alta patente. Então quando se vai para o interior... Basta ver o resultado das ultimas eleições.


Caro soultrain,

Você vive num país onde ainda existem cerca de 10% de analfabetos. Onde a taxa de abandono escolar é a maior dos países desenvolvidos e mesmo assim pinta, de uma forma descontraída e perfeitamente natural, a ignorância americana como sendo superior à nossa.  :roll:

É preciso ter noção do sistema de educação norte-americano antes de se fazerem afirmações vagas e até certo ponto descrimatórias como as suas.
O sistema educacional americano está vocaciado, no seu geral, para uma vertente interna.
Enquanto que qualquer criança ou jovem americano lhe consegue debitar todos os estados e respectivas capitais dos Estados Unidos, duvido que uma portuguesa lhe consiga dizer o mesmo em relação às nossas províncias.
O nosso sistema tem como base uma visão geral do mundo, uma componente, se assim o quiser dizer, mais de cultura geral, enquanto que nos EUA, em termos de história e geografia, se estuda principalmente história e geografia americanas.
Não sei qual dos sistemas o melhor ( pessoalmente defendo o europeu ) mas não se critiquem as pessoas.
Ignorantes existem em todo lado. Deduzo que não entra numa escola portuguesa à muito tempo para dizer o que disse. Os EUA têm a sua quota de pessoas incultas tal como nós temos a nossa.

Em relação à eleição do presidente George W. Bush devo confessar que acho errado apelidarmos de ignorantes os americanos que nele votaram.
Eu preferia Kerry. Sem dúvida. Mas sou europeu e português. O povo americano vota e escolhe o seu líder. Eu aplaudo. É assim a democracia. E o povo americano está-se nas tintas para a visão filosófica e sonhadora do mundo que os intelectuais europeus normalmente pintam. O povo americano quer, e logicamente, que os Estados Unidos continuem a ser o país mais poderoso do mundo. Nesse aspecto, e de um ponto de vista de um eleitor norte-americano, o voto em Bush fez e faz sentido.

Mas nós, europeus inertes no nosso pedaço de terra, temos tendência a pensar que os EUA servem para servir as mordomias da Europa, para o bem e para o mal. A realidade é bem diferente. Eu voto para eleger o líder do meu país e os norte-americanos votam para eleger o seu líder. Posso não concordar mas respeito e nunca chamaria de ignorante a quem tivesse uma opinião contrária da minha.
« Última modificação: Dezembro 30, 2004, 06:34:25 pm por Ricardo Nunes »
Ricardo Nunes
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Tiger22

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« Responder #42 em: Dezembro 30, 2004, 06:31:14 pm »
Citação de: "soultrain"
A ideia que eu fiquei é que a maior parte dos americanos são grandes ignorantes mesmo os com formação superior especialmente os militares de alta patente. Então quando se vai para o interior


Pois…pois…

Foi graças a essa ignorância que eles conseguiram construir a maior potência do planeta…

Pois…pois…

 :lol:  :lol:  :lol:  :lol:
"you're either with us, or you're with the terrorists."
 
-George W. Bush-
 

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JLRC

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« Responder #43 em: Dezembro 30, 2004, 06:45:10 pm »
Citação de: "soultrain"
A ideia que eu fiquei é que a maior parte dos americanos são grandes ignorantes mesmo os com formação superior especialmente os militares de alta patente. Então quando se vai para o interior...


Eu li, já não me lembro onde, uma estória contada por Freitas do Amaral. Contou ele, que no tempo em que foi presidente da ONU, durante os tempos livres, costumava dar uma volta pelo interior do país. Um dia parou numa terra chamada Angola para meter gasolina. Quando já estava para se vir embora, não resistiu e perguntou ao jovem americano se sabia que havia um grande país africano chamado Angola. O americano ficou muito admirado e chamou o colega : ó não sei quantos, aqui o homem está a dizer que há um grande país africano que nos copiou o nome.
Esta estória serve não só para demonstrar a ignorância da maioria dos americanos, mas também o seu egocentrismo.
Cumptos caro conterraneo
 

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soultrain

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« Responder #44 em: Dezembro 30, 2004, 06:55:27 pm »
Caro Ricardo,

Como disse é a minha opinião, fundamentada na experiencia e discuti-la é discutir o sexo dos anjos.

Mas o que mais me impressionou não foi a falta de formação, mas quem a tem e depois que ao longo da vida ocupou cargos de responsabilidade, não consegue manter uma conversa, que eu, por exemplo, tenho hoje em dia com o meu filho. Isto não é uma pessoa em particular mas a grande generalidade. Tenho experiencias similares com militares de toda a Europa, que ainda hoje continuam a frequentar a casa dos meus pais, e não é nada que se pareça. Já passei tambem pela maior parte dos países da Europa em turismo e trabalho e nunca tive esta sensação que sinceramente não consigo explicar. É claro que compreendo as limitações sociais e geográficas, mas não é só isso é uma questão mais profunda.

Cump.