A Dinamarca, pura e simplesmente, já tinha ultrapassado o ponto de não retorno...
Faz-me confusão como as pessoas não são capazes de reconhecer os factos e tentarem divergir as discussões para outras variáveis.
Facto é que esse documento é bastante ilucidativo quanto à visão dos americanos (não do Trump) sobre o papel futuro da Europa.
E perante esse facto, deveríamos refletir sobre muita coisa, entre elas quem deveremos considerar os nossos aliados principais.
E quando alguns dizem de que o tiririca está de passagem e são só mais 2 ou 3 anos, eu pergunto. E se vier futuramente outro pior do que ele?
Na minha visão, a Europa, que poderemos considerar o berço do desenvolvimento humano nos últimos séculos, lutando por valores e causas, inovando em vários sectores, liderando industrialmente em muitas áreas, e sendo centro de decisões a nível mundial, está sob ataque cerrado.
Não de agora, mas pelo menos há duas décadas, para não recuarmos muito.
Já ninguém quer saber de Genebra, da opinião de europeus, até dos prémios. Desvalorizou-se completamente tudo aquilo que era europeu.
Posto isto, e como sempre defendi, só uma Europa unida e militarmente capaz sobreviverá.
Caso contrário, e como me disse em 2019 um libanês influente que conheci, em breve seremos os "novos pobres do mundo".
Deixemos-nos de permitir que o centro das decisões, inclusivamente das nossas, seja o tio Sam.
Eles têm um problema bem grande para resolver com a China. É só não estarmos sempre de pernas abertas à disposição deles que não terão outro remédio senão nos respeitarem novamente.
Mas parece que há quem fale muito de soberania e concubinas, mas na hora da verdade...