F-35A Lightning II na FAP

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saabGripen

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2145 em: Março 13, 2025, 01:48:40 pm »
Por outro lado, a notícia vinda hoje a público fez-me lembrar de uma já com 6 anos, onde era dito que o Estado português admitia abandonar o projeto de aquisição de aviões KC-390 caso a Embraer não baixe os valores pedidos. Alguém se recorda?

https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/industria/detalhe/estado-portugues-admite-abandonar-projeto-dos-kc-390-caso-embraer-nao-baixe-o-preco--


Se bem que duvide seriamente que isto se trate de tática de negociação, e tão pouco que a LM se deixe atemorizar por um MDN dum país pequeno como o nosso.

Comunicados as desmentir kill-switches é igual a atemorização.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2146 em: Março 13, 2025, 02:25:55 pm »
A meu ver, a única opção (minimamente) realista neste momento é passar os F-16 a Block 70/72, comprando NOVO.
Refurbishment não me parece a melhor solução, pese ser a mais económica. Se o intuito for esperar pelo caça europeu next gen, vamos ter que aguardar uns bons 15 a 20 anos até terem a Cruz de Cristo no dorso. E os F-16 continuarão a ser pau para toda a colher.
Convém que sejam "zero km" para aguentarem a vida de serviço que se antecipa.

Rafale F3, modernizados para F4. Posteriormente em 2030 seriam modernizados F5 para aguentarem até 2045 para serem substituídos pelo FCAS. Feito.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Charlie Jaguar

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2147 em: Março 13, 2025, 02:54:29 pm »
http://www.passarodeferro.com/2025/03/f-35-por-um-canudo.html

Muito bem escrito, tal como o pessoal do Pássaro de Ferro já nos tem vindo a habituar.
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2148 em: Março 13, 2025, 03:09:38 pm »
Pk aqui não se fala do caça coreano? Tenho a certeza que a Coreia aceitava abrir uma linha de produçao europeia para poder entrar no rearmar Europa
 

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mafets

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2149 em: Março 13, 2025, 03:14:44 pm »
Nem turca que é da Europa e quem vamos comprar os AOR, quanto mais coreana.  :mrgreen:



Saudações  :mrgreen:

P.S.  O CEMFA que quer F35 foi reconduzido. Será que lhe disseram antes ou depois que o F35 foi pelo cano, neste pais de circo?

https://expresso.pt/politica/defesa/2025-02-20-chefe-da-forca-aerea-vai-ser-reconduzido-cartaxo-alves-na-calha-para-proximo-cemgfa-911ac696
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Lampuka

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2150 em: Março 13, 2025, 03:16:32 pm »
A meu ver, a única opção (minimamente) realista neste momento é passar os F-16 a Block 70/72, comprando NOVO.
Refurbishment não me parece a melhor solução, pese ser a mais económica. Se o intuito for esperar pelo caça europeu next gen, vamos ter que aguardar uns bons 15 a 20 anos até terem a Cruz de Cristo no dorso. E os F-16 continuarão a ser pau para toda a colher.
Convém que sejam "zero km" para aguentarem a vida de serviço que se antecipa.

Rafale F3, modernizados para F4. Posteriormente em 2030 seriam modernizados F5 para aguentarem até 2045 para serem substituídos pelo FCAS. Feito.
Por exemplo...
Duas esquadras bem armadas e aproveitando o potencial do modelo para outras valências que não só a vertente de defesa aérea.
Integrar programas comuns europeus de treinamento e padronização de meios e armamento e aproveitar até 2040 para reestruturação da FAP e outros meios de defesa aérea.
O EF também deve permitir as mesmas possibilidades.
Já o Gripen,  duvido...
Se, e lá está novamente o se, as coisas a nível europeu tivessem pernas para andar,  uma das possíveis contrapartidas poderia passar pelos Açores,  quer com a cedência para utilização conjunta da BA4 a parceiros europeus,  quer com a utilização dos portos.
Não apenas como agora se faz, mas criando por exemplo um centro de controlo militar no Atlântico que funcionaria não só como ponta de lança ou retaguarda na defesa aérea,  conforme a ameaça,  quer como base de luta ASW.
Isso defendo eu, por carolice, há mais de 20 anos...
Parece que agora poderá começar a fazer algum sentido.
João Pereira
 

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LM

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2151 em: Março 13, 2025, 03:31:05 pm »
A nível "micro" (ie só nós) e a nível mais "macro" (ie o nosso lugar na UE / NATO - se esta resistir) ter uma aviação de caça "top tier" (2 esquadrilhas, F-35 e/ou F-16 V novos e/ou o equivalente europeu) deve impossibilitar uma marinha com 3 fragatas "top tier" (mais um conjunto "tier II") e/ou aviação de vigilância marítima e/ou ter armamento e manutenção para a própria aviação de caça... só vejo a hipótese de upgrade os nossos F-16 PAI para a versão V e, entretanto, ir investindo noutras capacidades, 
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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Cabeça de Martelo

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2152 em: Março 13, 2025, 03:50:41 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2153 em: Março 13, 2025, 03:54:21 pm »
Comunicados as desmentir kill-switches é igual a atemorização.

Estares a repetir ad nauseam a imbecilidade de que o Lockheed Martin F-35 possui um suposto kill-switch, não faz com que se venha a tornar realidade.

Fisicamente não existe um kill-switch no Lightning II, mas há outras maneiras dos norte-americanos poderem bloquear, ou limitar severamente, a utilização eficaz ou integral deste sistema de armas.

Uma notícia de hoje no site do Euronews ajuda a perceber o que está e o que não está em causa:

Citar
Can the US turn off European weapons? Experts weigh in on 'kill switch' fears
By Anna Desmarais
Published on 13/03/2025 - 10:26 GMT+1

German officials are sounding the alarm over what they say is a "kill switch" embedded in the US-made F-35 fighter jet. Experts say it's not that simple.

After US President Donald Trump initially walked back military support to Ukraine, German officials have voiced concern that the Americans could control one of the country’s newly procured weapons. Germany inked a multi-billion euro deal with American aerospace giant Lockheed Martin in 2022 for 35 F-35A Lightning II aircraft. The Bundeswehr - Germany’s armed forces -procured a further eight F-35s last year. Joachim Schranzhofer, head of communications at German arms company Hendsolt, told the German newspaper Bild last week that a so-called "kill switch" put into American-produced F-35s is more than just a rumour, insinuating that it would be easy for the US to ground the aircraft by blocking access to key software, which remains under their control. Wolfgang Ischinger, the former chairman of the Munich Security Conference, and Ingo Gädechens, a former military officer and member of Germany’s Christian Democratic Union (CDU) party, also echoed this sentiment.

A spokesperson from the German ministry of defence, however, told Euronews Next that there is no plan to cancel the purchase of F-35 fighter jets in light of the concerns raised.


F-35 is the 'NATO standard fighter of choice'

According to the US Air Force, Lockheed’s "most common" F-35 model, the F-35A Lightning II, is a multirole fighter jet that pairs "stealth, sensor fusion and unprecedented situational awareness" in the sky. Lockheed describes the F-35 Lightening II as rapidly becoming the "NATO standard fighter of choice". Belgium, Czech Republic, Denmark, Finland, Greece, Italy, Netherlands, Norway, Poland, and Switzerland have F-35s in their fleets. Romania signed an agreement with Lockheed Martin for the same aircraft in December as well.

Lockheed Martin said in a statement last year that it expected over 550 F-35s to be in operation in 10 European countries by the end of the decade and that these weapons have "increased interoperability in Europe". The company also acknowledged that F-35 fighters, like other Western fighter aircraft, rely on US-secured data communication with Link-16 and GPS satellite navigation. Complete independence in this area, the company continued, "is not possible… not even with European systems," but noted that the F-35 still works without data links or satellite navigation.

'Extremely difficult' to integrate new software into F-35s

Mark Cazalet, editor-in-chief at European Security and Defence Magazine, told Euronews Next he has not heard or seen any hard evidence that a kill switch exists but that it’s "not outside the realm of possibility" that measures to block aircraft software could be produced. Cazalet said the US "doesn't necessarily need" a kill switch on the F-35 to block the weapon’s use, the government could “simply withhold ammunition and spare parts”.

To replace US control of the software would be “extremely difficult, if not impossible,” to integrate into their weaponry, Cazalet said. “The more relevant question for military planners is, can the US effectively prevent F-35s operated by other countries from being used, should it choose to do so?" Cazalet said. "Here the answer would seem to be mostly yes". Countries block parts of ammunition or weapons on occasion, Cazalet continued. For example, Switzerland delayed the use of Ukraine’s Gepard anti-aircraft guns when theyrefused to export the 35 mm ammunition. The Germans had also shown some initialreluctance to export the Eurofighter Typhoon fighter jet to Turkey.


F-35s 'can be used independently'

Euronews Next has contacted the US Department of National Defence (DND) and Lockheed Martin to confirm whether the US government has control over the software and hardware of the F-35 after the aircraft have been delivered but did not receive an immediate reply. A DND spokesperson confirmed to Canadian media that the US is in charge of both software and hardware upgrades for the planes and said that updates would continue for all nations that participated in their development. Euronews Next also asked Lockheed Martin whether they’d be able to give Germany and other European nations some assurances that these updates would continue. In response to Swiss media reports of similar kill switch concerns, Lockheed Martin published a post on their website on Monday titled 'Switzerland can use their F-35s independently'.

The company says that blocking the F-35A fighter jets, through external interventions in the electronics, is not possible. "Switzerland does not need consent if it wants to use its weapon systems or guided missiles for its defence," the post reads. "It can do this autonomously, independently, and at any time". Countries like Switzerland can also decide when they want to upgrade the software of the fighter jets or not, and the missiles remain operational without these upgrades. If a country does want to upgrade, Lockheed said it sends a "mobile team" to carry out the updates with the respective government.


https://www.euronews.com/next/2025/03/13/can-the-us-turn-off-european-weapons-experts-weigh-in-on-kill-switch-fears
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2154 em: Março 13, 2025, 04:21:36 pm »
Nota final/Adenda 15h10 13/03/2025
Ao contrário de alguns mitos que se foram perpetuando, o F-35A tem atualmente um custo de aquisição inferior ao do Rafale ou Eurofighter Typhoon, com custos de sustentação similares aos destes, mas sendo um caça de geração seguinte, com capacidades inigualáveis pela geração anterior. Já o Gripen E, além de mais caro que um F-16V, apresenta ainda imensas debilidades operacionais, bem como sistemas americanos, pelo que não se apresenta como uma alternativa ao F-16 em nenhum aspeto.


Isto deve doer ao aculturado impinja
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2155 em: Março 13, 2025, 04:22:40 pm »
O grande problema aqui, a meu ver, é que a FAP nunca inquiriu acerca da possibilidade de modernização dos F-16, e do possível custo dessa operação. Pelo menos que eu tenha conhecimento.
Falar em caças de 5a geração para os jornais é fácil, fazer o trabalho de casa é que está dificil.
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2156 em: Março 13, 2025, 04:27:08 pm »
O grande problema aqui, a meu ver, é que a FAP nunca inquiriu acerca da possibilidade de modernização dos F-16, e do possível custo dessa operação. Pelo menos que eu tenha conhecimento.
Falar em caças de 5a geração para os jornais é fácil, fazer o trabalho de casa é que está dificil.

Das poucas a operar F16 que não consideram essa hipótese, pelo menos para uma esquadra. E as que não fizeram até a ultima versão é porque já estão a algum tempo a substitui-los
 

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2157 em: Março 13, 2025, 04:29:03 pm »
Tanta complicação que por aqui vai.
A ideia apontada, de querer F-35 + um caça 4.5G europeu, não faz grande sentido. Estamos a falar de, num prazo de 10/15 anos, comprar 2 modelos de caça distintos, criando duas linhas logísticas distintas, para manter uma das frota na geração 4.5.

Neste cenário, F-35 + F-16V faz sentido, porque metade da linha logística da equação já existe.

Optar por um eurocanard como "stop gap" até à década de 40, é, desculpem a expressão, uma estupidez absoluta. Estamos a falar de gastar uns 2000M (provavelmente bem mais) para um caça em segunda-mão, mais os custos de uma nova linha logística, mais a necessidade de upgrades, para passado uns 15 anos, termos que ir comprar novamente outro caça (tipo FCAS). Nem sequer haveria margem financeira para armamento.

Agora, eu posso enumerar algumas soluções muito mais racionais.

Opção 1: modernizar a totalidade dos 28 F-16 - padrão V, upgrade turco, upgrade israelita ou upgrade UE (incluindo mais motores PW). É suposto aguentarem até 2045.

Opção 2: modernizar apenas os PA I e PA III (22 unidades, certo?), e substituir os PA II (caso estes não aguentem até 2040/45 com o dito upgrade) por:
-6/8 F-16V novos (simplicidade logística), caso o upgrade escolhido para os restantes seja o V;
-12 F-35, fazendo o salto geracional, ignorando questões políticas;
-12 KF-21 ou KAAN novos, dando um salto semi-geracional, sem ser o produto americano;
-ou 12 eurocanards em segunda-mão, sem salto geracional, complicação logística, apenas viável ser for possível por um valor a rondar os 1000M.

A modernização de toda a frota F-16 para V, é a mais racional. Em segundo lugar seria um upgrade alternativo aos F-16.
Esta opção, de continuar a operar F-16, não significa um distanciamento europeu. Paralelamente a esta modernização, devíamos procurar integrar o máximo de armamento europeu possível nos F-16. Falo por exemplo do Meteor, do Taurus KEPD, Brimstone II/III, Spear 3, entre outros.
 
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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2158 em: Março 13, 2025, 04:48:03 pm »
A modernização de toda a frota F-16 para V, é a mais racional. Em segundo lugar seria um upgrade alternativo aos F-16.
Esta opção, de continuar a operar F-16, não significa um distanciamento europeu. Paralelamente a esta modernização, devíamos procurar integrar o máximo de armamento europeu possível nos F-16. Falo por exemplo do Meteor, do Taurus KEPD, Brimstone II/III, Spear 3, entre outros.

O problema é que a atitude demonstrada pelo João Nuno nesta entrevista, a par das suas palavras que estão já a correr mundo, podem muito bem até ter comprometido uma possível modernização dos F-16 MLU para Viper, restando-nos assim o programa Özgür turco e talvez um qualquer israelita que ainda exista. E aí talvez o melhor mesmo seja um euro-canard, para não chegarmos a 2035 com uma frota de aeronaves de combate completamente obsoleta e presa por arames (o que não seria a primeira vez, note-se).
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Charlie Jaguar

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Re: F-35A Lightning II na FAP
« Responder #2159 em: Março 13, 2025, 04:53:38 pm »
Tanta complicação que por aqui vai.
A ideia apontada, de querer F-35 + um caça 4.5G europeu, não faz grande sentido. Estamos a falar de, num prazo de 10/15 anos, comprar 2 modelos de caça distintos, criando duas linhas logísticas distintas, para manter uma das frota na geração 4.5.

Neste cenário, F-35 + F-16V faz sentido, porque metade da linha logística da equação já existe.

Optar por um eurocanard como "stop gap" até à década de 40, é, desculpem a expressão, uma estupidez absoluta. Estamos a falar de gastar uns 2000M (provavelmente bem mais) para um caça em segunda-mão, mais os custos de uma nova linha logística, mais a necessidade de upgrades, para passado uns 15 anos, termos que ir comprar novamente outro caça (tipo FCAS). Nem sequer haveria margem financeira para armamento.

Agora, eu posso enumerar algumas soluções muito mais racionais.

Opção 1: modernizar a totalidade dos 28 F-16 - padrão V, upgrade turco, upgrade israelita ou upgrade UE (incluindo mais motores PW). É suposto aguentarem até 2045.

Opção 2: modernizar apenas os PA I e PA III (22 unidades, certo?), e substituir os PA II (caso estes não aguentem até 2040/45 com o dito upgrade) por:
-6/8 F-16V novos (simplicidade logística), caso o upgrade escolhido para os restantes seja o V;
-12 F-35, fazendo o salto geracional, ignorando questões políticas;
-12 KF-21 ou KAAN novos, dando um salto semi-geracional, sem ser o produto americano;
-ou 12 eurocanards em segunda-mão, sem salto geracional, complicação logística, apenas viável ser for possível por um valor a rondar os 1000M.

A modernização de toda a frota F-16 para V, é a mais racional. Em segundo lugar seria um upgrade alternativo aos F-16.
Esta opção, de continuar a operar F-16, não significa um distanciamento europeu. Paralelamente a esta modernização, devíamos procurar integrar o máximo de armamento europeu possível nos F-16. Falo por exemplo do Meteor, do Taurus KEPD, Brimstone II/III, Spear 3, entre outros.




Paralelamente a esta modernização, devíamos procurar integrar o máximo de armamento europeu possível nos F-16. Falo por exemplo do Meteor, do Taurus KEPD, Brimstone II/III, Spear 3, entre outros.

Logo aqui se perde tempo inexplicavelmente, ficando atras de praticamente todos os outros que operam os F16.
Os bonecos tiveram mais pressa em assegurar o tachos e negociatas dos tucanos
 
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