Tanta complicação que por aqui vai.
A ideia apontada, de querer F-35 + um caça 4.5G europeu, não faz grande sentido. Estamos a falar de, num prazo de 10/15 anos, comprar 2 modelos de caça distintos, criando duas linhas logísticas distintas, para manter uma das frota na geração 4.5.
Neste cenário, F-35 + F-16V faz sentido, porque metade da linha logística da equação já existe.
Optar por um eurocanard como "stop gap" até à década de 40, é, desculpem a expressão, uma estupidez absoluta. Estamos a falar de gastar uns 2000M (provavelmente bem mais) para um caça em segunda-mão, mais os custos de uma nova linha logística, mais a necessidade de upgrades, para passado uns 15 anos, termos que ir comprar novamente outro caça (tipo FCAS). Nem sequer haveria margem financeira para armamento.
Agora, eu posso enumerar algumas soluções muito mais racionais.
Opção 1: modernizar a totalidade dos 28 F-16 - padrão V, upgrade turco, upgrade israelita ou upgrade UE (incluindo mais motores PW). É suposto aguentarem até 2045.
Opção 2: modernizar apenas os PA I e PA III (22 unidades, certo?), e substituir os PA II (caso estes não aguentem até 2040/45 com o dito upgrade) por:
-6/8 F-16V novos (simplicidade logística), caso o upgrade escolhido para os restantes seja o V;
-12 F-35, fazendo o salto geracional, ignorando questões políticas;
-12 KF-21 ou KAAN novos, dando um salto semi-geracional, sem ser o produto americano;
-ou 12 eurocanards em segunda-mão, sem salto geracional, complicação logística, apenas viável ser for possível por um valor a rondar os 1000M.
A modernização de toda a frota F-16 para V, é a mais racional. Em segundo lugar seria um upgrade alternativo aos F-16.
Esta opção, de continuar a operar F-16, não significa um distanciamento europeu. Paralelamente a esta modernização, devíamos procurar integrar o máximo de armamento europeu possível nos F-16. Falo por exemplo do Meteor, do Taurus KEPD, Brimstone II/III, Spear 3, entre outros.