Mas para fazer uma modernização dessas não era preciso autorização dos EUA? 
Não se sabe. Sendo o avião da LM, podem ter uma palavra a dizer nesse aspecto. E com o Trump potencialmente a lixar encomendas da empresa, esta pode querer assegurar que tudo o que envolve caças seus, nomeadamente upgrades, sejam tratados directamente com ela.
Isto se calhar até pode permitir uma redução de preços do upgrade V, se a LM tiver menor procura devido às trapalhadas do Trump.
Queria lançar aqui uma pergunta que á uns meses atrás seria uma pergunta absurda mas nos dias que correm me parece pertinente.
Num cenário onde a Europa se vê directamente envolvida num conflicto com a Russia (fora do ambito do artigo 5 da NATO) qual será a posição dos Estados Unidos no uso dos F35? Será que aprovam ou bloqueiam o su uso?
Eu percebo que a tentação será para dizer que claro que aprovariam mas os sinais que se vêm são contrarios. A semana passada deram ordem para parar o programa de cyber seguraça que se focava na Russia por considerarem que a Russia não é uma ameaça. Esta semana terminaram todo o apoio á Ucrania inclusive a partilha de informação de inteligência que enfraquece imenso a posição já de si frágil da Ucrania. Durante a conferência de imprensa com o Zelensky permitiram a entrada de um membro de uma agência de noticias Russa com ligações directas ao Kremlin e ontem disse que não ia em auxilio de membros da NATO que não cumprissem a meta de despesa. Todas estas pequena/ grandes coisas indica (pelo menos a mim) uma clara intensão da actual administração reactar ligações com a Russia. Inclusive no momento actual parece haver uma maior afinidade com a Russia do que com a Europa (talvez um pouco exagerado) mas segundo as palavras de Trump “a EU foi criada para lixar a América”).
Sei que é muito cedo para especulações mas na sua essencia, o pensamento militar centra-se em analizar todos os cenários mesmo aqueles que possam parecer irrealistas.
Concerteza não sou o primeiro a quem esta ideia passou pela cabeça mas gostava de ouvir a opinião de quêm têm mais experiência.
A dúvida é válida, e ninguém sabe realmente a resposta.
Agora, se a Europa entrasse em guerra com a Rússia, e os EUA não viessem socorrer os europeus, o que ganhavam em não permitir a utilização de material americano nesse conflito?
Eu não sei o que ganhavam, mas posso enumerar o que perdiam: muito dinheiro.
Será que faz sentido para as empresas americanas, abdicar de lucrar com uma guerra? É que se os europeus não forem autorizados a usar os caças ou outro meio qualquer, então vão ser encostados, e ao serem encostados, a LM deixa de fazer dinheiro com a sustentação da frota. Tal como outras empresas americanas, que deixam de fazer dinheiro com a venda de munições.
A isto acresce que, a melhor maneira de arranjar clientes para um produto de defesa, é usar um conflito como montra. Ao impedirem a sua utilização num conflito, os EUA perdem clientes, inclusive aqueles potenciais clientes que iam a comprar algo, viram a recusa da sua utilização (em auto-defesa ainda por cima), e desistem da compra, procurando alternativas.
Além de que seria um desastre geopolítico, uma autêntica machadada na confiança que os aliados têm nos EUA.
É muito difícil o Trump vetar unilateralmente a utilização de armamento americano por parte de países europeus em sua auto-defesa. Afecta demasiada gente, e afecta a economia americana a curto, médio e longo prazo.