Invasão da Ucrânia

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6960 em: Julho 22, 2024, 08:04:06 pm »
As autoridades espanholas estão a controlar a situação, por cá eles andam à vontade.


https://twitter.com/nexta_tv/status/1814638503650533706?ref_src=twsrc%5Etfw

Não os apanham porque não querem.
 Era só passarem pelas redações das TVs por volta  da hora do jantar
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6961 em: Julho 23, 2024, 10:23:50 am »
https://cnnportugal.iol.pt/guerra/ucrania/isto-ja-nao-tem-piada-como-a-ucrania-transformou-um-aeronave-a-helice-dos-anos-70-numa-arma-antidrone/20240722/669eabf1d34e0498922376cc

"Isto já não tem piada". Como a Ucrânia transformou uma aeronave a hélice dos anos 70 numa arma antidrone



São mais baratos que os mísseis das defesas antiaéreas e os analistas militares russos já não escondem a frustração ao falar sobre esta nova estratégia ucraniana
Os veículos aéreos não-tripulados alteraram por completo a natureza da guerra na Ucrânia. Relativamente baratos de produzir, os drones de reconhecimento permitem encontrar alvos militares bem no interior do território inimigo. Para os destruir, as tripulações de defesa antiaérea ucranianas tinham de recorrer a mísseis valiosos e cada vez mais raros nos seus arsenais. Mas a força aérea encontrou uma solução com mais de 50 anos que está a ter resultados e a deixar as tripulações russas altamente frustradas.

“Isto já não tem piada há bastante tempo para os operadores de drones, nem para nós. Não está na hora de o abater?”, questiona um blogger militar russo que escrevia sobre a frustração da “alta eficácia” da nova arma ucraniana para destruir drones russos.

Em causa está uma solução relativamente simples. Nos últimos meses, vários pilotos ucranianos têm transformado o avião de treino a hélice Yak-52, fabricado originalmente na década de 70, numa arma de caçar drones de reconhecimento. A aeronave, que tem dois lugares, foi adaptada para ser utilizada por um piloto e um atirador, que utiliza uma caçadeira para destruir os drones na sua proximidade.

nicialmente, a solução encontrada pelos ucranianos foi alvo de chacota de alguns dos principais comentadores militares russos, que apontavam o recurso a tecnologia “obsoleta” como um sinal de desespero ucraniano. Alguns meses depois o cenário está a alterar-se e o Yak-52 tem demonstrado ser mais robusto do que se pensava.

As dimensões do avião fazem dele o veículo ideal para não ser detetado pelas defesas antiaéreas russas. O Yak-52 tem apenas 7,7 metros de comprimento e uma envergadura de 9,3 metros, o que torna o avião particularmente difícil de detetar nos radares russos. Além disso, apesar de pequeno quando comparado aos aviões de combate, a aeronave é grande e robusta o suficiente para ser capaz de abalroar drones inimigos em pleno voo, sem sofrer danos que levem à sua destruição.

Um vídeo partilhado nas redes sociais permite ver imagens captadas por um drones de reconhecimento russo, que mostra um destes aviões camuflados a voar debaixo do drone russo e com um dos tripulantes a disparar uma caçadeira de canos duplos contra o drone. Os pilotos ucranianos escolhem as caçadeiras devido à natureza das suas munições, que dispersam ao disparar e atingem uma área maior, aumentando a probabilidade de atingir o alvo.

https://twitter.com/i/status/1799805046919516293

Para a Ucrânia, esta é uma táctica bastante interessante do ponto de vista económico. Nos últimos meses, Kiev tem sofrido bastante com a falta de mísseis antiaéreos, cujo preço é proibitivo. Um míssil do sistema Patriot, apesar de bastante eficaz, tem um custo de 4 milhões de dólares por unidade. Um intercetor do sistema NASAMS não é muito mais barato, custando 1 milhão por disparo. Utilizar estes mísseis para abater aeronaves como o Orlan-10, que custa menos de 100 mil euros não é uma solução eficaz a longo prazo. Utilizar um Yak-52 e munições de caçadeira é uma alternativa muito mais eficiente para líder com o problema..

A estratégia ucraniana obriga estas aeronaves a voar a poucos metros dos drones russos, mas parece ser eficaz o suficiente para que os ucranianos não só a estejam a utilizar como estejam a expandir este tipo de operação. Um vídeo partilhado pelos serviços secretos ucranianos mostra uma tripulação ucraniana a pilotar um Aeroprakt A-22, uma aeronave ultraligeira de dois lugares, a caçar aeronaves não tripuladas no s

Estes aviões já têm sido frequentemente utilizados por Kiev em ataques contra o território russo. As forças armadas ucranianas têm convertido estas aeronaves a hélice em drones capazes de transportar centenas de quilos de explosivos e voar longas distâncias e atingir alvos bem no coração do território russos.

Apesar de tudo, a estratégia parece estar a perturbar o suficiente as operações russas ao ponto do exército decidir tomar medidas. Incapazes de atingir o Yak-52 no ar, as forças armadas russas começaram a “caçar” o avião quando este está em terra. Na semana passada, as forças russas dispararam vários mísseis contra uma base aérea de Odessa, onde se suspeita existirem vários Yak-52 guardados em hangares.

Num vídeo partilhado nas redes sociais, é o possível ver um míssil balístico Iskander a atingir a base, resultando em várias explosões e um incêndio. Várias instalações foram danificadas.

https://twitter.com/WarVehicle/status/1812925816709521457/video/1?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1812925816709521457%7Ctwgr%5E371a73557498a50592dce9ecf9cef4fb4fd4949a%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fcnnportugal.iol.pt%2Fguerra%2Fucrania%2Fisto-ja-nao-tem-piada-como-a-ucrania-transformou-um-aeronave-a-helice-dos-anos-70-numa-arma-antidrone%2F20240722%2F669eabf1d34e0498922376cc

Ainda assim, a Ucrânia terá de demonstrar a sua capacidade de utilizar esta táctica em larga escala. Apesar de o número de perdas de drones russos estar a acumular-se, Kiev ainda tem de demonstrar a capacidade de mobilizar um número suficiente de aeronaves de forma a fazer a diferença no campo de batalha.


 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6962 em: Julho 23, 2024, 12:11:39 pm »
Se os beligerantes fossem espertos dotavam os soldados  de um drone que estes pudessem facilmente lançar contra um drone predador que os ameaçasse.
Traduzindo para miúdos : um grupo de combate que evoluísse em zona vermelha seria constantemente acompanhado por drones de escolta capazes de identificar e de chocar contra o drone inimigo antes que este largasse a granada em cima do desgraçado.
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6963 em: Julho 23, 2024, 03:09:44 pm »
Se os beligerantes fossem espertos dotavam os soldados  de um drone que estes pudessem facilmente lançar contra um drone predador que os ameaçasse.
Traduzindo para miúdos : um grupo de combate que evoluísse em zona vermelha seria constantemente acompanhado por drones de escolta capazes de identificar e de chocar contra o drone inimigo antes que este largasse a granada em cima do desgraçado.

A questão é que a tecnologia ainda está longe de permitir um drone totalmente autonomo, para um drone fazer o tracking precisa de um radar ou de um sistema EO com qualidade de capacidade de processamento ao nivel que reconhecimento de imagem (IA), e mesmo que um drone seja capaz de detectar/reconhecer outro drone (algo que não seria dificil com o hardware correcto), há outros problemas tecnicos (identificação amigo/inimigo, treinar a IA para saber navegar e "atacar" o outro drone,...) para resolver que ainda se anda longe disso.

Já existe várias experiencias a decorrer (inclusive na Ucrania) onde se pretende ter drones caçadores de drones (rotores como a jato), contudo são sistemas que de uma maneira ou de outra vão precisar sempre de interação humana, contudo ter algo completamente autonomo ainda vai levar um par de anos, para além de que serão sistemas bastante dispensiosos.
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6964 em: Julho 23, 2024, 10:03:38 pm »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)
« Última modificação: Julho 23, 2024, 10:11:22 pm por legionario »
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6965 em: Julho 24, 2024, 02:59:07 am »
Se os beligerantes fossem espertos dotavam os soldados  de um drone que estes pudessem facilmente lançar contra um drone predador que os ameaçasse.
Traduzindo para miúdos : um grupo de combate que evoluísse em zona vermelha seria constantemente acompanhado por drones de escolta capazes de identificar e de chocar contra o drone inimigo antes que este largasse a granada em cima do desgraçado.

Já andam a estudar o assunto  :mrgreen: :mrgreen:


Citar
While delivering water by drone to the positions of their comrades, the Russian fighters discovered an AFU copter.

The decision was made to throw the bottle of water at the Ukrainian drone and it worked.

Potius mori quam foedari
 
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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6966 em: Julho 24, 2024, 10:22:03 am »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)

A questão é que os drones para serem autonomos tem que ter mecanismos (infaliveis) que evitem "friendly fire", imagine basta que o drones tenha 1% de chance the "friendly fire" para não ser considerado apto para utilização. Por exemplo a sua ideia é boa mas a assinatura termica de uma pessoa a 2 metros pode ser superior a um drone pequeno que voa a 10/30 metros. Uma imagem de uma camara (sem fazer zoom) a certa distancia deixa de ter qualidade suficiente para identificar seja o que for, se adicionarmos luz forte/fraca ainda piora.

O problema de tudo o que seja autonomo hoje em dia é os ultimos 1% - 0,0001% de erros que continuam a existir, e que não é aceitavel. (apesar de no humano a taxa de erro ser superior)
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6967 em: Julho 24, 2024, 11:07:52 am »
A vermelho os Russos e a azul os Ucranianos. As perdas têm variado, mas por norma os Russos têm perdido muito mais material do que os Ucranianos, bastante mais.

Contra a Esquerda woke e a Direita populista marchar, marchar!...[/u].

 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6968 em: Julho 24, 2024, 01:56:27 pm »
A guerra na Ucrânia criou um novo cargo nas forças armadas. "É a mudança mais decisiva na organização militar desde a criação das forças aéreas"

No início, a Ucrânia até liderou o uso de drones no campo de batalha, mas os recursos do inimigo - com o forte apoio de Irão e da Coreia do Norte, sem esquecer a China - permitiram-lhe dar a volta rapidamente, valendo aos ucranianos as táticas superiores, a inovação e muito espírito na arte de desenrascar

Não está na linha da frente, mas é como se estivesse - é sob o seu comando que a Ucrânia tenta antecipar todos os movimentos do inimigo: Vadym Sukharevsky não é apenas o vice-comandante-chefe das forças armadas é, desde há poucas semanas, o Chefe das Forças de Sistemas Não Tripulados.

"Fevereiro de 2022 foi o início da escola para todos", diz o coronel de 39 anos, em entrevista à The Economist, um herói para a Ucrânia, com carreira nos fuzileiros e, desde o início da guerra, como comandante da 59.ª Brigada de Infantaria Motorizada, mas que há muito se destaca como um novo tipo de chefe militar: o génio da tecnologia.

Conta à revista britânica que ficou fascinado com o potencial dos drones em 2014, quando a Rússia invadiu a Crimeia. Começou a utilizá-los em 2016 e, "em breve, não estava a disparar um único morteiro sem a mira de um drone de reconhecimento". No entanto, só a invasão total da Ucrânia iria espoletar uma mudança radical no uso de drones.

No início, a Ucrânia até liderou o uso de drones no campo de batalha, mas os recursos do inimigo - com o forte apoio de Irão e da Coreia do Norte, sem esquecer a China - permitiram-lhe dar a volta rapidamente, valendo aos ucranianos as táticas superiores, a inovação e muito espírito na arte de desenrascar.

Quantitativamente, a Rússia está à frente, mas qualitativamente estamos em igualdade", garante.

A Ucrânia espera agora que o novo comando nas forças armadas ajude a recuperar a vantagem na guerra. "É a mudança mais decisiva na organização militar desde a criação das forças aéreas no início do século XX. E a Ucrânia foi a primeira", afirma.

No entanto, a mudança não será nada fácil, porque, segundo Sukharevsky, nem todos os comandantes ucranianos estão preparados para adotar a nova visão de combate. O agora Chefe das Forças de Sistemas Não Tripulados diz que precisa de um ano para implementar estratégias, sendo certo o "papel primordial" da artilharia ou da infantaria não diminuiu: "As operações militares ainda dependem de armas combinadas, e outros tipos de tropas continuarão a ser igualmente importantes."

Uma coisa é certa para Vadym Sukharevsky: o mundo mudou e a Rússia não é a única ameaça à espreita, pelo que deixa um aviso. "Nós já estamos nas trincheiras, não nos podem assustar. Mas o resto do mundo? Pode ser que tenham uma surpresa desagradável."


 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6969 em: Julho 25, 2024, 12:03:25 am »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)

A questão é que os drones para serem autonomos tem que ter mecanismos (infaliveis) que evitem "friendly fire", imagine basta que o drones tenha 1% de chance the "friendly fire" para não ser considerado apto para utilização. Por exemplo a sua ideia é boa mas a assinatura termica de uma pessoa a 2 metros pode ser superior a um drone pequeno que voa a 10/30 metros. Uma imagem de uma camara (sem fazer zoom) a certa distancia deixa de ter qualidade suficiente para identificar seja o que for, se adicionarmos luz forte/fraca ainda piora.

O problema de tudo o que seja autonomo hoje em dia é os ultimos 1% - 0,0001% de erros que continuam a existir, e que não é aceitavel. (apesar de no humano a taxa de erro ser superior)

É melhor aceitar trabalhar com um sistema falível a 10 ou 20% que não ter nada para se defender desses malditos drones nem que seja uma caçadeira velha que envie umas centenas de chumbos para ter a certeza de não falhar o drone atacante (refiro-me aos drones que largam granadas em cima do pessoal).
Obrigado pela sua resposta.
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Lightning

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6970 em: Julho 25, 2024, 07:04:44 am »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)

A questão é que os drones para serem autonomos tem que ter mecanismos (infaliveis) que evitem "friendly fire", imagine basta que o drones tenha 1% de chance the "friendly fire" para não ser considerado apto para utilização. Por exemplo a sua ideia é boa mas a assinatura termica de uma pessoa a 2 metros pode ser superior a um drone pequeno que voa a 10/30 metros. Uma imagem de uma camara (sem fazer zoom) a certa distancia deixa de ter qualidade suficiente para identificar seja o que for, se adicionarmos luz forte/fraca ainda piora.

O problema de tudo o que seja autonomo hoje em dia é os ultimos 1% - 0,0001% de erros que continuam a existir, e que não é aceitavel. (apesar de no humano a taxa de erro ser superior)

E mesmo que as forças aliadas tenham algum dispositivo que informe o drone serem amigos ainda há a questão dos civis, por isso o drone tem de ser capaz de distinguir realmente quem é o inimigo antes de poder atacar autonomamente sem controlo humano.
 

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6971 em: Julho 25, 2024, 03:13:39 pm »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)

A questão é que os drones para serem autonomos tem que ter mecanismos (infaliveis) que evitem "friendly fire", imagine basta que o drones tenha 1% de chance the "friendly fire" para não ser considerado apto para utilização. Por exemplo a sua ideia é boa mas a assinatura termica de uma pessoa a 2 metros pode ser superior a um drone pequeno que voa a 10/30 metros. Uma imagem de uma camara (sem fazer zoom) a certa distancia deixa de ter qualidade suficiente para identificar seja o que for, se adicionarmos luz forte/fraca ainda piora.

O problema de tudo o que seja autonomo hoje em dia é os ultimos 1% - 0,0001% de erros que continuam a existir, e que não é aceitavel. (apesar de no humano a taxa de erro ser superior)

É melhor aceitar trabalhar com um sistema falível a 10 ou 20% que não ter nada para se defender desses malditos drones nem que seja uma caçadeira velha que envie umas centenas de chumbos para ter a certeza de não falhar o drone atacante (refiro-me aos drones que largam granadas em cima do pessoal).
Obrigado pela sua resposta.

Eu não sei se isso é aceitavel, ter uma arma automática no campo de batalha que tenha 1% de hipoteses de friendly fire, quanto mais 10%.
 

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Duarte

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6972 em: Julho 25, 2024, 06:10:19 pm »
https://www.cnn.com/2024/07/24/europe/russia-moscow-troops-signing-bonus-intl-hnk/index.html

22,000 dólares serve para quê se é para voltar num saco de plástico, ou não voltar.  :mrgreen:

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6973 em: Julho 25, 2024, 09:22:33 pm »
Já existem drones mais pequenos do que um maço de cigarros, talvez fosse possível equipá-lo com um detetor térmico, algo que um soldado pudesse transportar em dotação individual e que pudesse lançar rapidamente contra o drone atacante que estivesse a ameaçá-lo diretamente. Penso que seja possível fazê-lo com a tecnologia atual, não acha ? ... penso também que não seria muito dispendioso tanto mais que não seria necessária a camara video, o mais importante seria o detector térmico. Neste caso, o soldado só larga o drone se for ameaçado diretamente (ou os seus camaradas). Nada de complexo.

Um outro caso de figura e um outro processo seria fazer acompanhar as tropas no solo por um pequeno enxame de pequenos drones capazes de observar permanentemente o campo de batalha próximo dos combatentes e de interceptar os drones inimigos que se aproximassem. Seriam equipados com o  dispositivo (que já existe) e que permite reconhecer os amigos/inimigos, ...aqui já seria talvez muito mais complexo e muito mais caro.

Se eu fosse confrontado com um drone a pairar em cima de mim pronto para me largar uma granada em cima, gostaria de ter uma boa velha caçadeira com cartuchos de chumbo, talvez o drone caísse como um pato :)

A questão é que os drones para serem autonomos tem que ter mecanismos (infaliveis) que evitem "friendly fire", imagine basta que o drones tenha 1% de chance the "friendly fire" para não ser considerado apto para utilização. Por exemplo a sua ideia é boa mas a assinatura termica de uma pessoa a 2 metros pode ser superior a um drone pequeno que voa a 10/30 metros. Uma imagem de uma camara (sem fazer zoom) a certa distancia deixa de ter qualidade suficiente para identificar seja o que for, se adicionarmos luz forte/fraca ainda piora.

O problema de tudo o que seja autonomo hoje em dia é os ultimos 1% - 0,0001% de erros que continuam a existir, e que não é aceitavel. (apesar de no humano a taxa de erro ser superior)

É melhor aceitar trabalhar com um sistema falível a 10 ou 20% que não ter nada para se defender desses malditos drones nem que seja uma caçadeira velha que envie umas centenas de chumbos para ter a certeza de não falhar o drone atacante (refiro-me aos drones que largam granadas em cima do pessoal).
Obrigado pela sua resposta.

Eu não sei se isso é aceitavel, ter uma arma automática no campo de batalha que tenha 1% de hipoteses de friendly fire, quanto mais 10%.

Acredite, é perfeitamente aceitável, 1% é excelente.


p.s. O soldado é dos itens mais baratos que existe, repare nos seus salários, nas suas condições de trabalho, na frieza com que se envia vagas de homens contra um muro de ferro e de fogo, nas indemnizações que recebem os familiares, nas suas reformas, e pior ainda, no seu "SAV".
Ninguém se importa com o custo do sangue dum soldado nem durante nem depois do seu serviço ; são equiparados a kleneex, para usar e deitar fora. Veja lá quanto é que recebem os antigos combatentes em Portugal , menos de 200 euros/ano... ou em França , menos de 1000 euros/ano.
Para um soldado no terreno ter um equipamento de proteção mesmo falível somente em 10% é muito bom. Claro que é muito chato disparar contra o inimigo e acertar no amigo mas se o colega soubesse  quantas vezes isso acontece...
Não dou mais detalhes porque a liberdade de expressão (e de movimentos) têm muitos limites para uma certa categoria de ex-soldados. Gastam mais dinheiro a vigiar e a perseguir alguns "ex" do que nas suas pensões (quando as têm). Seria um bom tema para outro tópico.
« Última modificação: Julho 25, 2024, 09:40:11 pm por legionario »
"De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens"
António Ferreira Gomes, bispo
 
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LuisPolis

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Re: Invasão da Ucrânia
« Responder #6974 em: Julho 26, 2024, 01:12:23 pm »
O General Dmitry Bulgakov responsável pela logística do exército Russo em 2022, foi preso. A acusação é de ... corrupção e desvio de recursos (parece que o que estava em inventário não batia certo com o que estava armazenado).