Caro Daniel
A Espanha usou a indústria militar, financiado pelo governo (encomendas militares ) para solucionar e esconder outro drama : o desemprego!
Hoje em dia tem Fragatas topo de gama! Sim tem! Constroem para outros países: sim constroem!
Mas a que preço!??
A navantia da menos prejuízos parada que a trabalhar.
Cada navio que constrói dá trabalho a muitos, mas soma milhões de prejuízos!
Tudo financiado pelo estado!
E continuam com a mesma politica
El Gobierno presta hasta 1.600 millones a Navantia para fabricar unas fragatas que generarán 7.000 empleos en 10 años
É um ENVC elevado ao infinito!
Biliões e biliões de euros de prejuízos!
Devem terminar os próximos anos perto dos 10 Biliões de prejuízos.
A dívida da Navantia dava para a marinha de Espanha comprar uma frota no mínimo com o dobro dos navios!
Ainda sobrava dinheiro para milhares de máscaras, luvas material de proteção e respiradores artificiais para os hospitais!
Os holandeses tem razão em Fazer-lhes um manguito! Isso não é gestão de um quiosque ,quanto mais de um País!
Portugal e o Costa! Estão com o cu apertado também!
Agora vamos ver se o Costa tem colhões ou se andou mais uma vez a desbaratar os sacrifícios da última crise!
O preço de anunciarem o fim da austeridade vem aí! Ninguém aprendeu nada com a crise de 2008!
O que importava era o fim da austeridade.
Alguém vai pagar isto tudo!
Poupassem!
Vá! Podem-me bater a vontade!
Confesso que o meu caro era das poucas pessoas neste fórum de onde esperaria uma tirada destas.
Os projectos de defesa que garantem à Espanha uma independência invejável na área de defesa e que nós estamos sempre aqui a apontar com um exemplo, agora é desbaratar de dinheiro porque essas empresas dão prejuízo?
O que seria da Lockheed Martin ou da Northrop Grumman para não falar da Bath Iron Works sem o estado americano a torrar literalmente lá centenas de milhares de milhões de USD anualmente?
O que seria da Dassault, ou da Naval Group sem o estado francês ou a Damen sem as encomendas do estado holandês que até acabou de encomendar um reabastecedor que nenhuma falta faz só para manter aquilo a rolar? Como está agora a TKMS? O que seria da Fincantieri sem estas encomendas colossais da Armada Italiana?
Seguindo a sua linha de raciocínio para que raio andamos a "desbaratar" dinheiro numas FA, isto num país que nem munições para as suas armas ligeiras fabrica?
Que se feche a loja então e entreguemos isto a uma qualquer PMC e, com o dinheiro poupado vamos investir noutros sectores e os militares, azarinho, venham para o civil saber o que é um lay-off, ou bater com os costados no IEFP para fazerem um "curso de requalificação" entre empregos precários onde não se sabe se o patrão paga ao final do mês.
Usar o argumento que usaram para denegrir um país a braços com uma calamidade destas, faz-me pensar muito bem no que realmente as pessoas têm dentro delas. Estive, na passada semana, em trabalho com um surveyor da classe que é croata, daqueles que foram criados no meio do caos dos anos 90 nos Balcãs. Trocamos impressões, falei sobre o tempo que estive lá a conversa foi desenrolando e acabamos a falar sobre esta situação actual e sobre que comportamentos sociais poderia gerar. E atendendo ao que vimos nos Balcãs, ele bem mais do que eu, quando a malta entra na espiral em que estamos a entrar, não ficamos a dever nada ao tipos que se andavam a matar à catanada no Ruanda, a única coisa que muda é a cor.
Felizmente que a cola social ainda vai mantendo isto, se isto chega a bater mesmo na ventoinha, se calhar o "prejuízo" dos espanhóis, franceses, italianos, ect, na sua independência militar é capaz de lhes valer mais que a nós que até as mais básicas munições teremos de andar a importar.