Essa do número de motores é, no mínimo, discutivel. Mas não deixa de ser um possível argumento.
Realidade: Quais as missões atuais e dos últimos 20 anos realizadas pelos C130 da FAP?
O C390 pode ou não realizá-las e até possibilitar melhorias operacionais?
E o J traria ganhos significativos nestas missões?
A participação no projecto da EMBRAER é uma mais valia para o país?
Ficção: Vamos realizar pontes aéreas frequentemente para transportar milhares de militares e centenas de veículos, sobre oceanos, e operando em aeroportos distantes e não pavimentados.
O A400 é pequeno...
Enquanto vivermos em "fantasias" em vez de nos focarmos na realidade vamos continuar a não ter nada.
Lembro-me das discussões, aqui, há muitos anos, sobre se o melhor era o C27J ou o C295, que este último não era propriamente militar e o J sim, que não iria servir para isto e aquilo, que tinha sido um erro, e afinal o raio do aviãozeco tem feito (e bem) o seu trabalho sem grandes alaridos.
Vai aos Açores só com 2 motores 😉, voa no Mediterrâneo, no Mali... e para a nossa realidade mostrou-se uma escolha acertada. Nunca ouvi falar que tenha ficado algo por fazer por não ser um C27J.
Mali, RCA, Afeganistão, para nós acontecem uma vez por outra e pelas quantidades
de material e pessoal a transportar sai mais barato alugar pontualmente aviões, tal como o fazem muitos países bem mais ricos que nós.
Esta é a nossa realidade.
Se entretanto se começar a explorar o petróleo da Nazaré ou outra coisa parecida, pode ser que a mesma se altere. Até lá, substitua-se o velhinho C130.