Essa questão da interoperacionalidade é mais treta que outra coisa qualquer. Como se o UH-60 fosse um modelo de heli meio obscuro e pouco utilizado pelos aliados.
Sim, é treta. Só haveria interoperabilidade, se os "nossos" NH-90 fossem colocados e operados juntamente e estritamente com NH-90s aliados. Quando vários destes aliados usam uma multitude de modelos, torna-se absurdo achar que os NH-90 vão ser operados juntamente com os NH-90 o tempo inteiro.
Uma pessoa até podia usar o argumento que os NH-90 seriam mais úteis para unidades/apoiar países que não tenham acesso àquele tipo de helicóptero (médio de transporte), e portanto é a apoiar esses países/unidades que os nossos helicópteros seriam usados, não para reforçar países que sozinhos já possuem frotas enormes de helicópteros daquela classe. Poderíamos estar a falar da Roménia por exemplo, mas não só.
Devemos sim adquirir um heli que corresponda às nossas necessidades. Muitas das funções/capacidades do NH-90, o Merlin já replica e até faz melhor, desde que os haja disponíveis (os 4 CSAR). O que nós precisamos, é de um heli que seja versátil, que consiga dar vazão a tudo o que são funções que tipicamente seriam distribuídas por um helicóptero ligeiro + médio + de ataque.
E neste aspecto, o UH-60 acaba por se ajustar muito mais, podendo desde logo colmatar a total falta de um helicóptero de ataque com algo que, não sendo um Apache, já faz muito melhor figura se devidamente equipado e armado, que um NH-90 com 2 ou 3 metralhadoras.
Está visto que, além dos 4 Merlin CSAR (que estão mais para helicópteros de transporte do que CSAR), podemos dividir as necessidades de helicópteros a adquirir em 3: CSAR (real), naval (ASW/ASuW), e GP (configurável para várias utilizações, inclusive ataque). Podemos optar por um modelo que faça os 3 com sub-variantes ligeiramente diferentes, mas com muita da logística em comum, ou podemos adquirir 3 ou 4 modelos diferentes.