O Reapetrechamento da Marinha

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miguelbud

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2025 em: Dezembro 18, 2024, 08:18:23 pm »
A dificuldade em defender os Açores, assenta essencialmente no desinvestimento nas FA e na falta de meios/pessoal.

São 9 ilhas, e cada uma delas é como se fosse um porta-aviões, tendo um aeroporto, ou um aeródromo. Dadas as distâncias entre ilhas/grupos de ilhas e a falta de navios combatentes na Marinha, a melhor forma de defender o arquipélago é com meios aéreos.

A partir daqui, com o devido investimento em meios aéreos, é possível tornar os Açores numa autêntica fortaleza.

A Madeira é que é mais difícil de defender. Muito menos ilhas/infraestrutura aeronáutica, e muito maior proximidade de territórios potencialmente hostis. Não só a Madeira precisaria de um forte destacamento de caças, 2 baterias AA (uma em cada aeroporto), também precisaria de uma forte presença naval.

Em qualquer dos casos, a falta de meios é gritante, tal como a falta de uma estratégia de defesa nacional.
Com a depreciaçao brutal que o rublo teve, podemos comprar SU-34 armados com misseis onyx ao preço da uva mijona e ninguem se atreve a passar perto das ilhas. :mrgreen:
 

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os_pero

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2026 em: Dezembro 18, 2024, 08:38:44 pm »
(...)

Os Açores são um problema para defender. Nove ilhas e com distãncias grandes. Aqui penso que sistemas itinerantes (navios) funcionariam melhor que sistemas apeados e com dificuldade de serem transportados.

A dificuldade em defender os Açores, assenta essencialmente no desinvestimento nas FA e na falta de meios/pessoal.

São 9 ilhas, e cada uma delas é como se fosse um porta-aviões, tendo um aeroporto, ou um aeródromo. Dadas as distâncias entre ilhas/grupos de ilhas e a falta de navios combatentes na Marinha, a melhor forma de defender o arquipélago é com meios aéreos.

A partir daqui, com o devido investimento em meios aéreos, é possível tornar os Açores numa autêntica fortaleza.

A Madeira é que é mais difícil de defender. Muito menos ilhas/infraestrutura aeronáutica, e muito maior proximidade de territórios potencialmente hostis. Não só a Madeira precisaria de um forte destacamento de caças, 2 baterias AA (uma em cada aeroporto), também precisaria de uma forte presença naval.

Em qualquer dos casos, a falta de meios é gritante, tal como a falta de uma estratégia de defesa nacional.

Qualquer potência com capacidade de invadir/atacar com um objetivo os Açores ou a Madeira tem a capacidade de terraplanar aquilo em poucos dias, defesas AA ficariam saturadas em pouco tempo.

Com submarinos na zona, já implica um ataque ser lançado a longa distância, o que poderia dar algum tempo para as forças AA de minimizar alguma coisa, mas com muita insistência (mísseis) os aeródromos e bases aéreas acabariam por ser destruídas.
 

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dc

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2027 em: Dezembro 18, 2024, 10:44:49 pm »
Que fixação... o CEMA vai embora, fez o trabalho dele, está outro a vir, e a mudança esta a acontecer na Marinha. Esqueça o CEMA. É só a minha esperança.

Mas qual mudança pá. Falar em mudança implica uma mudança de mentalidade dentro das chefias militares e políticas, para que haja uma verdadeira capacidade militar nas FA, inclusive na Marinha. Avançar com programas que já estavam previstos na LPM, não é mudança, é o espectável e o mínimo dos mínimos que se exige.

Não creio ser difícil perceber este conceito.

Atrás de quem pede ninguém corre.
Sei que sou um sonhador (não tenho qualquer relação com o Tony à Carreira), mas ambiciono umas FA pequenas em efetivos e material, mas com material topo de gama.
Tenho plenamente presente que o NSM Coastal Defense System seria uma pequena (mas muitíssimo saudável) loucura. Que existem outros sistemas que permitem ter capacidades relativamente similares a um custo inferior. Que o diferencial de preço permitiria colmatar outras lacunas prementes, de forma transversal, nas FA.

Adquirir JLTV para substituir as Panhard M11 (ao serviço desde o início dos 90) e equipar os Fuzos com sistemas Madis (entre outros potenciais usos) é assim tão descabido?
Falando de forma geral, não aplicando especificamente ao paupérrimo estado das nossas FA e da reiterada falta de investimento sério e sustentado no tempo. Obviamente.

Epá aqui também só estamos a debater de forma breve o que pode ser feito para defender os arquipélagos/conferir-lhes alguma capacidade de dissuasão. Com isso, podemos avaliar N opções.

O MADIS tem duas versões. A versão com torre para lançar Hellfire/Stinger não faz tanto sentido, agora que nós optámos por adquirir um VSHORAD com mísseis diferentes. Logisticamente faz sentido tentar uniformizar.
Já a versão "leve" do MADIS (Mk2), é diferente pois remete-se ao conjunto de sensores, o C2 e uma RWS (com possibilidade de integrar MANPADS). Nos Fuzos, o que fazia sentido, era ter alguns ST5 com RapidRanger, e uns quantos ATVs (Polaris ou outro) com MADIS Mk2, com este último a fazer muito sentido para os Paras também.

Qualquer potência com capacidade de invadir/atacar com um objetivo os Açores ou a Madeira tem a capacidade de terraplanar aquilo em poucos dias, defesas AA ficariam saturadas em pouco tempo.

Com submarinos na zona, já implica um ataque ser lançado a longa distância, o que poderia dar algum tempo para as forças AA de minimizar alguma coisa, mas com muita insistência (mísseis) os aeródromos e bases aéreas acabariam por ser destruídas.

Vocês também saltam logo para enfrentar uma potência sozinhos.  :mrgreen:

Contra uma potência na sua máxima força, era logo bandeira branca, porque independentemente da táctica e estratégia, levávamos na pá.

Os submarinos, sendo apenas 2, não podem ficar especados a defender um arquipélago. O forte deles é o adversário não saber onde eles estão, e devem agir com esta imprevisibilidade em mente, ao invés de ficarem alocados a "defesa costeira".

O adversário, pode muito bem usar tácticas que dificultem a tarefa aos ditos. Dou-te o exemplo: se tiveres um submarino a proteger os Açores, e o adversário dispersa os seus meios navais, vamos dizer 10 navios, ao longo de distâncias enormes, tipo 100km entre cada navio, atacando o arquipélago de vários vectores. 1 ou mesmo os 2 Tridente, não conseguem cobrir tamanha área suficientemente rápido. Se não conseguem fazê-lo, precisas de algo que o faça - aeronaves - e para que estas aeronaves possam levantar voo, precisas de garantir que pelo menos 1 aeroporto/base aérea no arquipélago está minimamente defendido.

É preciso entender que os meios complementam-se, e que uma defesa eficaz dos arquipélagos, não estará dependente de apenas um tipo de meio, mas da conjugação de vários.
 
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Duarte

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2028 em: Dezembro 18, 2024, 11:50:19 pm »
Sabem o que é?
https://canadiandefencereview.com/osi-contracted-by-the-portuguese-navy-to-deliver-a-fleet-wide-ecpins-license/

Citar
ECPINS presents the operator with navigational information, sensor input, and electronic charts on 3 main screen layouts, with a selection of alternatives for specialized purposes such as planning. A central feature of each layout is a chart window, which the operator can pan, scroll, or zoom as needed. Operator control is by 3-button trackball keyboard, which is enhanced by standard and user-defined shortcut keys.

https://osimaritime.com/solutions/software/
слава Україна!
“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower".

The amount of energy needed to refute misinformation is an order of magnitude greater than the effort required to produce it.
 
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Charlie Jaguar

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2029 em: Dezembro 19, 2024, 09:10:14 am »
A Álvares Cabral ainda vai ser um NPO musculado ou, pelo contrário, está descartada qualquer intervenção no navio? Na edição deste mês da Revista da Armada nem teve sequer direito a menção.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Cabeça de Martelo

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Drecas

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saabGripen

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2032 em: Dezembro 19, 2024, 07:49:44 pm »
 

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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2033 em: Dezembro 19, 2024, 08:45:15 pm »
 :bang:
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LM

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2034 em: Dezembro 19, 2024, 09:37:31 pm »
A portaria que colocaram aqui, a autorizar o CEMA a gerir os valores para a compra, não referia as Bartolomeu Dias?!
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2035 em: Dezembro 20, 2024, 06:51:29 am »
A Álvares Cabral ainda vai ser um NPO musculado ou, pelo contrário, está descartada qualquer intervenção no navio? Na edição deste mês da Revista da Armada nem teve sequer direito a menção.

Mas a Cabral não tinha recebido os motores ou geradores da casco?

Cada vez percebo menos
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Johnnie

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2036 em: Dezembro 20, 2024, 11:36:49 am »
A Álvares Cabral ainda vai ser um NPO musculado ou, pelo contrário, está descartada qualquer intervenção no navio? Na edição deste mês da Revista da Armada nem teve sequer direito a menção.

Mas a Cabral não tinha recebido os motores ou geradores da casco?

Cada vez percebo menos

A Alvares Cabral foi a MEKO que encalhou na zona de Troia há uns aninhos atrás...Se a opção é manter duas talvez as outras estejam em melhor estado
«When everything is coming your way... You are in the wrong lane!!!!"
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2037 em: Dezembro 20, 2024, 11:55:36 am »
A Álvares Cabral ainda vai ser um NPO musculado ou, pelo contrário, está descartada qualquer intervenção no navio? Na edição deste mês da Revista da Armada nem teve sequer direito a menção.

Mas a Cabral não tinha recebido os motores ou geradores da casco?

Cada vez percebo menos

Eu percebo é que tiveste uma conversa com os turcos ó lobista...



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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2038 em: Dezembro 20, 2024, 03:08:13 pm »
A Álvares Cabral ainda vai ser um NPO musculado ou, pelo contrário, está descartada qualquer intervenção no navio? Na edição deste mês da Revista da Armada nem teve sequer direito a menção.

Mas a Cabral não tinha recebido os motores ou geradores da casco?

Cada vez percebo menos

A Alvares Cabral foi a MEKO que encalhou na zona de Troia há uns aninhos atrás...Se a opção é manter duas talvez as outras estejam em melhor estado

Referes-te à novela do D. Dinis o Lavrador??? 🧐 Ou outro encalhe mais recente????

E já agora ...a Vasco não tinha sido rearmada?

Oh CG, tu, lá do alto do teu posto de observação, dize me o que vês!!! 😎
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #2039 em: Dezembro 20, 2024, 04:01:55 pm »
O CG está demasiado ocupado a ver os TAI Hürjet a passar em direcção a Espanha e nós com ST. :-X
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