Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama

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tenente

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5655 em: Julho 21, 2025, 07:38:58 pm »
Os estaleiros que estão a construir o D. João é na Romênia.
O problema na Holanda é o de desenvolvimento de projectos.
Os Alemães já retiraram ou vão retirar o projeto das novas fragatas, com quem tinham contrato de desenvolvimento, com a Damen, por esse motivo.

https://www.naval.com.br/blog/2025/07/17/crise-no-programa-f126-alemanha-avalia-retomar-construcao-naval-com-estaleiros-proprios/

Pois, ficam na ROménia, de facto. É uma questão de sub-contratação. Mas com quem foi mesmo o contrato assinado???

Se, porventura a Damen, casa Mãe, fosse com os porcos, bater na madeira, eram os estaleiros que estão na Roménia que detinham a capacidade, de terminar o projecto, com as características técnicas solicitadas pela Marinha, sem aumento  de custos ???
Não me parece !!

Abraço
« Última modificação: Julho 21, 2025, 07:42:23 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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LM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5656 em: Julho 21, 2025, 07:57:15 pm »
Se a Damen se fosse... era preciso que os "holandeses" tivessem distraídos e muito; e notícias "Alemanha considera terminar projecto" a isso acontecer - há também aqui relações com os Países Baixos - vai alguma distância (o mesmo para os Belgas com as ASWF).
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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yuwanko

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5657 em: Julho 21, 2025, 08:49:12 pm »
Os estaleiros que estão a construir o D. João é na Romênia.
O problema na Holanda é o de desenvolvimento de projectos.
Os Alemães já retiraram ou vão retirar o projeto das novas fragatas, com quem tinham contrato de desenvolvimento, com a Damen, por esse motivo.

https://www.naval.com.br/blog/2025/07/17/crise-no-programa-f126-alemanha-avalia-retomar-construcao-naval-com-estaleiros-proprios/

Pois, ficam na ROménia, de facto. É uma questão de sub-contratação. Mas com quem foi mesmo o contrato assinado???

Se, porventura a Damen, casa Mãe, fosse com os porcos, bater na madeira, eram os estaleiros que estão na Roménia que detinham a capacidade, de terminar o projecto, com as características técnicas solicitadas pela Marinha, sem aumento  de custos ???
Não me parece !!

Abraço

O Estaleiro onde o D. João II está a ser construído, Galati, é detido pela Damen em 99%.
 
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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5658 em: Julho 21, 2025, 10:56:50 pm »
Todo o projecto das F126 faz pouco sentido. 10000t e 166m para uma "fragata" que vai primariamente operar no Báltico? O desaire das F125 não foi suficiente? É que nem sequer seriam navios dedicados a AAW/BMD, e cujo tamanho seria para acomodar tantos VLS como os Burkes

Se a intenção era fazer daquilo navios "multirole", podiam simplesmente encomendar 9-12 Crossover 139CF. Se a intenção eram fragatas ASW, como as F123 que irão substituir, então a Damen já tem as ASWF em desenvolvimento.

Para navios mais simples, a TKMS podia oferecer toda a gama MEKO, desde as A200, passando pelas A210, e culminando nas A300.

Mas não, toca a reinventar a roda.

Agora, se para substituir as F123, resolveram optar por navios de 10000t, imagino quando for para substiuir as F125... 12000-15000t cada navio.


Já o problema da Damen, poderá também ter a ver com a imensidão de projectos que desenvolvem. Não deve ajudar ter que elaborar tanto projecto em simultâneo.
 

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LM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5659 em: Julho 21, 2025, 11:20:08 pm »
Julgo ter lido há algum tempo que um dos problemas era a obrigação de grande participação de numerosas empresas alemães e a Damen ter dificuldades até em fazer "comunicar" os softwares de engenharia...
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5660 em: Julho 22, 2025, 07:21:39 am »
Todo o projecto das F126 faz pouco sentido. 10000t e 166m para uma "fragata" que vai primariamente operar no Báltico? O desaire das F125 não foi suficiente? É que nem sequer seriam navios dedicados a AAW/BMD, e cujo tamanho seria para acomodar tantos VLS como os Burkes

Se a intenção era fazer daquilo navios "multirole", podiam simplesmente encomendar 9-12 Crossover 139CF. Se a intenção eram fragatas ASW, como as F123 que irão substituir, então a Damen já tem as ASWF em desenvolvimento.

Para navios mais simples, a TKMS podia oferecer toda a gama MEKO, desde as A200, passando pelas A210, e culminando nas A300.

Mas não, toca a reinventar a roda.

Agora, se para substituir as F123, resolveram optar por navios de 10000t, imagino quando for para substiuir as F125... 12000-15000t cada navio.


Já o problema da Damen, poderá também ter a ver com a imensidão de projectos que desenvolvem. Não deve ajudar ter que elaborar tanto projecto em simultâneo.

A notícia que postei refere isso mesmo, cancelar as 6 F126 projectadas por 12 fragatas mais pequenas que substituíssem de uma assentada todas as classes agora operacionais, sendo as meko uma possibilidade

Talvez desse para nós entrarmos nesse "barco"
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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5661 em: Julho 22, 2025, 11:03:31 am »
Todo o projecto das F126 faz pouco sentido. 10000t e 166m para uma "fragata" que vai primariamente operar no Báltico? O desaire das F125 não foi suficiente? É que nem sequer seriam navios dedicados a AAW/BMD, e cujo tamanho seria para acomodar tantos VLS como os Burkes

Se a intenção era fazer daquilo navios "multirole", podiam simplesmente encomendar 9-12 Crossover 139CF. Se a intenção eram fragatas ASW, como as F123 que irão substituir, então a Damen já tem as ASWF em desenvolvimento.

Para navios mais simples, a TKMS podia oferecer toda a gama MEKO, desde as A200, passando pelas A210, e culminando nas A300.

Mas não, toca a reinventar a roda.

Agora, se para substituir as F123, resolveram optar por navios de 10000t, imagino quando for para substiuir as F125... 12000-15000t cada navio.


Já o problema da Damen, poderá também ter a ver com a imensidão de projectos que desenvolvem. Não deve ajudar ter que elaborar tanto projecto em simultâneo.

Dc do que li as F126 seriam para as missões internacionais, ou seja patrulhar muito longe de casa e é por isso que projetaram um navio muito grande e com capacidade de suportar longas missões longe de casa (mais de 10.000 milhas de autonomia).
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dc

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5662 em: Julho 22, 2025, 02:34:05 pm »
Julgo ter lido há algum tempo que um dos problemas era a obrigação de grande participação de numerosas empresas alemães e a Damen ter dificuldades até em fazer "comunicar" os softwares de engenharia...

Mesmo que seja esse o caso, não seria a razão primária para os problemas financeiros da Damen.
Na questão do software, se calhar poderia ser necessaire criar um software universal NATO ou UE, ou arranjar maneira dos diferentes softwares comunicarem entre si com facilidade.

A notícia que postei refere isso mesmo, cancelar as 6 F126 projectadas por 12 fragatas mais pequenas que substituíssem de uma assentada todas as classes agora operacionais, sendo as meko uma possibilidade

Talvez desse para nós entrarmos nesse "barco"

Sim, e noutros sítios também mencionam alternativas parecidas.

Entre as A210 e as A300, qualquer um destes serve perfeitamente para a Marinha Alemã. As A210 talvez mais como fragatas ASW, as A300 com capacidade AAW que rivaliza com as Sachsen.

E sim, se nós optássemos pelas Meko A200 + A300 ou A210 + A300 ou 6 A210, seria benéfico que fosse como parte de um programa ainda maior da Alemanha, com claras vantagens da economia de escala.

Dc do que li as F126 seriam para as missões internacionais, ou seja patrulhar muito longe de casa e é por isso que projetaram um navio muito grande e com capacidade de suportar longas missões longe de casa (mais de 10.000 milhas de autonomia).

Sim, e essa também foi a premissa por trás das F125.

Mas qual é o plano deles? Para missões internacionais de baixa intensidade, as F125 chegam e sobram. De média e alta intensidade, as F126, apesar do seu tamanho, podem não ter capacidade AA suficiente para estas missões, portanto precisam de escolta, e aí lá terão que enviar as F124 ou depender de terceiros.
Mesmo em missão média intensidade, o navio depressa ficará sem munições, o que vai automaticamente contra o conceito de ser um navio que aguenta muito tempo no mar.

É uma opção estranha. Podiam ter optado por um conceito semelhante às Absalon para navios multifunções, podiam ter olhado para as T26 para fragatas ASW de grande dimensão, podiam fazer à moda antiga, e costruir fragatas convencionais e navios de reabastecimento maiores. Podiam ter pegado nas F125, e melhorar o design e aumentar o nível de armamento. Ou, podiam adquirir o dobro dos navios, como fragatas mais pequenas, que nessas missões internacionais permitam maior rotação.
 

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LM

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5663 em: Julho 22, 2025, 03:09:13 pm »
Julgo ter lido há algum tempo que um dos problemas era a obrigação de grande participação de numerosas empresas alemães e a Damen ter dificuldades até em fazer "comunicar" os softwares de engenharia...

Se percebi é o facto de estarem a investir no programa alemão e não estarem a receber as tranches intercalares (porque não estão a atingir os "marcos" - ie estão atrasados). 
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Cabeça de Martelo

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5664 em: Julho 22, 2025, 03:25:52 pm »
Dc do que li as F126 seriam para as missões internacionais, ou seja patrulhar muito longe de casa e é por isso que projetaram um navio muito grande e com capacidade de suportar longas missões longe de casa (mais de 10.000 milhas de autonomia).

Sim, e essa também foi a premissa por trás das F125.

Mas qual é o plano deles? Para missões internacionais de baixa intensidade, as F125 chegam e sobram. De média e alta intensidade, as F126, apesar do seu tamanho, podem não ter capacidade AA suficiente para estas missões, portanto precisam de escolta, e aí lá terão que enviar as F124 ou depender de terceiros.
Mesmo em missão média intensidade, o navio depressa ficará sem munições, o que vai automaticamente contra o conceito de ser um navio que aguenta muito tempo no mar.

É uma opção estranha. Podiam ter optado por um conceito semelhante às Absalon para navios multifunções, podiam ter olhado para as T26 para fragatas ASW de grande dimensão, podiam fazer à moda antiga, e costruir fragatas convencionais e navios de reabastecimento maiores. Podiam ter pegado nas F125, e melhorar o design e aumentar o nível de armamento. Ou, podiam adquirir o dobro dos navios, como fragatas mais pequenas, que nessas missões internacionais permitam maior rotação.

As F125 nem sequer têm VLS, apenas as RAM, já as F126 se forem construídas terão capacidade de levar 64 ESSM block 2, mas os 42 misseis dos RAM.
Um dos pontos fortes deste projecto é exactamente a modularidade, tem espaço para tudo e mais alguma coisa.

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5665 em: Julho 22, 2025, 03:41:32 pm »
Entre as A210 e as A300, qualquer um destes serve perfeitamente para a Marinha Alemã. As A210 talvez mais como fragatas ASW, as A300 com capacidade AAW que rivaliza com as Sachsen.
E sim, se nós optássemos pelas Meko A200 + A300 ou A210 + A300 ou 6 A210, seria benéfico que fosse como parte de um programa ainda maior da Alemanha, com claras vantagens da economia de escala.

Sou claramente tendencioso no que a fragatas diz respeito.
Considerando tudo, ie, aço + sensores + armamento, morrerei na montanha A210.
Equipadas até ao tutano com os melhores sensores do mercado e munição (nas suas mais variadas vertentes) suficiente. Prefiro 6 A210 assim do que um mix hi low com sensores de média gama e munição insuficiente.

 

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Re: Substituição das Fragatas Classe Vasco da Gama
« Responder #5666 em: Hoje às 12:17:46 am »
As F125 nem sequer têm VLS, apenas as RAM, já as F126 se forem construídas terão capacidade de levar 64 ESSM block 2, mas os 42 misseis dos RAM.
Um dos pontos fortes deste projecto é exactamente a modularidade, tem espaço para tudo e mais alguma coisa.

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Sim, e a falta de VLS das F125 é um grande lapso. Mas creio haver espaço para 16 celulas.

As F125 também têm espaço adicional.

As F126 são essencialmente F125 XL.

Um navio de 10000t com apenas 16 VLS é ridiculamente baixo. Tens corvetas de 90m que conseguem isso.

Mesmo que suponhamos que poderá levar contentores de mísseis, a sua quantidade nunca se vai comparar à quantidade de VLS de um Arleigh Burke ou Ticonderoga, que são navios mais pequenos.

Sou claramente tendencioso no que a fragatas diz respeito.
Considerando tudo, ie, aço + sensores + armamento, morrerei na montanha A210.
Equipadas até ao tutano com os melhores sensores do mercado e munição (nas suas mais variadas vertentes) suficiente. Prefiro 6 A210 assim do que um mix hi low com sensores de média gama e munição insuficiente.

Eu mantenho as opções em aberto, até porque existem demasiadas variáveis a considerar. No entanto não me parece que alguem protestasse com uma Marinha com 6 A210. A não ser, claro, que os navios viessem com problemas, fora isso...

Para tornar as comparações justas, eu prefiro que se elabore um concurso com base numa quantidade fixa (ou pelo menos uma quantidade mínima) de mísseis, e armamento que seja transversal a qualquer proposta (como os CIWS e canhão principal).

No fim, se o orçamento desse para 4 A210 + 2 A300, melhor ainda.