Além da questão da verba reduzida para tais programas, acho que o principal problema/impedimento a se pensar em adquirir equipamento (armamento e sensores, mas não só) que pudessem ser transferidos para futuras embarcações, passa precisamente por uma falta de visão do que se quer no futuro da Marinha. A visão do CEMA é muito turva, assenta em falácias, e não especifica grande coisa, sem ser pioneirismos de "fragatas são obsoletas" e de espetar um convés de voo corrido no navio.
Se houvesse um plano, podiam modernizar as VdG, adquirindo equipamento que já se sabia de antemão que seria transitável para os futuros navios.
Agora, convém reconhecer que a modernização das VdG já é muito tardia, e isto sem contemplar o tempo que demora tal modernização. Fazer um MLU de tanga é desperdício de dinheiro e perda de tempo. Fazer um MLU a sério, sempre se aceita mais se incluir material transitável para futuras fragatas. Ainda assim é longe do ideal.
Convém também relembrar que ficaremos reduzidos a 4 fragatas, com guarnições excessivas para a sua real capacidade de combate, não se vislumbrando sequer a compra de uma fragata em segunda-mão para tapar o buraco.
Por mim a solução "menos má" passaria por adquirir a Van Speijk e fazer uma modernização séria de 2 VdG.
Uma solução muito melhor, passaria por adquirir a Speijk e encomendar 2 fragatas novas no imediato.
Uma solução ideal passaria por encomendar 3 fragatas novas, e quanto muito substituir os radares das BD.
Se não houver comprador para as 2 VdG que ainda se encontram navegáveis, fazia sentido extrair os sistemas críticos das fragatas pós-substituição, e armazená-los para futuras aplicações. Os 3 radares DA08 por exemplo, se convertidos em radares terrestres, 2 deles podiam ser utilizados nos Açores no grupo Oriental e Ocidental, bastando então investir num radar de longo alcance para o grupo central.